Em viés de alta, Lula tem a maior aprovação dentre os presidenciáveis; desaprovação a Moro sobe 7 pontos em 4 meses

Tempo de leitura: 3 min

Da Redação

O juiz federal Sérgio Moro fez uma comparação bizarra com Lula, ao negar seu próprio afastamento do caso em que o ex-presidente é acusado de receber benefícios em um sítio de Atibaia.

O pedido foi feito pela defesa de Lula, alegando que Moro se deixou fotografar ao lado do candidato tucano ao Palácio dos Bandeirantes, João Dória, num evento em Nova York.

“Seria de fato melhor para qualquer juiz evitar fotos com quaisquer agentes políticos, independentemente de seu mérito, a fim de evitar interpretações equivocadas ou incidentes processuais infundados, mas, em eventos públicos ou sociais, fotografias podem ser tiradas”, escreveu Moro em despacho.

Ele também indicou fotos de Lula ao lado de Aécio Neves e Geddel Vieira Lima, argumentando que elas não significam que o ex-presidente se aliou a Aécio ou, no caso de Geddel, “são cúmplices na atividade criminal específica”, supostamente referindo-se às malas de dinheiro encontradas num apartamento em Salvador, atribuídas ao político baiano.

“Não entendemos a comparação. Lula é político, não juiz. Moro também é político e não juiz?”, escreveu no twitter o perfil do ex-presidente Lula.

Moro também alegou que o evento em Nova York no qual se deixou fotografar, da LIDE, não tinha ligação direta com o candidato tucano, afirmando que uma consulta ao site da entidade revela que o comitê gestor é encabeçado por Luiz Fernando Furlan, Roberto Giannetti da Fonseca e Gustavo Ene.

“Sério que ele escreveu que o LIDE não tem nada a ver com João Dória?”, rebateu o perfil de Lula no twitter.

A entidade de empresários, fundada por João Dória, foi o veículo que o lobista utilizou para chegar à carreira política.

Se Moro tem pretensões eletivas, deve repensar sua estratégia.

A mais recente pesquisa do instituto Ipsos, “escondida” pelo Estadão, mostra que ele continua perdendo apoio.

A desaprovação do juiz de Curitiba, em viés de alta, bateu em 50%. Era de 43% em janeiro deste ano.

Já a do ex-presidente Lula continua a recuar, conforme o parágrafo que o diário conservador paulistano enfiou no fundo do texto: “Na primeira pesquisa do Ipsos feita inteiramente após a prisão de Lula, a desaprovação ao petista aparece com tendência de queda: era de 57% em março, passou a 54% em abril e oscilou para 52% em maio. Já a aprovação, no mesmo período, foi de 41%, 42% e 45%, respectivamente”.

A aprovação de Moro, que era de 43% em janeiro, agora está em 40%.

Ao focar na desaprovação — Reprovação de presidenciáveis fica estável, diz Ipsos –, o Estadão conseguiu esconder a notícia: mesmo preso, Lula tem a maior aprovação dentre os que pretendem disputar o Planalto em 2018, em viés de alta.

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Comentários

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Martins

Vendo tudo isso que esta acontecendo no Brasil, estou mais que decidida: vou votar pela primeira vez e é no Lula

    lulipe

    Vai ficar só na vontade, já que o condenado por corrupção está preso e inelegível!!

o PT e OTTO MARIA CARPEAUX

Quando na vida que uma pessoa do estilo do brasileiro (dos tempos das boas escolas no Brasil) Otto Maria Carpeaux seria petista, do petismo ou filiado ao Partido dos Trabalhadores??????? rsrsrs
.
Carpeaux: um erudito de extremo bom gosto.
O PT, o oposto: barango, Kitsch, brega e cafonão! E por.r.alouca.

Olavo

CHAMEM O LULA!

Pesquisa Ipsos: Lula é o candidato mais aprovado e menos reprovado

Golpe está na lama. Pesquisa mensal Barômetro Político Estadão-Ipsos mostra que Lula é o candidato mais aprovado (45%) e menos reprovado (52%) dentre os mais populares; Temer tem 92% de desaprovação; Alckmin, 69%; Ciro, 65%; Meirelles e Marina, 61%; Bolsonaro, 60%; metade dos pesquisados (50%) desaprova Moro

Olavo

Chamem o Lula e a greve dos caminhoneiros, por Urariano Mota
O Jornal de todos Brasis

Chamem o Lula e a greve dos caminhoneiros, por Urariano Mota
URARIANO MOTA
SEX, 25/05/2018 – 11:10

Chamem o Lula e a greve dos caminhoneiros, por Urariano Mota

É claro que na justa greve dos caminhoneiros a direita se infiltrou e tenta dirigir o movimento. Aí se incluem os representantes da categoria sem categoria. Isso quer dizer, patrões com ares de representantes de trabalhadores como novos pelegos, nunca jamais vistos tão despudorados diante das câmeras de tevê, entre nuvens de fumaça. “Fim da greve”, anunciaram governo e mídia do capital.

Já antes, no Vermelho se alertava:

“Repúdio à intervenção militar e ataque a Petrobras

O Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente de Santa Catarina (Sintaema-SC) reitera o apoio à reivindicação dos caminhoneiros mas condena ataques à Petrobras e também manifestações que pedem intervenção militar. ‘Todas as manifestações populares que reivindicam melhores condições de trabalho e remuneração merecem nossa compreensão e apoio; porém, não podemos aceitar nem legitimar os ataques deliberados a PETROBRAS, empresas, sindicatos e instituições democráticas legitimamente constituídas, assim como repudiamos grupos deliberadamente infiltrados com práticas fascistas que fazem apologia a intervenção militar como alternativa de solucionar os problemas políticos e conjunturais da nação”.

Na Folha de São Paulo se noticiou:

“Mensagens de apoio à greve dos caminhoneiros circularam nesta quinta-feira (24) em grupos de WhatsApp que reúnem apoiadores do pré-candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL)”

Os oportunistas e abutres do sofrimento do povo agora aumentam o botijão de gás 100% (de 60 subiu para 120 reais), e a gasolina chega acima de 123% (de 4,48 atingiu até 10 reais). O curioso é que em meio à selva, há esperança. Os mais exagerados falam A esperança. Ou seja, em um tumultuoso silêncio vem crescendo o grito:

– Chamem o Lula!

Notem que à beira do desespero a expressão popular vai além da bandeira “Lula Livre”, ou #LulaLivre. Chamam o cara preso para resolver a parada, aqui em mais de um sentido: parada de caminhões, e parada federal (problema difícil de resolver), superior a qualquer parada militar, desfile de tropas em armas.

– Chamem o Lula!

De Norte a Sul, passando pelo Nordeste, onde o grito se transforma assim:

– Chamem Lula!

O caos instalado no Brasil mostrou e mostra que todas as soluções à direita, pela direita, falharam. Isso quer dizer: as soluções do mercado, pelo mercado, para o mercado, falharam. A começar entre os prováveis beneficiários, aquela classe média sem classe, que se julga de muita classe. Já não há mais dinheiro que compre um lugar na fila. O caos chegou para todos.

– Chamem o Lula!

Da ocupação militar no Rio, que falhou, à luta contra uma certa corrução no Judiciário vendida como a ordem e a lei, que falhou, que desestruturou os capitalistas nacionais, sussurra-se lá entre eles envergonhados.

– Chamem o Lula!

O desastre na saúde para todos os brasileiros, o recuo na Educação para o povo, a volta à miséria de populações que antes haviam ascendido até a pobreza, a destruição do Estado do Bem-Estar Social, até o corte de Bolsa Familia, deu neste grito:

– Chamem o Lula!

As reformas trabalhistas na medida dos empregadores, que agora choram porque suas empresas já não faturam como nos tempos do barbudo, ainda que precarizem o trabalho, que já se aproxima do escravo. A reforma substituiu o mundo do quase pleno emprego pelo maior desemprego. O mercado, ou certo mercado alheio ao destino popular, destruiu a indústria náutica.

– Chamem o Lula!

Já antes da greve dos caminhoneiros os mais pobres haviam substituído o gás por carvão, ou álcool, que em muitos casos explodiu e matou pessoas. Pessoas!, quem diria? No Brasil há pobres que morrem e de repente, numa luz e explosão de carnes, se tornam pessoas.

– Chamem o Lula!

Em meio a tudo, há todas indicações de que Lula mesmo preso já ouviu o grito das ruas. Ontem. uma reportagem do Brasil 247 estampou:

“Após visita a Lula na Polícia Federal em Curitiba, os deputados Paulo Pimenta (PT-RS) e José Guimarães (PT-CE) trouxeram uma mensagem do ex-presidente: ‘ele diz que está bem, a saúde está bem. Pode dizer a todos que eu estou voltando’”

– Chamem o Lula!

Ele ouviu. Lula está voltando.

*Vermelho http://www.vermelho.org.br/coluna.php?id_coluna_texto=9198&id_coluna=93

Nota 1

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