AD Junior, sobre a solidariedade a Waack: “Eles, brancos ricos, acreditam serem sempre as vítimas”

Tempo de leitura: 2 min

sugerido por Conceição Lemes (e-mail), Pacem in Terris (Whats) e Alexandre Neves (Face)

Por AD Junior*, no Facebook

“O País seria muito melhor se tivesse mais gente com as virtudes que sobram no William Waack!”

Augusto Nunes, jornalista

Sim ele disse isso. Depois de ouvir o amigo dizer: É coisa de preto.

Pois quando você acha que a pessoa racista não vai ser defendida, você se surpreende, como eu disse brancos da classe alta são programados para se fazerem de surdos, mudos e cegos quando lhes convém.

Eles tem uma aliança de pacto dos lobos: Se defendem até o fim.

Eu digo e repito sobre os brancos da classe alta, porque os brancos pobres (apesar de seus privilégios) sofrem e aprendem a lidar a duras penas (as vezes não), mas em sua maioria reconhecem o racismo e tentam rever suas posições.

Desejam aprender sobre as diferenças entre os brancos, leiam: Entre o Encardido, o Branco e o Branquíssimoda querida Lia Vainer Schucman.

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Nem todo branco é racista e nem todo branco entende seu privilegio em nossa sociedade.

Voltando ao comentarista.

Muitos brancos ricos, privilegiados e bem nascidos como ele — na verdade ele vai dizer que não foi bem nascido — acreditam que nasceram para mandar, eles vieram ao Brasil convidados pelo governo que construiu neles a ideia da virtude empreendedorista.

Ora, se não fossemos nós o Brasil teria afundado.

Eles, brancos ricos, acreditam, sim, serem sempre as vítimas.

Não admitem o erro, são indubitávelmente os donos da verdade.

Suas mães foram as carrascas das nossas mães e avós, essas matriarcas lindas e bem vestidas, senhorinhas queridas, só deixavam minha avó e a sua comerem depois delas…

E isso acontece até hoje.

Quando assistem jornal dizem, esses jovens de favela não tem mãe? Quem deu educação a essas pessoas?

Respondo: tem mãe sim, querida, e ela estava limpando sua privada e cuidando da sua neta, quando sua filha estava em Paris.

Seus pais foram filhos da puta com nossos pais e avós.

Branco rico no Brasil pode ser uma benção. Mas em sua maioria foram os que transformaram o Brasil num país de duas classes; a deles e a do resto, incentivados pelo governo nas políticas eugênicas do século XX.

Imagina um neto desse senhor Augusto Nunes, discutindo cotas?

Entenda. O racismo é um ciclo de ignorância sem fim.

Sabe Deus o que um empregado ouve dentro das casas mais abastadas do Brasil.

Em JF teve uma empregada, amiga da família, que me contou assim…

“A patroa nas Olimpíadas estava de camisa verde e amarela em casa e eles riam do BOLT e diziam… tem que correr mesmo, imagina como não se corre de leão na África. Todos riram. Até as crianças!”

*É blogueiro e ativista

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