Bancários: Mídia esconde assunto por promover terceirização

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Por que a grande imprensa esconde a mobilização dos trabalhadores contra o PL 4330/04

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A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e sindicatos filiados conseguiram, na última quarta-feira, dia 14, adiar mais uma vez, a votação do Projeto de Lei 4330/2004, de autoria do deputado federal Sandro Mabel (PMDB-GO).

A proposta está sendo analisada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados, em Brasília.

A nova data para votação está prevista para o dia 3 de setembro e a decisão do adiamento foi tomada pelos parlamentares após uma forte mobilização do movimento sindical no Congresso Nacional.

No último dia 6 foi realizado também um movimento nacional contra o projeto.

No Rio, líderes das centrais sindicais fizeram um ato em frente à Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) e entregaram ao presidente da entidade patronal, Eduardo Eugênio Gouvêa, um documento criticando a proposta que tem por justificativa a regulação das terceirizações.

Eis que para indignação dos sindicatos, o fato não recebeu sequer uma linha nos jornais e revistas e não teve a devida divulgação nas emissoras de rádio e televisão.

A campanha para impedir a aprovação do PL 4330 é vital para a classe trabalhadora e para a organização sindical, já que o projeto permite a terceirização em toda a força produtiva, inclusive em atividades-fim.

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O procurador do Ministério do Trabalho e Emprego, Sebastião Caixeta, já se posicionou contra a proposta, considerando-a inconstitucional e alertando para o risco de haver um leilão de mão de obra, pois as empresas buscarão os serviços terceirizados mais baratos oferecidos pelo mercado, tornando o trabalho no país ainda mais precário.

Os empresários, por sua vez, estão empenhados em aprovar logo a proposta, pois lhes interessa a redução de custos em nome da competitividade, mesmo que isso represente prejuízos para a classe trabalhadora.

Diante de um assunto tão relevante que confronta interesses entre capital e trabalho, é inadmissível que a chamada grande imprensa continue a excluir de sua pauta o debate sobre o projeto.

Apesar de o setor de comunicação ter lado e o interesse direto na aprovação da proposta, expressamos nosso repúdio pelo fato de a mídia insistir em esconder o embate em torno deste Projeto de Lei.

É público e notório que as empresas de comunicação social no Brasil estão entre os setores onde mais crescem as terceirizações e que representam os interesses de seus principais patrocinadores e mantenedores, o empresariado e os governos.

Ainda assim, em nome da categoria bancária a qual representamos e do movimento sindical da qual fazemos parte, apelamos para os direitos de liberdade de expressão e liberdade de imprensa tão evocados pelos donos dos veículos de comunicação, para que o debate em torno do PL 4330 receba o devido espaço e a devida importância na mídia tradicional.

Rio de Janeiro, 15 de agosto de 2013,

Sindicato dos Bancários do Município do Rio de Janeiro

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