Foto de deputada vestida com camiseta de Bolsonaro bomba nas redes sociais

Tempo de leitura: < 1 min
Reprodução redes sociais

Da Redação

A denúncia foi feita por alguém que se identifica como ex-aluno da professora Ana Campagnolo, agora deputada estadual eleita por Santa Catarina.

Veio acompanhada de fotos, que mostram Ana definitivamente vestida com uma camiseta com o rosto de Jair Bolsonaro — aparentemente numa sala de aula.

O perfil de Igor, @poetjjong no twitter, diz:

essa é ana campagnolo, minha ex professora agora deputada estadual que apoia e faz propaganda do “escola sem partido”. professora ana, lembra do dia que vc usou uma camisa do bolsonaro nas aulas?? pq eu sim! ainda por cima posando pra foto com aluno tsc tsc…

Na noite desta quarta-feira, a mensagem havia sido retuitada 7.600 vezes, com 18 mil likes.

É que a deputada Ana, assim que Bolsonaro foi eleito, disseminou nas redes sociais uma mensagem pedindo que alunos denunciassem professores críticos do neofascista em sala de aula.

Ofereceu um número de whatsapp e sugeriu que as críticas fossem gravadas em áudio ou vídeo.

Ana, que é evangélica, defensora do Escola Sem Partido e do mesmo partido de Bolsonaro, o PSL, foi denunciada por entidades ligadas aos professores.

Ela teria incitado à violação, por exemplo, da lei que impede o uso de celulares nas salas de aula de Santa Catarina.

O Ministério Público abriu uma investigação.

Um petição pelo impeachment de Ana já atingiu quase 350 mil assinaturas.

As fotos da agora deputada com a camiseta de Bolsonaro, no entanto, podem demonstrar hipocrisia pura e simples: ela pratica o Escola Com Partido?

PS do Viomundo: Na sua página do Facebook, a deputada disse que colocou a camiseta de Bolsonaro na escola, fora do horário de aulas, a pedido de um aluno, apenas para tirar a foto — e que jamais lecionou vestida de bolsonarete.


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Comentários

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a.ali

vive num apto. do programa petista minha casa minha vida, é fanática religiosa empunhando arma e prof. de historia e, cfe. os alunos de categoria péssima professora

RONALD

Essa “professora” não representa as verdadeiras PROFESSORAS !!!!

P Gama

Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo (Paulo Freire)

Sem a cientificidade de qualquer pesquisa, mas por mera observação das ruas e dos jovens de meu convívio, detectei uma semente muito alvissareira do ponto de vista político, da qualidade de nossa massa crítica, assim como outros já expuseram (por exemplo, Luis Nassif em seu GGN). Refiro-me ao evidente superengajamento e rápido amadurecimento político dos jovens universitários, pós-universitarios, a faixa dos 18 a 28 anos. Notadamente acadêmicos dos grandes e médios centros, como se sabe, formadores de opinião. Eles não têm histórico de militância (a não ser, talvez, para alguns, a semente plantada desde as ocupações das escolas em 2016); não são petistas, tucanos, antipetistas, progressistas ou liberais de raiz. Não embarcaram no discurso fácil e superficial do “sou-contra-tudo-isso-que-tá-aí”. Despertaram – e em profundidade – para a vida política em poucas semanas (arrisco dizer que em 3 semanas, entre o primeiro e segundo turno, processando velozmente a facilidade de acesso às informações, próprias da pós-modernidade, eles acumularam mais estofo político do que no restante de suas vidas). Trazem o traço contestatório próprio de sua geração e, com isso, repudiam o autoritarismo, qualquer autoritarismo. Têm formação científica e, com isso, não aceitam passivamente dogmas morais impostos por uma geração desmoralizada (ou imoralizada). A alienação política da juventude brasileira, pós-geração de 60/70, teve apenas alguns espasmos de ativismo puro (anistia ampla, geral e irrestrita; diretas-já), uma vez que outros movimentos que envolveram os jovens foram claramente manipulados, exponencializados, patrocinados (maior exemplo: os cara-pintadas). Hoje não. O engajamento que se observa não foi patrocinado pela mídia (pelo menos, não deliberadamente). Mas tomou corpo apesar dela, que em boa medida (ressalvados os meios de comunicação que na fase final da disputa aderiram ao lider das pesquisas) se manteve ébria e sem rumo com o crescimento do discurso fascista (que ajudou a criar com sua pauta pseudo-moralista), sem saber se o combatia ou se seguia no discurso do mercado, voz da elite, “denunciando” e demonizando o de sempre: as conquistas e aspirações sociais, além da própria Política que cuidou de criminalizar, mantendo-se surda até mesmo à mídia internacional. Isto – o aculturamento e engajamento político do jovem formador de opinião – pode ser o maior legado desse processo doído e cortante (como uma “outra” facada no abdômen, cuja ferida revela o paradoxo de um democrático autoflagelo da democracia, um verdadeiro harakiri). A dedicação de parcela de seu tempo à política com “P” maiúsculo, a bem do País, não pode ser pontual, menos ainda, passageira ou fátua. Há que encontrar seu espaço permanente, em meio aos livros, ao lazer (e “games”) e às aspirações consumistas. E germinar, crescer, espraiar-se. As forças políticas tradicionais têm que se ombrear a esses jovens, dar-lhes o adubo da experiência, adaptar-se a eles, ensinar, mas, sobretudo, aprender com eles. Só assim vamos ter um engajamento perene e de qualidade, um avanço de cidadania. Só assim haverá uma verdadeira resistência às tendências ditatoriais, de forma a permitir o ressurgimento de um espírito democrático arraigado, maduro, cascudo e inquebrantável. Só assim voltaremos a ser uma nação altiva, verdadeiramente livre e soberana!

    Therezinha Hild

    Texto brilhante, uma reflexão lúcida e coerente! Gostaria de compartilhar o seu comentário em grupos políticos que participo, se possível, pois é de suma importância que muitas pessoas tivessem acesso, o lessem! Grata!

miriam machado

O sul do Brasil é (sempre foi) uma fábrica de nazistas. Triste região essa do Brasil. Não muda nunca. Comentário novo.

Paulo Roberto de Oliveira

Pelo que entendi então é o Escola sem Partido de esquerda. Se for de direita não tem problema.
Em tempo: pode ser que eu me engane, mas essa jovem tem pinta de quem sonha em liderar algum movimento que pode levar um nome tipo “Juventude Bolsonarista”.

henrique de oliveira

Essa besta do estado islâmico vai ser investigada pelo MPF de Santa Catarina , não que isso seja grandes coisas uma vez que o judiciário brasileiro virou um partido político a serviço da extrema direita , mas nas ruas ninguém protege essa tonta.

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