Filho desmente fala de sua mãe e aliada de grupo bolsonarista à CPI do MST: “Infelizmente, foi cooptada”, diz ele em vídeo

Tempo de leitura: 2 min
Vanuza Santos ao lado de Ricardo Salles, durante depoimento à CPI do MST, nesta terça, 8 de agosto. Foto: Reprodução/Youtube

Filho de depoente da CPI do MST desmente a mãe, aliada de grupo bolsonarista no sul da Bahia

“Infelizmente, minha mãe foi cooptada”, lamentou o sem-terra em vídeo divulgado após depoimento de Vanuza dos Santos

Por Igor Carvalho, Brasil de Fato | São Paulo (SP) 

O assentado Cássio Souza Santana, membro do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), gravou um vídeo nesta terça-feira (8) desmentindo o depoimento que sua mãe, Vanuza dos Santos de Souza, prestou mais cedo à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST, na Câmara dos Deputados.

Vanuza é ex-integrante do movimento e hoje é aliada de grupo bolsonarista acusado de perseguir membros do MST no sul da Bahia.

“Essas questões não são fáceis para mim, mas são verdades que precisam ser ditas, porque elas constituem um ataque a um coletivo nacional que tem uma importância muito grande nesse país”, afirmou Santana em vídeo.

Em depoimento à CPI, Vanuza Santos atacou o MST. “Eu comecei a não querer mais participar das atividades do movimento e passei a ser perseguida, com ameaças de me mandarem embora e desocupar o lote”, disse a ex-integrante do movimento, em resposta às perguntas do deputado federal Ricardo Salles (PL-SP), ex-ministro do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Infelizmente, a partir de 2019, aquilo que era um sonho para mim e minha mãe, de ter um pedaço de terra, foi por água abaixo por causa de um direcionamento do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, e pessoas ligadas a ele, como o Liva, que vai depor na CPI”, acusou o integrante do MST.

Liva é Elivaldo da Silva Costa, ex-membro do movimento, acusado por famílias assentadas de comandar um grupo bolsonarista que “aterrorizava” assentamentos do MST no sul da Bahia.

Seria esse grupo, de acordo com Santana, que teria agido para levar terror aos assentamento.

“Infelizmente, minha mãe foi cooptada. Em 2021, Liva e Nil [que também é ex-integrante do movimento], junto com outros antigos acampados aqui [no sul da Bahia], fizeram um ataque a uma caravana do MST que estava vindo de uma atividade, indo para outra, e eles atiraram no ônibus, colocaram fogo, causaram tumulto no acampamento e sequestraram pessoas”, detalhou Santana.

Em abril de 2021, após uma série de acusações de Vanuza contra o movimento, o MST denunciou a ex-integrante por calúnia e difamação à Delegacia de Polícia Civil de Prado, no Sul da Bahia.

O Boletim de Ocorrência não avançou, e o caso segue parado, sem investigação.

Veja o vídeo:

Edição: Rodrigo Chagas

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Zé Maria

Em Tempo

Enxadrista ou Assador

Zé Maria

A Batata dos Oficiais Militares Bolsonaristas das Forças Armadas também
está Assando. Aguardem os Próximos Lances do Enxadrista Xandão.

Zé Maria

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O hoje Tenente Crivelatti, atual Alvo da Operação da Polícia Federal (PF),
foi o Primeiro Militar a ocupar o Cargo de Adjunto de Comando no Exército
Brasileiro, criado em Maio de 2015 pelo General Eduardo Villas-Bôas, [então
Comandante da Força Armada Terrestre], para assessorá-lo diretamente.

A finalidade do novo cargo era “distinguir o subtenente ou primeiro-sargento
que possui destacada liderança, reconhecida competência e perfeita conduta pessoal” [SIC].

Crivelatti foi o Primeiro Praça a ocupar o Cargo no Exército Brasileiro, assessorando diretamente o General Villas-Bôas. E tinha acesso
privilegiado ao Comandante de que muitos oficiais não desfrutavam.

Para Fontes Militares, o Cargo – Inspirado no Exército dos EUA – foi feito [idealizado por Villas-Bôas] pensando no perfil de Crivelatti.

Segundo militares ouvidos pelo blog, o então segundo-sargento
sempre usou o prestígio e a proximidade com Villas-Bôas para
exercer influência em transferências e promoções dentro da
estrutura militar.

Crivelatti chegou a exercer o cargo de adjunto de comando na gestão
do General Leal Pujol, sucessor do General Villas-Bôas no Comando.

Em junho de 2019, Crivelatti começa a trabalhar na Presidência da
República, o que é considerada uma promoção.

A indicação do nome é atribuída ao General Villas-Bôas, a quem o então
Presidente Jair Bolsonaro já agradeceu por fazer parte de sua caminhada
ao Palácio do Planalto [notadamente devido aos tuítes do Oficial Militar direcionados ao Supremo Tribunal Federal (STF) às vésperas do Julgamento
do Habeas Corpus de Lula que se encontrava injustamente Preso].

[Fonte: Blog do Octavio Guedes]

Zé Maria

https://t.co/nLF8FLzMns
https://twitter.com/RevistaForum/status/1690003760884400128

‘Alvo da PF, Militar ‘cuidava’ das “Demandas da Casa de Bolsonaro”
no Condomínio “Vivendas da Barra” no Rio de Janeiro’

“Tenente do Exército Osmar Crivelatti atuou sob a tutela do
Coronel Mauro Cid, então Ajudante de Ordens do Presidente JB,
e usou e-mail da Presidência até junho deste ano para atender
‘demandas de Jair Bolsonaro’; ele foi incumbido de devolver o ‘Rolex’.”

[Reportagem: Plinio Teodoro | EXCLUSIVA | Revista Fórum]

Alvo da Operação Lucas 12:2, desencadeada nesta sexta-feira (11) pela Polícia Federal (PF), o tenente do Exército Osmar Crivelatti, ex-coordenador administrativo da Ajudância de Ordens da Presidência da República, atuava como uma espécie de governante da vida privada de Jair Bolsonaro (PL), tomando conta das propriedades do ex-presidente, como a casa no condomínio Vivendas da Barra, no Rio de Janeiro.

A Revista Fórum teve acesso às caixas de e-mail dos militares que
trabalhavam sob a tutela do tenente-coronel Mauro Cid na ajudância
de ordens da Presidência, entre eles a de Crivelatti.

Em troca de mensagens no dia 29 de novembro de 2022, o tenente
comunica à ABRJ, empresa que administra condomínios no Rio de Janeiro,
que está “assumindo a incumbência de tomar conta das demandas da casa
do Presidente Bolsonaro aí do Rio de Janeiro”.

No e-mail, Crivelatti pede o boleto de condomínio do mês corrente, no valor
de R$ 1.506,12, da casa de Bolsonaro no condomínio Vivendas da Barra para
pagamento.

Crivelatti foi um dos assessores escolhidos por Bolsonaro para continuar
atuando a seu lado após o fim do governo.

O tenente utilizou o e-mail oficial da presidência ao menos até o dia 20
de junho de 2023, quando responde ao segundo tenente Richer Pereira
uma mensagem sobre “Ofício de encaminhamento para Inspeção de saúde”.

No dia 10 de maio, em e-mail com o assunto “viagem nacional”, Crivelatti
informa o “sr. Marcelo Câmara, Assessor do Ex-Presidente Jair Messias
Bolsonaro” que “a viagem à cidade de São Paulo/SP, realizada no dia 6
de maio de 2023, transcorreu sem alteração”.

Retirada do Rolex
Segundo a investigação da Polícia Federal, em 6 de junho de 2022, Crivelatti assinou a retirada de um Rolex do “acervo privado” para o gabinete dele. O relógio, avaliado em R$ 300 mil, foi doado pelo rei da Arábia Saudita, Salman bin Abdul-aziz em uma viagem oficial e teria sido negociado por Mauro Cid.

De acordo com a investigação, Crivelatti faz parte da organização criminosa que negociou e vendeu joias recebidas por Bolsonaro em viagens oficiais.

“Os investigados são suspeitos de utilizar a estrutura do Estado brasileiro para desviar bens de alto valor patrimonial, entregues por autoridades estrangeiras em missões oficiais a representantes do Estado brasileiro, por meio da venda desses itens no exterior”, diz a PF.

Crivelatti também esteve ao lado do advogado Paulo Cunha em março deste ano na sede da Polícia Federal em Brasília para devolver o fuzil e a pistola presenteados pelo governo dos Emirados Árabes em 2019 que foram surrupiados por Bolsonaro.

https://revistaforum.com.br/politica/2023/8/11/exclusivo-alvo-da-pf-tenente-cuidava-das-demandas-da-casa-de-bolsonaro-no-vivendas-da-barra-142099.html

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Zé Maria

Bolsonarismo também é Estelionato…

“Igreja Deve Restituir Oferta que Englobou Todo o Patrimônio de Doadora”
A Quantia de R$ 204,5 Mil era Oriunda de Indenização Trabalhista.

A 29ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo manteve decisão da 4ª Vara Cível da Comarca da Capital, proferida pelo juiz Carlos Alexandre Böttcher, que declarou a nulidade de doações realizadas a organização religiosa. O valor, que totaliza R$ 204,5 mil, deverá ser restituído à autora da ação.

Narram os autos que a mulher começou a frequentar a igreja e realizou diversos depósitos financeiros por acreditar que seria uma forma de validar sua fé.
Tempos depois de entregar a maior soma que possuía, oriunda de indenização trabalhista, a doadora e a filha ingressaram com ação judicial alegando que o ato comprometeu a subsistência da família.

O relator do recurso, desembargador Carlos Henrique Miguel Trevisan, destacou que a decisão de 1º grau dirimiu com acerto a controvérsia, não configurando interferência na liberdade de crença ou prática religiosa.

“Trata-se apenas da aplicação de um controle judicial legítimo sobre atos que afrontam direitos fundamentais do ser humano, quais sejam, dignidade, boa-fé e honra”, explicou.

“Com todo o respeito que merecem a apelante e seus dirigentes e adeptos, entende-se não ser razoável dispensar a uma entidade religiosa, qualquer que seja a doutrina por ela professada, uma espécie de imunidade jurídica pelo simples fato de lidar com questões e regras espirituais, não havendo amparo legal para tanto”, completou.

O magistrado frisou que ficou comprovado que a ofertante, que recebe salário de R$ 1,5 mil e vive com marido e filha desempregados, passou a suportar crise financeira após a doação.

“Além de a liberalidade ter atingido todo o patrimônio das autoras, não houve reserva de renda ou parte idônea para sua subsistência”, escreveu.

Os desembargadores Silvia Rocha e Mário Daccache completaram a turma julgadora. A decisão foi unânime.

https://www.tjsp.jus.br/Noticias/Noticia?codigoNoticia=94580

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