Pimenta pede à PGR que investigue acordo entre Petrobras e investidores americanos: “É como se o Parente assumisse que a estatal é culpada e dá R$ 10 bi”

Tempo de leitura: 2 min

Pimenta aciona PGR para investigar acordo que trará R$ 10 bi de prejuízo à Petrobras
do PT na Câmara

O líder do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta (RS), em nome da bancada petista, apresentou nesta quarta-feira (3) representação junto à Procuradoria-Geral da República (PGR) para que o órgão investigue e apure o acordo firmado pela Petrobras junto à Corte Federal de Nova York, nos Estados Unidos.

Pelo acordo, a estatal pagará US$ 2,95 bilhões de dólares, o equivalente a mais de R$ 9,6 bilhões, para encerrar demandas judiciais atualmente em curso.

O dinheiro será pago a investidores americanos que requereram na justiça indenização por supostos prejuízos na aquisição de ações da Petrobrás através de títulos emitidos pela Bolsa de Nova York.

“É escandalosa a notícia de que Pedro Parente, [indevido] atual presidente da Petrobras, decidiu indenizar em R$ 10 bilhões investidores americanos. Até onde eu sei um agente público não tem essa autonomia para não recorrer e pagar antecipadamente uma condenação. É como se o Parente assumisse que a Petrobras é culpada e não vítima das empreiteiras. Sendo culpada, dá 10 bilhões aos americanos. Incrível como conseguiram fazer o maior assalto da história da humanidade. Todo suposto dinheiro recuperado pela Lava Jato foi entregue para os americanos”, avalia Pimenta.

Na representação, o líder petista argumenta que a proposta de acordo extremamente benéfica aos investidores estadunidenses impactará sensivelmente a empresa ao longo do atual e dos demais exercícios financeiros, reduzindo a capacidade de investimento da estatal e potencializando a perspectiva de eventual prejuízo vindouro.

“Nessa perspectiva, é fundamental que o Estado brasileiro, a sociedade brasileira e os acionistas minoritários, no País, tenham todas as informações acerca da proposta de acordo entabulada, de modo que os interesses nacionais não sejam malferidos”, defende.

Em outro documento, desta vez, um requerimento de informação direcionado ao Ministério de Minas e Energia, Paulo Pimenta enumera uma série de questões que precisam ser elucidadas pelo governo. Tais como:

Quais são e quantas são as ações coletivas propostas por investidores estadunidenses contra a Petrobrás nas Cortes Americanas e quais os valores cobrados ou dimensionados para as lides?

Em que estágio jurídico processual se encontram tais ações?

Foram realizadas avaliações jurídicas acerca da possibilidade de êxito da empresa nas referidas lides? Ou, na eventualidade de insucesso, análises de eventuais valores de condenação, considerando a natureza e a relevância da causa, bem como a práxis processual norte americana?

A proposta de acordo foi discutida e aprovada no Conselho de Administração?

Quais os parâmetros técnicos e objetivos que fundamentaram a proposta financeira final do acordo?

“Tratam-se de informações relevantes e fundamentais para que a sociedade brasileira possa avaliar não só a legitimidade, como a conveniência desse acordo, sempre na perspectiva de salvaguardar os interesses financeiros da empresa e o patrimônio nacional”, finaliza Paulo Pimenta.

Leia também:

Afrânio Jardim: Surreal, Lula foi condenado por lavagem de dinheiro que não lhe foi dado


Siga-nos no


Comentários

Clique aqui para ler e comentar

Elson de Mendonça Ribeiro

Isso é um tremendo engodo…o que justifica o lucro é o risco que há no investimento. É falsa a justiça que retira o risco e garante o lucro.

Nelson

Os que seguem acreditando que Moro, procuradores “iluminados” e a Lava Jato estão aí para salvar o Brasil, deveriam ler o alerta do filósofo francês Dany-Robert Dufour:

“Os poderosos usam o direito CONTRA A LEI. E essa não é uma tática exclusiva do Brasil. Ela faz parte de um movimento generalizado, muito perverso, de uso do direito no regime neoliberal. E toma múltiplas formas. Por exemplo, na Europa, grandes empresas europeias são atacadas juridicamente pelo Fisco americano em nome (claro!) da luta contra a corrupção. O objetivo é aplicar a essas empresas multas pesadíssimas para fragilizá-las e permitir que venham a ser compradas por empresas americanas. Embora o Fisco americano dê às empresas americanas um outro tratamento. É por essa razão que a Alcatel, a Alstom e outras grandes empresas (europeias) foram compradas pelos americanos – e, breve, é o que acontecerá à Airbus.”

Seria coincidência o ataque da Lava Jato à Petrobras e às empreiteiras brasileiras?

Seria coincidência o fato de Moro, procuradores iluminados e mesmo o Janot terem estado, a todo momento, voando para os EUA à busca de instruções de como tocar sua operação “contra a corrupção”?

    leonardo-pe

    Nenhuma coincidência!. é tudo casado. como o brasileiro é TROUXA MIDIOTA,prefere ser”guiado pelos americanos”. o destino do brasil é a falência.

Jader Oliver

Nós brasileiros pagando quase $5 ,00 Reais no litro de gasolina, para indenizar americano, Miriam Leitão disse que o acordo foi bom para a petrobras pois poderia chegar facilmente aos 15 bilhões. DESGRACADA PUTA, RAPARIGA, ESSA SEM VERGONHA VASSALA DOS MARINHO!!!!!

Pedro dos Anjos

Parente – que é, lembrando Ruy Guerra, dono de uma tristeza indefesa – manda pagar os americanos supostamente prejudicados pela Petrobras.
Tão triste e zeloso em sua vassalagem, o usurpador presidente da estatal brasileira nem pensou em reciprocidade relativamente ao brutal
derramamento de petróleo produzido irresponsavel e enxeridamente na Bacia de Campos pela Chevron em 2011, que por ele praticamente não pagou nada! Em um governo de
gângsters, seus crimes de
lesa-pátria merecem uma galeria de destaque!

Jose carlos lima

Sejumoro planejou o golpe da Farsa Jato em 2004: de lá pra cá veio se preparando pra isso com treinamento nos EUA e, nesse interim, pos em pratica o lawfere atuando como assessor de Rosa Weber, tendo sido o juizeco a serviço dos EUA o autor do famoso voto para condenar Dirceu: nāo tenho provas mas a literatura me mandar condenar entao eu condeno: repetiu a farsa para condenar Lula.

Quem seria a tal “literatura” a comandar o lawfere
????

Em 2004 o juizeco ja sabia como usar a Globo no lawfere, bem como entregar o patrimonio nacional aos gringos e mais: como usar a Farsa a Jato para dar golpe de Estado: teve ajuda dos EUA no caso dos grampos contra Dilma..nāo por outro motivo o Departamento de Justiça americano elogiou a absurda condenacao de Lula pelo juizeco…afinal de contas os EUA gastaram muitos misseis e trilhoes de reais para dominar o Iraque: gastaram quanto por aqui
?????

Pelo que se vê, apenas algumas malas de dinheiro para cooptar treinar gestores publicos, juizecos, grupos de midia e coxinhas mercenarios para levar patos para as ruas.

https://www.cartacapital.com.br/politica/como-a-lava-jato-foi-pensada-como-uma-operacao-de-guerra-5219.html

Deixe seu comentário

Leia também