Família Teles, que condenou Ustra, ídolo de Bolsonaro, como torturador, recebe ameaças depois de denunciar candidato; veja vídeos

Tempo de leitura: 2 min
Guilherme Santos/Sul 21

Da Redação

Parentes e amigos da família Teles, que condenou o coronel Carlos Alberto Ustra na Justiça como torturador — não cabe mais recurso — estão fazendo uma campanha de solidariedade.

É que Amelinha Teles tem recebido ameaças desde que apareceu no programa eleitoral do PT contando o que viveu.

Ela, o marido e a irmã — grávida de sete meses — foram levados à rua Tutóia, em São Paulo, onde funcionava o centro de torturas da Operação Bandeirante, financiado por empresários e comandado por Ustra.

Os dois filhos de Amelinha, de 5 e 4 anos de idade, foram sequestrados e levados à OBAN, onde viram os pais destroçados — uma forma de tortura psicológica para fazê-los falar.

A família apareceu na série As Crianças e a Tortura, premiada em 2013 com o Prêmio Esso de Telejornalismo (ver abaixo).

Além disso, à época Amelinha deu um depoimento exclusivo sobre as ações de Ustra que testemunhou (ver abaixo).

Há indícios de que a propaganda do PT sobre tortura tirou votos de Bolsonaro entre eleitores cristãos.

O candidato neofascista recorreu ao TSE e conseguiu retirar a propaganda que trazia cenas reconstituídas de tortura.

Porém, a campanha de Fernando Haddad voltou ao tema em outras peças, provavelmente com base em pesquisas qualitativas.

O tema é tão desconhecido dos eleitores que encenações de artistas feitas nas ruas chocaram transeuntes.

Foi no “Dia da Verdade – para o Brasil não ser manchado de sangue”, que teve ações em Salvador, Aracaju, Belo Horizonte, Brasília, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre e Natal.

O Sul21 descreveu em detalhes o evento realizado em Porto Alegre.

Além de se declarar favorável à tortura mais de uma vez, no passado, Bolsonaro dedicou seu voto na abertura do processo de impeachment contra Dilma Rousseff, na Câmara dos Deputados, ao torturador Ustra.

O neofascista afirmou que pretende levar o Brasil de volta a um passado ideal, de 40 a 50 anos atrás, que coincide com o período em que a ditadura militar instaurou o Ato Institucional número 5, que resultou na cassação de mandatos, intervenção em estados e municípios e suspensão das garantias constitucionais.

Foi a partir do AI-5 que a tortura foi praticamente institucionalizada como política do Estado brasileiro.

Diante da importância do tema, o Viomundo autoriza o download, a edição e a disseminação dos vídeos com declarações sobre Ustra de Amelinha Teles, Ivan Seixas e do ex-deputado Adriano Diogo, que se encontram neste link.


Siga-nos no


Comentários

Clique aqui para ler e comentar

Freitas

Vamos ser lógicos:
Assim. Eis:
Sejamos democráticos:
quem já foi TORTURADO por Bolsonaro vota
no PT, certo?
e, por outro lado, quem já foi roubado pelo PT vota no Bolsonaro, certo?..
Justo, não?
FAÇAMOS ASSIM ENTÃO, AMANHÃ DIA 28?
Amor e paz de ambos.

Nelson Gomes

Nunca vi um candidato jogar tão sujo como esse tal bolsonaro, foi expulso do Exército brasileiro, bate continência para o patrão (EUA) e ele junto com o TSE e os Supremos vão arrasar com o Brasil e os brasileiros.
O mais interessante é que a classe pobre que está apoiando esse fascista. Será que eles vão ganhar alguma coisa com isso ou é ignorância pura?

a.ali

são as atrocidades praticadas pela milicada que o safado ñ quer que apareçam, pois a grande maioria dos brasileiros desconhece, por N motivos essa pagina horrorosa de nossa história. se se dessem “ao trabalho” de se informarem, ñ estariam sendo levados de roldão por esse salafrário, hipócrita, mentiroso, cria do capiroto…

Elena

E já estão dando como certa a vitória de Boçalnaro e aí como fica a situação dessa família? Se como candidato ainda acontece essas ameaças, depois de eleito essa família corre perigo de ser banida do país ou presa novamente, porque já vimos que o cara não é de brincadeira com quem fala mal dele, ou discorda dele.

Edmilson

Pra tentar reduzir o estrago, Bolsonaristas tem espalhado no Whatsapp fake news dizendo que Amelinha Teles e seu marido foram assaltantes de bancos e terroristas e até que teriam matado e esquartejado dois militares. Mas segundo o livro escrito pelo próprio monstro Ustra, eles foram presos e torturados apenas porque eram responsáveis por uma gráfica clandestina do PC do B.

Deixe seu comentário

Leia também