Rosa Cardoso e a conjuntura: “Se avizinha um momento de confronto”

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‘Se avizinha um momento de confronto’, diz Rosa Cardoso

Para a advogada, componente destacada da Comissão Nacional da Verdade, existem semelhanças entre período da ditadura e dias atuais

por Eduardo Maretti, da RBA publicado 28/02/2015 10:46, última modificação 28/02/2015 17:22

São Paulo – Componente destacada da Comissão Nacional da Verdade, que encerrou os trabalhos em dezembro de 2014, a advogada Rosa Cardoso comentou ontem (27), na Assembleia Legislativa paulista, que existem semelhanças entre as conjunturas dos dias atuais e do período em que oficialmente vigorou a ditadura civil-militar no Brasil, entre 1964-1985. É possível identificar o período iniciado em 1964 com o que “está acontecendo hoje”, disse.

“Há uma tentativa de entregar a Petrobras, acabar com a economia segundo uma visão nacional, e fragmentar cada vez mais o movimento sindical. É parecido com 1964”, disse, em audiência na Comissão da Verdade do Estado de São Paulo Rubens Paiva sobre a colaboração de grandes empresas com os órgãos da repressão.

No entanto, para Rosa, existe uma diferença importante, pelo fato de que a globalização não estava tão desenvolvida há meio século. Na opinião da advogada, as forças populares estão começando a entender a gravidade da conjuntura.

“Estamos chegando a um momento de compreensão pela população de que ou estamos de um lado, ou de outro. Se avizinha um momento de confronto. O movimento sindical está sofrendo ataques, mas foi para a rua fazer a defesa de Dilma, independentemente das centrais sindicais.”

Para Rosa Cardoso, a saída é a mobilização dos movimentos social e sindical. “No Parlamento e na mídia, essa discussão está perdida.”

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Comentários

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Ralph Panzutti

De fato. Estamos numa situação limite. A burguesia ( a elite casa grande e senzala) não está cedendo mais. O governo Lula pôde fazer conciliação, mas agora esgotou, o lulismo que teve essa característico:,negociação. Enfim espero que a povo trabalhador defenda o legado Lula e Dilma, pois foram muito beneficiados por este governo, com politicas públicas

Patricio

Gostaria de saber se algum trabalho de inteligência está sendo desenvolvido pelas forças democráticas. A semelhança com o clima pré 1964 não são só aparentes. Campanhas da proporção como as que vemos (em 1964 e agora) custam muito dinheiro. Se seguirmos a movimentação dessa grana toda, quem encontraremos na outra ponta?

CARLOS MOREIRA-MACEIO/AL

Temos que ir pras RUAS.Já deveríamos ter feitos isso desde o processo do MENTIRÃO do PIG. O PT e a presidenta MUDA,tem que fazer um GESTO, ou jeito de falar. Quam tem o POVO e o LULA, ao seu lado,não pode ter medo de ninguem.

FrancoAtirador

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QUEM AMEAÇA A DEMOCRACIA: Lula ou a GLOBO de Noblat?
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(http://www.diariodocentrodomundo.com.br/quem-ameaca-a-democracia-lula-ou-a-globo-de-noblat)
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Fausto

Infelizmente, eu não acho que a população esteja ciente de coisa alguma…
A tônica é, unicamente, o combate à corrupção, neologismo para “tirar o PT do poder e entregar tudo ao cartel financeiro internacional”.
Aparentemente, poucas pessoas conseguem distinguir que há diversos cenários sob os quais o que está ocorrendo deva ser analisado.
A imagem do PT foi totalmente vinculada à corrupção – a ponto de ninguém estranhar que uma situação iniciada por causa de uma lei de 1998 só passe a ser investigada a partir de 2003.
Pouquíssimas pessoas têm clareza a esse respeito, inclusive, algumas das envolvidas nas investigações – mpf, pf, etc.
No fim, isso nada mais é do que o resultado de o Brasil ter atingindo algum grau de emancipação econômica e, principalmente, por ter se unido ao BRICS.

Marat

Há uma parcela de militares que são contra os golpes de estado, assim como parte da militância do PT e das militâncias da esquerda, estão dispostas a pegar em armas se isso se fizer necessário. É bom que os bravateiros (e burros) da direita saibam que seus crimes, apoiados pelo judiciário (a banda podre, que é grande) e o PIG não ficarão sem resposta!

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