da revista Economist, sobre o escândalo do jornalismo à la Murdoch
[…] as revelações mudaram a atitude política britânica em relação à regulamentação da mídia com rapidez assustadora. Livres do jugo da News International [empresa de Murdoch], pelo menos temporariamente, os políticos agora parecem inclinados a evitar que qualquer empresa de mídia consiga o nível de poder que a News Corporation [de Murdoch] conseguiu no Reino Unido. Houve debates sobre trazer de volta leis que controlem a propriedade por estrangeiros e também sobre reforçar as leis de pluralidade, para que sejam aplicadas como em um teste contínuo, durante o crescimento e a conquista de fatias do mercado pelas empresas de mídia, não apenas quando acontecem fusões ou quando compram umas às outras. Em 14 de julho, o sr. Clegg [Nick, líder dos liberais democratas] citou três princípios de “liberdade, prestação de contas e pluralidade”, e declarou que “diversidade de proprietários é um indelével princípio liberal, porque um monopólio da mídia corporativa ameaça a liberdade de imprensa quase tanto quanto um monopólio estatal”.
“Em 20 de julho [o primeiro-ministro] David Cameron formou uma comissão, liderada por um juiz, e deu a ela um ano para elaborar novas regras para a imprensa (entre outras coisas). Sinalizando o fim da autorregulamentação pura, o sr. Cameron fala em um órgão regulador “efetivamente independente” do governo. Ele sinalizou que o modelo poderia ser encontrado na Advertising Standards Authority (ASA), um órgão financiado pela indústria mas que pode contar com canais legais — reguladores oficiais com poder para punir violações contínuas das regras. O líder da oposição trabalhista, Ed Miliband, fala em um órgão “independente” que — ao contrário da Press Complaint Commission (PCC) — não inclua editores em atividade. Ele quer que o órgão tenha poder de investigação e que tenha o direito de fazer as empresas pagarem indenização e dar direito de resposta de forma destacada”.




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