Próxima assembleia dos professores será em frente ao Palácio dos Bandeirantes

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Foto: Apeoesp

por Izaías Almada, via e-mail

Em reunião com a diretoria da APEOESP na segunda-feira, 30, o Secretário Estadual da Educação não apresentou nenhuma proposta salarial à categoria (também não houve avanços concretos nos demais pontos da pauta de reivindicações). Por isso, os 60 mil professores reunidos em assembleia estadual na quinta-feira, 2 de abril, no vão-livre do MASP, na avenida Paulista, decidiram: a greve continua!

A próxima assembleia acontecerá no Palácio dos Bandeirantes, na próxima sexta-feira, 10, às 14 horas.

A assembleia aprovou também um calendário de mobilizações (leia abaixo) que prevê o fechamento de estradas e rodovias na próxima quinta-feira, 9. A ação será simultânea em todo o Estado, organizada pelas subsedes, que receberão instruções para esta atividade.

Além da intensificação das visitas às escolas, as sub­sedes devem percorrer os bairros com carros de som esclarecendo a população e realizar a “Operação Caça- Alckmin”: onde o Governador estiver, os professores estarão para protestar e exigir a abertura de negociações e o atendimento das reivindicações.

Durante a assembleia a Presidenta da APEOESP in­formou que uma ação do Governo Estadual nos impede de solicitar que os pais apoiem a nossa luta não enviando seus filhos à escola durante a greve, como vínhamos fazendo. Mas isto não significa que não devamos con­tinuar pedindo o apoio dos pais, dos estudantes e de toda a sociedade ao nosso movimento.

Vamos divulgar pelas redes sociais uma “hashtag” com os seguintes dizeres: “Governador negocie com os professores” (#governadornegociecomosprofessores). De forma centralizada e nas regiões, vamos solicitar o apoio da CNBB, OAB, ABI, Centrais sindicais e todas as demais entidades da sociedade civil para que pres­sionem o governo estadual a negociar.

Ampliar o acampamento

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Os professores aprovaram ainda manter e ampliar o acampamento organizado pelo Sindicato desde o dia 25 de março em frente à Secretaria da Educação, na Praça da República. Para tanto, as subsedes devem organizar delegações – conforme tabela publicada no Boletim Informa Urgente 23, informando os nomes para [email protected].

Unidade na luta com outras categorias

A assembleia dos professores aprovou que a APEOESP solicitará à CNTE que organize um dia de greve nacional de todos os trabalhadores em educação, em solidariedade à nossa greve e dos professores de outros estados.

Foi aprovada também a proposta de buscar a rea­lização de atividades conjuntas com outras entidades do funcionalismo estadual, ligadas à CUT e demais centrais sindicais.

Calendário de mobilização

A assembleia aprovou as seguintes atividades:

Dia 8 de abril – Visita a escola, panfletagens nas regiões, percorrer os bairros com carros de som para esclarecer a população sobre a greve. Buscar apoio nas Câmaras Municipais pe­dindo para que vereadores da base governista intervenham pela abertura das negociações.Também devem ser realizados “pedágios” no trânsito, com a distribuição de cartas abertas e esclarecimentos à população sobre a nossa greve.

Dia 9 de abril – Fechamento de estradas e rodovias em todo o Estado, em ação simultânea e assembleias regionais. Podem também ser realizados atos nas DEs.

Dia 10 de abril – Assembleia estadual, às 14 horas, no Palácio dos Bandeirantes.

As principais reivindicações:

* Plano de composição para um aumento de 75,33% para equiparação salarial com as demais categorias com formação de nível superior, rumo ao piso do DIEESE para PEB I com jornada de 20 horas semanais de trabalho, para professores da ativa e aposentados.

* Conversão do bônus em reajuste salarial.

* Pela implantação da jornada do piso.

* Reabertura de classes e períodos fechados. Imediato desmembramento das salas superlotadas.

* Máximo de 25 alunos por sala desde o primeiro ciclo do Ensino Fundamental ao Ensino Médio.

* Nem “quarentena”, nem “duzentena” para os professores da categoria “O”.

* Por uma nova forma de contratação de professores temporários, com garantia de direitos.

* Garantia de atendimento médico no IAMSPE para os professores da categoria “O”.

* Convocação e ingresso de todos os professores concursados.

* Garantia de PCPs nas escolas de acordo com a Resolução 75/2013. No mínimo um PCP em cada escola, independente do número de salas.

* Garantia de condições adequadas de infraestrutura em todas as escolas.

* Pelo fim da lei das faltas médicas; fim da perseguição aos professores nas perícias médicas.

* Pela aceleração dos processos de aposentadoria.

* Pela correção das distorções no plano de carreira que prejudicam os aposentados.

* Água para todos, em todas as escolas.

* do projeto excludente de escola de tempo integral; por uma educação integrada.

* Fim do assédio moral.

* Fim do corte de verbas para as escolas.

* Pela ampliação dos repasses para as escolas.

* Aumento do valor do vale-alimentação e do vale-transporte.

* Continuidade do transporte escolar gratuito para os estudantes.

Secretaria de Comunicação

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