Altamiro Borges: Aumento dos juros é absurdo e criminoso

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Ilustração: Miguel Paiva/eEprodução

Aumento dos juros é absurdo e criminoso

Por Altamiro Borges, em seu blog

Em mais um ato de sabotagem contra o crescimento da economia brasileira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aprovou nesta quarta-feira (18) o aumento de 0,25% na já pornográfica taxa básica de juros do país, a Selic.

Presidido pelo bolsonarista Roberto Campos Neto, também apelidado de Bob Fields Neto em lembrança ao papel entreguista do seu avô como ministro da ditadura militar, a instituição volta a servir aos interesses dos banqueiros e rentistas.

Por ironia ou pura provocação, o aumento da Selic se deu no mesmo dia em que o Banco Central dos EUA, o Fed, aprovou o primeiro corte nos juros no país em quatro anos, de 0,5%.

No império, a taxa caiu para a faixa de 5% a 4,75% ao ano. Já no Brasil, ela subiu de 10,50% para 10,75%.

Foi a primeira alta desde agosto de 2022, ainda no covil de Jair Bolsonaro.

O aumento gerou protestos em vários setores da sociedade, do setor industrial às centrais sindicais de trabalhadores.

“Quem paga a conta da alta na Selic são os pequenos negócios e as famílias mais pobres”, alertou Décio Lima, presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

Ele classificou a decisão de “retrocesso” e afirmou que ela “enfraquecerá o empreendedorismo, a geração de empregos e a distribuição de renda no país”.

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Para ele, “diante de índices tão positivos na economia, como a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto acima dos 3%, não há motivos para retrocessos. A inflação está controlada, a renda aumentou e a qualidade de vida melhorou. É inconcebível uma decisão como essa diante da realidade que o povo está vivendo”.

Protesto da Confederação da Indústria

No mesmo rumo, “a Confederação Nacional da Indústria disse ter recebido a decisão ‘com total indignação’”, registra o site Metrópoles.

“Segundo o presidente da CNI, Ricardo Alban, a alta da Selic não apenas impõe custos desnecessários sobre a economia, como coloca o Brasil na contramão do que a maioria dos países – sejam desenvolvidos, sejam em desenvolvimento – está fazendo, que é reduzir as taxas de juros. Foi o caso do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed)”.

“A CNI destacou ainda que a alta da Selic mantém o Brasil em terceiro lugar entre as maiores taxas de juros reais do mundo, atrás apenas de Turquia e Rússia. A entidade pontuou, por fim, que esse aumento na taxa de juros ‘joga contra’ a recuperação da indústria de transformação e do investimento, que começou a ganhar tração recentemente, depois de terem registrado queda em 2023. ‘Por tudo isso, fica claro que subir a Selic foi uma decisão totalmente equivocada. Nesse contexto, é fundamental que o BCB retome os cortes na taxa de juros o quanto antes’, concluiu Alban”.

Já a Associação Paulista de Supermercados (Apas) advertiu para os efeitos negativos do aumento sobre o nível de atividade doméstica.

“Vale lembrar que o Brasil já possui uma das maiores taxas reais de juros do mundo, o que agrava ainda mais os desafios ao crescimento econômico do país. Com uma taxa de juros tão elevada, é difícil fomentar o nível de investimento necessário para um crescimento sólido e consistente no médio e longo prazo da economia do país”, advertiu Felipe Queiroz, economista-chefe da Apas.

Centrais sindicais reforçam as críticas

Entre as centrais sindicais, que têm promovido constantes protestos contra a alta dos juros, a crítica foi generalizada e incisiva.

A CUT classificou a medida como um boicote à economia.

“O Banco Central, por meio do Copom, segue praticando uma política monetária proibitiva. Cada 1% de aumento na Selic eleva em R$ 40 bilhões os custos com títulos da dívida. Esse dinheiro poderia ser investido no desenvolvimento do país, mas é desviado para pagar juros”, criticou Juvândia Moreira, presidenta da Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

Para a Força Sindical, o aumento dos juros beneficia apenas os especuladores.

“Essa estratégia de gradualismo, subindo a taxa aos poucos, penaliza de forma nefasta, principalmente, os menos favorecidos economicamente”, afirmou Miguel Torres, presidente da entidade.

Adilson Araújo, presidente da CTB, afirmou que a elevação é “absurda e criminosa. Serve apenas aos interesses do capital financeiro, dos especuladores, dos abutres rentistas”.

Também houve protestos de lideranças políticas.

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, ficou indignada com a decisão, que foi tomada por unanimidade no Copom – inclusive com o voto de quatro diretores indicados pelo governo Lula, entre eles, Gabriel Galípolo, já apontado por Lula para ser o futuro presidente do Banco Central.

Em suas redes digitais, a deputada lamentou: “No dia em que EUA cortam os juros, tendência mundial, o BC do Brasil sobe taxa para 10,75%. Além de prejudicar a economia, vai custar mais R$ 15 bi na dívida pública. Dinheiro que sai da saúde, educação, meio ambiente para os cofres da Faria Lima. Não temos inflação que justifique isso”.

Na contramão do mundo

Quando se analisa a situação mundial é que fica ainda mais evidente o crime cometido pelo Banco Central nesta quarta-feira.

Como aponta uma notinha da Folha, que defende o arrocho monetário neoliberal, “o Brasil subiu da terceira para a segunda posição no ranking mundial de juros reais, após o aumento da taxa básica para 10,75% ao ano na reunião do Copom. O juro real no Brasil está em 7,33% ao ano, valor inferior apenas ao da Rússia (9,05%), segundo ranking elaborado pelo Portal MoneYou”.

“O país também segue distante da taxa média entre as 40 economias mais relevantes, que é de 0,63% ao ano. A taxa real é uma combinação da inflação projetada para os próximos 12 meses, de 4,10%, considerando dados do relatório Focus do BC, e dos juros de mercado de 12 meses à frente – utilizando o contrato de Depósito Interbancário. Entre as grandes economias, dez países possuem juro real negativo, entre eles, Japão (-1,73%) e Argentina (-33,92%). Em termos nominais, o Brasil está na quarta colocação ao lado de Colômbia e México. Fica abaixo de Turquia (50%), Argentina (40%) e Rússia (19%), considerando as 40 economias mais representativas. A média geral é de 7,1% ao ano”.

“De acordo com o portal, o movimento global de aperto monetário perdeu força. O contexto majoritário entre os bancos centrais é de manutenção das taxas, porém, cortes ganharam força recentemente. Entre 166 países, 64,5% mantiveram os juros, 3% elevaram e 32,5% cortaram as taxas recentemente”.

*Este texto não representa obrigatoriamente a opinião do Viomundo.

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Zé Maria

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“Um Terço de quem Gasta Dinheiro em Apostas (bets) está Endividado”
e com o Nome inscrito no SPC/SERASA, aponta Pesquisa

Ainda assim, 37% dos que apostam têm (3) Três Cartões de Crédito,
meio de pagamento utilizado nas plataformas virtuais das bets.

O Levantamento do Instituto Locomotiva aponta que 46% dos Apostadores
são Jovens entre 19 e 29 Anos e 34% pertencem às Classes + pobres C, D e E

Segundo outra Enquete do mesmo Instituto, 51% dos entrevistados
têm utilizado em apostas (bets) os recursos financeiros que iriam
para a caderneta de poupança, e que 48% têm redirecionado o
dinheiro que seria gasto no comércio (bares, restaurantes e delivery).

À época em que foi divulgada a sondagem, o presidente do Locomotiva, Renato Meirelles, disse que “quem aposta acredita que está dando uma chance ao seu conhecimento, a tudo que ele entende de futebol ou de algum
outro esporte.
O consumidor não acredita que está só fazendo uma ‘fezinha’,
mas que tem a ver com o seu talento e com a informação que ele tem”.

“Afinal, todo brasileiro acredita ser um técnico de futebol.”

[ Reportagem: Glauco Faria | Revista Fórum ]:
https://revistaforum.com.br/economia/2024/8/15/apostas-esportivas-um-tero-de-quem-joga-esta-endividado-aponta-pesquisa-163985.html
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“R$ 1 de cada R$ 5 [20%] pagos para o Bolsa Família em agosto
foi gasto com bets [apostas].

Foram R$ 3 bilhões de R$ 14,1 bilhões.

Isso apenas por PIX, sem contar
outras formas de pagamento.”
https://bsky.app/profile/amandarossi.bsky.social/post/3l4wfoqckis2i
Segundo Levantamento publicado pelo Banco Central:
“Esses resultados apontam as famílias de baixa renda
como as mais prejudicadas pela atividade das apostas
esportivas (bets)…
O apelo comercial do enriquecimento por meio de apostas
é mais atraente para quem está em situação de vulnerabilidade”.
https://bsky.app/profile/amandarossi.bsky.social/post/3l4wgfkemib2a
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Globo e Abert fazem jogo duplo sobre bets (apostas) e seus malefícios
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https://bsky.app/profile/revistaforum.com.br/post/3l4rc6xmmfu2y

“Gleisi critica publicidade de bets em rádio e tevê”

Presidenta nacional do PT, autora de projeto de lei
que pretende proibir propaganda de casas de apostas
online, critica artigo de presidente da Abert:

“Interesse financeiro próprio, na contramão dos
riscos de vício, inclusive infantil, e endividamento
que o mercado de apostas online (bets) provoca.”

[ Reportagem: Iara Vidal (@iaravidal.bsky.social) | Revista Fórum ]
(https://bsky.app/profile/did:plc:m33m2d7tkjo7tijbglszfmp5)

A presidenta nacional do PT, deputada federal Glesi Hoffmann (PR),
fez duras críticas ao posicionamento da Associação Brasileira de
Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) sobre publicidade de apostas
online, as bets, em emissoras de rádio e tevê.

A parlamentar paranaense apresentou no último dia 11 de setembro
um projeto de lei (PL 3524/2024) na Câmara dos Deputados pretendendo
proibir a publicidade dessas casas de apostas digitais [bets] que inundaram
o Brasil nos últimos anos.

Pela rede @bsky.social, a dirigente do PT comentou o artigo do presidente da
Abert, Flávio Lara Resende, publicado pelo jornal O Globo de domingo (22):

“O Globo publica artigo de presidente da Abert
defendendo publicidade de bets em rádio e TV.

Interesse financeiro próprio, na contramão dos
riscos de vício, inclusive infantil, e endividamento
que o mercado de apostas provoca.

Jogo tem de ser tratado como álcool e fumo,
sem incentivo nem propaganda.”
(https://bsky.app/profile/gleisi.bsky.social/post/3l4qxusoyw52s)

Os conglomerados que controlam a Globo e o SBT solicitaram
ao Ministério da Fazenda autorização para entrar no mercado
de apostas esportivas (bets).

A Globo fechou parceria com a Leo Vegas (MGM), enquanto o SBT,
com Patrícia Abravanel à frente, lançará a marca TQJ em parceria
com a OpenBet.

Ambos os grupos visam expandir suas operações no segmento
de apostas (bets), aproveitando os direitos de transmissão de
grandes eventos esportivos, como Brasileirão, Libertadores e
Champions League.

Gleisi Hoffmann é autora do PL 3518/2024, que tem por objetivo
proibir a publicidade das chamadas bets, as casas de apostas
digitais que inundaram o Brasil nos últimos anos.

A parlamentar do PT justifica que algo precisa ser feito contra
o negócio que vem cada vez mais viciando frações da população
e levando famílias inteiras à ruína.

https://revistaforum.com.br/brasil/2024/9/22/gleisi-critica-publicidade-de-bets-em-radio-tev-166047.html

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