Petroleiros são agredidos e presos; só foram liberados após ocupação do plenário pela FUP e movimentos sociais; veja o vídeo
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Nesta terça-feira, 09, o plenário da Câmara dos Deputados Federais debateu o Projeto de Lei 4567/16, que acaba com a obrigatoriedade da Petrobrás ser a operadora exclusiva do Pré-Sal e ter participação mínima de 30% nos campos exploratórios. A sessão foi transformada em uma Comissão Geral, onde o coordenador da FUP, José Maria, junto com deputados do PT, PCdoB, PSOL e PDT reiteraram que tirar a Petrobrás da exploração do Pré-Sal é entregar a maior riqueza nacional às empresas estrangeiras, comprometendo a soberania nacional e o desenvolvimento do país.
“Esse projeto é baseado em falsas premissas, como, por exemplo, de que a Petrobrás estaria quebrada. A Petrobrás foi ao mercado agora para captar 5 milhões de dólares, captou 6 milhões e o mercado queria oferecer 15 (milhões de dólares). Alguém empresta dinheiro a uma empresa quebrada? A Petrobrás tem um endividamento alto, sim, fruto dos seus investimentos que nos levaram a descobrir o Pré-Sal e a chegar nos patamares em quer se encontra hoje. Ou alguém acha que nós chegamos a produzir 1,2 milhão de barris (diários) de petróleo no Pré-Sal da noite para o dia? Ou alguém acha que nós conseguimos fazer da Petrobrás uma das maiores empresas do mundo da noite para o dia?”, destacou o coordenador da FUP, afirmando que a Petrobrás tem plena condição de continuar sendo a operadora única do Pré-Sal.
A Comissão Geral foi realizada em um clima de muita tensão e resistência. Foram ouvidos o diretor da FUP e secretário de Relações Internacionais da CTB, José Divanilton Pereira, o consultor legislativo da Câmara dos Deputados, Paulo Lima, o ex-diretor de Exploração da Petrobrás, Guilherme Estrella, e o coordenador da FUP, José Maria, que, criticaram duramente o PL 4567. Já o ministro interino de Minas e Energia, Fernando Coelho Bezerra Filho, defendeu o projeto, assim como o líder do PSDB, deputado federal Otávio Leite (RJ), que foi veementemente repudiado pelos petroleiros, que ficaram de costas durante a sua fala.
Truculência
Desde o início da manhã, petroleiros de vários estados do país protestavam contra a entrega do petróleo brasileiro, recepcionando os parlamentares no aeroporto de Brasília com faixas e palavras de ordens em defesa da Petrobrás como operadora do Pré-Sal. Com jalecos da empresa, eles seguiram para a Câmara para acompanhar a audiência pública da Comissão Geral que debateu o PL 4567, mas foram recebidos com truculência pela Polícia Legislativa, cuja ordem era tentar impedir o acesso dos trabalhadores ao plenário.
Dois dirigentes sindicais foram violentamente atacados pelos policiais, levados presos e continuaram detidos, mesmo após a conclusão da sessão. Somente após os dirigentes e militantes da FUP e dos movimentos sociais ocuparem por mais de três horas o plenário da Câmara, eles foram liberados.
Petroleiros libertados
Os petroleiros Gustavo Marsaioli, diretor do Sindipetro Unificado de São Paulo, e Cláudio Nunes, do Sindipetro NF, foram liberados pela polícia no final da tarde desta terça-feira, 09, após permanecerem detidos por mais de cinco horas. Os dois foram arbitrariamente presos pelas Polícias Legislativa e Militar do Distrito Federal quando tentavam ingressar no plenário da Câmara dos Deputados Federais, para acompanharem a audiência pública da Comissão Geral que debateu o PL 4567/16.
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Com extrema violência, os policiais impediram o acesso dos sindicalistas, recorrendo a agressões físicas e a spray de pimenta. Eles tiveram voz de prisão decretada pelos policiais sob a absurda alegação de desobediência e resistência, só porque tentavam ingressar na Câmara para uma audiência pública. Os dois permaneceram presos, mesmo após a conclusão da sessão legislativa, e só foram soltos depois que dirigentes e militantes da FUP, dos sindicatos de petroleiros e de diversos movimentos sociais ocuparam por mais de três horas o plenário da Câmara, exigindo a liberação dos trabalhadores.
Desde o início da manhã, petroleiros de vários estados do país protestavam contra a entrega do petróleo brasileiro, recepcionando os parlamentares no aeroporto de Brasília com faixas e palavras de ordens em defesa da Petrobrás como operadora do Pré-Sal. Com jalecos da empresa, eles seguiram para a Câmara para acompanhar a audiência pública da Comissão Geral que debateu o PL 4567, mas foram recebidos com truculência pela Polícia Legislativa, cuja ordem era tentar impedir o acesso dos trabalhadores ao plenário.
Mesmo com toda a truculência da polícia e a determinação do governo golpista de Michel Temer e dos partidos políticos que apoiam o golpe de entregarem o Pré-Sal ao capital financeiro internacional, os petroleiros seguirão resistindo e defendendo a soberania nacional.




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