Movimento denuncia ao MP organização que militariza crianças e jovens de Florianópolis: ”Criminoso!”; fotos, vídeo e documento

Tempo de leitura: 2 min
Qualquer semelhança entre o que acontece hoje em Santa Catarina e o fascismo na Itália nas décadas de 1940 e 1950 não é mera coincidência. À esquerda, imagem da autodenominada Força Pré-Militar Brasileira de Florianópolis. À direita, a formação militar desde a infância no governo de Benito Mussolini, na Itália, figura fundamental para a criação do fascismo

Imagens do panfleto de divulgação do programa da organização que visa à militarização de crianças e jovens de Florianópolis (SC).

Culto à violência desde a infância

Movimento Humaniza SC

O Movimento Humaniza SC protocolou junto ao Ministério Público de SC e a Procuradoria de Justiça da Infância e Juventude de Santa Catarina, representação assinada pelos membros de nossa diretoria, contra a organização autodenominada FOPE – FORÇA PRÉ MILITAR BRASILEIRA de Florianópolis.

Levamos ao conhecimento das autoridades que esta empresa agride frontalmente o ECA- Estatuto da Criança e do Adolescente ao aliciar jovens para práticas nocivas a seu pleno desenvolvimento físico e psíquico, sob o disfarce de instituição “focada no desenvolvimento humano e social”, de ensinar valores como hierarquia, disciplina, respeito a símbolos nacionais, valorização da família, ordem unida, ética e civismo“.

Qualquer semelhança entre o que acontece hoje em Santa Catarina e o fascismo na Itália nas décadas de 1940 e 1950 não é mera coincidência. À esquerda, imagem da autodenominada Força Pré-Militar Brasileira de Florianópolis. À direita, a formação militar desde a infância no governo de Benito Mussolini, na Itália, figura fundamental para a criação do fascismo

É criminoso o que parte da sociedade está fazendo com as crianças. Há relatos de meninos de 5 anos de idade que participam da “formação militar” desta organização.

Assim disseminamos o ódio e a violência; assim criamos adultos cuja infância foi deixada de lado.

Quem serão essas pessoas no futuro?

No vídeo abaixo, a diretora do MOVIMENTO HUMANIZA SC, Ideli Salvatti, usou a palavra na audiência pública do COMSEG, na Assembleia Legislativa de SC, denunciando o FOPE.

Abaixo, a íntegra da representação

fope-representacao-imprensa2

Leia também:

Deputados denunciam ao STF invasão de moradias de assentados por bolsonaristas da CPI do MST: ‘Condutas abusivas e criminosas’

Israel bombardeia campo de refugiados de Jenin; forças palestinas pedem que seja excluído na ONU; vídeos


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Zé Maria

“Faz muito bem o MEC ao acabar
com as escolas hitlerianas,ergh,
cívico-militares
Projeto de militarização da sociedade,
que objetivava perpetuar as mentiras
da ditabranda.”

https://twitter.com/luizazenha23/status/1679119742592860162

Zé Maria

https://m.media-amazon.com/images/I/81eA4O3TEqL._SY342_.jpg

Num clima de profunda incerteza quanto ao seu destino
e o consequente tsunâmi de histeria suicida, os alemães
vislumbravam que quase tudo que era Lei ou Fundamento
Doutrinário Ideológico do Regime Nazista passaria a ser
inevitavelmente visto como Crime contra a Humanidade,
após o Desmoronamento e Fim do Terceiro Reich.
Uma Conivente Culpa a ser Enfrentada, Agravada pela
Onda Suicida Cúmplice para Fugir às Responsabilidades.

Adolf Hitler assegurou-se de que toda a sua equipe tinha recebido
sua cota de veneno; já havia declarado que o suicídio era apenas
uma fração de segundo em que se é redimido de tudo e se encontra
tranquilidade e paz eterna.

Foram distribuídas instruções detalhadas sobre como enforcar-se
com um mínimo de dor.

No fundamentalismo nazista prevaleceu a prática do suicídio
ao invés de aceitar a derrota.

A Juventude Hitlerista distribuiu pílulas de cianureto para o público
durante o último concerto da Filarmônica de Berlim, sob o Nazismo.

O veneno mais consumido era o cianureto de potássio, muito procurado
em virtude de oferecer a possibilidade de uma morte rápida e qualquer
farmacêutico conseguir produzi-lo artesanalmente.

Como se fosse um pouco de leite no café, bastava adicioná-lo a uma taça
de vinho, comentava, com profundo mau gosto, a elite do regime nazista,
que levava consigo cápsulas de cianureto que planejava usar no caso de
cair nas mãos do inimigo.

No cemitério de Demmin, um monumento lembra a tragédia
que tomou conta do lugar em 1945.

Demmin, uma pequena cidade no estado de Mecklemburgo-Pomerânia
Ocidental, no nordeste da Alemanha, 230 km ao norte de Berlim, à época
com 15 mil habitantes.

Justamente no mesmo dia em que Hitler se matou com um tiro dentro de
seu führerbunker em Berlim, os soldados vermelhos cercaram a cidade.

A população entrou em pânico. Em apenas três dias, quase mil pessoas
se suicidaram pouco antes ou logo depois da destruição de Demmin.

Os rios se tornaram cemitérios durante semanas e os trabalhos para retirar
os corpos da água se estenderam até julho de 1945.

O fato de a cidade ter prestado maciço apoio à causa nazista, desde
a maior votação percentual nos nazistas em 1933 até uma ampla
perseguição a judeus e comunistas, posicionando-se largamente
como cúmplice dos crimes de guerra perpetrados, fez com que
grande parte dos cidadãos de Demmin se vissem como objeto de
vingança e passíveis de execuções pelos crimes que cometeram,
assim julgados por preferirem morrer a ter que viver em um mundo
que não fosse governado pelos nazistas.

Mães e pais matavam os filhos por afogamento, estrangulamento ou
com um tiro na cabeça, para, em seguida, na maioria das vezes,
fazer o mesmo consigo.

A desgraça marcou para sempre a vida de muitas pessoas que assassinaram
seus filhos, mas que posteriormente não tiveram a coragem de se suicidar.

Apenas um homem de Demmin, dentre os inúmeros que sobreviveram
depois de trucidar a família, foi julgado pelo crime:
o assassinato da esposa e dos dois filhos a tiros.

O julgamento terminou com absolvição porque os juízes
consideraram o pai à mercê de uma situação extrema,
sem culpabilidade e livre de sanção penal, juridicamente
caracterizada como excludente de ilicitude.

As vítimas da tragédia de Demmin foram sepultadas
em uma cova coletiva.
Os mortos eram enterrados apenas com a roupa
que usavam no desfecho final e em caixões de papelão
– com tantos cadáveres em tão pouco tempo,
não havia mais caixões de madeira disponíveis.

As lápides, improvisadas, às vezes nem revelavam os nomes,
apenas descrições sobre como ocorreu a morte, a saber:
“menina enforcada pelo avô”, “menino afogado pela mãe”
ou “crianças levadas pela mãe ao suicídio”.

Manfred Schuster tinha 10 anos quando foi testemunha
da tragédia de Demmin.
Ele viu uma mãe pular no rio Peene com os filhos pequenos
amarrados junto ao seu próprio corpo por meio de uma corda
de varal.
Duas das crianças conseguiram se desamarrar e nadar até
a margem, de onde assistiram à derradeira luta dos seus
outros irmãos para não afundar nas águas junto com a mãe
– lembrou Schuster, já com 80 anos, filho de um soldado
da Wehrmacht.

Bärbel Schreiner, então uma menina de 6 anos, esteve a ponto
de não se safar dessa loucura coletiva.
Se não fosse seu irmão convencer sua mãe a não reproduzir
o que tantos pais faziam com os seus filhos naqueles dias.
“Mamãe, nós não, por favor!”.
Enquanto Schreiner observava o rio Peene, cheio de cadáveres.
“Ainda me lembro da água avermelhada pelo sangue.
Sem essa intervenção de meu irmão, tenho certeza de que
minha mãe teria afogado a nós dois”, afirma, com a voz
embargada, essa mulher de 76 anos.

Karl Schlosser, de 80 anos, se recorda como escapou da tentativa
da mãe de matá-lo com uma navalha de barbear:
– Minha mãe então partiu para matar os outros dois filhos e seu pai,
meu avô, para depois se suicidar, em vez de viver em uma cidade
dominada pelas tropas soviéticas de Stálin – ressalta Schlosser.

Ele acompanhou a epidemia de suicídio em sua cidade natal
como a principal rotina do final da guerra.

Todos os dias, via corpos sendo levados pela correnteza do rio,
adultos e crianças enforcados, ainda pendurados nas árvores,
ou pessoas mortas com a fisionomia desfigurada por conta
do veneno ingerido, mal percebendo que o pior Veneno era
o próprio Nazismo. .

(Texto Editado e Adaptado da Resenha “Suicídios Foram Rotina
na Queda do Terceiro Reich”, de Antonio Carlos Gaio, sobre o
Livro de Lucian Huber “Kind, versprich mir, dass du dich erschießt:
Der Untergang der kleinen Leute 1945”]

Zé Maria

Livro (Título Original, em Alemão)

“Kind, versprich mir, dass du Dich Erschießt:
Der Untergang der Kleinen Leute 1945”

[“Criança (Filho/Filha), prometa-me
que Você Atirará em Si Mesmo:
a Queda dos Pequeninos em 1945”]

JULIAN HUBER

[Adendo ao Comentário 09/07/2023 – 05h07]

Zé Maria

https://pbs.twimg.com/media/ESwOiGvXsAAOmZF?format=jpg

Livro: “Promise me You’ll Shoot Yourself:
The Mass Suicide of Ordinary Germans in 1945”

Autor: FLORIAN HUBER

https://twitter.com/lbsparkbooks/status/1237379982915252224

Zé Maria

https://ensinarhistoria.com.br/s21/wp-content/uploads/2019/03/Adolf-Hitler-com-Blondi-e-Eva_Braun-junho-de-1942-768×570.jpg

https://ensinarhistoria.com.br/s21/wp-content/uploads/2019/03/oseph-Goebbels-esposa-Magda-e-seis-filhos.-Vestindo-uniforme-militar-o-enteado-de-Goebbels-Harald-Quandt-o-%C3%BAnico-membro-da-fam%C3%ADlia-a-sobreviver-%C3%A0-guerra-1-1-1944.jpg
.
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Infanticídio em Nome do Nazismo

Os Nazi-Fascistas são tão Covardes
que, quando Acossados, não exitam
em matar suas próprias Crianças,
para depois suicidarem-se.
.
.
Desde 16 de janeiro de 1945, Hitler se mudara para o FührerBunker
onde passou a residir e a se reunir com seus altos oficiais.

Ali ele acompanhou a rápida desintegração do Terceiro Reich
frente os avanços dos Aliados nas duas frentes, leste (URSS)
e oeste (Inglaterra/França/EUA).

Sua última aparição pública foi em 20 de abril, dia de seu aniversário,
quando condecorou alguns membros da Juventude Hitlerista.

Em um pronunciamento na rádio, o Braço Direito de Hitler, Joseph Goebbels,
Ministro de Propaganda e Mentor Intelectual da Alemanha Nazista,
esforçou-se por manter o otimismo das tropas e da população alemã
anunciando:
“A Alemanha é e continua sendo o país da lealdade. […]
A história nunca pode dizer que nesse momento crucial
um povo abandonou seu líder, nem que um líder abandonou
seu povo. Esta é a vitória!”

Dois dias depois, diante das notícias de derrota iminente,
Adolf Hitler teve uma explosão de raiva sem precedentes.
Nesse momento, teria afirmado a sua vontade de cometer
suicídio (ROPER: 1992).

No final de abril, as forças soviéticas tinham entrado em Berlim
e começaram a avançar em direção ao centro da cidade
onde estava localizada a Chancelaria que ocultava o FührerBunker.

A notícia da execução de Benito Mussolini, seu aliado, na Itália,
perturbou ainda mais Hitler confirmando sua vontade de cometer
suicídio para não ter um destino semelhante.

Pediu aos seus oficiais que destruíssem seu corpo para evitar
qualquer exposição e humilhação pública.

A cremação foi assistida por um grupo de oficiais, entre os quais estava Joseph Goebbels.

Parados junto à porta do bunker, eles ergueram os braços em saudação
ao Füher morto.

Goebbels e sua esposa Magda seguiram o mesmo caminho:

SUICIDARAM-SE DEPOIS DE TEREM MATADO,
POR ENVENENAMENTO, SEUS 6 (SEIS) FILHOS
(5 MENINAS E 1 MENINO, ENTRE 5 E 12 ANOS).

As crianças foram assassinadas na noite do dia 1° de maio de 1945.

Joseph e Magda Goebbels mataram primeiro as filhas Helga, de 12 anos,
Hilde, 11 anos, Holde, 8 anos, Hedda, 6 anos, e Heide, de 4 anos, bem como
o único filho, Helmut, de 9 anos -todos os nomes começavam com H
em homenagem a Hitler-, antes de dar fim às suas próprias vidas.

O Exército Vermelho chegou ao jardim da Chancelaria aproximadamente
às 23 horas, cerca de 7 ou 8 horas após a morte de Hitler e Braun.

Entre os dias 2 e 5 de maio, os soldados soviéticos encontraram os corpos
carbonizados de Hitler e Eva, além dos cadáveres de dois cachorros que
poderiam ser da cadela Blondi e seu filhote Wulf, cães de estimação de
Hitler.

Os corpos dos seis filhos do casal Goebbels foram encontrados deitados
nos beliches, com roupas de dormir e fitas enlaçadas nos cabelos,
quando as tropas soviéticas encontraram o bunker.

“A vida no mundo que vai chegar, depois do Führer e do Terceiro Reich,
não vale a pena”, escreveu Magda na carta de despedida ao seu filho
mais velho e enteado de Goebells, Harald Quandt, o único que sobreviveu.

Harald (1921-1967), que por parte de pai pertencia à família dos magnatas
da empresa BMW, era filho do 1º casamento de Magda com o industrial
Günther Quandt, de quem ela se divorciou para casar, mais tarde, com
o nazista Joseph Goebbels.

Mais Detalhes em:
https://ensinarhistoria.com.br/linha-do-tempo/suicidio-de-adolf-hitler-e-eva-braun-alemanha/
https://racismoambiental.net.br/2020/01/19/o-morbido-suicidio-de-goebbels-e-seus-filhos-apos-a-morte-de-hitler/
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Zé Maria

https://pbs.twimg.com/media/F0ctHGzXoBYm5uN?format=jpg

Tá explicado como foi Eleita a Deputada que usa a tiara da Eva Broun.

https://pbs.twimg.com/media/F0gjeg4XoAAW6r_?format=jpg

Zé Maria

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PF PRENDE MEMBRO DA QUADRILHA DO AGRO DA AMAZÔNIA
Menos um AgroGolpista Desmatador Escravista circulando na Amazônia
e planejando e financiando Atentados Terroristas a Bomba em Brasília
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“Pecuarista e Agro-Empresário Ricardo Guimarães
foi preso por suspeita de financiar atentado ao aeroporto de Brasília.
Ele foi vice-prefeito de Itupiranga (PA),
onde administrava fazenda multada por desmatamento e trabalho escravo.
PF prendeu o golpista em flagrante.”

https://t.co/vHxKUrFflm
https://twitter.com/PintoEmmanoel/status/1677378801502920706
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Pecuarista paraense entra na mira da PF por terrorismo

[ Reportagem: Katarina Moraes & Tonsk Fialho | De Olho Nos Ruralistas ]

A tentativa de atentado a bomba no Aeroporto Internacional de Brasília,
em 24 dezembro de 2022, pode ter sido financiada por líderes ruralistas
do Pará.

É o que aponta a Operação Embarque Negado, da Polícia Federal (PF),
que cumpriu seis mandatos de prisão nesta quinta-feira (06).

Em Marabá (PA), a operação teve como alvo a residência do pecuarista
e empresário Ricardo Guimarães de Queiroz, preso em flagrante.

Em sua casa foram apreendidos dois revólveres sem registro de posse
e munição.

Vice-prefeito de Itupiranga (PA) entre 2017 e 2020 na chapa de José Milesi (MDB),
Guimarães preside o Sindicato dos Produtores Rurais de Marabá.

Ele foi denunciado no ano passado pelo Ministério Público Federal (MPF)
por incitar as manifestações golpistas que bloquearam estradas por
todo o país contra a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O pecuarista foi apontado como um dos organizadores do acampamento
golpista montado em frente ao 52º Batalhão de Infantaria de Selva, em
Marabá, onde ele e outros membros do sindicato distribuíram carne para os
mega-churrascos organizados à beira da Rodovia Transamazônica.

À época, ele convidou, em vídeo, os produtores rurais e
“pais de família” para integrar o bloqueio das estradas:

“Já recebemos ordem judicial e não respeitamos ela.
Vamos estar aqui, presentes, hoje e amanhã.
Já recebemos doação de comida, tem churrasco, tem bebida.
Estamos precisando do povo, que não entrega o país na mão
de um ladrão, na mão da corrupção”.

A convocação foi feita diante de uma fila de pneus em chamas.

Os demais alvos da operação foram Josi Paula Koch Oliveira de Souza,
Rogério Oliveira Neves, Kleber Mendes Pessoa e o casal Elton Jorge Pereira
e Adriana Hanae Izawa, investigados por ter financiado o transporte para
Brasília dos terroristas George Washington de Oliveira Sousa e Alan Diego
dos Santos Rodrigues — condenados pela Justiça — e de Wellington Macedo,
ex-assessor de Damares Alves.
Macedo está foragido desde dezembro, refugiado em uma fazenda,
como ele mesmo contou em entrevista à Folha.

A investigação adiciona um novo capítulo sobre a participação
do agronegócio nos atos terroristas.

Em maio, De Olho nos Ruralistas publicou o dossiê “As Origens Agrárias
do Terror”, mostrando a conexão de George Washington com os pecuaristas
Bento Carlos Liebl e Ricardo Pereira da Cunha.

A publicação foi levada à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI)
dos Atos de 8 de Janeiro, durante sessão de inquérito com o terrorista,
em 22 de junho.

Os dados basearam dois requerimentos da deputada Duda Salabert (PDT-MG),
que pedem a convocação de Liebl e Cunha.

FICHA CORRIDA DO AGRO-MELIANTE

Nascido em Carmo do Paranaíba (MG), Ricardo Guimarães possui
um dos maiores rebanhos de gado de Itupiranga, no estado paraense.
Em 1992, tornou-se “cidadão itupiranguense” e, em 2017, “cidadão do Pará“,
em decreto assinado pelo deputado estadual Raimundo Santos (PSD/PA).

O bolsonarista foi dono de uma rede de televisão em Marabá,
a “R. R. Rede Comunicação”, junto ao então sócio Raimundo
de Oliveira Filho, um ex-superintendente regional do Instituto
Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), condenado
por improbidade administrativa em 2017 pela Justiça Federal.
De acordo com o processo, Raimundo liberou R$ 1,9 milhão
em verbas públicas para uma empresa recuperar vias
não pavimentadas e pontes em assentamentos.
O serviço jamais foi entregue.

Em sua prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 2016,
Ricardo declarava ser dono de outra empresa, a “R G de Queiroz Ltda”,
com sede em Itupiranga (PA).
O mesmo CNPJ declarado pelo líder ruralista aparece em nome da
“Gar Lucena Agropecuária”, que tem como sócio o fazendeiro
José Maurício da Silva Lucena.
Em 2019, o pai e o irmão de Maurício, José Iran da Silva Lucena e
Matheus da Silva Lucena, foram presos pela Delegacia Especializada
em Conflitos Agrários (Deca), apontado como o chefe de uma milícia
rural armada que atuava contra posseiros e sem-terra no sudeste do Pará.

SENADOR ZEQUINHA MARINHO SE DIZ AMIGO DO PECUARISTA PRESO

As conexões de Ricardo Guimarães não impediram que ele fosse
homenageado publicamente no Senado.

Na última quarta-feira (04), o senador Zequinha Marinho (Podemos/PA)
cumprimentou o bolsonarista no plenário, ao divulgar a Feira de Exposição
Agropecuária de Marabá (Expoama).
“Eu quero aqui cumprimentar o presidente do sindicato rural de Marabá,
nosso amigo e produtor rural, Ricardo Guimarães, o seu vice-presidente,
o nosso querido Nenê do Manelão, toda a diretoria do sindicato, assim
como também da Expoama”, disse.

O senador paraense esteve no evento de abertura da Expoama,
uma cavalgada realizada no sábado.
De Olho nos Ruralistas estava lá.
Ele parou em frente do Atacadão, na Rodovia Transamazônica,
para ser homenageado pelos participantes.
Em conversa com populares, minimizou o sofrimento dos cavalos
em anos anteriores, quando ainda não tinham sido proibidas
as esporas e as charretes:
“É tudo reta”, avaliou. “O que não pode é usar o cavalo até a
sexta-feira e trazer o bicho aqui para a cavalgada no sábado”.

Foi Zequinha quem deu o aval, em novembro de 2022 — um mês antes
do atentado frustrado ao aeroporto de Brasília — para que George Washington
participasse de uma audiência pública no Senado, organizada pelo também
senador Eduardo Girão (Novo-CE), onde os participantes questionaram o
sistema eleitoral e pediram um golpe militar.

Nenê do Manelão, citado por Zequinha, é o apelido de Antônio Vieira Caetano.

Ele e Ricardo são citados no mesmo processo do MPF sobre os atos
terroristas.

Uma medida cautelar impediu que os dois fizessem postagens em redes
sociais “voltadas a conferir descrédito ao sistema eleitoral brasileiro”,
sob pena diária de R$ 100 mil.

ACUSADO TEM HISTÓRICO DE INFRAÇÕES AMBIENTAIS E TRABALHISTAS

Dados do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra)
mostram que Ricardo Guimarães possui duas fazendas no Pará:
a Escondida, de 4,1 mil hectares, em Itupiranga, e a Boa Esperança,
de 2 mil hectares, em Marabá.

Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (Ibama), o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de
Marabá era, até 2002, o administrador da Fazenda Santa Luzia, também
em Itupiranga.

Em outubro daquele ano, Ricardo recebeu uma multa de R$ 27,5 mil
pela derrubada de árvores nativas em 91,96 hectares de área de proteção
ambiental do imóvel.
Ele recorre até hoje da autuação, alegando não ser o proprietário das terras.
O imóvel está registrado no Incra em nome de Paulo Veloso dos Santos,
um produtor de café de Minas.
Em 2016, ele doou R$ 3 mil para campanha de José Milani à prefeitura
de Itupiranga, na qual Guimarães foi eleito vice-prefeito.

Ainda em 2002, a Fazenda Santa Luzia recebeu um auto de infração
do Ministério do Trabalho por manter os empregados em condições insalubres.
Uma vistoria presencial do órgão constatou que os trabalhadores
da fazenda eram privados de descanso semanal remunerado,
assistência médica, ferramentas necessárias para exercício das
atividades, primeiros socorros ou condições de água apropriada
para o consumo humano.
Eles também tinham os salários retidos e eram mantidos em
alojamentos sem privacidade.

DOSSIÊ MOSTRA AS ORIGENS HISTÓRICAS DO TERRORISMO DO AGRO
https://deolhonosruralistas.com.br/wp-content/uploads/2023/05/capa-origensterror-724×1024.png

Ao longo das décadas, foram múltiplas ações violentas encabeçadas
por atores do agronegócio que podem ser enquadradas como precursoras
do terrorismo agrário.

Um desses episódios foi o “Leilão da Resistência”: em 07 de dezembro
de 2013, em Campo Grande, produtores sul-mato-grossenses arrecadaram
R$ 640,5 mil para resistir, com armas, contra as retomadas Guarani Kaiowá
no Sul do estado, emulando as táticas de arrecadação adotadas nos
anos 80 pela União Democrática Ruralista (UDR), também destacadas
no dossiê “As Origens Agrárias do Terror“.

A temática indígena foi o principal motivo da ruptura da Frente Parlamentar
da Agropecuária (FPA) com Dilma Rousseff, após o governo autorizar,
em 2012, uma inédita ação de desintrusão, na Terra Indígena Marãiwatsédé, no Mato Grosso. Líderes do setor promoveram um estardalhaço midiático,
condenando a política fundiária do governo. Insatisfeitos com a petista,
os ruralistas se fixaram como oposição dentro e fora do Congresso.

Dos 367 votos favoráveis ao impeachment de Dilma Rousseff, como mostrou
o De Olho nos Ruralistas, fundado naquele ano, metade saiu de deputados
filiados à frente da agropecuária [a maioria das “Bancadas do Boi e da Bala”].

Com a ascensão de Michel Temer (MDB) ao poder, o alinhamento entre ruralistas e governo foi automático.
Durante seu governo, o Brasil saltou à primeira posição no ranking mundial
de países mais perigosos para atuar em defesa da terra, das florestas e rios.

Segundo a ONG Global Witness, um quarto (57) dos assassinatos
por conflitos no campo registrados em 2017 ocorreu no Brasil.

O período teve um recorde histórico de conflitos no campo — 1.547 registros
em 2018, segundo o relatório Conflitos no Campo, da Comissão Pastoral
da Terra (CPT).
Esse número foi ultrapassado durante o governo de Jair Bolsonaro, em 2020, com 2.054 conflitos.

Esses casos incluíram uma proliferação inédita de atentados cometidos
contra o patrimônio e os servidores de órgãos ambientais e indigenistas.

Em julho de 2017, madeireiros atacaram uma carreta que transportava
caminhonetes do Ibama em Novo Progresso (PA), para impedir que
os veículos fossem usados em ações de fiscalização.
Três meses depois, em 27 de outubro de 2017, criminosos incendiaram
as sedes do Ibama e do Instituto Chico Mendes em Humaitá (AM),
em represália a uma operação de combate ao garimpo ilegal
no Rio Madeira.

Ainda em 2018, pouco tempo após a vitória eleitoral de Bolsonaro,
em 22 de dezembro, foi a vez da Fundação Nacinal dos Povos Indígenas (Funai),
na época Fundação Nacional do Índio — que já tinha sido alvo,
em dezembro de 2013, de ataques com coquetel molotov,
em Humaitá (AM).

Conheça o histórico completo do terrorismo agrário no Brasil
lendo o dossiê.
https://deolhonosruralistas.com.br/2023/05/08/dossie-mostra-face-agraria-do-terror-no-brasil/

Clique para baixar aqui:
https://deolhonosruralistas.com.br/wp-content/uploads/2023/05/As_Origens_Agrarias_do_Terror_2023.pdf

https://deolhonosruralistas.com.br/2023/07/06/pecuarista-paraense-entra-na-mira-da-pf-contra-o-terrorismo

Leia também:

https://deolhonosruralistas.com.br/wp-content/uploads/2023/01/IMG-20230126-WA0034-212×300.jpg

“Quem é o deputado que recebeu George Washington, o terrorista nº 1”

“Financiado por mineradoras e por dono de frigoríficos,
Joaquim Passarinho (PL-PA) defende o garimpo
em terras indígenas, como a dos Yanomami;
os dois se encontraram no dia 23 de novembro,
um mês antes da tentativa de atentado
no aeroporto de Brasília”

https://deolhonosruralistas.com.br/2023/01/27/quem-e-o-deputado-que-recebeu-george-washington-o-terrorista-no-1/

Zé Maria

.

Mas o que é isso, cara ?!?

Infância Hitlerista ?!?

.

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