Rodovias privatizadas: Taxa de retorno de até 24%

Tempo de leitura: 3 min

TCU questiona rentabilidade de rodovia privatizada

Relatório apresentado na semana passada pelo tribunal defende revisão dos contratos feitos nos anos 90, no governo FHC

04 de maio de 2011 | 0h 00

Marta Salomon / BRASÍLIA – O Estado de S.Paulo

A rentabilidade das primeiras rodovias privatizadas – entre 17% e 24% acima da inflação -, maior do que a remuneração dos demais negócios da privatização no País, é questionada pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Relatório apresentado na semana passada defende a revisão dos contratos celebrados nos anos 90, no governo Fernando Henrique Cardoso.

O debate no tribunal começou em 2007, logo depois de o governo Luiz Inácio Lula da Silva concluir a segunda fase do programa de concessão de rodovias federais à iniciativa privada.

Diante da disputa acirrada, os preços dos pedágios foram reduzidos nessa época, e a chamada taxa interna de retorno caiu de 17%, em média, para 8,95%, no máximo.

Técnicos do TCU propuseram, então, a revisão dos primeiros contratos de concessão rodoviária, e a proposta foi encampada pelo ministro Walton Alencar Rodrigues. Depois de algum tempo parado, o debate teria um desfecho na sessão de quarta-feira passada do tribunal. A votação não foi concluída porque o ministro Raimundo Carreiro alegou que a revisão da taxa de retorno representaria “quebra” de contrato e consequente insegurança jurídica na área. O voto diferente dividiu o plenário.

“As taxas de retorno são realmente muito altas, a melhor alternativa seria rever a situação que prejudica os consumidores”, defendeu o ministro José Jorge, favorável a uma tentativa de negociação com as concessionárias. “Temos um impasse no tribunal porque muitos entendem que não pode haver quebra unilateral de contrato”, contou. O ministro José Múcio defendeu, então, nova rodada de conversas com as concessionárias.

O Estado tentou falar com o relator do processo no TCU e o autor do voto revisor. Mas tanto Rodrigues como Carreiro informaram que só vão se manifestar depois de uma decisão final do tribunal. Essa decisão não tem data marcada.

Outra realidade. De acordo com a avaliação técnica do tribunal, os contratos das primeiras concessões de rodovias federais, leiloadas nos anos 90, refletia uma situação de instabilidade econômica. As incertezas da época justificaram taxas de retorno do investimento mais elevadas, além dos reajustes pela inflação a que as concessionárias têm direito na revisão do preço dos pedágios a cada ano.

A primeira avaliação, feita ainda em 2007, já apontava indícios de que os contratos de concessão de rodovias – de 20 ou 25 anos de duração – estavam fora do equilíbrio econômico-financeiro, provocando prejuízos aos usuários, com a cobrança de tarifas de pedágio acima do preço razoável.

As taxas de retorno obtidas nas primeiras privatizações não foram seguidas nem no setor rodoviário nem no setor elétrico. No setor elétrico, ocorrem revisões tarifárias (além dos reajustes de tarifas pela inflação) a cada quatro anos em média. A mesma rotina não é seguida nas primeiras concessões rodoviárias.

As concessões em questão no momento são a Nova Dutra, entre São Paulo e Rio, a Ponte Rio-Niterói, ambas mantidas pela CCR, além da Concer, entre Rio e Juiz de Fora (MG), a CRT, entre Rio e Teresópolis, e a Concepa, que administra trechos da BR-290, no Rio Grande do Sul.

A maior das concessões é a Nova Dutra, privatizada em 1996. Os trabalhos emergenciais duraram seis meses. “Hoje, após investimentos de mais de R$ 8,5 bilhões, a Via Dutra é uma nova rodovia”, comentou a concessionária no aniversário de 15 anos do negócio, em março. O contrato ainda tem dez anos de vigência. Para a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o índice de qualidade dos serviços da rodovia é considerado ruim.

O preço da privatização

8,95%
foi a taxa máxima de retorno nas concessões feitas após 2007

17%
era a taxa média até 2007


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Comentários

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Reinaldo

E falando em pedágio, já pagamos IPVA, que substituiu o TRU, para que não fossem cobrados dois impostos para o mesmo fim, exatamente para cobrir os gastos de manutenção da malha viária. É um descalabro o que se faz no Brasil com isso, principalmente em São Paulo, onde as concessionárias lucram, e muito, às custas de nós, que somos obrigados a passar pela cancela escorchante dos pedágios.

Concessão e privatização no Brasil, podem ser traduzidos como crime organizado.

Reinaldo

"… o ministro Raimundo Carreiro alegou que a revisão da taxa de retorno representaria “quebra” de contrato e consequente insegurança jurídica na área…"

Espera um pouco… se um contrato é feito de forma leonina para lesar o erário, não se pode revê-los por conta de uma suposta "segurança jurídica"?

Na verdade, todas as privatizações e concessões feitas no governo do FHC já deveriam ter sido revistas, todas elas. A quase totalidade delas apresenta algum ponto "obscuro"… se não for pelo valor, é para quem foram feitas essas privatizações e concessões.

Salvo engano, isso era, inclusive, plataforma de campanha política do PT… alguém se lembra dessa passagem?

Leider_Lincoln

Um troll apenas para defender os pedágios? Será que é pago pelo Çerra, pelo PSDB, pelas concessionárias ou pela Alston? Ou será que substituíram o troll que faz/fez Carmem Leporace/Suzana Alves/Paulo Amaral/ Henderson Souza/Ubaldo? Façam suas apostas!

eduardo

A Ecovias é uma vergonha para o estado de São Paulo. Uso o complexo Airton Senna/Carvalho Pinto semanalmente e há pelo menos dois anos vejo a estrada cair em ruinas: buracos, falta de sinalização e monitoramento na Carvalho Pinto, ao mesmo tempo que, numa idéia genial, eles passaram a dividir o preço do pedágio por quatro praças onde antes haviam duas. O resultado é que as filas de pedágio, os congestionamentos e todos os transtornos que eles trazem acontecem agora cotidianamente, não precisando de feriados prolongados nem nada que o valha. Se queriam deixar os trechos mais baratos para quem usa poucos quilômetros da estrada deviam ter optado pelo sistema europeur que,. nesses casos coloca a praça de cobrança na entrada das cidades, apensa para quem vai sair da rodovia. Mas isso significaria investimento e novos empregos o que não coaduna com o espírito de quem se beneficia de privatizações sem controle nem fiscalização. Quem usa o tal do sem parar tem prejuízos ainda maiores. As pistas destinadas a esse sistema de pagamento são as mais congestionadas e onde os buracos inclusive estouraram um pneu do meu carro a duas semanas atrás.

Brandon de Souza

Rodovias federais batem novo recorde de mortes – ATENÇÃO: Não paga pedágio não viu gente.

Um total de 8.516 pessoas morreram no ano passado nas estradas federais de todo o país, número recorde pelo segundo ano consecutivo e 15,4% superior ao de 2009. A variação das mortes é quase o dobro do aumento registrado no fluxo de veículos nas principais estradas do país, calculado em 7,9% pelo Índice ABCR (da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias) e da consultoria Tendências. Um relatório geral da violência nas estradas, que divide casos por rodovias, horários de acidentes e vítimas, foi elaborado pelo Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes).
O estudo serve justamente para orientar as ações do governo federal para tentar reduzir o número de mortes, que cresce ano a ano. A leitura das estatísticas mostra que os acidentes ficaram mais violentos, conforme a divisão do número de mortos pelo de envolvidos. Em 2009, para cada 10 mil envolvidos, 112 morreram. No ano passado, o número subiu para 148.

Jayme V. Soares

E onde estão as estradas alternativas, nos trechos em que estão sendo cobrados pedágios? É uma verdadeira falta de vergonha o não cumprimento de uma lei que exige a construção ou oferecimento, por parte do governo, de estradas alternativas! Ou o governo só pretende favorecer as empresas concessionárias de pedágios?!.

    Bruno

    E por que precisa existir uma "estrada alternativa" sem pedágio? Vai usar o velho argumento do direito de ir e vir?

    rodrigo.aft

    Bruno,

    já que não precisamos de estradas alternativas, por q essas máfias, travestidas de empresas não cobram um preço justo?
    essa taxa de retorno está melhor q agiotagem, protituição e drogas!
    NEGÓCIO DE PAI PARA FILHO, melhor dizendo, entre empresa "agradecida e generosa" e partido "benfeitor"… resumindo, SIAMO TUTTI BUONA GENTE, CAPISCE?

    outro negócio bão procê:
    colocar um pegágio em cada garagem de são paulo: entrou, saiu, pagou (e sem alternativas).

    outro negócio bom é deixa o ar ficar poluído, muito poluído e vender máscaras com filtros q funcionam com um timer.
    se o peão não quiser morrer respirando ar poluido, é só ficar colocando moedinhas ou créditos na máscara antipoluição, e sem alternativas, certo?

    Bruno, concordo com vc: o importante é tirar dinheiro dos outros… como as pessoas vão pagar é problema delas!!!
    DÁ-LHE NEOCON!!! VIVA O MERCADO DESREGULAMENTADO!!!

    LEMBRETE: se estamos numa sociedade capitalista, vc já pagou seus pais pelo trabalho e custo q deu a eles? lógico q vc não mora mais com eles desde os 17 anos, qdo já poderia trabalhar, morar fora e pagar sua faculdade, lavar suas cuecas e preparar sua comida (ou pagar para alguém fazer)…
    pelo critério neocon, passou dos 17 anos morando na casa dos pais, É PARASITA; ninguém tem obrigações com ninguém, então pague seus pais e seja um neocon pleno!
    lógico q vc saiu de casa com 17 e foi morar sozinho, certo? ou ainda está parasitando seus pais?
    cara, vc é dos meus: salve sua pele e deixe os outros na reta… problema deles!!!

Palmas

O nosso imposto aí está.Primeiro a turma demo-tucano precarizou depois privatizou o nosso, o público em nome da "sociedade" para pagar as divídas que foram feitas também para constuir a malha rodiviária.Por isso sou a favor da educação pública de qualidade pois só assim teremos "alguma" luz nesta país dominado pelo jogo nefasto da corrupção e desmando nos poderes público. Pergunta: quem paga o salário do poder Judiciário??Claro nós povo, que vemos os nobres legislarem a favor dos grandes, dos corruptos. Então educação pode fazer-nos pensar e agir sobre o nosso, e assim deixarmos de bater na nossa própria cabeça.Mas aí vem o PSD…então….

Archibaldo S Braga

Voces se lembram dos termos JABACULÊ E MARACUTAIA? Pois é é isso que a tucanalhada sabe fazer!!! Agora pergunto, qual é a razão de não se fazer uma INVESTIGAÇÃO PROFUNDA nessa coisa toda????? Braga

Pafúncio Brasileiro

Azenha,
Insisto no tema FIBRAS ÓTICAS nas rodovias paulistas. As concessionárias escondem estes canais de fibra ótica, na exploração de serviços de comunicação de dados. Isto dá uma enorme renda para eles e não é contabilizado nos contratos de concessão. É um verdadeiro absurdo isto. Pafúncios, este tema precisa ser explorado. Cadê a blogosfera não comprometida com as pilantragens?? O Pafúncio aquí não tem memória de passarinho. Eu testemunhei a instalação dos canais de fibra ótica e isto não fazia parte do contrato de concessão. Jamais o pedágio era para ter estes preços. Como disse o Eng. Plínio Assmann (ex-secretário dos transportes): "o preço do pedágio, já na origem estava 45% acima do valor técnico".

operantelivre

A quem atende a lei de licitações? Quem fez esta lei?
Quero meu dinheiro de volta. Vou ao PROCON.
Mas, antes preciso saber quem é a concessionária que administra o PROCON.

Fabio SP

Só sobrou o melhor time do Brasil…

SSSSAAAAAANNNNNTTTTTTOOOOOOSSSSS

    Luiz Carlos Azenha

    Contamos com a torcida do Flu, do Cruzeiro, do Inter e do Grêmio.

    Fabio SP

    Então vc vai contar no máximo até 1 (HUM)…rs

    José Reinaldo Rosado

    Eu como Atleticano não aguentava os cruzeirenses dizendo que enfrentariam o Barcelona, etc,etc e etc.
    Ao Once caldas minha eterna gratidão!

Joao Prats

Tem mais, veja o exemplo da Triangulo do Sol, (concessão da rodovia Washington Luiz) de São Carlos a São José do Rio Preto), foram construidos dois trevos em São Carlos, instalados alguns radares de controle de velocidade, no mais a rodovia é igualzinha e não foi melhorada em nada, fazem apenas manutenção, e olhe lá hein que às vezes tem buraco até mesmo na entrada da cavbine de arrecadação das praças de pedágio, mas enfim a rodovia está tal como era quando foi inaugurada pelo governador Orestes Quercia, melhorias mesmo muito poucas.

João Prats

É uma brincadeira de muito mal gosto, esta transferencia compulsória de rendas.
Por contrato estas concessões antigas (ERA FHC/COVAS/SERRA/ALKMIN) podem alegar ao governo que estão tendo prejuizos e solicitar aumento de tarifas.
É inimaginável uma concessão desta ter prejuizos, realmente é, mas estes prejuizos são fabricados, pois as concessionarias terceirizam (entre-aspas) os serviços, as empresas terceirizadas são da propria concessionaria, que ao final ao fechar a contabilidade final da concessão, constata-se que a mesma está tendo prejuizos (Prejuizo este fabricado contabilmente).
Aí é so chegar nas agencias fiscalizadoras (ANTT, ARTESP) e solicitar revisão de tarifas, que são concedidas sem problemas.
Desta maneira, quero ver o empreendimento que não dá lucro, fabricando prejuizos para o povão pagar, assim é muito fácil, mais facil que roubar doce de criança de dois anos.
Eita jeitinho fácil de ganhar dinheiro.

Fabio_Passos

17 a 24% acima da inflação? Que roubalheira descarada.

Pafúncio Brasileiro

Azenha,
Como pode o preço do pedágio em rodovia federal privatizada (Fernão Dias – SP-BH) CUSTAR de 1/8 (um oitavo) a 1/11 (um onze avos) do preço pago nas rodovias privatizadas paulistas ???.
Outra coisa que ninguém menciona:
Você sabia que as fibras óticas de comunicação de dados nos canteiros centrais das principais rodovias paulistas dão uma baita nota para as concessionárias ? É isso mesmo, fibra ótica para comunicação de dados, que são alugadas e não entram na conta da arrecadação das concessionárias e o contrato não prevê nenhuma remuneração ou compensação ! Foi o jeito tucano de atucanar as privatizações das rodovias. Porque ninguém fala do caso das fibras óticas nas rodovias ?
Pafúncios, levantem esta questão da fibra ótica ! Vai voar pena de tucano pra tudo que é lado !

João Amaral

Mesmo constatando que as rodovias paulistas são superiores as rodovias federais , não justifica as concessionárias cobrarem o mais elevado valor de pedágio por km do mundo , muito superior inclusive ao pedágio cobrado nas alto estradas de países do primeiro mundo., lembrando que o usuário das rodovias destes países tem um poder aquisitivo infinitamente superior ao nosso. Deve-se ressaltar que mesmo com este elevadíssimo valor de pedágio , quando as concessionárias precisam efetuar investimentos, sempre buscam financiamentos junto aos bancos oficiais , pagando juros subsidiados.

    Rafael

    Vale lembrar que o percentual de estradas privatizadas nos eua por exemplo é menor que a metade no Brasil.

Haroldo_teixeira

Privatização para mim é muito simples de ser avaliada. Qual o nome do grupo que administra boa parte do patrimônio da Oi (por acaso seria Jereissat?). Quem faz parte dos consórcios que administram estas rodovias (por acaso é Queiroz-Galvão?) Estranho… meu partido privatiza ou dá uma concessão para uma empres que é … minha! Que país era esse?

Milton Quadros

Se o desequilíbrio fosse contra quem cobra o pedágio, seria quebra de contrato reajustar a tarifa? Claro que não. Então se o desequilíbrio é do lado do usuário, o valor do pedágio tem que baixar. Parabéns ao TCU, pois coibindo o lucro abusivo mantém a coerência com as demais fiscalizações que realiza. Follow the money!

Rafael

Usando como referência o país que mais divulgou o liberalismo, os eua investem, percentual do PIB, muito maior que o Brasil. Ou seja nós somos mais liberais, com estado menos presente do que o próprio eua. Mas no fundo o que acontece no Brasil é corrupção aliada à incompetência. Então pagamos IPVA para ter estrada, mas quando vamos viajar pagamos pedágio. A desculpa é que o estado não tem recursos, mas onde vai o dinhiero do imposto somente me referindo às estradas?
Falta clareza, transparência. Aqui no RS, na BR-290 ninguém sabe quem são os donos da CONCEPA( concessionária responsável pela estrada). Mas há pistas. A RBS defende arduamente a CONCEPA, numa obra que vai aliviar o fluxo para o estádio da copa, a RBS diz que o governo não vai conseguir concluir a obra a tempo e que a única solução seria entregar a obra para a CONCEPA. Estranho é uma emissora defender outra empresa e afirmar que somente ela conclui a tempo.

    DCald

    Rafael,
    Infelizmente, não há nenhum vinculo do IPVA com manutenção de vias… o IPVA é um imposto sem destinação definida… ele vai para o "bolo" do governo estadual e municipal (50/50) e estes fazem o que quiserem com isso… Educação, Saude, Segurança, etc… (normalmente vai parar em cuecas e meias e depois eh transferido para paraisos fiscais…)

Lousan

na minha opinião o problema está antes disso tudo…se não houvessem ladrões, não seriam necessários os muros….se a manutenção rodoviaria estatal funcionasse, nao seria necessario privatizar…mas uma vez que a manutenção estatal nao funciona e a ganancia governamental ve a oportunidade de ganhar dinheiro, quem é que segura eles?

SE houvesse um governo competente o bastante para deixar as estradas federais melhores que as privatizadas, haveria campo para uma competição leal e as empresas haveriam de diminuir os pedágios e aumentar a qualidade…porém, SE a primeira parte não dá o primeiro passo, continuamos na mesmice de sempre….

em termos práticos aplicados a nossa realidade diária…se a sua mulher não limpa a casa direito e você não quer perder suas noites de futebol limpando a casa, terceirize a função do casal e contrate uma faxineira….quantos de vocês já privatizaram as suas casas?

    eroni spinato

    Não existe governo imcompetente, existe governo entreguista como FHC…vide: vale, csn, eletropaulo, etc. Tudo o que é privatizado ou terceirizado, é para faturar dinheiro público com corrupção legal….quem me diz que o grupo de SERRA não levam vantagem com os pedágios…

    DCald

    Pois eh… é importante lembrar que PRIVATIZAR é diferente de CONCEDER… no caso das rodovias, elas continuam sendo publicas, mas são concedidas a iniciativa privada para fazer a manutenção e prestar serviços tendo como contrapartida a cobrança dos pedagios…
    Conceder não é tão ruim quanto privatizar (ou doar empresas publicas como FHC fez com empresas citadas acima)…

    A questão é… o metodo utilizado pelos tucanos é muito mais favoravel as concessionarias (pq será?) e o metodo utilizado pelos petistas foi muito mais favoravel aos usuarios…

    Leilao Tucano = vence quem dá o maior lance = maior tarifa de pedagio
    Leilao Petista = vence quem dá a menor tarifa de pedagio = menor tarifa de pedagio

    Bruno

    "Não existe governo incompetente"… Já Papai Noel e Coelhinho da Páscoa existem. Tenha a santa paciência…

    Elton

    Horrível!!!

ninguém merece

A função do Tribunal de Contas é zelar pelo dinheiro público, ou seja, evitar que o Estado seja explorado, mas parece que o Sr. Raimundo Carreiro prefere zelar pelo dinheiro das concessionárias; segurança jurídica!? Onde mais tem disso é na Coréia do Norte.

coronel bento

o que é CCR – covas & covas Roub…?
ne mesma das de sao paulo?

Gilberto

enquanto isso no governo do estado da Bahia…
O governador Jacques Wagner ganha 500 para cortar a barba com uma conhecida lamina de barbear…
essa mesma lamina deve está sendo usada para cortar os salarios dos professores das universidades estaduais baianas.
A administração do PT mantem o pedágio mais absurdo do Brasil, se cobra, mas a estrada é péssima, a unica coisa que a concessionaria faz é tapar buracos e aparar o mato dos acostamentos…

PT saudações

    Gambazinho

    O Hospício fecha às 8, Giba… Corra se não vai dormir na rua.

    Panambi

    Ufa! Uma noite de descanso – fechou mais cedo – tucaninho ficou no relento!

    Alvaro Tadeu Silva

    Ó Gilberto, não dirijjo na Bahia, mas durante 30 anos a família ACM foi dona do estado e a vida do povo não melhorou nadica. Agora, onde eu dirijo, estradas paulistas e Dutra, privatizadas pelos neoliberais tucanos e DEMoníacos, aquelas estradas não valem um quinto do pedágio que cobram. Se eu recolho o IPVA, para onde vai, pagar salários de comissionados nas assembleias estaduais?

Gambazinho

Que beleza!!!!!!!

E na primeira crise que enfrentarem vão pedir subsídio do governo…

ZePovinho

Qual a composição acionária dessas concessionárias???????????Tem dinheiro da ALSTOM entrando aí,tomado a juros baixos lá fora para manter esse almoço grátis dos empresários amigos do PSDB???

george

Talvez na década de 90, quando se fez a previsão de ROI (retorno de investimento) nao tenha sido considerado o grande boom da nova classe C acompanhado da grande venda de carros nos ultimos 5 anos.
Hoje, quando se diz que muito feriado acaba com a economia do país, nos esquecemos que as empresas que mais ganham com feriados são as concessionárias de estradas privatizadas pelo governo tucano.

Brandon de Souza

Porque o TCU nao faz uma auditoria no lucro dos bancos??…

@ricmbc

Confira a lista de parlamentares defensores das alterações do Código Florestal que foram multados pelo IBAMA:

Na Câmara

Augusto Coutinho (DEM-PE): uma notificação e dois autos de infração
Eduardo Gomes (PSDB-TO): dois autos de infração
Giovanni Queiroz (PDT-PA): dois autos de infração e uma notificação
Hélio Santos (PSDB-MA): um auto de infração
Iracema Portella (PP-PI): um auto de infração
Júnior Coimbra (PMDB-TO): dois autos de infração
Lira Maia (DEM-PA): um auto de infração
Márcio Bittar (PSDB-AC): um auto de infração
Marcos Medrado (PDT-BA): dois autos de infração
Moreira Mendes (PPS-RO): um auto de infração
Nelson Marchezelli (PTB-SP): um auto de infração
Paulo César Quartiero (DEM-RR): cinco autos de infração
Raul Lima (PP-RR): um auto de infração
Reinaldo Azambuja (PSDB-MS): um auto de infração
Sandro Mabel (PR-GO): um auto de infração e uma notificação

No Senado

Ivo Cassol (PP-RO): quatro autos de infração
Kátia Abreu (TO, recém-saída do DEM): um auto de infração
Renan Calheiros (PMDB-AL): um auto de infração

Legal não é? Se o Novo Código Florestal, proposto por eles através do Dep. Aldo Rebelo for aprovado, TODOS serão absolvidos de seus crimes ambientais.

Equipe @Terrachamando

ZePovinho

http://www.blogcidadania.com.br/2011/05/ibge-expl

IBGE explica por que a elite odeia Lula

Foi uma luta para encontrar dados que mostrassem a evolução do índice de Gini do Brasil entre 1995 e 2010. A mídia esconde esses dados porque mostram um fato que destrói a versão que vem sendo alardeada após a divulgação da maior queda de concentração de renda no Brasil durante os últimos 50 anos, de que ocorreu nos governos FHC e Lula.

Em primeiro lugar, o noticiário deixa claro um fato sobre o qual pouco se fala: a ditadura militar (1964-1985) foi implantada para concentrar renda, ou seja, para tornar os ricos mais ricos e os pobres, mais pobres. Em 1960, antes da ditadura, o índice de Gini era de 0,537 e, em 1995, estava em 0,610. A concentração de renda foi brutal, no período.

Mas o fato mais contemporâneo também é surpreendente e pode ser bem constatado no gráfico acima: durante o primeiro mandato de FHC, a desigualdade permaneceu praticamente intocada e só caiu um pouco a partir do segundo mandato. Já no governo Lula, a queda foi impressionante, fazendo o índice de Gini cair a 0,530 – quanto mais próxima de zero, menor é a concentração de renda.

O IBGE também explica por que os estratos superiores da pirâmide social odeiam tanto Lula. Entre os 20% mais ricos, que se concentram no Sul e no Sudeste, a escolaridade aumentou 8,1% e a renda cresceu 8,9%. No recorte dos 20% mais pobres, que ficam no Norte, no Nordeste e no Centro-Oeste, a escolaridade aumentou 55,6%, e foi acompanhada de um aumento de renda de 49,5%.

Por etnia, os negros também experimentaram aumento de renda muito maior do que os brancos, vale dizer. Sobretudo porque negros e descendentes de negros são muito mais numerosos no Norte e no Nordeste.

O governo FHC é tão defendido pelos ricos, que também são donos da mídia, porque foi o que puderam conseguir em termos de, se não aumentar a concentração de renda, ao menos retardar a sua queda. Lula virou as costas para a elite e promoveu a maior distribuição de renda da história deste país. Por isso a elite branca do Sul e do Sudeste o odeia com tanto fervor.

Lula Gov SP 2014

Campanha #LulaGovSP Temos 3 anos para convencer o grande Lula a acabar com dinastia tukana em SP https://twitter.com/Lula_Gov_de_SP

ZePovinho

A renda média dos paulistas não é mais a maior do Brasil.Isso é um exemplo de como o Estado gerido por interesses privados retira dinheiro do bolso do cidadão para dar aos empresários amigos do poder:
http://www.conversaafiada.com.br/economia/2011/05

SP não é o Estado mais rico. Era.É a grande obra tucana

Saiu no Blog Limpinho e Cheiroso:

Governo demotucano: São Paulo não é mais o estado mais rico do Brasil

Os quatrocentões paulistas, que gostam de dizer que o estado é a “locomotiva do Brasil”, não poderão mais usar essa expressão. Segundo pesquisa da Fundação Getulio Vargas, depois de mais de 16 anos de gestão demotucana, São Paulo foi ultrapassado por Santa Catarina e Rio de Janeiro na condição de estado que tem a maior renda média. Por sua vez, no governo Lula, o País conseguiu reduzir a pobreza em 50,64%. A pesquisa também mostra que, de 2002 a 2010, os maiores ganhos reais de renda foram em grupos tradicionalmente excluídos. O Limpinho reproduz texto publicado no Portal G1. O editor deveria estar dormindo quando deixou sair uma matéria dessas…………………………..

    Brandon de Souza

    E dai cara??? o que tem isso???

    Panambi

    Volta pro primário, meu velho! Assim não pode! Assim não dá!

    ZePovinho

    Tranferência de renda do povo para as empresas.Você quer seu dinheiro sendo gasto com comida,educação,roupas,etc ou com pedágios???????????

    Pedro Luiz Paredes

    Que tem é que essa diferença que as concessionárias tomam estaria na renda dos trabalhadores paulistas que usam as estradas e teríamos gastos descentralizados ao longo de todo estado de São Paulo.
    Os bens de consumo e os bens duráveis que passam por essas rodovias seriam mais baratos e sobraria mais renda na mão dos trabalhadores do estado de São Paulo e teríamos gastos descentralizados ao longo de todo estado de São Paulo.
    Com isso, podemos concluir que todos os estabelecimentos comerciais, potencialmente, iriam vender mais gerando mais empregos, mais renda e menos concordata, menos calote, menos miséria, etc…
    Essa é a diferença entre a concentração de renda e a distribuição de renda.
    Essa é a diferença entre qualidade de vida e miséria.
    Estúpido!

    Elton

    Quer que desenhe?

    zé francisco

    Sr. Brandon de Souza: Sou paulista e estou feliz com esta história. Sou terceira geração de imigrantes espanhóis e portugueses proletários. Agora, você, deve ser um quatrocentão ufanista udenista que tá pê da vida. Que delícia… rsrs. Isto é impagágel rsrsrs.

wilson

É o maior asfalto da história.P/ bom entendedor basta meia palvra….. s……

Pedro Luiz Paredes

Isso sem contar as "notas frias" que as concessionárias emitem para justificar a contabilidade de manutenções inexistentes!
É só colocar 10 câmeras em propriedades ao longo da rodovia, filmando a rodovia e depois de algum tempo verificar se teve manutenção daquela área. Os papeis vão mostrar que sim, mas as câmeras vão mostrar que não!
Isso acontece muito 1 ano antes das eleições para financiar o caixa dois tucano.

assalariado.

17% menos 8,95% igual a caixa dois,em grande parte.Esta é a matemática que as elites do capital ,e seus lacaios dentro do seu Estado burgues,fazem -(sim,o Estado é um braço politico legalizado,do capital,para agilizar os seus lucros e socorre-los,em épocas de crises cilcicas). Usam concessão de serviços publicos para maximizar seus lucros e, por tabela,se perpetuar no poder,nas campanhas eleitorais.Mesmo porque, seja nas privatizações ou nas concessões os donos do capital geralmente,não põem a mão no bolso,vão ao BNDS usarem o dinheiro publico que deveria ser prioridade para o uso coletivo dos serviços de saúde, educação,transportes,enfim… se apossam do dinheiro da nação para enriquecimento privado. Onde as elites colocam as mão, não tenho duvidas,vira máfia.Afinal de contas,quem corrompe a sociedade, quem? quem?… huumm!?

Saudações Socialistas.

Paulo

Alguem pode informar qual a graduação, conhecimento, gabarito destes "técnicos do TCU" para a crítica em qualquer coisa?? criticam projetos, cálculos, etc… criticam tudo. Bom então que fique claro e bem demonstrado que podemos confiar muito nestas críticas divulgando o alto grau de conhecimento destes "técnicos"… deve ter cara que só entende de receita de bolo… me ajuda ai

    Klaus

    Paulo, olha aqui:
    http://www.cespe.unb.br/concursos/TCU2007/arquivo

    Bruno

    No caso de obras públicas, são em grande parte engenheiros. Por vezes eles tem razão, como no apontamento dos documentos toscos e métodos construtivos arcaicos apresentados pelo poder público. Mas o trabalho deles é achar problema, e quem procura acha, seja na obra de quem for, porque no Brasil não existe muito a cultura de fazer direito da primeira vez – além, claro, de um vício enorme em corrupção.

Cae

É interessante notar que em muitos trechos de rodovias paulistas, o custo do combustivel quase que equivale ao do pedágio. Para o combustível chegar ao tanque do carro houve enormes investimentos na pesquisa e produção de petróleo, com geração de uma grande quantidade de empregos e houve remuneração a todos esses setores. O mesmo se aplica ao álcool, que remunera o produtor, o usineiro, os empregados, a distribuidora, etc, etc.
Mas no caso dos pedágios, o Estado fez as estradas, pagou as eventuais duplicações e ainda financia a juros baixos e em longo prazo as obras das concessionárias, quando não paga ele mesmo, como podia-se notar nos outdoors de algumas pontes que foram reconstruídas na Washington Luiz há tempos.
Nota-se também que a grande atividade das concessionárias referem-se a jardinagem e construção de cabines de pedágios. Cada praça que cobrava eum um só sentido, quando dubplicada, cobra mais que a metade do valor original.
Qual seria o motivo de um retorno tão alto face a quase nada de investimento?
Está na hora de se dar um basta nesse jogo de compadres que foi a privatização das estradas paulistas.
E agora, as concessionárias ainda insistem para o usuários instalem o sem parar, para reduzir seus custos, mas cobrando por esse serviço.

    Bruno

    Pra vocês verem o que é uma MENTIRA escondida em um texto. As obras saem do bolso dos concessionários, não do Estado. Por exemplo, a Imigrantes teve sua duplicação financiada única e exclusivamente pela Ecovias. Além disso, a empresa teve que pagar alguns bilhões em cash para o governo quando da concessão. Aliás, é com base nisto que o Governo e a Ecovias definiram o valor – alto, é verdade – do pedágio. Mas tente achar um buraco, um quilômetro de pista sem serviço de telefonia de emergência.

    Exceções são as rodovias classe zero (máximo nível de segurança, qualidade e velocidade autorizada) que já estava prontas, e só precisavam de algumas obras de arte (pontes, viadutos) e novas faixas em trechos específicos, como a Castello Branco. Mesmo neste caso, o Governo "empurrou" para o concessionário a obrigação de manter e modernizar a rodovia-irmã Raposo Tavares, uma tarefa bem complicada que NUNCA o Governo levaria adiante.

    Marcelo Rodrigues

    Errado. É do bolso dos otários que pagam os pedágios que sai a grana para a obra superfaturadíssima .

    Leider_Lincoln

    Do 'bolso das concessionárias"? E quem garante que o dinheiro jorre para estes bolsos? Quem impede que as pessoas escolham se vão querra usar estradas com ou sem pedágio? De quem sai o dinheiro para os "bolsos das concessionárias"?

    Bruno

    De começo, saiu de empréstimos bancários, e não do "pobre contribuinte que é roubado pelos vendilhões da Pátria mimimi". Os pedágios servem para pagar os empréstimos, os custos de operação e – claro – o lucro do concessionário. Um empréstimo de bilhões de reais, a ser pago ao longo dos 30 anos de concessão, que com certeza o TCU finge que não existe na hora de calcular essa TIR exagerada.

    Panambi

    Bruno Surfistinho?? Só pode…

    edv

    Depende do governo…
    Governos de araque, vendilhões, passam o interesse público para o privado, gerando receitas garantidas e magnânimas, por décadas.
    Governos sérios fazem, melhoram e mantém (e podem cobrar pedágio da mesma forma).
    Colocam empresas públicas de capital aberto na liderança mundial em receitas, lucros e tecnologia
    O sistema de rodovias americanas de costa a costa foi feito pelo governo.
    A esmagadora maioria das estradas e vias no Brasil (e em SP) foi feita pelo governo.
    Com dinheiro público.
    Ao que saiba, a duplicação da Imigrantes foi feita pelo governo (Covas), ainda mais pela quantidade de túneis.
    Usam financiamento público para comprar concessões.E ninguém adianta bilhões à vista, adiantado.
    Estes já começam ganhando e pagam o "negócio" com a receita do próprio "negócio".
    A diferença da iniciativa pública e privada está nos interesses e intenções dos seus mandantes.
    E no caso de FHC e demotucanos, que deveriam representar o interesse público, houve a "santa" união de interesses …sempre privados.

    Bruno

    Não, edv. O Governo do Estado de São Paulo não gastou um centavo com a duplicação da Imigrantes, assim como não gastou com a modernização da Anchieta e da Raposo Tavares e com a ampliação da Bandeirantes de Santa Bárbara D'Oeste até Cordeirópolis. Tampouco gastará com a extensão da Governador Carvalho Pinto até a área urbana de Taubaté. Pelo contrário: as empresas pagaram alguns bilhões de reais em cash para comprar o direito sobre as estradas e o dever de expandi-las de acordo com contratos consideravelmente sólidos (exceções são as concessões da Marechal Rondon e da D. Pedro I, que devem em qualidade, e do nó de pedágios no entorno da Região Metropolitana de Campinas, que no fundo é também culpa dos municípios que não oferecem alternativa urbana para interligação urbana, fazendo seus cidadãos precisarem recorrer às rodovias para fazer trajetos pendulares que deveriam ser feitos em avenidas ou vias arteriais não-rodoviárias). Foi bom negócio para o Estado, que como eu disse antes se reergueu do abismo fiscal onde Quércia e Fleury o atiraram. Foi bom negócio para o usuário esporádico, que tem ótimas estradas para locomoção intermunicipal e interestadual. Não foi, de forma alguma, mal negócio para as companhias de transporte, que reclamam do pedágio mas o cobram integralmente dos contratantes, não tendo, assim, ônus nenhum. E foi, claro, um ótimo negócio para os concessionários, mas pessoalmente acho que errado está quem acha que é errado ganhar dinheiro de forma legal. E tudo que é feito é feito de forma legal.

    edv

    Bruno, vc parece trabalhar em concessionária, similar ou ter relações nelas, pela forma segura e exaltatória com que trata o tema: "um centavo"…"duplicação". "bilhões em cash", "sólidos", etc.
    Primeiro, ainda que tenha sido feito pela concessionária, o trecho de descida feito (previsto há muito) é uma pequena fração da rodovia. Assim como a extensão para Taubaté. Assim como modernizações e manutenções fazem parte óbvia dos "deveres". Se não, pedágio pra que?
    Repito: a menos de pequenos trechos (e acessos para obrigar ao pedágio), a esmagadora maioria das rodovias, de nota 10 a 0, foram construidas com dinheiro público, para serviço do público, com interesse público. E depois disso, foram passadas ao interesse privado que tem o público como refém, para gerar-lhes bilionárias e perenes receitas. O trecho sul do rodoanel poderia ser pago "cash" com apenas um ano de receita dos pedágios de SP.
    E depois, é só "saborear", décadas de "mucha, mucha plata"…
    Sua argumentação ficou concentrada apenas neste ponto, esquecendo-se dos demais.
    A cadeia mencionada da concessionária, da transportadora, dos contratantes acaba onde?
    No público. Refém!
    E procure lembrar que dinheiro não se ganha apenas de forma legal.
    Mas necessariamente, moral.

    DCald

    O problema é justamente esse.. o LANCE pela rodovia..
    ou seja, se no leilao ia ganhar quem desse o maior lance, não há duvidas que vc teria a maior tarifa de pedagio!

    Pra comparar (até pq é pertinho das estradas paulistas… temos a Regis bittencourt… nela, se paga 10,20 pra rodar 400km… e a concessionaria vai ter que arcar com todos os custos de manutenção, construção de passarelas, retornos, duplicação dos 30 km ainda não duplicados (aquela obra vai sair bem carinha!)…

    O que encareceu os pedagios paulistas foram esse lance inicial… e esses bilhoes foram pra onde?
    Falando nisso, um percentual das tarifas de pedagio paulistas era pra ser destinado as rodovias paulistas não concessionadas… alem de serem poucas, estao completamente sucateadas!!!

    eduardo

    A Ecovias é uma vergonha para o estado de São Paulo. Uso o complexo Airton Senna/Carvalho Pinto semanalmente e há pelo menos dois anos vejo a estrada cair em ruinas: buracos, falta de sinalização e monitoramento na Carvalho Pinto, ao mesmo tempo que, numa idéia genial, eles passaram a dividir o preço do pedágio por quatro praças onde antes haviam duas. O resultado é que as filas de pedágio, os congestionamentos e todos os transtornos que eles trazem acontecem agora cotidianamente, não precisando de feriados prolongados nem nada que o valha. Se queriam deixar os trechos mais baratos para quem usa poucos quilômetros da estrada deviam ter optado pelo sistema europeur que,. nesses casos coloca a praça de cobrança na entrada das cidades, apensa para quem vai sair da rodovia. Mas isso significaria investimento e novos empregos o que não coaduna com o espírito de quem se beneficia de privatizações sem controle nem fiscalização. Quem usa o tal do sem parar tem prejuízos ainda maiores. As pistas destinadas a esse sistema de pagamento são as mais congestionadas e onde os buracos inclusive estouraram um pneu do meu carro a duas semanas atrás.

Dietmar

Quer dizer que se as concessionárias aumentarem seus custos e despesas, por exemplo dobrando o salário dos diretores, funcionários e terceirizados, aí fica tudo bem?

Não entendo essa análise a partir do lucro da concessionária. Não faz sentido.
O que faz MUITO sentido é comparar com o custo do pedágio em outras estradas e em outros países, com as devidas correções de raciocínio em função de especificidades.

Se não for assim a concessionária que não estiver com um belíssimo lucro pode continuar esfolando os motoristas ad eternum.

Luis Armidoro

O neo-liberalismo de tendência tucana é isto: extorsão em cima da população para uma prestação ordinária de serviços por parte de quem os comprou. Lentamente, os crimes da Era de Trevas Tucana emergem da escuridão

Ivan Arruda

A taxa de retorno, livre que é, não deve ser o foco da análise e sim a exorbitância das tarifas, onde há uma espécie de "usura", sempre turbinada pelas facilidades encontradas em instâncias reguladoras e judiciais sempre pré-dispostas a reajustá-las. Prova disso são as disparidades entre as tarifas praticadas na BR 101, cuja manutenção julgo ser mais dispendiosa, e as demais rodovias. Sendo que algumas, nem uma terceira pista é construída. Quanto mais esperar duplicação.
Não é fácil calcular taxa de retorno sobre um patrimônio pertencente ou surrupiado do povo, herdeiro agora apenas das dívidas de empréstimos contraídos pelos governos para construir essas rodovias.

ZePovinho

O nome disso é claro:ALMOÇO GRÁTIS.

Marcelo Rodrigues

A taxa de retorno real deve ser maior. Se alguém investigar (tola ilusão), talvez descubra que:
1. Todos, ou quase todos, os serviços e obras efetuados na estrada são "terceirizados" a outras empresas;
2. Muitas destas empresas estão em nome de laranjas;
3. As empresas que prestam tais serviços "terceirizados" são do mesmo grupo que controla os pedágio;
4. Tais serviços terceirizados são superfaturados;
5. As empresas terceirizadas aumentam seus custos (diminuem o lucro) lançando notas frias na contabilidade.
6. O TCU não vai até as terceirizadas.

Si non è vero…

    FrancoAtirador

    .
    .
    Essas aí são as "quarteirizadas".

    Além de tudo isso que você mencionou,

    ainda exploram a mão-de-obra do trabalhador,

    à margem da legislação trabalhista.
    .
    .
    Por falar em terceirização:

    MANIFESTO CONTRA A TERCEIRIZAÇÃO DO TRABALHO NA USP

    http://mariafro.com.br/wordpress/2011/05/03/manif

Joaquim Aragão

Realmente, toda a responsabilidade recai sobre o governo FHC. Contrato é contrato (Contract is King), e resgá-lo será provocar uma falta de credibilidade do Estado brasileiro para futuras concessões. Aí, pode esquecer, já no berço, a privatização dos aeroportos…

Além disso, vamos ter brigas para mais de um década na Justiça e uma paralização dos investimentos. Vide o caso das concessões rodoviárias no Paraná, que estancou o processo de duplicação das rodovias. É isso que queremos???

Pois esse conflito acontece precismanete quanto as concessões/parcerias são decididas como medidas de emergência. Para acelerar o processo, o governo tem de abrir bem as pernas, e fazer tudo o que o "parceiro" exige, para evitar longas discussões. E como o apressado come cru, o resultado é isso aí: contratos de baixíssima agregação de valor, em função das altas tarifas que corróem a rentabilidade dos usuários.

Já contratos agregadores de valor (com boa relação de benefício/custo para o usuário e a comunidade), esses precisam ser mais lentamente negociados, pois os riscos são maiores, e as contrapartidas precisam ser analisadas com cuidado, até para evitar que o Ministério Público e os Tribunais de Conta, décadas depois (que rapidez, hein???) não coloque tudo em questão, produzindo prejuízos para todas as partes (usuário, contribuinte e concessionário).

Desta vez, a culpa foi dos governantes de então. Em principio, são eles que deverão pagar a conta de eventuais prejuízos. Claro, para não cairmos na demagogia anti-efehagacista rasteira, temos de reconhecer que à época, o ambiente contratual não era nada favorável: de um lado, o governo era obrigado pelos ditadores do FMI a privatizar e "mostrar serviço" no cumprimento da agenda do Consenso de Washington, o que exigia rapidez e demonstração de vontade política. De outro, as condições macroeconômicas não eram nada seguras (a inflação era alta, os custos de financiamento também; havia risco para todo o lado).

E não é para jogar pedra no passado que estou comentando (dou essa tarefa para historiadores e os políticos), e sim para amadurecermos com relação às políticas de inserção da iniciativa privada no investimento de infra-estruturas. Eu julgo-as necessárias, até porque com o aumento de estoque de infra-estruturas a ser mantido e operado, os desafios fiscais serão cada vez mais complicados, e o espaço fiscal (vejam meu artigo dessa segunda-feira) fica reduzido. De outro lado, a política de parceria pode ser aliada à política industrial, de fortalecermos a industria nacional de construção civil e o nosso mercado de capitais. Mas temos de aprender a fazer as coisas corretas de forma correta.

Em principio, acho a politica de concessão de infra-estruturas à iniciativa privada uma opção racional, desde que a obra seja previamente realizada pelo Governo. A infra-estrutura traz, pois, dois tipos de beneficios: o benefício direto ao usuário, e o benefício difuso à toda a economia. Pelo principio de que os custos devem ser assumidos pelos beneficiados (custo marginal igual ao beneficio marginal), o contribuinte arcaria com a disponibilidade da infra-estrutura, que produz novas vantagens locacionais e aporta portanto crescimento econômico dos quais todos, mesmo que em diferentes graus, se beneficiam; e o usuário arcaria com a manutenção e operação na exata medida das economias imediatas que usufrui pelo uso da infra-estrutura. Portanto, conceder a infra-estrutura pronta singnifica, para mim, a solução mais racional que se pode esperar.

A iniciativa privada assumindo então a manutenção e operação da infra-estrutura, o faz em condições melhores de capitalização e de risco, permitindo menores tarifas, e o Poder Público não compromete desnecessariamente o espaço fiscal para futuros investimentos e ações com obrigações de manutenção cada vez maiores e incompressíveis (a menos que continuemos nos contentando com estradas esburacadas…)

    Marcelo Rodrigues

    Somente contratos feitos de boa fé devem ser preservados, o que não é o caso das concessões e privatizações feitas pelos governos do psdb. Claro, comparemos, senão os assaltantes teriam sempre à mão um contrato de adesão adrede preparado para ser assinado pelos assaltados, de forma que quando fossem presos os bandidos alegariam "dotô, o contrato é rei! E os investimentu qui fiz im revórve, balas, máscara, tempu de tocaia? Ondi vamos pará se o que tá escrito não vale mais?"

    Agora, convenhamos, a argumentação do caro internauta é só um amontoado de falácias adrede preparadas por algum marqueteiro das concessionárias.

    Milton Quadros

    Negativo. Se o desequilíbrio fosse a favor da concessionário, o valor teria que ser reajustado. Então, para a situação contrária, o mesmo princípio é válido. Se acontecer o reajuste para menos, algumas próximas campanhas políticas em São Paulo serão bem modestas.

Bruno

Esta TIR considera TODOS os custos do processo? Tenho minhas dúvidas. Normalmente o TCU faz vista grossa aos vultosos empréstimos que as empresas fizeram para pagar o ônus de concessão – que, no caso de São Paulo, é reconhecidamente o que financiou a recuperação financeira do Estado após os anos sombrios de Quércia e Fleury, pré-LRF. No mais, e daí que a TIR é maior que a de outros tipos de concessão? Ela é maior do que a de um comércio, de uma indústria, etc.? Não, não é. E hoje temos ótimas estradas – ao menos em São Paulo -, porque as concedidas precisam ser mantidas em ótimo estado e o DER tem feito um ótimo trabalho com o dinheiro do Estado na recuperação de estradas de menor movimento. Querem falar mal da gestão tucana em São Paulo? Existe uma centena de temas que podem ser debatidos. Concessão rodoviária não é um deles.

André Luís

Pois é, eu penso nisso todo o dia quando passo em um trecho da BR 290 e vejo o asfalto em péssimo estado…

    Bruno

    E um pouco diferente do que eu penso quando passo pela SP-348 e não vejo um buraco sequer.

    Leider_Lincoln

    Então você paga e é feliz ao dar taxas de retorno elevada às concessionárias? Ótimo, pague então! A questão, meu caro, é: as pessoas têm escolha? Elas podem escolher entre rodovias COM e SEM pedágio, como é de praxe nas nações civilizadas? Ah, e enquanto pensa no quanto você gosta de dar dinheiro para as concessionárias, pense também no que isto está fazendo com o povo da "locomotiva": http://limpinhocheiroso.blogspot.com/2011/05/gove

    José Roberto

    Gostaria de abordar outro ponto em relação ao que está sendo dito sobre esse tema.

    No caso das concessionárias, seja qual for o preço, só paga pedágio quem a usa, obviamente. Logo, quem não usa não é obrigado a pagar e consequentemente arcar com a sua conservação.
    No caso das rodovias federias, geralmente sem padágio, TODOS OS CONTRIBUINTES pagam via imposto pela sua manutenção, independentemente de usá-las ou não.
    Pergunto: é justo eu pagar pela conservação de rodovias nas quais nunca irei trafegar?
    É válido questionar-se o valor do pedágio, mas essencialmente, o sistema de rodovias concessionadas, ou "privatizadas" como dizem erroneamente alguns, é mais justa que rodovias gratuitas.

    Sds.

    João

    Não seja ingênuo caro José Roberto: todos nós pagamos o pedágio que é incorporado ao custo do frete, que por sua vez é incorporado ao preço dos produtos transportados.
    Ou seja, a sociedade toda paga. Eu, particularmente, acho que o IPVA foi criado para consertar estradas, e deveria ser usado para isso.

    Bruno

    A estrada velha de Campinas está lá para quem não quiser pagar pedágio. 100% free, communist-style. Com alguns faróis, uns buracos, eventualmente uma carroça e uma ou outra passagem de nível sobre a ferrovia, mas você chega lá, ora.

    eduardo

    Do que você anda: no helicóptero do papai?

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