O que nos une?

Tempo de leitura: 2 min
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Por Marco Aurélio Mello

por Marco Aurélio Mello

Um candidato que não tenha adversários em qualquer cenário que se estabeleça.

Um candidato que traga de volta o pobre para a mesa farta dos ricos.

Um candidato capaz de liderar a campanha por um referendo revogatório, que é desfazer tudo o que Temer e sua turma aprontaram nos últimos tempos.

Um candidato que tem opinião, mas não se recusa a ouvir e negociar com quem quer que seja, rico ou pobre, de direita ou de esquerda.

Um candidato que reconstrua o marco regulatório do Pré-sal.

Um candidato que reaparelhe a Petrobras.

Um canditado que resgate a indústria naval.

Um candidato que reative o projeto do submarino com propulsão nuclear para defender nossa costa.

Um candidato que universalize o acesso à educação e à saúde.

Um candidato que permita que os brasileiros tenham uma renda mínima, uma oportunidade de trabalho digno e sonhem com um teto, com um bico de luz, um ponto de água e com esgotamento sanitário.

Um candidato que veja o Estado como indutor do desenvolvimento econômico não dos milionários rentistas, mas dos que estão na base da pirâmide social.

Um candidato que ponha o interesse nacional em primeiríssimo lugar.

Um candidato que eleve o país novamente à condição de protagonista, não de colônia exploratória.

Contra este candidato a direita fará o que for possível, incluindo um novo golpe dentro do golpe.

E se preciso for, encara até um fascista, radical e sanguinário, por que não?

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Marco Aurélio Mello

Jornalista, radialista e escritor.


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Comentários

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Edgar Rocha

Um candidato que tenha posições, mas se proponha a negociar com direita e esquerda. Neste momento, Marco Aurélio, eu dispenso. Não dá pra ter as posições as quais você elenca e querer negociar com a direita. Isto só vale se for nos termos deles, ou seja, abrindo mão do necessário para reconstruir o país.
Eu prefiro um candidato que acredito em suas bases, que defenda os interesses desta estando ciente de que foi para isto que foi eleito. Prefiro um candidato que não diga que tem que abrir mão do essencial senão lhe tiram da cadeira da presidência. Prefiro um candidato que acredite que o que nos faz avançar são as referências, os pontos de partida. Perdê-los é garantir vitória de Pirro, iludindo a si mesmo e a todos com a ideia de que é possível avançar sem enfrentamento. Prefiro um candidato que valha à pena aos que o apoiaram e que construa amplo apoio popular capaz de fazer o enfrentamento – que agora sabemos, inevitável – contra os que se apoderam de tudo e não abrem mão de nada, sob pena de aplicarem um golpe de Estado ao menor movimento que os contrarie. Isto iria acontecer de um jeito ou de outro. E, se não acontecesse, é porque nada terá sido feito no sentido de se estabelecer o equilíbrio de forças. À Dilma restou o sacrifício de cair o qual Lula foi poupado, por seu carisma, sua força e, sobretudo, sua condescendência com os setores mais canalhas do país.
Se não for pra dar um passo adiante, de nada servirá eleger Lula ou outro qualquer. O maior patrimônio político que ele poderia construir seria o de vilão das classes dominantes. O futuro o redimiria e o caminho estaria aberto aos que desejam realmente banir deste país a truculência dos herdeiros da segunda guerra imigrados para São Paulo e os históricos bandeirantes psicopatas que nunca largaram o osso do governo de suas sesmarias. Este ponto de partida, esta referência ainda foi criada neste país, a despeito das oportunidades. começar do meio do caminho pode até ser mais fácil e sustentar um ego imponente como o de Lula. Mas, sem um passado de luta capaz de mostrar que há algo além do que temos sido desde 1500, não se construirá um país nvo o qual necessitamos.
Meus respeitos.

gN

Um candidato q nos una…mas ele tem q ser o Lula!!! KKKKKKKKKKKKKKK

    Marco Aurélio

    Pode ser qualquer um. No momento há o Lula à frente nas pesquisas por causa do “recall” ou, se preferir, do curriculum. O que não dá é para a gente brigar com os fatos.

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