Maria Frô: A carta de protesto do poeta Augusto de Campos contra a Folha
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“Prezados Senhores.
Esse jornal utilizou, em 14 de junho de 2014, com grande destaque, o poema VIVA VAIA, de minha autoria, como ilustração de matéria ambígua sobre os insultos recebidos pela presidente Dilma, na partida inicial da seleção.
Utilizou-o, sem minha autorização e sem pagar direitos autorais: sem me dar a mínima satisfação.
Poupo-me de comentar a insólita atitude da FOLHA , a quem eu poderia processar, se quisesse, pelo uso indevido de texto de minha autoria.
A matéria publicada, composta de três artigos e do meu poema, cercado de legendas sensacionalistas, deixa dúvidas sobre a validade dos xingamentos da torcida, ainda que majoritariamente os condene, e por tabela me envolve nessa forjada querela.
A brutalidade da conduta de alguns torcedores, que configura até crime de injúria, mereceria pronta e incisiva condenação e não dubitativa cobertura, abonada por um poema meu publicado fora de contexto.
Os xingamentos, procedentes da área vip, onde se situa gente abastada e conservadora, evidenciam apenas o boçalidade e a truculência que é o reverso da medalha do nosso futebol, assim como a inferioridade civilizatória do brasileiro em relação aos outros povos.
Escreveu, certa vez, Fernando Pessoa: “a estupidez achou sempre o que quis”. Como se viu, até os candidatos de oposição tiveram a desfaçatez de se rejubilarem com os palavrões espúrios. Pois eu lhes digo. VIVA DILMA. VAIA AOS VIPS.”
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Augusto de Campos
[PS da Maria Frô] Em tempo, o publicitário Maurício Machado, que me enviou esta preciosidade, esclarece em seu Facebook:
Augusto ficou P da vida! Mandou a carta e o jornal não publicou. Ele então resolveu tornar pública a íntegra, me contou há pouco o filho dele, meu amigo Cid Campos!
PS do Viomundo: A blogueira Conceição Oliveira, a Maria Frô, nos informa que a Folha publicou a carta depois da repercussão que o protesto teve nas redes sociais, como pode ser observado comparando o horário das postagens.
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