O que levou o Sensus a dizer que a eleição está “tecnicamente definida”

Tempo de leitura: 2 min

por Luiz Carlos Azenha

Ricardo Guedes, diretor do Instituto Sensus, de Belo Horizonte, diz que a eleição presidencial de 2010 está tecnicamente definida.

Ele faz ressalvas, é óbvio, como qualquer pessoa faria. Eleição se ganha no dia, pode haver uma hecatombe, etc.

Mas estamos falando em alguns milhões de votos e em um quadro estável, aparentemente consolidado.

Guedes se baseia em três tabelas da pesquisa mais recente do instituto, encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT).

A primeira:

Quase 73% dos eleitores já definiram seu voto e dizem que não vão mudar.

No primeiro turno de 2006, o comparecimento foi de 76% (abstenção, brancos e nulos responderam por 24% do eleitorado).

A margem de manobra aí é bastante limitada.

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Segunda tabela:

A taxa de rejeição de José Serra, que era de 40,7% em agosto, passou a 41,3% em setembro.

Guedes argumenta que um candidato com até 35% de rejeição “está no jogo”.

O cálculo é simples: como cerca de 80% dos eleitores comparecem, para vencer uma eleição o candidato não pode ser rejeitado por mais de 40%.

Terceira tabela:

A pesquisa perguntou em que caso o eleitor poderia mudar de voto, de agora até 3 de outubro.

Só 1,5% dos entrevistados disseram que mudariam de voto se ficasse comprovada a inidoneidade do candidato.

Para além dos números, um argumento político: “Quando se tenta criminalizar aqueles que fazem bem para a população, isso tem efeito reverso”, diz Guedes.

Qual é a taxa de aprovação do governo Lula, pela mesma pesquisa? Recorde histórico: 78,4%.

Para ouvir a entrevista, clique abaixo:

sensus.wma

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