Cachoeira armou para derrubar diretor do Dnit [título original deste post]
Dnit levou críticas à Delta a órgãos de controle
Construtora é a que mais levou verbas do governo
DE BRASÍLIA, na Folha, sugerido pelos leitores Rubens e alex
Os seguidos problemas com obras da Delta levaram a cúpula do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) a apontar irregularidades envolvendo a empresa a órgãos de controle, como Polícia Federal e Tribunal de Contas.
A Delta é a empresa que mais recebe recursos do governo federal desde 2007.
A maioria dos contratos é de obras para o Dnit, principalmente construção ou conservação de rodovias. Em 2011, dos R$ 862,4 milhões que o governo pagou à companhia, 90% do valor veio do departamento de estradas.
Obras estavam malfeitas ou atrasadas, segundo o Dnit. A partir de 2010, o órgão começou a abrir processos administrativos ou emitir documentos que ameaçavam tirar contratos da empreiteira, que nega irregularidades.
O atrito entre a Delta e o Dnit levou o grupo comandado por Carlinhos Cachoeira, investigado por suspeita de contravenção e ligado à empreiteira, a atuar pela queda do diretor-geral do órgão.
Em conversas no primeiro semestre de 2011, Cachoeira disse a Claudio Abreu, diretor da Delta no Centro-Oeste, que estava fornecendo informações sobre irregularidades no Dnit para a revista “Veja” durante a apuração de uma reportagem.
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(CATIA SEABRA, RUBENS VALENTE E DIMMI AMORA)
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17/04/2012 – 16:45
Nova gravação revela Cachoeira e Cláudio Abreu comemorando queda de Pagot
De Brasília – Marcos Coutinho/ Da Redação – Lucas Bólico
do site Olhar Direto, sugerido pelo leitor Rubens
Novas gravações telefônicas interceptadas pela Polícia Federal entre o bicheiro Carlinhos Cachoeira e o diretor regional da Delta no Centro-Oeste, Cláudio Abreu, revelam que ambos comemoraram a queda de Luiz Antonio Pagot da diretoria geral do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit), cargo que havia sido conquistado graças à indicação do senador Blairo Maggi (PR-MT).
Em entrevista exclusiva ao Olhar Direto, o ex-diretor-geral do Dnit confirmou ter sido procurado por outros veículos da mídia nacional para repercutir o caso e que, inclusive, um jornalista da revista Época colocou “a gravação” para ele ouvir.
Pagot lamentou a conversa entre Cachoeira e Abreu e disse que o conteúdo terá de ser investigado. O ex-diretor também questiona as dimensões da influência de Cachoeira e Abreu na revista Veja, publicação responsável pelas denúncias que culminaram na sua saída do Dnit.
“Estou estarrecido com toda essa história. E me pergunto: como vazaram as declarações da presidente [Dilma Rousseff] para a imprensa menos de 24 horas antes de uma reunião no Palácio do Planalto. Qual interesse político motivou esse vazamento?”, questionou Pagot.
Durante a entrevista ao Olhar Direto, Pagot reiterou que nunca participou de esquema algum de arrecadação ilícita de recursos para partidos, no caso o PR, e que está respondendo todas as acusações nos órgãos de fiscalização e nos respectivos inquéritos abertos pela Polícia Federal.
“Vou mostrar que sou inocente em cada inquérito aberto”, prometeu. De acordo com a denúncia da Veja à época, representantes do PR, partido que comanda os Transportes, funcionários do ministério e de órgãos vinculados à pasta teriam montado um esquema de superfaturamento de obras e recebimento de propina por empreiteiras.
Carlinhos Cachoeira foi presp na operação Monte Carlo da Polícia Federal como chefe do jogo ilegal em Goiás. Wladimir Garcez, braço direito do bicheiro, também está preso.
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