No azul ou no vermelho?

Tempo de leitura: 2 min
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Por Marco Aurélio Mello

foto: Chris Cummings/Free Images

foto: Chris Cummings/Free Images

por Marco Aurélio Mello

Seria envelhecer uma maneira de compreender o mundo?

Nem sempre.

E não vale para todo mundo.

Quem compreende vive melhor, ainda que esta tomada de consciência às vezes demore mais da metade da vida para acontecer.

Hoje em dia tudo se discute, tudo se questiona e não há mais verdades absolutas, certo?

Errado.

Há pelo menos uma, que nos leva a outras reflexões não menos importantes.

Esta certeza inabalável é a morte.

Quem tem dúvida de que todos nós morreremos?

Portanto, aceitar a morte é o primeiro passo para viver melhor.

E aceitar que podemos morrer agora, ou a qualquer momento, é a melhor maneira de viver mais intensamente.

Mas viver intensamente significa só fazer o que se quer?

Não, viver intensamente é fazer o que é preciso, sem adiamentos.

Porque fazer o que é preciso dá sim muito trabalho.

Cuidados com higiene e alimentação, por exemplo.

Você pode negligenciá-los, fazê-los de qualquer jeito, mas o custo é alto para a saúde sua e dos seus.

Portanto, nem sempre gostamos do que é preciso ser feito.

Mas, não fazê-lo, ou adiá-lo ao máximo, pode significar dor e sofrimento adiante.

Ok, pode ser que o adiante nem exista, já que podemos morrer a qualquer momento.

Mas quem grarante uma ou outra coisa?

Se viver é também expectativa, fazer o melhor possível para a manutenção da vida deveria ser a regra.

O diabo é que nossos pares nem sempre reconhecerão esse nosso esforço.

Ao contrário, comumente dirão que o que devemos fazer é mais e melhor, ou apenas diferente.

Então, ou a gente se acostuma à critica, ou nossas vidas serão de uma infelicidade só.

Outra coisa que ninguém nos ensina quando somos crianças é que vamos ser traídos.

Sim, nossos parentes, amigos e amantes vez ou outra poderão pisar na bola, frustrar nossas expectativas.

É da natureza humana, imperfeita e eternamente insatisfeita.

Mas, ao contrário do que se espera, não devemos ser vingativos, nem nos fecharmos às novas vivências.

Temos de confiar, mesmo sabendo que confiar não garante muita coisa.

Por incrível que pareça, quem mais confia, mais prospera.

Há pesquisas que mostram que sucesso, fortuna e felicidade tem sim a ver com confiança.

Outra curiosidade comprovada estatisticamente: tem mais aquele que gasta mais com os outros do que consigo mesmo.

Como assim?

É estatístico, ninguém explica.

Deve ter relação com aquela máxima cristã que diz que quem dá aos pobres empresta a Deus.

E aqui há mais uma comprovação científica: é mais feliz quem mais dá, mesmo que quebre a cara depois.

Você pode até entrar no vermelho eventualmente, mas o balanço final é sempre azul.

Tente!

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Marco Aurélio Mello

Jornalista, radialista e escritor.


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