Eliara Santana: A Folha, o mercado, a “gastança” e a imprensa no Lula 3.0

Tempo de leitura: 3 min
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Por Eliara Santana

 

Por Eliara Santana*

O editorial da Folha de S. Paulo de hoje (19/12) – a duas semanas da posse de Lula para seu terceiro mandato como presidente da República – mostra de um jeito cristalino o domínio do capital financeiro, dos bancos, do deus mercado sobre o jornalismo.

O terceiro mandato de Lula, ou o Lula 3.0, será, em linhas bem gerais, uma ação super orquestrada para tentar arrumar a terra arrasada deixada por Bolsonaro.

Isso, por si só, já deveria ser motivo mais que suficiente para uma baixada de armas do jornal imprensa. Mas não é que começamos a ver. A trégua durou apenas o tempo para a derrota de Jair.

Essa guinada da Folha já se faz perceber por vários movimentos, e quero aqui destacar dois bastante simbólicos.

Primeiro, a recategorização ou ressignificação feita pelo jornal de repente, não mais que de repente, da PEC para garantir o Bolsa Família fora do teto de gastos.

Da noite para o dia, o que era “PEC da Transição” – louvada, necessária etc.– se transformou no jornal em “PEC da Gastança”, obviamente com outro significado e que dispensa comentários.

O outro movimento foi a demissão de vozes fundamentais no espectro progressista do jornalismo, começando pelo gigante Janio de Freitas, seguido de Marilene Felinto e Gregório Duvivier.

O jornal alegou cortes de despesas. Mas creio que é, de fato, um ato intencional para silenciar vozes fortes e dissonantes da Faria Lima.

E agora, taxativamente, o editorial de hoje, cujo título é “Retrocesso à vista”. No bigode, a definição atualizada de “retrocesso”: “Proposta de cunho ideológico que altera marco do saneamento pode abalar setor de infraestrutura”.

Prossegue o texto:

“Não é apenas na compatibilização de boa gestão orçamentária com responsabilidade social que o governo eleito emite sinais confusos. Também na área de infraestrutura a equipe de transição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dá mostras de subordinação do interesse da população a cacoetes ideológicos. Preocupa o diagnóstico a respeito do saneamento, que pede a revogação de parte do marco regulatório aprovado em 2020”.

Com chamada na capa, o editorial assinala, sem qualquer dúvida, que o governo ainda não empossado ja está “confuso” e que não sabe gerir as questões econômicas e de infraestrutura, pois toca tudo com “cacoetes ideológicos”.

Por fim, vaticina: “O novo governo deve dar continuidade às parcerias público-privadas e ao aperfeiçoamento institucional. Mudar o marco do saneamento por ideologia e corporativismo será um grave retrocesso”.

Muito bem. O saneamento básico é uma questão delicadíssima no Brasil.

Hoje, ano da graça do Senhor de 2022, cerca de 35 milhões de pessoas no país vivem sem água tratada, e cerca de 100 milhões não têm acesso à coleta de esgoto. Esses dados são do Ranking do Saneamento, publicado pelo Instituto Trata Brasil em março (fonte: Agência Senado).

Num resumo brevíssimo, essa realidade implica, por exemplo, que esses cidadãos brasileiros –homens, mulheres e crianças – ficam expostos a toda sorte de doenças numa vida muito precária.

O saneamento básico no Brasil é um direito garantido pela Constituição Federal. Portanto, deve ser uma política de Estado, uma política pública da maior importância.

Por outro lado, as ações que ele demanda são objetos de desejo da iniciativa privada, que quer estabelecer “parcerias” com os governos e oferecer um serviço de quinta categoria cobrando uma fortuna por ele.

Portanto, o editorial da Folha, depois da demissão de Janio e da recategorização da PEC, sinaliza claramente a adesão total às prerrogativas e interesses do mercado, com críticas e imposições ao futuro governo, numa linha que nos possibilita antever o relacionamento da imprensa – ou parte dela – com o Lula 3.0.

Hoje, o que estamos vendo é um domínio crescente do sistema financeiro e do agronegócio sobre as empresas de comunicação e sobre o jornalismo – e já discuti bastante a implicação disso tudo, em palestras, aulas e artigos.

Ou seja, o deus Mercado domina e define as pautas, o tom a ser dado e quem está autorizado a falar sobre elas.

Depois da terra arrasada, estamos começando um novo governo para tentar a reconstrução nacional.

E essa reconstrução passa por um entendimento amplo sobre a comunicação e a mídia e pelo entendimento de que a bandeira branca levantada timidamente na eleição para Lula vai ser arriada – o deus Mercado, que está fazendo das empresas midiáticas brasileiras porta-vozes potentes, não quer o pobre no orçamento e não quer um jornalismo com vozes dissonantes. Perdemos todos.

*Eliara Santana é jornalista, doutora em Linguística e Língua Portuguesa e pesquisadora do Observatório das Eleições e da Democracia e pesquisadora colaboradora do IEL/Unicamp. Coordenou o curso “Desinformação, Letramento Midiático e Democracia no Brasil”, promovido pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI), e foi co-coordenadora do I Ciclo de Letramento Midiático do PPGL da Universidade Federal do Rio Grande.

Leia também:

Elson Faxina: Mais de 100 jornalistas e professores de comunicação enviam carta a Lula pedindo Rui Falcão na Secom

Roberto Amaral: A extrema-direita ainda respira forte e não deve ser negligenciada

Jair de Souza: Bolsonaro foi fiel defensor dos interesses dos que bancaram sua chegada ao poder

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Eliara Santana

Eliara Santana é jornalista e doutora em Linguística e Língua Portuguesa e pesquisadora associada do Centro de Lógica, Epistemologia e Historia da Ciência (CLE) da Unicamp, desenvolvendo pesquisa sobre ecossistema de desinformação e letramento midiático.


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Zé Maria

“Confissão de Jornalista/Colunista da Imprensa Neoliberal:”

“Parte da imprensa brasileira está pronta para fundar
um partido sem eleitores – nem leitores – que seria, assim,
um misto da velha UDN com a TFP, com notas de pólvora
de bolsonarismo.
A antiga UDN, ao menos, era laica na maioria das vezes.
Sim, o golpismo remanesce.”

https://twitter.com/edvanolivera_/status/1677506687324807169

Zé Maria

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02/01/2023

“O Fogo-Fátuo de Liberalização da Mídia com a Eleição do PRESIDENTE LULA”

Por Luis Nassif, Jornal GGN: https://t.co/spzSs2dpQl

De um jornalista veterano, que já viveu de tudo na mídia:

“Impressionante a felicidade de jornalistas da Globonews
de estarem liberados para falar sobre o [ou bem do] Lula
Engoliram até ‘a estupidez do teto de gastos’ dita pelo Lula.

Temo por alguns deles no futuro, pois já vi este filme duas vezes nos anos 70.

Primeiro no Estadão, quando acabou a censura, e depois na Folha, quando
o Frias tirou o Cláudio Abramo e o substituiu pelo Boris/Odon.
Trajano e eu pedimos demissão das editorias de esporte e política.

Para recuperar a respeitabilidade, os donos da mídia recorrem a jornalistas
independentes e no espectro da esquerda, mas são sempre curtos períodos.

No caso da Folha , além do Claudio estavam lá o Dines, Newton Rodrigues,
Mino Carta, Samuel Wainer, sem falar de malucos como o Tarso de Castro.

O Dines, por exemplo, foi demitido pelo Odon pelo telefone.
O Ricardo Carvalho faz um bom relato desse período num capítulo do livro
organizado pelo Carlos Guilherme Mota sobre a história da Folha
publicado no 50° aniversário do jornal”

https://twitter.com/JornalGGN/status/1609892549518311426
https://jornalggn.com.br/midia/o-fogo-fatuo-de-liberalizacao-da-midia-por-luis-nassif/
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30/12/2022

“Lula, a Nova Paixão da Globo”
“Criou-se uma simbiose curiosa:
a Globo precisa de Lula;
e Lula precisa da Globo.”

Por Luis Nassif, Jornal GGN: https://t.co/TuOf5FEvLG

Grande cronista, e anticomunista ferrenho, em muitas de suas crônicas
dos anos cinzentos, Nelson Rodrigues saudava Roberto Marinho.
Dizia ele que O Globo era o único jornal em que os jornalistas seguiam
a linha definida pela ‘Casa’.

De fato, Roberto Marinho e “seus” comunistas – como eram tratados
por Marinho – viviam em perfeita harmonia, seguindo uma máximo
pacificadora: o ‘Doutor Roberto’ mandava, eles obedeciam.

E essa coerência foi mantida ao longo das décadas e dos golpes.
No período Lava Jato/impeachment, transcendeu.

Os bravos colegas celebraram a condução coercitiva de 40 funcionários
do BNDES, caçoaram da filha de Garotinho chorando desesperadamente,
enquanto o pai era arrancado de maca de um hospital; celebraram a
condução coercitiva de Lula e, depois, a sua prisão.

De repente, não mais que de repente, uma cauda do cometa Kohoutek
se desprendeu e caiu sobre a redação do jornal.

E os [e as] jornalistas e colunistas viram Jesus.

O mais ferrenho dos direitistas, que chegou a ir
a Salvador para recepcionar a blogueira cubana
bancada pela CIA, fez uma autocrítica pública,
por ter apoiado o impeachment.

A jornalista de economia, que sempre seguia
a ‘bíblia do mercado’, abjurou e defendeu
políticas a favor dos pobres.

Uma entrevista favorável a Fernando Haddad
passou toda a manhã na home do Jornal.

E um documentário sobre a prisão de Lula
provocou tuítes repletos de emoção
por parte dos jornalistas ‘da Casa’.

Chamo a atenção para reforçar o que dizia
Nelson Rodrigues sobre ‘a Casa’.

Mas, também, para mostrar a aliança esboçada
com Lula daqui para frente.

Longe de mim duvidar da sinceridade dos colegas.

O que ocorreu foi que a Globo afrouxou as correntes
ideológicas por uma razão muito objetiva.

Nas últimas décadas, enquanto a Globo esmerava-se
em destruir o PT, e exibia sua musculatura mandando
Edir Macedo para a cadeia, os neopentecostais montavam
uma rede mais influente que a da própria Globo,
porque composta por emissoras de rádio e TV e
reforçada por pregação presencial e por financiamento
dos fiéis: um modelo de negócios campeão.

No início da abertura da mídia televisiva,
conversei com um executivo da Record
que previu o fim do domínio da Globo,
por uma razão simples:
ela montou uma estrutura super-cara,
que lhe assegurava o monopólio da
audiência e dava retorno financeiro.
Seus contratos permanentes com artistas
e jornalistas garantiam que a imagem da Globo
jamais seria aproveitada por outra emissora.

Os tempos passaram, o streaming chegou para ficar,
a economia entrou em crise, o governo cortou os
financiamentos e, mais que isso, a sombra assustadora
do bolsonarismo pairou sobre o futuro da empresa.

A Globo passou a investir todas suas forças na Globoplay,
contando com um caixa reforçado, mas receitas cadentes.

A partir daí, de forma muito mais rápida que seus concorrentes
– e a Globo sempre foi a maior por sempre recorrer à melhor
estratégia – tomou-se de ‘paixão’ por Lula.

Criou uma simbiose curiosa:
a Globo precisa de Lula;
e Lula precisa da Globo.

Nos próximos anos haverá uma furiosa disputa de narrativas
e pelo menos dois anos espinhosos para o novo governo.

Dois porcos-espinhos dormirão abraçados de noite e batalharão
na mesma frente de dia, como irmãos de fé.
Só não vale beijo na boca.

Nos últimos meses, abandonaram a Lava Jato – Lava Jato? O que é isso? -,
esqueceram o cano de esgoto permanente do Jornal Nacional,
jogaram Sérgio Moro ao mar de detritos da história.

Mas não fizeram a autocrítica.
Ou talvez, fizeram, no documentário sobre os mais de 500 dias
que Lula passou preso, jogado na cadeia pela TV de Sérgio Moro.

https://twitter.com/luisnassif/status/1608787668090896384
https://jornalggn.com.br/coluna-economica/lula-a-nova-paixao-da-globo-por-luis-nassif
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Zé Maria

Prestigiado pelo Mercado Financeiro,
desgoverno Guedes/Bolsonaro deixou
R$ 5 TRILHÕES Dívida Pública e não deu
1 Centavo aos Servidores Públicos Federais.

Vai acabar a Mamata!

Zé Maria

https://pbs.twimg.com/media/Fk-zeCiWAAAQ62J?format=jpg

“O pagamento de juros sobre a dívida é um gasto público
como qualquer outro, uma injeção de recursos na economia.
A diferença é ser contabilizado como despesas não-primárias
e não ser computado para o teto dos gastos.

A contabilidade orçamentária foca nos gastos primários
e, sintomaticamente, exclui o serviço da dívida do teto
dos gastos.

A ênfase nos gastos primários e a exclusão dos juros sobre
a dívida do teto dos gastos, cujo valor quase nunca é
mencionado, estão baseadas no pressuposto de que o
serviço da dívida estaria fora do controle do governo.
Seria dado por condições do mercado. Falso,
como reconhece o relatório do Tesouro.

A taxa básica de juros fixada pelo Banco Central é o principal
determinante do custo da dívida, logo a ação do Banco Central
é o principal determinante das despesas não primárias do Estado.”

André Lara Rezende
Em “Os Juros, Outra Vez”.

https://horadopovo.com.br/lara-resende-os-juros-e-a-pec-da-transicao/

    Zé Maria

    Logo, o serviço da dívida (juros e amortizações) deve ser
    considerado para efeitos fiscais e orçamentários.

Zé Maria

Simone Tebet (MDB) assume Ministério do Planejamento
Casa Civil mantém controle do PPI; e Fazenda, dos Bancos Públicos

“Conjunto dos projetos prioritários do governo, Minha Casa Minha Vida,
Bolsa Família, inclusive o PPI, são projetos monitorados e coordenados
pela Casa Civil.
E o Planejamento historicamente participa do comitê gestor que é
coordenado pela Casa Civil”, anunciou futuro Ministro das Relações Institucionais, mais cedo, após reunião com o Presidente Diplomado
Luiz Inácio LULA da Silva (PT).

Para além do PPI, aliados de Simone Tebet [do MDB] tentaram
na noite de ontem engordar o Planejamento com o Banco do Brasil
e a Caixa Econômica Federal.

O movimento, porém, foi logo barrado pelo governo eleito, que vê
a oferta de crédito dos dois bancos públicos como política estritamente fazendária.

As instituições, assim, devem seguir sob o guarda-chuva do futuro ministro
da Fazenda, Fernando Haddad (PT).

Íntegra da Reportagem em:
https://www.focus.jor.br/rui-costa-vence-disputa-com-simone-tebet-e-mantem-controle-do-ppi-na-casa-civil/

    Zé Maria

    Detalhe:

    A Economista Esther Dweck será “Ministra
    de Gestão e Inovação nos Serviços Públicos”,
    Pasta Desmembrada do Atual Ministério da
    Economia e desvinculada do Planejamento.

    .

Zé Maria

IPCA-15

Índice de Preços Acumulados nos 30 dias
calculado pelo IBGE, de 15/11 a 15/12/2022,
foi de 0,52%, em Média.

Entretanto, 6* das 11 Capitais Pesquisadas
ficaram Acima* da Média da Inflação:

1) Goiânia = 0,89%*
2) Brasília = 0,80%*
3) Curitiba = 0,67%*
4) Belo Horizonte = 0,58%*
5) Porto Alegre = 0,56%*
6) Fortaleza = 0,53%*

Média Geral = 0,52%

7) Belém = 0,51%
8) São Paulo = 0,45%
9) Recife = 0,45%
10) Rio de Janeiro = 0,40%
11) Salvador = 0,36%

https://www.ibge.gov.br/estatisticas/economicas/precos-e-custos/9260-indice-nacional-de-precos-ao-consumidor-amplo-15.html?=&t=resultados

    Zé Maria

    Detalhe

    Ficaram Acima da Média Geral do IPCA-15 (15/11-15/12/2022)
    os Grupos ‘Vestuário’ (1,16%), ‘Transportes’ (0,85%) – este
    devido principalmente aos Reajustes dos Combustíveis –
    e ‘Alimentos/Bebidas’ (0,69%).

    .

    Zé Maria

    Antes do Mercado, os Pobres Brasileiros já haviam “Precificado” a Inflação no braZil.

    Zé Maria

    Detalhe 2

    Os Pesos dos 9 (Nove) Grupos Convencionados
    pelo IBGE para Pesquisa Mensal são os Seguintes:

    1º) ‘Alimentos/Bebidas’ = 21,83%;
    2º) ‘Transportes’ = 20,95%;
    3º) ‘Habitação’ = 15,32%;
    4º) ‘Saúde & Cuidados Pessoais’ = 12,94%;
    5º) ‘Despesas Pessoais’ = 10,12%;
    6º) ‘Educação’ = 5,74%;
    7º) ‘Comunicação’ = 4,86%;
    8º) ‘Vestuário’ = 4,76%; e
    9º) ‘Artigos p/ Residência’ = 3,98%.

    .

Zé Maria

Apesar da Folha e demais Safados do Bolsonarismo
de Mercado [PL e Partido Novo que já nasceu Caduco],
a PEC do Bolsa-Família foi APROVADA no Congresso.

Sandra

@folha querida, você é o melhor jornal do país. Mas chamar a emenda constitucional que, depois de 4 anos de devastação, tenta dar um mínimo de governabilidade a um país arruinado de “PEC da gastança”, é um bocado escroto, não?
https://twitter.com/ceclynch/status/1605386053271044096?s=46&t=dgTKP5onxMZ84HRIhHsgxw

Nilton Carvalho

A Falha de SP continua como sempre, daqui a pouco vai ser a vez da globo se colocar contra o novo governo.
Uma grande parte da imprensa vai continuar sendo mentirosa e principalmente omitindo a verdade.

abelardo

Fico impressionado de saber que tem gente que perde tempo com as lmprensas cachorro morto. Um grupo de vassalos lambe botas que emite seus últimos suspiros, em agonia nefasta. Aliás, parece que acertaram na escolha do que se tornaram:. Imprensa nefasta.

Zé Maria

Imprensa Fascista é a que quer, de qualquer jeito,
que um indivíduo Acusado fique indefinidamente
Preso sem haver sido Condenado definitivamente.

Que tal pendurarmos o Homem por uma Corda
no Pescoço, sobre um Cadafalso, ao lado de um
Carrasco, em Praça Pública, na frente da Globo?

    Zé Maria

    Ou, quiçá, seria melhor cumprir a Lei Processual Penal:

    CPP – Código de Processo Penal
    (Decreto-lei 3689/1941)
    Livro I – DO PROCESSO EM GERAL
    Título IX – DA PRISÃO, DAS MEDIDAS CAUTELARES
    E DA LIBERDADE PROVISÓRIA
    Capítulo III – DA PRISÃO PREVENTIVA
    Art. 312 – A prisão preventiva poderá ser decretada
    como garantia da ordem pública, da ordem econômica,
    por conveniência da instrução criminal ou para assegurar
    a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência
    do crime e indício suficiente de autoria e de perigo gerado
    pelo estado de liberdade do imputado.
    […]
    § 2º – A decisão que decretar a prisão preventiva
    deve ser motivada e fundamentada em receio
    de perigo e existência concreta de fatos novos
    ou contemporâneos que justifiquem a aplicação
    da medida adotada.
    Art. 313 – …
    […]
    § 2º – NÃO SERÁ ADMITIDA A DECRETAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA COM A FINALIDADE DE ANTECIPAÇÃO DE CUMPRIMENTO DE PENA ou como decorrência imediata
    de investigação criminal ou da apresentação
    ou recebimento de denúncia.
    (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
    https://www.legjur.com/legislacao/art/lei_00139642019-3
    https://www.legjur.com/legislacao/art/dcl_00036891941-313
    https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm

Zé Maria

A Folha faz “Escolhas Fáceis” Especulativas Convenientes
Reacionárias Fascistas Golpistas AntiPetistas Pró-Mercado.

Zé Maria

Com o Voto do Ministro Ricardo Lewndowski, há pouco,
a Corte Suprema (STF) formou Maioria de 6 Votos para
julgar INCONSTITUCIONAL as Emendas Orçamentárias
do Relator (RP9 = ‘Orçamento Secreto’).

    Zé Maria

    Paralelamente, ontem (18), o Ministro Gilmar Mendes determinou os recursos destinados ao pagamento
    de Benefícios (Bolsa-Família, inclusive) para garantir
    Renda Mínima aos Brasileiros estão FORA DO TETO
    DE GASTOS previsto na EC 95.

    Zé Maria

    .

    A Decisão de Gilmar, em Caráter Liminar,
    atendeu Pedido da Rede Sustentabilidade.

    A Rede já informou que irá protocolizar
    Embargos de Declaração, para que seja
    expressamente determinado pelo Ministro
    que a Medida se estende aos R$150,00
    para os filhos de até 6 anos dos Beneficiários,
    na forma proposta pelo Presidente LULA.

    https://twitter.com/randolfeap/status/1604660803688349696

    Zé Maria

    .

    “Após votação no STF, Aras muda e coloca PGR
    contra o orçamento secreto.
    É muito cara de pau, mas de qualquer modo
    poderia aproveitar a mudança de posição e mandar
    investigar as inúmeras denúncias de corrupção
    no uso do orçamento secreto que envolvem
    a base do governo bolsonarista”

    IVAN VALENTE
    Deputado Federal Reeleito (PSOL/SP)
    https://twitter.com/IvanValente/status/1604930866026782729

    Zé Maria

    A Decisão Majoritária do Supremo Tribunal Federal, por 6×5,
    definiu que a Verba para Manutenção da Dignidade Humana
    das Pessoas que passam por Necessidades Básicas de Vida
    não é Suscetível de Limitação Orçamentária pela Emenda 95.

    Zé Maria

    Portanto, o que a Imprensa do Mercado (Mídia Venal)
    chama de ‘gastança’ nada mais é do que o mínimo
    necessário para atender às Famílias com Alimentação.
    Isto é, na concepção da Mídia Venal, dar Pão a quem
    tem Fome é gastança’.

    De acordo com a Constituição Federal é Obrigação do
    Estado Brasileiro e deve ser custeada por quem paga
    Tributos.

    Zé Maria

    .

    Por extensão, os Direitos Sociais Elencados no Artigo Sexto

    da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988

    devem ser Excluídos da Limitação Imposta pela Emenda 95.

    Zé Maria

    E analogicamente podem ser estendidos os direitos essenciais do Ser Humano, a serem satisfeitos pela
    Renda Básica, os descritos no Inciso IV, do Artigo 7º
    da mesma Constituição Federal de 1988, qual seja,
    “o mínimo capaz de atender às necessidades vitais
    básicas do indivíduo e às da sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social”, uma vez que o Artigo
    Primeiro, no seu Inciso III, dispõe que “a Dignidade da
    Pessoa Humana é um dos Fundamentos da República Federativa do Brasil constituída em Estado Democrático de Direito”.

    https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm

    .

Zé Maria

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Não houve ‘pressão’ de ninguém
para o LULA ampliar o número de
Ministérios ou Pastas com o Status.

A Ampliação do Número de Pastas
Ministeriais já estava no Programa
do Governo Eleito, antes da Eleição.

A CNN MENTE.

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    Zé Maria

    Mais uma Vitória da Verdade sobre a Infâmia:

    A J Klan Níus foi condenada a pagar Indenização
    por Danos Morais ao Advogado Cristiano Zanin.
    Motivo: Injúria e Difamação de Cristina Graeml.

    Zé Maria

    A Imprensa-Empresa Tradicional (Mídia Venal)
    voltou à Era dos Factóides (FN) Antipetistas.

    Zé Maria

    Detalhe

    O Aumento do Número de Ministérios não irá onerar o Erário Público,
    até porque o desgoverno Guedes/Bolsonaro, para efeito midiático,
    suprimiu apenas os Cargos de Ministros, mantendo toda a Estrutura
    Funcional das Pastas que foram transformadas em Secretarias.
    Logo, LULA só está reconvertendo as Atuais Secretarias em Ministérios.

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