Mulheres em marcha em São Paulo denunciam governo interino de Temer por machismo

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Na Fiesp, mulheres mandam recado a Skaf: ‘Não nos calaremos diante desse golpe’

Rede Brasil Atual, 15.05.2016, reprodução parcial

São Paulo – Milhares de mulheres marcharam pelas ruas do centro de São Paulo neste domingo (15), contra o que consideram o governo golpista e machista do presidente interino Michel Temer, que não nomeou mulheres, negros, nem minorias em seu ministério.

O ato seguiu da região da avenida Paulista para a praça Roosevelt.

A Mídia Ninja, que transmitiu o ato, estimou a mobilização em 10 mil pessoas.

Segundo o coletivo Jornalistas Livres, o ato foi encerrado por volta de 18h30.

O trajeto da marcha começou depois de concentração na praça do Ciclista.

Passou pelo Masp, foi até o final da final da Paulista, desceu a rua da Consolação, atravessou a Praça Roosevelt, subiu a rua Augusta, saindo na Paulista novamente, “onde enfrentou alguma tensão com a PM ao passar em frente à Fiesp e que agora caminhou até Brigadeiro Luis Antônio e agora retorna para a rua da Consolação. Quanto fôlego pela Democracia”, afirma a página do Jornalistas Livres no Facebook.

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“Hoje nós voltamos à Fiesp para mandar um recado para aos empresários e para o Skaf, que nós não nos calaremos diante desse golpe, e se eles acharam que nos enterraram, se enganaram. Nós somos sementes e essa semente está dando fruto pelo país todo, não é só em São Paulo, é no país e no mundo. Diremos não ao retrocesso, nenhum passo atrás e nenhum direito a menos. Se a Fiesp continuar achando que pode meter o dedo nos direitos trabalhistas, ela que se prepare, porque hoje ocupamos a Paulista, amanhã pode ser a Fiesp”, gritaram as mulheres contra Temer na Av. Paulista, segundo a Mídia Ninja.

“O ato hoje é em repúdio à entrada de Michel Temer porque achamos que o governo de Dilma Rousseff era um governo legítimo, que entrou pelo voto direto. Achamos que o processo de impeachment tem inúmeras ilegalidades. O Michel Temer deveria estar inelegível por oito anos. Ele é um político ficha-suja”, disse Luiz Dantas, organizador do ato e membro do Coletivo Frente pela Democracia.

O protesto também teve apoio dos movimentos União Brasileira das Mulheres e da Marcha Mundial das Mulheres, que lideraram a caminhada.

Durante o trajeto, os manifestantes gritaram “Fora Temer”, e “Não tem arrego” e palavras de apoio a Dilma. Muitos deles seguravam faixas de Fora Temer. Alguns políticos participaram da marcha, como o deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP).

Equipe ministerial

Além de protestar contra o processo de impeachment, que afastou a presidenta Dilma Rousseff por até 180 dias, Dantas disse que o ato também protesta contra a falta de mulheres e de negros no atual ministério – anunciado por Temer na semana passada.

“Não vemos negros, não vemos mulheres e isso é um retrocesso”, falou ele à reportagem da Agência Brasil.

Eles também protestam contra a extinção de alguns ministérios por Temer. “Michel Temer não foi eleito. Então, se a Dilma não volta por conta desse processo de impeachment, então que se tenha novas eleições e que o povo decida quem ele quer”, acrescentou Dantas.

Em um jogral, repetido por todos os manifestantes antes do início da caminhada, os manifestantes gritaram “Fora Temer” e disseram que não vão aceitar o que chamaram de eleições indiretas.

“Não aceitaremos eleições indiretas feita pelos deputados e apoiada pelos senadores”, cantaram os manifestantes. “Eleições diretas. Poder ao povo. Fora Temer”, gritaram.

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