Contra terceirização, “pobres” dançam forró em rua da elite de São Paulo

Tempo de leitura: 2 min

Da Redação

Quem se deu ao trabalho de ler os gráficos da pesquisa que professores da USP e da Unifesp fizeram na manifestação do 12 de abril na avenida Paulista constatou: era majoritariamente a “massa cheirosa”, segundo definição da colunista Eliane Cantanhêde.

Dos entrevistados, 77,4% eram brancos e 48% ganhavam mais de 7 mil reais por mês. Bota massa cheirosa nisso!

Por isso, foi comovente ver o forró que os trabalhadores dançaram em plena rua Oscar Freire, nos Jardins, exclusivíssimo endereço onde a elite faz compras, tão exclusivo que os lojistas se juntaram para eliminar a fiação aérea que estragava o sonho dos que se imaginavam na Rodeo Drive.

Na pungente descrição dos repórteres Rodrigo Gomes e Sarah Fernandes, da Rede Brasil Atual, quando os “pobres” passaram pela Oscar Freire, em direção ao prédio da Federação das Indústrias, a Fiesp, na avenida Paulista, os comerciantes da rua assumiram postura defensiva. É risível:

Na Oscar Freire, mais um recado: “É povo, não é ladrão”



Ao chegar na rua Oscar Freire, na esquina com a avenida Rebouças, a manifestação já ocupava toda a faixa no sentido da avenida Paulista. A marcha se estendia da Oscar Freire até a avenida Pedroso de Moraes, em Pinheiros, perfazendo cerca de 2 quilômetros.

Grande número de nordestinos ocupou a rua Oscar Freire, nos Jardins, conhecida pelo comércio da alto padrão e frequentado pela elite paulistana. No carro de som, militantes do MTST lembraram a discriminação que sofreram, em ataques, inclusive durante as eleições. Ao som de forró, os militantes pediram para o povo dançar, debaixo da chuva, para homenagear a elite de São Paulo.

Em frente às lojas da Oscar Freire, manifestantes ficaram irritados com o gesto de lojistas que se plantaram em frente aos seus estabelecimentos, para protegê-los. Os manifestantes entoaram cânticos, segundo os quais os lojistas não precisam “ter medo porque aqui é povo, não é ladrão”.

No vídeo acima, Caio Castor registrou o momento.

Vejam só a diferença em relação à massa cheirosa da Paulista!

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