“Diferentemente do Estado de Bem-Estar Social, minimamente protetor e provedor de serviços que amparavam o cidadão ao longo de sua vida,
temos, na atualidade, o Estado Neoliberal, centrado na figura do Mercado
em um movimento de desregulamentação universal, no qual ocorre a prioridade do livre mercado à custa das prioridades sociais. O sofrimento psicológico se estabelece a partir do espectro da ruína do amanhã;
emprego nenhum é garantido” (Zygmunt Bauman. “O Mal-Estar na Pós-Modernidade”. Zahar. 1998.).
Ademais, na Contemporaneidade, o vazio existencial e a angústia também
são produzidos pela destruição da narrativa que inseria o indivíduo em sua
cultura.
Tal destruição promove a constituição de um sujeito “a-histórico”, que perde o seu ponto de contato com o passado, levando o sujeito a vivenciar a experiência do desamparo:
“No quadro da atualidade predominam as modalidades de sociabilidade
em que a subjetividade articulada à historicidade humana não é mais
valorizada e, consequentemente, as mediações simbólicas e regulações
narcísicas vão desaparecendo.
O movimento da historicidade humana se constrói num eixo temporal
a partir do presente, avaliando o passado e projetando-se no futuro.
É essa ‘narrativa’, esse ‘enredo’ dominante, por meio da qual somos
inseridos na história, que parece ter sido destruído.
O universo simbólico para onde o sujeito se remetia não lhe serve mais
de suporte” (Lucianne Sant’Anna de Menezes. “Pânico e Desamparo na Atualidade”. Ágora: Estudos em Teoria Psicanalítica, 8(2), 193-206.2005.).
Comentários
Zé Maria
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“Diferentemente do Estado de Bem-Estar Social, minimamente protetor e provedor de serviços que amparavam o cidadão ao longo de sua vida,
temos, na atualidade, o Estado Neoliberal, centrado na figura do Mercado
em um movimento de desregulamentação universal, no qual ocorre a prioridade do livre mercado à custa das prioridades sociais. O sofrimento psicológico se estabelece a partir do espectro da ruína do amanhã;
emprego nenhum é garantido” (Zygmunt Bauman. “O Mal-Estar na Pós-Modernidade”. Zahar. 1998.).
Ademais, na Contemporaneidade, o vazio existencial e a angústia também
são produzidos pela destruição da narrativa que inseria o indivíduo em sua
cultura.
Tal destruição promove a constituição de um sujeito “a-histórico”, que perde o seu ponto de contato com o passado, levando o sujeito a vivenciar a experiência do desamparo:
“No quadro da atualidade predominam as modalidades de sociabilidade
em que a subjetividade articulada à historicidade humana não é mais
valorizada e, consequentemente, as mediações simbólicas e regulações
narcísicas vão desaparecendo.
O movimento da historicidade humana se constrói num eixo temporal
a partir do presente, avaliando o passado e projetando-se no futuro.
É essa ‘narrativa’, esse ‘enredo’ dominante, por meio da qual somos
inseridos na história, que parece ter sido destruído.
O universo simbólico para onde o sujeito se remetia não lhe serve mais
de suporte” (Lucianne Sant’Anna de Menezes. “Pânico e Desamparo na Atualidade”. Ágora: Estudos em Teoria Psicanalítica, 8(2), 193-206.2005.).
Íntegra em:
“Desamparo Contemporâneo e Violência Fundamental”
Por Débora Regina Sertori
(https://www.escavador.com/sobre/5374875/debora-regina-sertori)
https://www.academia.edu/90982080/Desamparo_Contempor%C3%A2neo_e_Viol%C3%AAncia_Fundamental
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