Washington, ainda sem entender o que acontece na América Latina

Tempo de leitura: 4 min

A elite de Washington ainda não entende a América Latina. Um dia vai entender?

por Mark Weisbrot, no jornal britânico The Guardian, em 26.06.2010

No filme “Guantanamera”, o último do renomado diretor cubano Tomás Gutiérrez Alea, o mito de criação iorubá é apresentado como metáfora para as dificuldades em provocar mudanças. Nesse mito, os humanos eram inicialmente imortais, mas o resultado é que os velhos acabavam sufocando os jovens, e assim a morte teve de ser criada.

Aqui em Washington, muitas vezes só a morte ou aposentadoria permitem a possibilidade de mudança — e ainda assim as instituições permanecem imortais e muitas vezes imutáveis. Em nenhum outro lugar isso é mais verdadeiro que no establishment de política externa.

Nas últimas semanas eu visitei cinco países e participei de numerosos eventos que cercaram o lançamento recente de um documentário — como Guantanamera, “South of the Border” também é um road movie — que Oliver Stone dirigiu e eu escrevi com Tariq Ali. Retornando a Washington, a grande distância que separa a elite da política externa dos Estados Unidos da vasta maioria de seus vizinhos ao Sul nos atinge como um choque cultural.

Para as pessoas dessa elite, as mudanças históricas que varreram a América Latina — especialmente a América do Sul — na última década são vistas através das lentes da mentalidade da Guerra Fria que julga toda mudança em termos de como ela afeta o poder dos Estados Unidos na região.

Jorge Castañeda é um ex-ministro das relações exteriores do México que ensina na Universidade de Nova York e se tornou um porta-voz na mídia para o establishment de política externa de Washington. Em um recente artigo, ele divide o continente entre “aqueles que são neutros no confronto entre Estados Unidos e o presidente venezuelano Hugo Chávez (e Cuba), ou que se opõem abertamente aos assim chamados governos ‘bolivarianos’ da Bolívia, Cuba, Equador, Nicarágua e Venezuela”, que ele rotula de “Americas-2” e “esquerda radical”.

Para Castañeda, como para a secretária de Estado Hillary Clinton, é particularmente irritante que “tão recentemente quanto em 7 de junho, os países bolivarianos foram capazes de evitar o restabelecimento de Honduras à Organização dos Estados Americanos, apesar das eleições essencialmente livres e justas que foram realizadas em novembro passado”.

Mas não foram apenas os “paises bolivarianos” que não aceitaram eleições realizadas sob ditadura como “livres e justas”. O Brasil, a Argentina e governos representando a maior parte do hemisfério estão no mesmo campo. Na verdade, quando o Grupo do Rio divulgou sua declaração em novembro de 2009 dizendo que a imediata restituição de Mel Zelaya era uma condição necessária para o reconhecimento das eleições, mesmo os governos de direita aliados de Obama — Colômbia, Peru e Panamá — se sentiram obrigados a apoiar.

O golpe de Honduras, promovido por aliados dos Estados Unidos e por oficiais treinados pelos Estados Unidos contra um presidente eleito democraticamente, foi um marco nas relações entre Washington e a América Latina. Foi mais ou menos um ano atrás, em 28 de junho, que a esperança de que o governo Obama trataria seus vizinhos ao Sul de forma diferente do que fazia o time de Bush, foi destruída.  Enquanto o confidente e assessor dos Clinton, Lanny Davis, aconselhava e fazia lobby em nome do regime golpista, o governo Obama fez tudo o que pôde para ajudar a ditadura sobreviver e se legitimar.

Isso apesar de resoluções unânimes da OEA e das Nações Unidas pedindo o “restabelecimento imediato e incondicional” do presidente Zelaya, duas palavras que o governo Obama nunca pronunciou, assim como ignorou por mais de cinco meses os assassinatos, o fechamento de órgãos da mídia e outras violações maciças de direitos humanos que tornaram o “livres e justas” das eleições de novembro em Honduras uma piada doentia. A União Europeia e a Organização dos Estados Americanos nem mesmo mandaram observadores.

Mas com Washington ainda lutando para legitimar o governo hondurenho — apesar do assassinato de dezenas de ativistas políticos e de nove jornalistas desde que o governo “eleito” assumiu o poder — é típico retratar essa tentativa como uma luta contra governos “inimigos” em vez de uma disputa com a maior parte da região. O que essas pessoas não podem reconhecer, ou talvez nem mesmo entendam, é que se trata de uma questão de independência e autodeterminação, assim como de democracia.

Michele Bachelet do Chile e Lula da Silva do Brasil ficaram tão revoltados quanto os governos “Americas 2” quando o governo Obama decidiu em agosto passado expandir sua presença em sete bases militares na Colômbia. E foi Felipe Calderón, o presidente direitista do México, que sediou a conferência de fevereiro em Cancún que decidiu criar uma nova organização para as Américas, que poderia eventualmente substituir a OEA, sem Estados Unidos e Canadá. O papel dos Estados Unidos e do Canadá ao bloquear medidas mais fortes da OEA contra a ditadura de Honduras sem dúvida jogou um papel motivador nessa medida.

Naturalmente, Washington tem o poder de tornar sua visão de Guerra Fria em relação ao hemisfério parecer meio real, ao adotar medidas de tratamento especial para governos mais à esquerda. Na Bolívia, a eleição de Evo Morales causou mudanças análogas ao fim do apartheid na África do Sul, com a maioria indígena do país ganhando voz em seu governo pela primeira vez em 500 anos. Seria o caso de imaginar que o governo Obama teria senso comum no cérebro para entrar do lado certo nesta questão. Mas não, eles continuam a aplicar sanções comerciais impostas inicialmente pelo governo Bush contra a Bolívia sob o assim chamado Andean Trade Promotion and Drug Eradication Act (ATPDEA), retiraram a certificação da Bolívia como país que coopera com a Guerra contra as Drogas e continuam a não informar quem exatamente os Estados Unidos financiam na Bolívia — isto é, quais grupos de oposição — com dinheiro do Departamento de Estado.

Tive o privilégio de assistir “South of the Border” em um estádio com mais de 6 mil pessoas em Cochabamba, Bolívia, algumas semanas atrás. Num momento do filme Evo Morales conta a história de Tupac Katari, um líder indígena que lutou contra os colonizadores espanhóis no século 18. Evo relembra as últimas palavras de Tupac Katari, antes dele ser esquartejado pelos espanhóis: “Morro como um, mas voltarei como milhões”.

Evo então olha para a câmera e diz: “Agora somos milhões”.

Ao contrário do que acontece em Washington, toda pessoa que estava naquele estádio sabia exatamente o que Evo queria dizer.


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Comentários

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sidinei

Obama é uma grande decepção. Esperávamos que com a eleição dele, os EUA passariam a respeitar mais os países latino americanos, se sensibilizariam com a causa Palestina, deixariam de lado a truculência e passariam a acreditar no poder do diálogo e do multilateralismo. Mas percebemos exatamente o contrário, pois as práticas do Obama não diferem muito do antecessor dele o George W.Bush. É a mesma arrogância e intolerância contra os povos e países que não abaixam a cabeça para eles. Não concordar com que os falcões da Casa Branca pode acabar levando o país a pertencer ao Eixo do Mal. Mas o que será o mal mesmo neste mundo??

Washington e a América Latina « Substantivo Plural

[…] Por Mark Weisbrot The Guardian – Vi o Mundo […]

karma

Muito legal este artigo Azenha, isso nos dá a exata imagem de como os EUA enxergam a America Latina.
Mudou o presidente deixando todo mundo com a maior expectativa, com um cheque em branco assinado e nobel prematuramente pendurado no peito, mas nada mudou, nada. Esta administração dos EUA nem sabe quem somos, que comemos, se comemos, quais as expecativas e ansiedades dos povos que aquí moram, os legados historicos, os historicos sofrimentos, nada. Para eles somos gado, só isso, um rebanho para corte, paises a serem manipulados e sugados, só isso.

    Supertramp68

    "…e e ou vida de gado…povo marcado ei povo feliz…"
    já dizia o cancioneiro.

    Flavio Lima

    eeô vida de troll… povo macabro, povo infeliz…
    pq os trolls tem especial predileção por assuntos da America Latina?

    Supertramp68

    Porque moramos na Africa ô insolente

    sergio pinto

    Mentalmente, sim, sem dúvida.

    Flavio Lima

    Voce deve morar mesmo numa Africa mental, daquelas de filme americano.
    Trate seu complexo de vira-latas, pro teu bem.

    beattrice

    Porque têm verdadeira alergia à União Latino-Americana, que consideram um atrevimento, em detrimento ao Grande Irmão do Norte.

Ricardo Medeiros

Azenha, te admiro muito ! Sou seu fã ! Parabens pela sensibilidade em publicar esta matéria !

Ninguém segura a America do Sul. Só temos q ficar espertos para proteger nosso aquifero guarani, pré sal e amazonia !

UNASUL neles !!

    beattrice

    As aves bicudas têm especial interesse e predileção pela privataria das águas, e o Aquífero Guarany deixa todos eles salivando, basta ver os planos do Serra e do Al-ckmin para o Paraíba do Sul.

Ed.

SubTrampo00 leu, leu e não entendeu …
…daí, vê mas não enxerga, escuta mas não ouve, sente mas não percebe e fala mas não diz nada…

Hans Bintje

Essa troca de acusações me lembrou Gandhi: "De olho por olho e dente por dente o mundo acabará cego e sem dentes."

Ele também disse: "O fraco nunca pode perdoar. Perdão é um atributo dos fortes."

Gostaria de viver num mundo em que as escolhas das pessoas pudessem ser respeitadas. Se o povo boliviano elegeu um "índio" para presidente, se os EUA votaram num "negro" para o mesmo cargo, qual é o problema?

Sigo com Gandhi: "Não quero ver meu lar emparedado, nem minhas janelas calafetadas. Quero sentir as culturas de todas as terras circulando nele em máxima liberdade. Repugna-me, porém, que o sopro de algumas delas me desloque das raízes. Minha religião não é o credo da clausura. Comporta em seu seio a mais humilde das criaturas de Deus. Mas é impermeável a toda a arrogância e a todo o preconceito, seja ele de raça, religião ou cor."

Flavio Lima

É mesmo um super-vagabundo!
Só despejou preconceito e grosseria!
Brasil, Argentina e Chile, republiquetas? Só na sua cabecinha colonizada! Indio cocaleiro? É ridiculo…
E ter "birra" com golpe de estado é ruim?

    Hans Bintje

    Paz, Flavio Lima.

    Hoje é dia de Gandhi. Aliás, todo dia é dia de Gandhi: "A liberdade não tem qualquer valor se não inclui a liberdade de errar."

    Flavio Lima

    Hans
    Voce é dez.
    Vejam aqui nesse suplemento da Nature sobre doença de Chagas http://www.nature.com/nature/journal/v465/n7301_s
    Onde é dito que, APÓS O GOLPE em Honduras que depos Manuel Zelaya, o programa de combate a doença PAROU DE RECEBER OS FUNDOS que estavam alocados. Doença de pobre não tem dinheiro. É o golpe democratico do subtramp (como foi melhor dito)…

    Hans Bintje

    Para registro, Gandhi, 1925: "Sete pecados sociais: política sem princípios, riqueza sem trabalho, prazer sem consciência, conhecimento sem caráter, comércio sem moralidade, ciência sem humanidade e culto sem sacrifício."

    Supertramp68

    Para registro,Lula, 2006: "Sete pecados sociais: política sem princípios, riqueza sem trabalho, prazer sem consciência, conhecimento sem caráter, comércio sem moralidade, ciência sem humanidade e culto (ao deus Lula) sem sacrifício (exceto o dos petistas do MA)."

    A historia é ciclica…

    beattrice

    As chamadas doenças negligenciadas raramente são noticiadas, dificilmente são tratadas e nunca são pesquisadas, não como deveriam ser.
    Conceição,
    excelente tópico para vc nos brindar com suas análises.

Cancio

A democracia burguesa nunca entendera…

http://charges24horas.blogspot.com

Heber

TuPac…. emociona e liberta… que cada um sulamericano, possa estar infectado por este virus libertário.

Rafael Vilela Pira

Olá Viomundo,

Ótimo texto! Estivemos recentemente em expedição pela Bolívia fotografando e documentando tudo no blog http://www.trotamerica.wordpress.com, que, agora, começa a tornar-se um projeto pessoal – só aguardando o edital da FUNARTE sair para financiar as próximas etapas.

A viagem rendeu uma exposição chamada Bolívia Vivia, que pode ser acessada aqui: http://www.rvilela.carbonmade.com , ficaria muito feliz em ver o ensaio publicado nesse excelente blog contra-informativo!

Forte abraço,
Rafael Vilela

    Laudir Seger

    O blog é contra-desinformativo. Contra-informativo é a Globo.

carlos hely

Apoio o governo Lula na política externa brasileira para a américa latina. A mídia brasileira desce o pau, mas sempre fomos subordinado aos colonizadores. Se os EUA retalham paises sul amercanos precisamos comprar mais produtos dos paises que estão com sanções,(cuba, venezuela, bolívia etc) fazendo com que eles se mantenham e ganhem forças para se libertar para fazermos uma america latina mais forte. O Brasil tem um papel importante na AL e não podemos ser carrasco a ponto dos latinoamericanos se virar contra nós, esse tipo de política não dá certo pois os EUA é odiado em vários países pelo mundo afora.

Gerson Carneiro

A elite de Washington ainda não entende a América Latina, assim como a elite de São Paulo não entende o Brasil.
É um fenômeno fácil de entender.

RTa

Alvaro Dias é agente da NED ( National Endowment For Democracy ) no Brasil.
Foi graças a "máquinas de votar em sites" que ele foi "eleito" duas vezes, com um milhão de votos como "melhor parlamentar do Brasil" e que Serra pensa em usar agora.
Foi seu pessoal que contratou, em Curitiba, o ator de cinema ( um velhinho ) que deu a bengalada programada em Dirceu.
Foi seu pessoal que contratou, em Curitiba, a ONG fantasma que , dizendo-se da ONU, deu premio a Serra na Suiça.
Foi seu pessoal que tentou já por tres vezes, mediante uso de espionagem eletronica, "colar" em gente do governo e do PT, a acusação de "fabricantes de dossies falsos",
Foi com dinheiro da NED, não declarado à receita, que ele conseguiu construir seis mansões no Lago Sul.
Foi graças a tudo isso, que Álvaro angariou franca antipatia no próprio PSDB paranaense, que o rejeita por ter tentado, no fim do governo FHC, com dados coletados pela CIA sobre negociatas para a reeleição de Cardoso, chantagear o próprio FHC, ameaçando-o com a "CPI da Corrupção".
Mas Álvaro, a exemplo de Carlos Lacerda, é um agente da CIA ( NED é a nova cara da CIA para assuntos políticos.) e pretende usar sua boa oratória como arma para BATER EM DILMA, deixando Serra com o papel de ser mais propositivo.

Com isso, Serra perde votos? Pode ser.

Mas tal como a esquerda fazia nas eleições, vai vender caro uma possivel derrota, usando o tempo do palanque da TV, pelo menos, como arma da luta ideológica nos estados e para o parlamento.

Alvaro vai dar a senha, vai tocar o "reunir", para tentar conter o estouro da boiada do DEM, que já estava migrando para a Dilma em seu oportunismo e "senso de realidade política". Principalmente no interior, onde Dilma vai crescendo em ritmo mais acelerado.

    beattrice

    Não acredito na habilidade dele para reunir o DEM nem ninguém, esse senhor é um gorila em uma loja de cristais, um brutamontes travestido de cavalheiro.

    Heitor Rodrigues

    Prezado, RTa,

    Álvaro Dias terá que usar expediente menos sutil que o lugar de vice-presidente de Serra para vender o seu peixe, ou suas penas, como queira. O Democratas, por questão de sobrevivência política, e talvez, pelo fato de seus coronéis pensarem apenas suas sesmarias – não sendo sofisticados o suficiente para tratar de assuntos de tal monta – bateram o pé e implodiram a manobra. Acho que Vc. deu um bom motivo para a exótica escolha feita por Serra para companheiro de chapa.

Giovani Montagner

com as informações que possuo, afinal temos um modelo eurocêntrico e não sei muito sobre a áfrica e ásia, considero a américa latina como a região com as maiores perspectivas e efervescências políticas, sociais, culturais e até esportivas, visto o desempenho na copa (6 das 7 equipes da região classificaram-se para as oitavas e, por enquanto, 3 dos 8 que se classificam as quartas de final são daqui).
devo ser otimista demais ou não entender nada, mas tenho a sensação que este século pode ser o da alavancagem e consolidação dos países da região no cenário internacional multipolar.

Marília Reis

Obama não é negro;
Obama nunca foi pobre;
Obama não é de esquerda;
Obama não é nada…

    Supertramp68

    Quando o Obama foi eleito
    Foi festejado até na Bahia
    Quando Disse que lula era o cara
    todo mundo aplaudiu
    e agora a marilia ressentida
    clareou o obama?

    siron

    Qualquer coisa é festejada na Bahia…

    Obama foi engolido pela realpolitik de washington. O prêmio nobel da paz acredita mais na força das sanções e das armas do que no diálogo.

    Sempre o achei uma farsa. Agora podemos ter a certeza.

beattrice

O Governo Obama definitivamente tornou-se refém da direita americana e assim os EUA oscilam a cada eleição entre a direita (DEMOCRATAS) e a extrema-direita (REPUBLICANOS).

O Brasileiro

É que nos EUA existe "inteligência" e inteligência. A primeira refere-se à arte de manipular a realidade usando meios ortodoxos ou não, violentos ou não, racionais ou não. A última refere-se ao conceito literal da palavra, e que às vezes é esquecida durante os rompantes emocionais dos norte-americanos.

P.S.: O continente americano é claramente dividido entre a américa anglo-saxônica e a américa latina. A primeira oriunda dos bárbaros que assimilaram, nos últimos séculos, a cultura greco-romana. E os últimos oriundos dos nativos que assimilaram os "ensinamentos" dos jesuítas e de outras ordens da igreja católica, criando também uma forma de cultura híbrida.

alirio

Ah, eles, os norteamericanos, devem estar muito equivocados.
Ou estão cientes dos problemas que procuram despistar, ou estão cientes de que são a causa do malefício.
As duas coisas são evidentes.
A traição a um ou outro lado é que é dificil explicar.

mariazinha

É verdade, Zé.
Temos que lutar contra eles, den tro do nosso próprio país, infestado de espiões tanto dos buches como dos sionistas. Mas eles não comhecem a força do povo brasileiro. Que se abstenham de interferir, novamen te, dentro do solo brasileiro senão vamos arrancar-lhes os bigodes; não ficará um fio para contar a história.
Os traidores da oposição que lhes lambem as botas estão desmascarados; acho bom ficarem bem longe de nós.

    Hans Bintje

    mariazinha:

    A melhor arma que você tem contra toda essa turma é a sua proverbial doçura. Basta lembrar Che Guevara: "Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás."

    mariazinha

    HANS:
    enquanto levamos essa conversa fiada de doçura, lembra: …"brasileiro é tão bonzinho!…"
    Só tivemos prejuízo. Nada de doçura nesse caso. Negócios, são negócios e, no caso desses países, é preciso mostrar firmeza, coragem e autoridade. Eles são impertinentes, mentirosos e matreiros; é preciso arrancar-lhes os bigodes, para aprenderem e desenvolverem o lado mais humano e menos perverso.

    Doçura só para VC, gente muito boa!
    Abração!

    Hans Bintje

    mariazinha disse:

    "enquanto levamos essa conversa fiada de doçura, lembra: …'brasileiro é tão bonzinho!…' Só tivemos prejuízo."

    Por favor, não confunda doçura com submissão.

    Já que hoje é dia de Gandhi – todo dia é dia de Gandhi:

    "A primeira coisa, portanto, é dizer-vos a vós mesmos: Não aceitarei mais o papel de escravo. Não obedecerei às ordens só porque são a lei, porque desobedecerei sempre que estiverem em conflito com a minha consciência. O vosso opressor poderá utilizar a violência para vos forçar a servi-lo. Direis a ele: Não obedecerei nem por dinheiro nem por ameaça. Isso poderá trazer sofrimentos. Mas vossa coragem acenderá a tocha da liberdade, que não mais poderá ser apagada."

    E sobre a sua provebial doçura, ele disse:

    "A verdadeira educação consiste em pôr a descoberto ou fazer atualizar o melhor de uma pessoa. Que livro melhor que o livro da humanidade?"

pedro – bahia

Dai a minha confiança no crescimento do Mercosul com a admissão de outros paises da América Latina.

Fabio_Passos

Viva o novo grito de independência dos povos latinoamericanos!

E abaixo as "elites" branquicelas, ricas, racistas, vendidas, incompetentes e entreguistas que tanto mal fizeram ao continente.
Vão pro diabo que os carregue… capachos!

Gerson

Já encontrei
http://www.guardian.co.uk/commentisfree/cifameric

    Luiz Carlos Azenha

    O link está na matéria, no The Guardian. abs

Milton Hayek

E a música de FHC,Azenha????????Olha aí:

[youtube VboDscDmjxQ http://www.youtube.com/watch?v=VboDscDmjxQ youtube]

Hans Bintje!!!!Teremos uma terceira Batalha dos Guararapes sexta-feira????????????Um abraço!!!!

    Hans Bintje

    Milton Hayek:

    Pense o seguinte: independente do resultado, o jogo é uma bela justificativa para juntar meus compatriotas e bebermos a cerveja que eu mesmo faço em casa.

    Estamos felizes, é como canta o Gilberto Gil:

    Hum!
    Deus fará
    Absurdos
    Contanto que a vida
    Seja assim
    Sim
    Um altar
    Onde a gente celebre
    Tudo o que Ele consentir

Carlos Cruz

Imperialismo sempre traz consigo a idéia da "superioridade racial". A Europa dizimou milhões em todo o mundo para provar sua superioridade e escravizar.Rapinagem na África, Oceania, Américas, Oriente. Espalhou ódio por onde passou. Muitas vezes utilizou a religião como motivo, eram os "cristãos" contra os "incivilizados bárbaros". Na América não foi diferente. Dizimou milhões de nativos. Escravizou outros tantos. Nações foiram extintas. Tudo pelo ouro, prata, açucar, especiarias. Com os EEUUAA não é diferente. Nos olham com superioridade. Ainda se acham no direito de escolher, "democraticamente", através de golpes militares, que governos (amigos seus e financiados… ) devem subir ao poder. Se quer encontrar um sentimento comum em toda América Latina ele é o desprezo pelo governo americano. Quem ele apoia deve ser visto com receio. A dita nação da "liberdade" destroi e implanta ditaduras por onde passa.

Gerson

tem o link do The Guardian ? Please
Isso é importante pra mim.

José Carlos

Impressionante!
Mais ainda é constatar – de novo – que nossa mídia simplesmente ignora as citadas mortes em Honduras…

Antonio

A América Latina e Central precisam se unir como irmãos que somos e criar uma área livre da influência norte americana. Nosso poderio militar precisa crescer muito, com muito equipamento moderno, muita inteligência e homens treinados, para combater o avanço norte americano sobre nós, para combater o avanço de outros países sobre nossas riquezas. As Forças armadas deverão ter a função de defesa da América.
Os norte americanos morrem de medo de fazer guerra tão perto de casa. Além do que, estão na qualidade de cachorro quase morto. Essa crise de 2008 os abateu. Temos que aproveitar a oportunidade para mantê-los longe de uma vez por todas.

Marcelo Fraga

Essa mentalidade da Guerra Fria, onde há amigos e inimigos, "democracia" e autoritarismo, capitalismo e comunismo, é mesmo o cúmulo. Já fazem 20 anos (na realidade bem mais) que isso não se aplica, mas na mente totalmente aversa à mudanças dessa gente impede que vejam a realidade.

    Guanabara

    Marcelo, ela não ignora. Ela só não divulga.

    Abs.

    Guanabara

    Azenha, por favor, corrija meu comentário. Saiu no lugar errado. Não era para o Marcelo, mas para o José Carlos, um pouco acima.

    Obg!

Jairo_Beraldo

Parece que os EEUU vão tentar mesmo esta "cortina de ferro" contra nós. Depois da vitória estrondosa do candidato estadunidense na Colombia, fica claro que vão jogar pesado.

    Leider_Lincoln

    Mas quando mais pesados e joga, companheiro, mais marcas se deixam. E as feridas voltam um dia para assombrar quem as fez. A China, a Índia e nós que o digamos…

Roberto Locatelli

Que texto poderoso! Como os EUA estão fora da realidade! Ainda não caiu a ficha deles. Se é que um dia vai cair. Mais fácil eles caírem antes.

Infelizmente, esses políticos de washington tem seguidores aqui, haja visto a declação do candidato da udn, aquela pessoa conhecida como serra. A única diferença é que esse entreguista, ao contrário do ianques, também sabe o que o Evo disse.

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