Caio Martins: Haddad tem mais disposição para o diálogo

Tempo de leitura: 2 min

por Luiz Carlos Azenha

Caio Martins é estudante de História da Universidade de São Paulo. Tem 19 anos de idade. Anda de ônibus. Integra o Movimento Passe Livre.

Hoje, na rua para o quinto ato do Movimento Passe Livre, enquanto era possível ouvir participantes gritando o tradicional “Fora Rede Globo” ao fundo, conversamos brevemente.

Foi para esclarecer alguns pontos sobre o movimento levantados por internautas: o MPL protesta apenas onde os prefeitos são do PT? O MPL também quer redução de tarifas do Metrô, dos trens metropolitanos e dos ônibus intermunicipais? Qual tem sido a diferença entre o prefeito Fernando Haddad e o governador Geraldo Alckmin?

As respostas aparecem na gravação abaixo.

Caio reafirmou um fato: o MPL conta com simpatizantes do PT, do PSOL e de outras tendências que não se organizam como partidos. É um movimento social apoiado por militantes do MST e de vários outros agrupamentos políticos. Veja aqui um manifesto contra a repressão policial ao movimento.

O objetivo do movimento é debater não apenas a questão das tarifas, mas o modelo do transporte público nas grandes cidades.

Eu, Azenha, digo que isso tem relação direta com a democracia, já que estamos falando do direito concreto de ir e vir. É um debate que se faz em todo o mundo e que coloca em xeque a base da sociedade industrial do século 20, que se sustenta na produção de automóveis e na abertura de ruas e estradas para a circulação de pessoas e mercadorias. Traz à tona o debate sobre o individualismo, o consumismo e o uso do espaço público nas aglomerações urbanas.

Estas questões são hoje debatidas em Berlim, Nova York, Nova Delhi e Joanesburgo.

Partidarizar o debate é, em minha modesta opinião, diminuí-lo.

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Mas estas são minhas opiniões pessoais.

As do Caio aparecem na gravação abaixo:

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