De olho na História: Ditadura prendeu e exilou crianças, o Ernestinho tinha só 2 anos de idade

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Zé Maria

“Esta postura do Bolsonaro nada mais mostra o medo
que o projeto de nação proposto por Jango
ainda subsiste nos pesadelos da casta militar”,
afirmou João Vicente Goulart, filho de Jango

https://t.co/MjhgGzb5yE
https://twitter.com/jornalSul21/status/1112397304227614721
https://www.sul21.com.br/ultimas-noticias/geral/2019/03/filho-de-jango-repudia-celebracao-de-1964-projeto-de-nacao-ainda-os-assusta/
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https://www.rbsdirect.com.br/imagesrc/25204719.jpg
‘Multidão’ de Meia-Dúzia de BolsoAsnos
no Parcão Fascista em Porto Alegre
.
Enquanto isso, Centenas de pessoas das Tribos AntiFascistas
protestavam contra o Golpe nos Parques da Capital Gaúcha:

https://www.rbsdirect.com.br/imagesrc/25204468.jpg

Em Porto Alegre, manifestantes realizam atos em repúdio
ao período de ditadura militar no Brasil

Eventos, pela manhã e à tarde, mobilizaram pessoas
nos parques Marinha do Brasil e Redenção

https://gauchazh.clicrbs.com.br/politica/noticia/2019/03/em-porto-alegre-manifestantes-realizam-ato-em-repudio-ao-periodo-de-ditadura-militar-no-brasil-cjtx6v11001yb01pnpquaz1jt.html
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Zé Maria

https://twitter.com/i/status/1112349718934376450
“O erro da ditadura foi torturar e não matar” (Jair Bolsonaro)
#DitaduraNaoSeComemora
Manifestantes descomemoram o Golpe de 1964 em Brasília

“Ditadura não se celebra, REPUDIA-SE!”

Deputada Federal Erika Kokay (PT=DF)
https://pbs.twimg.com/media/D2_bwgKX4AA4Mml.jpg
https://pbs.twimg.com/media/D2_YEvlXQAEOgMM.jpg

Zé Maria

Homenagem de Bolsonaro à ditadura
‘só ocorre porque crimes não foram punidos’.
Nos países em que [a punição] ocorreu,
o clamor de celebração da ditadura acabou’,
diz diz Paulo Sérgio Pinheiro, diplomata
da Comissão de Direitos Humanos da ONU
e ex-coordenador da Comissão Nacional da Verdade

https://t.co/rT2pHdYD63
https://twitter.com/operamundi/status/1112065628557303809
https://operamundi.uol.com.br/politica-e-economia/55529/homenagem-de-bolsonaro-a-ditadura-so-ocorre-porque-crimes-nao-foram-punidos-diz-paulo-sergio-pinheiro

Zé Maria

https://pbs.twimg.com/media/D3A1HDUWsAEjE-i.jpg
Protestos em São Paulo
Contra as Comemorações Alusivas ao Golpe de 1964
Tortura Não Se Comemora!
#DitaduraNaoSeComemora
https://twitter.com/MidiaNINJA/status/1112447524000927744

Cláudio

A questão crucial do Brasil tem, evidentemente, o envolvimento do aspecto básico que a economia significa para qualquer sociedade mas se operacionaliza/operacionalizou através da administração da realidade cultural, fundamento pelo qual passa/deve passar a própria resolução dos mais diversos conflitos da situação brasileira.

Além de “O 4º Poder”, de autoria do ansioso blogueiro Paulo Henrique Amorim, recomendo também o igualmente excelente livro “A INVASÃO CULTURAL NORTE-AMERICANA” [estadO-unidense], de autoria de Júlia Falivene Alves, Editora Moderna, Coleção Polêmica.

Algo sobre é o seguinte :

“O modelo cultural imposto pelo dominador pode destruir a identidade do povo dominado?

Esta é a questão central analisada por Júlia Falivene Alves, formada em Ciências Sociais e professora de História. A partir da análise do nosso cotidiano, a autora denuncia a condição do Brasil de colônia cultural dos Estados Unidos e o resultado da destruição da nossa identidade nacional em favor da adoção do estilo de vida norte americano [estado-unidense].

Um espaço significativo é dedicado aos meios de comunicação de massa e aos brinquedos infantis. São resgatados importantes capítulos da história do rádio, da música, do cinema e da televisão no Brasil. A principal preocupação da autora é com a análise dos conteúdos ideológicos veiculados pela cultura importada.

Através de questionamentos a respeito de quem éramos antes do processo de invasão, em que nos transformamos e a serviço de que e de quem atua o colonialismo cultural, são denunciadas, sem xenofobia, mas de forma contundente, a infiltração de modelos norte-americanos [estado-unidenses] e as perigosas consequências que isso pode representar para nossa identidade nacional.”…

Devido à predominância de uma economia dependente, desde a colonização portuguesa, o Brasil exporta matéria-prima e importa produtos estrangeiros, sejam bens materiais ou idéias e valores. A partir de 1930, e de maneira intensificada desde 1950 e durante o período da ditadura militar, o capitalismo industrial se desenvolveu sob a tutela do capitalismo internacional, sobretudo norte-americano [estado-unidense]. Dessa maneira, prevaleceram as formas de dependência que sempre extravasam do campo econômico em direção à tutela cultural. Neste livro, o cotidiano é analisado para denunciar como a identidade brasileira tem sofrido o impacto avassalador do estilo de vida ianque. Para tanto, a autora desvenda os aspectos ideológicos decorrentes dessa invasão nos mais diversos setores, como a língua portuguesa, as músicas, os brinquedos, a educação escolar, o lazer, a política, bem como a cultura enlatada veiculada pelo rádio, tevê, cinema e publicidade.

Zé Maria

Protestos na Cinelândia/RJ
Contra as Comemorações Alusivas ao Golpe de 1964

“A ditadura implantada em 64 ainda produz efeitos nefastos na sociedade brasileira.
Lembrar a ditadura significa repudiar a ditadura.
O Brasil tem um legado de mortos e desaparecidos
e um legado de impunidade.
A impunidade de ontem gerou impunidade hoje,
porque matança e tortura ainda são expedientes do Estado.”

Wadih Damous
Ex=presidente da OAB/RJ
ex-Deputado Federal (PT=RJ)
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“Tudo o que a ditadura produziu a gente tem que dizer ‘Não!’.
A obscenidade [de Jair Bolsonaro] ficou clara quando negou
a tortura, o desaparecimento de pessoas, a censura nas artes
e à imprensa, o desaparecimento de pessoas que até hoje
são procuradas por suas famílias. É desrespeitoso é indigno”

Deputada Federal Jandira Feghali (PCdoB=RJ)
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“É extremamente grave que o chefe de Estado do nosso país proponha que os quartéis comemorar um golpe de estado,
ao qual se seguiu uma ditadura violentíssima da qual
não temos nenhuma saudade.
Ele [Jair Bolsonaro] não vai reescrever a história.
Ele não vai transformar a mentira em verdade.
Se o que foi feito em 64 fosse feito hoje, seria crime
imprescritível e inafiançável.
É o que há de mais grave no Estado Democrático de Direito”

Deputado Federal Alessandro Molon (PSB=RJ)
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[UOL]

Eloy

Xavier tem razão, mas é impossível passar batido, principalmente porque temos um presidente torturador (quem defende a tortura é torturador) e estamos diante da ameaça de uma nova ditadura. O PASSADO É HOJE, mas tem muita gente que não conhece o passado. Daí a necessidade de voltarmos ao assunto nos tempos da internet. A Globo esconde, manipula, colabora, mas a gente mostra para as novas gerações a verdade.

31 de março de 2019
Xavier: o passado é hoje

Publicado em 31/03/2019

O Conversa Afiada publica sereno (sempre!) artigo de seu colUnista exclusivo Joaquim Xavier:

Sei que estou na contramão de muita gente que, comigo, enfrentou e sofreu as consequências do golpe militar de 1964. Só quem experimentou aqueles tempos, perdeu familiares, sacrificou anos de vida, estudo e juventude, foi vítima de atrocidades indescritíveis, pode ter ideia da brutalidade que é viver sob o tacão de um regime como o que regeu o Brasil de 1964 a 1985.

Não reivindico o chamado “lugar de fala”, expressão tão em moda nos dias atuais para interditar “narrativas” (argh!) contraditórias. Considero que mesmo quem não passou por aqueles tempos trevosos é capaz de entender o martírio daquela geração. Fosse diferente, a história de nada valeria. São mais do que justificados os protestos contra as iniciativas do governo de um militar desmiolado de celebrar uma data que envergonha a civilização.

Só que não se vive do passado. A ditadura de 1964 foi vencida graças à resistência popular. Se causa náusea a tentativa de vender a quartelada como “libertadora”, preocupa também a ênfase com que este assunto ocupa a mídia alternativa (com a oficial) num momento em que o país enfrenta problemas tão graves e urgentes.

Estou mais preocupado com o golpe de 2016, confirmado com a fraude escandalosa de 2018.

O Brasil hoje é o paraíso do Uber, a esconder nos números uma quantidade muito maior do que os 46 milhões de desempregados, desocupados, desalentados – chame-se do que quiser – estampados em estatísticas oficiais.

Viramos o país dos motoristas de bacanas endinheirados à base do suor do povo trabalhador.

Estou pouco preocupado com as bolsonarices de comemorar nos quartéis um golpe derrotado pela força popular. Alguém esperava o contrário?

Mas, estou bastante preocupado com o destino das milhões de famílias hoje encaminhadas ao matadouro de um país sem emprego ou perspectivas.

Os oposicionistas de plantão, mesmo os bem-intencionados, parecem pensar diferente. Gritam histericamente contra a apologia da ditadura morta, porém é sonolenta quando se trata da ditadura de fato em curso. A olhos vistos, está em marcha um movimento de liquidação do Brasil para transformá-lo em BraZil.

Mas não se vislumbra uma mobilização à altura deste risco. Mais cômodo falar do passado. O PT tem a maior bancada da Câmara. Com aliados, reúne uma bancada invejável de governadores. Uma musculatura com força para emparedar este governo reacionário com iniciativas capazes de frustrar golpes contra a democracia e a soberania nacional, seja de 1964, de 2016 ou de 2018.

Esse é o ponto. O resto é dormir na cama que é lugar quente.

Joaquim Xavier

Olaria

Quem votou em Bolsonaro votou em um terrorista

É o que diz Janio de Freitas

https://www.conversaafiada.com.br/brasil/janio-tenente-bolsonaro-era-terrorista

Janio: tenente Bolsonaro era terrorista!
Mandar comemorar é uma provocação

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publicado 31/03/2019
bessinha (2).jpg
O Conversa Afiada reproduz da Fel-lha deste domingo, 31/III, artigo de Janio de Freitas, de título “Todo dia é aquele”:

A ordem de comemorar os 55 anos do golpe de 64 seria, vinda de qualquer cabeça antidemocrática, uma provocação tola e de mau observador. No caso de Jair Bolsonaro, a incompreensão da realidade é, claro, muito maior. Inclui até a falta de percepção do que tem sido sua vida.

Comemorar —relembrar com outros— o golpe e a ditadura em data determinada é redundância. Mais do que eventualmente inesquecíveis, o golpe e a ditadura são lembrados todos os dias, por cada um de nós, sem depender de vontade. Os restos de autoritarismo, apodrecidos mas ainda criminosos; os cacos de legislação, os privilégios e impunidades; as discriminações, boicotes e perseguição aos que não rezam pelo conservadorismo; as preocupações e temores com o golpismo latente —tudo isso integra ainda a vida neste país.

Todos os dias são ainda lembranças e dejetos do 31 de março e do mais autêntico 1º de abril, com suas reproduções cotidianas por 21 anos.

Muitos milhares têm a agradecer o que receberam da ditadura, por via direta ou pelas circunstâncias. Por isso mesmo, também para esses beneficiados os dias são derivações do golpe. Entre os beneficiados, está Bolsonaro. Em posição particular e, por ironia, conquistada por meio da ditadura já na incipiente democracia.

Era o governo Sarney. Veja foi convidada à casa do tenente Bolsonaro para um “assunto importante”. O tenente não apareceu na reportagem. Para os efeitos públicos, sua mulher então cumpriu o papel de porta-voz: ou o governo aumentava o salário (“soldo militar”) dos tenentes, ou o abastecimento de água do Rio seria cortado pela explosão de bombas em um ponto crítico das adutoras. Foi oferecido para fotografia um croquis, bastante tosco, da linha de adutoras e das localizações.

Não houve o aumento exigido. Como reafirmação, um segundo plano seria a explosão de bombas em quartéis, com a pretensa participação de outros tenentes. Não houve aumento, mas a essa altura correram vagas informações de que o tal tenente estava sob inquérito. O processo daí decorrente foi até ao Superior Tribunal Militar.

O tenente Jair Bolsonaro agiu como terrorista. A publicação de Veja difundiu muita preocupação, tanto pelo anunciado ato terrorista, como pelo indício de grave agitação no meio militar, tão perto ainda do fim inconformado da ditadura. Para os militares, não houvera mudança essencial. O que incluía o STM, onde os dois juízes que evoluíram para a condenação à tortura e outras violências da ditadura, general Pery Bevilacqua e almirante Julio Bierrenbach, haviam sofrido a represália da exclusão. Ser apoiador da ditadura foi, desde 64, uma condição humana especial, com poderes e direitos acima de todos os códigos e convenções do convívio civilizado. O essencial dessa aberração parecia intocado, mas, afinal, o regime era outro.

Apesar disso, e embora não por unanimidade, o tenente terrorista foi absolvido. No centro de um conchavo, não lhe era sentenciada a devida condenação, mas passaria para a reforma. O que ainda lhe rendeu, como bonificação dada na época aos reformandos, promoção ao posto seguinte (por isso o “capitão Bolsonaro”) e o soldo correspondente e integral.

Já na primeira eleição posterior à reforma, Bolsonaro candidatou-se a vereador no Rio. Foi eleito pelos militares e suas famílias, que depois lhe asseguraram sucessivas posses como deputado federal. Uma vida fácil e improdutiva na Câmara ou fora dela, assim como a eleição presidencial, que Bolsonaro só teve graças à ditadura.

A continuidade do tribunal militar de índole ditatorial, quando a imprensa temia soar como provocadora e revanchista, protegeu o julgamento do tenente terrorista com um silêncio que mais tarde não haveria. Nem, portanto, a impunidade premiada.

Além dos restos de 21 anos anticivilizatórios, imagens de Jair Bolsonaro são lembranças diárias daquela desgraça nacional. A ordem de comemorações é só provocação redundante.

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