Marcelo Zero: A má-fé ou ignorância da mídia tradicional sobre a expansão do Brics
Tempo de leitura: 2 minEsclarecendo sobre a Expansão do BRICS
Por Marcelo Zero*
1. A mídia tradicional vem apresentando a expansão do BRICS como uma “vitória” da China e como um “enfraquecimento” do Brasil.
2. Trata-se de má-fé ou ignorância.
3. Como bem enfatizou o chanceler Mauro Vieira, as decisões do BRICS são tomadas por consenso. O Brasil votou favoravelmente e, além, disso, sugeriu regras de admissão que foram aceitas.
4. Entre elas, destaca-se o comprometimento com reformas do sistema de governança global, especialmente na ONU e no Conselho de Segurança da organização, uma histórica reivindicação da diplomacia brasileira.
5. É verdade que o Brasil não tem o hard power da China, a maior economia do mundo e uma potência militar e tecnológica.
6. Porém, o soft power do Brasil é fundamental para o BRICS.
7. O Brasil, fundador do BRICS, tem uma política externa universalista e pragmática, não alinhada a nenhum polo das disputas geopolíticas mundiais.
8. O Brasil tem boas relações com China, Rússia, Índia, Irã, etc., assim como tem boas relações com EUA e países europeus.
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9. O Brasil não antagoniza ninguém; procura cooperar com todos.
10. Isso, somado à inegável liderança internacional de Lula, dá credibilidade ao bloco.
11. O BRICS, para o Brasil, é mais um instrumento, uma alternativa, para a construção de uma ordem mundial simétrica, multipolar e multilateralista. Uma ordem mundial que represente melhor os interesses do Sul Global.
12. A expansão do BRICS também é um sinal dos tempos. A velhas organizações internacionais não estão mais refletindo as céleres mudanças que ocorrem na ordem mundial. É inevitável que novas surjam.
13. A expansão do BRICS não enfraquece o Brasil. Ao contrário, revela sua liderança positiva e pacífica no mundo.
*Marcelo Zero é sociólogo e especialista em Relações Internacionais.
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