Leitor do Viomundo empareda jornal da elite campineira e vira o Lobo Mau da festa
Tempo de leitura: 3 min
por Gerson Carneiro, especial para o Viomundo
Mulher mostra braço ferido após confusão
O jornal Correio Popular havia publicado em sua página no facebook matéria sobre um barraco ocorrido na Sociedade Hípica de Campinas: Briga por fantasia na Hípica termina na delegacia.
A Hípica é o clube da elite campineira. Curiosamente não é citado o nome dos envolvidos nas 294 palavras do texto,ou, se preferirem, nos 2.290 caracteres com espaço. Nenhuma vez. Confira você mesmo:
por Alenita Ramirez
A Sociedade Hípica de Campinas vai abrir sindicância para apurar uma briga que terminou em agressão, na madrugada do último domingo, durante a festa de pré-Carnaval. O desentendimento ocorreu por conta de uma fantasia.
Uma das participantes teria perdido a capa da Chapeuzinho Vermelho e um amigo, um empresário de 53 anos, viu o adereço sobre a mesa ao lado e, acreditando ser da amiga, a pegou.
Mas um engenheiro civil de 42 anos, que estava na mesa com a família, disse que a capa era da cunhada dele, momento que começou uma discussão. Durante a briga, o engenheiro mordeu o dedo indicador esquerdo do empresário e eles foram apartados por sócios do clube.
A mulher do empresário, uma administradora de empresas e também empresária de 46 anos, foi filmar o engenheiro, mas ele não gostou, jogou o celular dela longe e depois a segurou com força no braço.
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A discussão acabou na delegacia. Tanto o empresário como o engenheiro admitiram a discussão e cada um deles apresentou a sua versão. Foram registrados três boletins de ocorrência. Em um deles, o engenheiro aparece como autor, porém, ele contestou o caso para a Polícia Civil e foi feito um complemento em que ele passou a ser citado como autor e vítima. “Não quero prolongar esse caso e não vou processar ninguém. Quero esquecer tudo, mas se ele (empresário) me processar, vou me defender. Tenho testemunhas. Somos sócios, usamos o mesmo espaço e talvez temos os mesmos amigos no clube. Não vejo motivo para prolongar isso”, disse o engenheiro.
O casal de empresários disse que irá processar o engenheiro criminal e judicialmente. “Tivemos perdas materiais, com o sumiço do celular da minha mulher e depois quase tive o meu dedo quase decepado”, comentou.
Essa não é a primeira vez que uma confusão na Hípica termina na delegacia e com sindicância. Em outubro de 2015, a empresária Letícia Checchia, de 36 anos, que fazia entrega de doces para um evento no salão de festas levou dois socos no rosto do associado Marcelo Nogueira, depois de uma discussão por ela ter estacionado o carro em local inadequado. Nogueira foi expulso do clube no início deste ano após dezenas de sócios pedirem a saída dele.
A direção da Hípica pediu desculpas, mas não quis comentar sobre a briga deste final de semana, frisando que se trata de algo interno
Mesmo sem a matéria ter citado nomes, imaginei que tivesse desagradado a velha guarda da high society campineira. Afinal, briga de mordida em bailinho de carnaval não é coisa de gente chiquetosa. Portanto, alguém reclamou e conseguiu tirar a matéria do ar.
Critiquei a decisão.
No dia seguinte, a matéria foi novamente publicada. Um outro leitor também fez idêntica crítica e eu interagi com ele. Nisso o jornal resolveu justificar. Leia a sequência.


Diante da fragilidade da resposta me pergunto: foi pior o Correio Popular ter tirado a matéria do ar ou a justificativa? Conheço o gado. Tivesse o Lula envolvimento no barraco na Hípica seria prontamente apontado, já na manchete, como sendo o próprio lobo mau.
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