Pepe Escobar: Fúria, fúria, contra a contrarrevolução

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Fúria, fúria, contra a contrarrevolução

1/2/2011, Pepe Escobar, Asia Times Online

Fúria, fúria, contra a morte da luz (Dylan Thomas)

Islamófobos de todo o mundo calem o bico e ouçam o som do poder do povo. A dicotomia artificial que inventaram para o Oriente Médio – ou a ditadura de vocês ou o jihadismo – jamais passou de truque barato. Repressão política, desemprego em massa e comida cara são mais letais que um exército de homens-bomba. Assim se escreve a história real; um país de 80 milhões – dois milhões dos quais nascidos depois de o ditador de hoje ter chegado ao poder em 1981, e nada menos que o coração do mundo árabe – põe afinal abaixo o Muro do Medo e passa para o lado do autorrespeito.

O neofaraó egípcio Hosni Mubarak ordenou toque de recolher; ninguém arredou pé das ruas. A polícia atacou; os cidadãos organizaram a própria segurança. Chegaram os tanques; a multidão continuou a cantar “de mãos dadas, o exército e o povo são aliados”. Nada de revolução colorida parida em think-tanks, nada de islâmicos em ordem unida; são egípcios médios, carregando a bandeira nacional, “juntos, como indivíduos num grande esforço cooperativo para exigir de volta o país que nos pertence” – nas palavras do romancista egípcio e Prêmio Nobel Ahdaf Soueif.

E então, inevitável como a morte, a contrarrevolução levantou a cabeçorra armada. Jatos bombardeiros made in USA e helicópteros militares atacaram “bravamente” em voos rasantes as multidões na Praça Tahrir [Praça Liberdade] (retrato do governo de Mubarak como exército de ocupação no Egito; e imaginem o ultraje do ocidente, se o ataque acontecesse em Teerã). Comandantes militares falando sem parar pela televisão estatal. Ameaça de que tanques de fabricação norte-americana tomariam as ruas – conduzidos por soldados de batalhões de elite – para o ataque final (embora os próprios soldados dissessem a jornalistas da rede al-Jazeera que em nenhum caso disparariam contra a multidão). Para coroar, a “subversiva” rede al-Jazeera foi repentinamente cortada do ar.

Diga alô ao meu suave torturador…

A Intifada egípcia – dentre outros múltiplos significados – já reduziu a cacos a propaganda inventada no ocidente, de que “árabes são terroristas”. Agora, as mentes afinal descolonizadas, os árabes inspiram o mundo inteiro, ensinam ao ocidente como se faz mudança democrática. E adivinhem só! Ninguém precisou de “choque e horror”, rendições, tortura e trilhões de dólares do Pentágono para que a coisa funcionasse! Não surpreende que Washington, Telavive, Riad, Londres e Paris, todas, nem suspeitaram do que estava a caminho.

Hoje somos todos egípcios. O vírus latino-americano – bye-bye ditaduras e neoliberalismo arrogante, caolho, míope – contaminou o Oriente Médio. Primeiro a Tunísia. Agora o Egito. Depois o Iêmen e possivelmente a Jordânia. Logo a Casa de Saud (não surpreende que culpem os egípcios pelos “tumultos”). Mas o terremoto político do norte da África, na Tunísia, em 2011 também colheu a faísca dos movimentos de massa na Europa em 2010 – Grécia, Itália, França, Reino Unido. Fúria, fúria contra a repressão política, contras as ditaduras, contra a brutalidade da Polícia, contra os preços da comida, contra a inflação, contra empregos miseráveis, contra o desemprego em massa.

Faraó 2011 parece remix de Xá do Irã 1979. Claro, não há aiatolá Ruhollah Khomeini para liderar as massas egípcias, e o ex-chefe da Agência Internacional de Energia Atômica, o egípcio Mohamed ElBaradei, está sendo acusado por alguns, nas ruas, de “assaltar nossa revolução”. Mas é difícil não lembrar que o Xá do Irã está enterrado no Cairo, porque os iranianos não permitiram que fosse enterrado na terra-mãe.

O Faraó reagiu à Intifada nomeando para a vice-presidência seu czar “suave” da inteligência, Omar Suleiman (o primeiro vice-presidente, desde que o Faraó assumiu o poder em 1981), e virtual sucessor. Suleiman é sinistro suave especialista em rendição, no qual a CIA confia e que supervisionou número incontável de sessões de tortura de ditos “terroristas” em território egípcio; senhor, que fala inglês, de sua Guantánamo árabe. Em Washington, o establishment gostou muito.

Mas os imperialistas que anotem bem: a última vez que as ruas egípcias levantaram-se como levantaram-se hoje, foi em 1919, durante a revolução contra os britânicos. Agora, para muçulmanos e cristãos, operários, classe média, massas desempregadas, advogados, juízes, professores e doutores da Universidade al-Azhar, alunos, camponeses, teólogos, jornalistas e blogueiros independentes, ativistas da Irmandade Muçulmana, Associação Nacional para a Mudança, Movimento 16 de abril, para todos esses, os dias de Mubarak de Revolução dos Bichos estão contados.

Cinco movimentos de oposição – inclusive a Fraternidade Muçulmana – autorizaram ElBaradei a negociar a formação de um “governo de salvação nacional” de transição. Aposta-se que o Faraó nada ou quase nada negociará. Para aumentar a complexidade o núcleo da geração de jovens ativistas crê muito mais em “comitês populares” que em ElBaradei.

É verdade que, no que tenha a ver com as próximas eleições em setembro, Mubarak, 82, está morto. O filho, Gamal, 47, idem. Relatos não confirmados dizem que, à moda típica dos filhos de ditadores, o filho já fugiu para Londres, usando seu passaporte britânico, com montanhas de bagagem, e estaria agora escondido na casa londrina da família, em Knightsbridge.

O futuro crucial imediato depende do lado para o qual penderá o exército egípcio. No pé em que estão as coisas, ainda não está totalmente afastado uma alternativa Tiananmen – repressão linha duríssima. Seja como for, o poder de ação do governo é claro; pode acontecer até de o Faraó meter-se naquele avião – como cantam as ruas –, mas o regime, a ditadura militar, tem de ser mantida.

O general Hussein Tantawi, comandante em chefe do exército e ministro da Defesa, amigo que bebe o vinho e come a comida do Pentágono, do qual recebe 1,3 bilhão de dólares anuais a título de “ajuda” – voou de volta ao Cairo. Numa trilha paralela, o Faraó, jogando desesperadamente com os medos do ocidente sobre “estabilidade”, tentou desqualificar a Intifada como grupo de desordeiros e arruaceiros donos de terrenos nas favelas, que querem ver cada vez mais caos e destruição. Um grupo de blogueiros egípcios não tem dúvidas – a estratégia do Faraó é assustar as pessoas e empurrá-las de volta para dentro das casas, implorando por “segurança”.

Issander El Amrani, do blog The Arabist (http://www.arabist.net/), destaca que “é difícil acreditar que Mubarak ainda esteja no poder, mas o núcleo duro do regime está usando meios extremos para salvar sua posição”. Nas ruas, todos suspeitam de um golpe orquestrado por Washington na cúpula do regime – EUA/Israel apostando tudo na fórmula “Mubarak talvez caia/mas sem mudança de regime”, com sauditas, israelenses e a mídia egípcia oficial mexendo todos os pauzinhos para desacreditar a revolução. Para analisar com algum distanciamento: nos EUA houve dois governos de Ronald Reagan, um de George H W Bush, dois de Bill Clinton, dois de George W Bush e um de Barack Obama. No Egito, sempre só houve Mubarak.

A classe média egípcia, empobrecida mas letrada e orgulhosa, e a os trabalhadores, nada querem além de um país regido por leis e com eleições transparentes. Como, então, acreditariam em Suleiman, torturador ligado à CIA, para conduzir a transição? Para nem falar de um Parlamento completamente controlado pelo inacreditavelmente corrupto Partido Nacional Democrático de Mubarak, cuja sede foi incendiada pelos manifestantes.

O passo do dissidente egípcio

No início de 2003, passei dois meses no Cairo e em Alexandria, à espera da invasão de Bush ao Iraque – convivendo quase exclusivamente com o oceano de rejeitados pelo sistema de Mubarak, de universitários formados a imigrantes sudaneses, inclusive representantes rejeitados dos 40% da população que vive com menos de 2 dólares por dia. Desnecessário dizer que todos viam Mubarak como poodle repulsivo de Washington – e todos estavam em choque ante a tragédia do Iraque, que o Egito reverencia historicamente como flanco leste da nação árabe. O regime, para eles, era do tipo que “afoga mendigos no Nilo”.

Foi elucidativo – e terrivelmente doloroso – conhecer em campo as consequências do regime de Mubarak, aplicado  regime pupilo do neoliberalismo aplicado pelos EUA. Consequências inevitáveis, a inflação alta e o enorme desemprego. A classe média urbana praticamente já desaparecera. A classe trabalhadora, sufocada na mão de ferro dos sindicatos. E a classe média rural – que foi base do regime – também em crise, com os jovem obrigados a imigrar para as cidades à procura de empregos (que não encontram). Sobrevivente, só uma pequena classe de comerciantes, corruptos, associados ao Estado (a maioria dos quais hoje já fugiu para Dubai em jatos privados).

Não surpreende pois que não se trate de uma revolução islâmica, como no Irã em 1979. É a economia, estúpido. O Islã hoje no Egito está dividido em duas correntes: salafitas não politizados e a Fraternidade Muçulmana – dizimada por décadas de repressão e tortura e, hoje, sem qualquer programa político explícito, além de oferecer serviços de assistência à população negligenciada pelo Estado.

O fato de a Fraternidade Muçulmana ter-se mantido nas coxias do movimento das ruas explica-se por dois fatores. Se se expusesse demais, Mubarak teria o pretexto perfeito para associar a revolução aos “terroristas”. Além disso, a Fraternidade avalia que, hoje, é apenas um ator entre vários.

Trata-se de movimento popular espontâneo que segue as pegadas do Kefaya (“Basta!”) – movimento popular “amarelo” (escolheu essa cor), de intelectuais e ativistas políticos, cujo slogan, já em 2004 era La lil-tamdid, La lil-tawrith (“Não a outro mandato, não queremos uma república hereditária”) [mais, sobre o movimento, em http://en.wikipedia.org/wiki/Kefaya].

O movimento Kefaya, apesar de ser movimento de elite, sem liderança, não-ideológico, foi a faísca que despertou mais de mil movimentos, dentre os quais “Jornalistas pela Mudança”, “Operários pela Mudança”, “Médicos para a Mudança” ou “Jovens para a Mudança” levaram à atual onda de incontáveis fóruns online em que se reúnem cidadãos urbanos, de classe média e baixa, todos usuários experientes da internet.

Outro desenvolvimento crucial foi a greve, em 2008, dos trabalhadores das indústrias têxteis da cidade de Mahalla al-Kubra no delta do Nilo, onde três operários foram mortos pelos guardas de segurança de Mubarak dia 16 de abril –, e que inspirou a criação do movimento online de mesmo nome (Facebook. Sobre o movimento, ver http://www.wired.com/techbiz/startups/magazine/16-11/ff_facebookegypt ).

O Santo Graal demorou para mobilizar as massas. Semana passada, afinal, conseguiram. Os jovens influenciados pelo movimento Kefaya  preferem comitês populares para guiar os passos futuros de sua revolução, em vez de políticos. O pulso das ruas parece indicar que a maioria dos egípcios não querem que nenhuma ideologia política ou religiosa monopolize o que é movimento líquido, pluralista, múltiplo para reformar radicalmente o país e criar ali um novo modelo para o mundo árabe. Talvez um pouco sedutoramente romântico demais. Mas que tenha vivido 30 anos numa espécie de Revolução dos Bichos precisa dolorosamente de alguma catarse.

Rebelo-me, logo, existo

Para Fawaz Gerges, professor de economia da London School of Economics, tudo isso “ultrapassa em muito o problema Mubarak. A barreira do medo foi removida. É realmente o começo do fim do status quo na Região.” Que é maior que Mubarak, é; é exemplo vigoroso do que seja ativismo político orgânico, de base.

Ora, no discurso de elite do Dr. Zbigniew Brzezinski, guru de política exterior dos EUA, trata-se de seu temido “despertar político global” em ação – a Geração Y em todo o mundo em desenvolvimento, furiosa, irada, ultrajada, emocionalmente em frangalhos, quase toda desempregada, com a dignidade em farrapos, deixando aflorar seu potencial revolucionário e virando o status quo de cabeça para baixo (mesmo depois de o Faraó ter conseguido implantar o maior blecaute da história da Internet).

Assim como o movimento Kefaya foi a fagulha, essa foi também uma revolução do Facebook – que hoje, nas ruas do Cairo, Alexandria e Suez já foi rebatizado e chama-se agora Sawrabook (“o livro da revolução”). Uma rede RASD (“de monitoramento”, em árabe) foi lançada no primeiro dia dos protestos, 4ª-feira passada, configurada como uma espécie de “observatório da revolução”.

É crucialmente importante observar que naquele momento – há menos de uma semana – a rede al-Jazeera ainda não chegara ao Egito e a televisão estatal egípcia exibia, como sempre, velhos filmes em branco e preto. Em apenas três dias, a RASD reuniu em rede cerca de 400 mil usuários, no Egito e no mundo. Quando o regime do Faraó acordou, já era tarde demais – e de nada lhe serviu derrubar a internet.

É esse espírito de solidariedade em ação que invadiu as ruas sob a forma de jovens ativistas operando telefones sem fio, fotografando e filmando ataques e feridos ou montando tendas para atendimento de campanha. Ou moradores da cidade do Cairo, oferecendo as próprias casa para abrigar manifestantes e organizando piquetes de vizinhos para proteger-se da ação de saqueadores e ladrões – muitos dos quais mostrados por blogueiros, quando carregavam equipamentos de identificação dos postos armas retiradas dos postos de polícia de Mubarak.

Por mais alarmadas que estejam as rarefeitas elites globais – basta seguir o labirinto de ambiguidades que liga Washington e as capitais europeias –, Brzezinski, pelo menos, parece suficientemente ligado para entender a deriva geral, quando “as principais potências mundiais, novas e velhas (…) enfrentam uma nova realidade: embora a letalidade do poder bélico seja hoje maior do que nunca, a capacidade de impor controle a massas que já despertaram para a vida política alcança hoje o ponto mais baixo de toda a história.”

A velha ordem está morrendo, mas a nova ainda não nasceu. A Idade da Fúria no arco que vai da África do Norte ao Oriente Médio parece ter começado – mais ainda não se sabe qual será a nova configuração geopolítica. O povo se fará ouvir – ou acabará encurralado e controlado pelas potências que aí estão?

O Egito não se converterá em democracia que funciona porque falta a infraestrutura política. Mas pode recomeçar do começo, com todas as oposições tão desprestigiadas quando o regime. A geração mais jovem – potencializada pela emoção de estar lutando do lado certo da história – terá papel crucial.

Não aceitarão a ilusão de ótica de alguma falsa mudança de regime, só para preservar alguma “estabilidade”. Não aceitarão ser sequestrados por EUA e Europa, apresentados como neofantoches. Querem o choque do novo; governo verdadeiramente soberano, nada de neoliberalismo e uma nova ordem política para o Oriente Médio.

A contrarrevolução será feroz. E atacará muito mais do que alguns bunkers no Cairo.

Para ver o que está acontecendo no Egito sem intermediários, clique aqui.

Eu, Azenha, leio o Arabist (em inglês).

Para saber o que se passa na Jordânia, vá ao blog do Ali Abunimah.

Um blog (em inglês) para acompanhar o que se passa no Yemen.


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Comentários

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É chegado o tempo das luzes! | ESTADO ANARQUISTA

[…] Há uma outra versão deste texto, magnífica, por que nela há uns links que você não pode deixar de clicar no Viomundo,  AQUI). […]

Leider_Lincoln

Azenha, longe de mim ser um anglófono oxfordiano, mas assim "two-thirds" significa dois terços. Faz muita diferença dizer "um país de 80 milhões – dois milhões dos quais nascidos depois de o ditador de hoje ter chegado ao poder em 1981" e "um país de 80 milhões – DOS TERÇOS DOS QUAIS nascidos depois de o ditador de hoje ter chegado ao poder em 1981".

Luiz

Oportunista,

Até recentemente, ElBaradei estava confortavelmente em Viena na Agência Internacional de Energia Atômica com o respaldo do Governo do Egito (Diplomata). Agora repentinamente após 30 anos descobre que existe uma ditadura e se dispõe a ser o condutor do processo de transição para a democracia. Claro que ele é o coelho da cartola dos EUA para recompor os interesses americanos na região. Todavia, como está em curso um processo revolucionário, com vários atores envolvidos, parece-me que estão certos os jovens que acreditam mais nos comitê populares do que nos políticos oprotunistas nesse processo.

Daniel

Obrigado pela pesquisa, tradução e qualidade. Obrigado por proporcionar uma leitura tão agradável a um "quase cético" da condição humana. Esse tipo de texto combativo, que grita os clamores de milhões de sem-voz, faz pulsar o sangue nas veias e dá forças para lutar (ainda que por décadas "dando murro em ponta de faca") por uma realidade melhor a cada dia.

Rafael

O que os egipcios estão fazendo nós brasileiros tínhamos que fazer. Greve total, manifestação até a saída do governo ditador dos militares. Aceitamos muito passivamente todo o período militar e época fhc com demolição do patrimônio público. Tinha que toda a população se manifestar.

Rafael

Israel, Arábia Saudita, Iêmem a favor do ditador Mubarak mostra que não existe democracia na verdade. Só é um meio de dominação. É uma vergonha para países que se diziam defensores da liberdade como os americanos. Tudo uma mentira. Quero ver o que globo, veja e corja vão dizer sobre isso daqui um tempo.Fica muito claro o interesse que tem quando criticam Hugo Chavez, Fidel e outros líderes de esquerda. Venezuela segunda maior reserva de petróleo do mundo, óbvio que Hugo Chavez seria um exemplo se se curvasse aos interesses dos americanos. Veja é panfleto dos interesses americanos.

Roberto Locatelli

Citando um comentarista do Nassif: Israel está sentado à beira de um vulcão.

Hans Bintje

Eu penso o dia seguinte. É por isso que estudo com tanto empenho os artigos do Luis Nassif a respeito do planejamento de políticas públicas.

O Turco está fazendo um trabalho magnífico ao escrever os "Boletins do PAC" ( http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/o-modelo… ).

Um programa dessa envergadura é inédito no mundo: não existe uma base teórica, acadêmica, que sirva como guia.

É a prática, com os erros e os acertos, que vai refinando o modelo.

E o trabalho está ficando bom. De tanto estudar os boletins do Luis Nassif, acredito que seja possível reproduzir a experiência em outros países.

É uma boa notícia, num mundo em que "a Geração Y em todo o mundo em desenvolvimento, furiosa, irada, ultrajada, emocionalmente em frangalhos, quase toda desempregada, com a dignidade em farrapos, deixando aflorar seu potencial revolucionário e virando o status quo de cabeça para baixo".

    Hans Bintje

    O pensamento do Luis Nassif sobre o PAC levado muito a sério. Do artigo:

    "Dr. Zbigniew Brzezinski, guru de política exterior dos EUA, parece suficientemente ligado para entender a deriva geral, quando 'as principais potências mundiais, novas e velhas (…) enfrentam uma nova realidade: embora a letalidade do poder bélico seja hoje maior do que nunca, a capacidade de impor controle a massas que já despertaram para a vida política alcança hoje o ponto mais baixo de toda a história'."

    O grande mérito do PAC brasileiro é ter incorporado, desde o príncipio, esse pensamento de Brzezinski. Daí a ênfase na construção de consensos sociais, de uma maneira inédita no mundo.

    Para nós, holandeses, sem consenso não há planejamento que funcione.

    Explico ( http://www.scielo.br/pdf/rbcsoc/v22n65/a10v2265.p… ):

    "Apesar de conflitos religiosos, políticos e econômico-sociais, apesar das transformações institucionais e econômicas, a continuidade na nossa história política é justamente a busca por consenso.

    Poderíamos argumentar que na origem dessa procura está a complexa situação religiosa da história da Holanda. No quadro famoso de Rembrandt, que mostra cinco conselheiros do grêmio de comerciantes de tecidos de Amsterdam atrás de uma mesa, averiguando a qualidade das amostras, pode-se vislumbrar um convívio religioso exemplar: todos vestem os mesmos ternos escuros, dois são católicos, um menonita, um protestante expulso da Igreja Calvinista e somente um calvinista. (…)

    Quando líderes mundiais inquiriram o primeiro ministro holandês sobre o funcionamento de nossa economia, ele se referiu imediatamente ao 'Modelo Pôlder', um modelo de consenso bastante eficiente. Esse conceito é também popular na mídia, e usamos no cotidiano verbos correlatos, como 'polderen' ['polderar'], que significa a busca de consenso até 'cair morto no chão'. (…)

    O sucesso desse modelo estaria, a meu ver, entranhado em nossa própria cultura, que em face das constantes ameaças da natureza internalizou a idéia de juntar esforços e assegurar a solidariedade.

    Essa idéia está presente em nossa memória coletiva – 'polderamos' para conseguir consenso, temos uma 'vergadercultuur', ou seja, uma 'cultura de reuniões'. (…)

    No âmbito internacional, trata-se de um conceito de marketing da nossa identidade peculiar, junto com os moinhos e as tulipas, mais do que um 'segredo' embutido naquela concepção de consenso socioeconômico."

Jairo_Beraldo

Calma gente…Mubarak ainda não caiu. Não subestimem o poder de Israel e EUA.

Fúria, fúria, contra a contrarrevolução « CartaCapital

[…] *Matéria publicada originalmente no Viomundo […]

Bonifa

Segundo a Míriam Leitão, El Baradei é hoje a "face da oposição". Todos o apoiam. E este Cavalo de Tróia preparado às pressas pelo Ocidente+Israel para reverter os altos objetivos da revolução egípcia, vai sendo introduzido goela a baixo dos egípcios e do mundo inteiro, como fato consumado. El Baradei, o frequentador das altas rodas de Viena, hoje é um homem magro, barba por fazer, levado em triunfo por gente com aparência de árabes mas sabe Deus quem de fato são. A pior tragédia para o Egito está a ponto de ser concretizada: Baradei no poder, o que parece ser a grande aposta do Ocidente+Israel, inclusive com declarações anti-Baradei feitas por líderes judeus, com certeza para aumentar sua credibilidade. Para se ter uma idéia de como este homem é perigoso, basta dizer que ele ganhou um prêmio Nobel da Paz.

Pepe Escobar: Fúria, fúria, contra a contrarrevolução « Dukrai's Blog

[…] Escobar: Fúria, fúria, contra a contrarrevolução Por dukrai sugado do Viomundo http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/pepe-escobar-furia-furia-contra-a-contrarrevolucao.html 31 de janeiro de 2011 às […]

Maximiliano

Muito bom mesmo…Pepe nao falha.
Aqui vai outro artigo igualmente interessante de Eric Margolis….LEAM:

THE AMERICAN RAJ IN FLAMES
— January 28, 2011
When I wrote my latest book on how America rules its Mideast empire, I chose the title, “American Raj,” because this imperium so closely resembled the way Great Britain ruled India.
READ MORE ….. .www.ericmargolis.com

ZePovinho

http://hariprado.wordpress.com/2011/01/30/mubarak

Professor Hariovaldo Almeida Prado
30 janeiro 2011
Mubarak jamais cairá porque tem o apoio dos homens bons

Cada vez mais firme no cargo, o grande presidente do Egito, Hosni Mubarak, jamais cairá pois tem o apoio dos homens bons de todo o mundo, o que consolida sua posição frente a gentalha insubmissa e ouriçada pelos agentes comunistas internacionais. As falsas notícias da mídia marxista internacional não nos engana pois sabemos que o presidente egípcio tem todo o controle da situação e logo levará os revoltosos aos tribunais para que sejam todos condenados e executados por alta traição. A vitória será nossa, como sempre.
Podemos ficar tranquilos pois o governo do Egito continuará em boas mãos, uma vez que Mubarak tem saúde ainda para governar aquele nomoi por muitos anos em nome dos interesses dos países importantes. Alvíssaras!
Meu amigo pessoal desde os tempos em que eu lecionava em Cambridge, Hosni me passou tranquilidade e segurança na breve conversa que tive com ele hoje de manhã pelo telefone. Ele me disse que apenas uns gatos pingados arruaceiros estão causando tumulto nas ruas do Cairo e que as tvs internacionais estão editando as imagens para que a situação pareça pior do que realmente é. Ouvindo a verdade pude deixar esse assunto banal de lado e mui respeitosamente solicitar que o presidente me enviasse mais umas fazendas do legítimo algodão egípcio 400 fios para que meu alfaiate particular faça as minhas camisas de usar em casa.

carmen silvia

Que texto vigoroso e emocionante,essa força vem da crença numa causa e isso não tem bombas que dê conta.A referência a America Latina também me deixou muito orgulhosa e comovida.Toda a força para os egípicios

    Klaus

    Carmen, assim que a Irmandade Muçulmana tomar o poder, aconselho a vc, como mulher, a dar umapasseada pelo Cairo, a visitar as pirâmides.

    Marcelo

    Então você apoia ditaduras, desde que sirvam a seus interesses. Você é estadunidense?

João

Azenha, obrigado por nos brindar com mais esta tradução do Asian Times.
Afinal, nós (falo por mim, e creio por muitos) que não temos grande domínio da língua inglesa, seria muito demorado ler esta matéria no original.
Obrigado mais uma vez Azenha, e que o povo egípcio olhe para a América Latina e veja os exemplos de governantes que não se vendem ao Tio Sam.

ZePovinho

Se há,realmente,a chance de um novo choque do petróleo é bom não fazer dívidas até a situação se acalmar:
http://www.crudeoilpeak.com/?p=2525

Egypt – the convergence of oil decline, political and socio-economic crisis

Egyptian crude oil production peaked in 1995/96 and declined ever since while at the same time oil consumption increased steadily at around 3 % pa. These conflicting trends have now led to Egypt being a net oil importer with all the socio-economic consequences that entails. Higher oil prices since 2004 have increased 3-fold the cost of subsidies (mainly for petroleum and food) as a percentage of GDP, from 3% to 9%, putting pressure on the nation’s budget. No matter who forms the next government in Egypt, these problems will continue and unrealistic expectations for change could be disappointed. There is a danger that social unrest will impact on oil production and the transit of oil through the Suez Canal and the Sumed pipeline which connects the Red Sea with the Mediterranean………………………………….

@yakolev

Nda mal p/1 povo classificado há algumas semanas por alguns "especialistas" como irremediavelmente passivo… Generalização midiática fail, again… Fueeeeeeemmm rs

"Pode-se não perceber nada na superfície, mas nas profundezas o Inferno está (sempre) em chamas" Y.B.Magunwijaya

Sebastião Medeiros

Na realidade a existência destes ditadores,reis e teócraticos no mundo Árabe só servem para legitimar a existência do Estado de Israel,aliás Israel é um estado artificial na região poís vive da ajuda financeira dos EEUU da ordem de cinco bilhões de Doláres por ano.
Agora com um Mundo Arábe Democrático e Autônomo qual é a razão da existência do estado de Israel pelo menos nas sua bases atuais!

paulo neves

A Historia esta batendo as portas do Egito, literalmente.

Silvio

Azenha:
Quase com seguridade esta noite parte para Londres o ditador egípcio. O exercito decidiu apoiar ao povo.Acabou suas forças.

    Bonifa

    Devem ter encontrado uma fórmula para perder anéis e conservar dedos. Temo que esta fórmula seja este tal de Baradei, em quem não confio desde o tempo em que aquele embaixador americano na ONU, um homem descontrolado de extrema direita, exigiu a substituição do brasileiro Bustani por este El Baradei no comando da Agência de Energia Atômica.

aurélio

Mubarak prepara sua saida, e pela porta da frente, com Suleimam e Tantawi negociando com o "eleito" pelo Ocidente, Mohammed El-Baradei, futuro titere do Egito, um governo de "salvação nacional" baseado em uma incipente classe média laica e nos comensais do neoliberalismo (os milionários que apoiaram sempre Mubarak, não deixarão o osso). E este futuro governo "pavimentara o caminho para a democracia", tipo Afeganistão,Iraque e Paquistão, comprometendo-se com a luta contra o terror, e aumentando a ajuda pedida aos USA. Gatos gordos só mudam o pelo, continuando gatos.

Acho que não dará certo a médio prazo, mas……………

Jaime Aguiar

A melhor frase do artigo foi essa:

"O vírus latino-americano – bye-bye ditaduras e neoliberalismo arrogante, caolho, míope – contaminou o Oriente Médio. Primeiro a Tunísia. Agora o Egito."

Realmente, é o vírus das rebeliões populares do Equador e da Bolívia contagiando o mundo árabe! A "onda de esquerda" que varreu a América Latina irá varrer o mundo árabe em breve! Com a deposição dos ditadores e a realização de eleições livres, não tenho dúvidas de que serão eleitos vários "Chavez", "Morales", "Rafael Correa", "Lula", "Tabaré Vazquez" e "Kirchner" no mundo árabe!

    Arthur Schieck

    Obama tem uma oportunidade única na história. Só pra recordar um pouco, quem criou um Irã inimigo foram os próprios americanos tomando as dores da Inglaterra com a British Petroleum.
    Se Obama fizer o que todos os seus antecessores fizeram só vai cultivar um mundo cada vez mais anti-americano.
    Penso que ele já deu sinais de que quer apoiar a revolução mas tem Israel e Arabia Saudita forçando a barra.
    Alguém tem que lembra-lo de que "quem manda nessa p.. aqui sou eu!" (no caso o "eu" é o Obama).

    Silvio

    Jaime Aguiar:
    Faltou Dilma e Mujica.

dukrai

a organização e o movimento contra a ditadura de Mubarak são simultâneos e online e os comitês populares referidos por Escobar podem ser o início de uma estrutura política. Começar do zero é uma enorme vantagem pra quem só contava com um Democrata local e a Fraternidade Muçulmana proscrita. Além disto, resta saber o papel e a importância que ElRabadei vai assumir quando Mubarak der linha e se vai baixar o espírito democrático no Exército.

IV Avatar

O meu receio é o de que os EUA adotem para o Egito a mesma estratégia para Honduras: eleições para manter o fantoche do ditador e dos EUA, meus botões não param de me dizer isso
No poder, o fantoche não convocará uma nova constituinte, como fez o fantoche de Honduras que, por sinal, já aprovou a reeleição que teria sido a causa da derrubada de Zelaya

    Alex_SRT

    Camarada, a diferença fundamental entre Honduras e Egito é que no primeiro caso foram justamente os EUA que articularam o golpe, enquanto o movimento popular egipcio não (inclusive contém elementos ora antiestadunidenses, ora antiimperialistas). Além disso, o Egito não é a única nação convulsionada no Magreb, há outras e não seria surpresa novos eventos, numa cadeia de acontecimentos irrefreável. Por fim, a carestia, o desemprego, a repressão política de décadas criaram uma revolta enorme no povo e na juventude, não seriam eleições manipuladas suficientes para aplacar isso.

Claudio Ribeiro

Washington pretende uma "transição controlada"…
http://palavras-diversas.blogspot.com/2011/01/was

o que só revela, explicitamente, neste fato a hipocrisia dos "defensores da liberdade" em nome de suas aspirações globais

Bonifa

Caramba, meu caro Azenha! Caramba! Este texto me faz retornar à fé de que escrever com emoção nos faz mergulhar de cabeça nas mais líquidas verdades! E no correr da pena, tudo se junta para ajudar como num vendaval às avessas, para participar, análises complexas se transformam em fagulhas de palavras a rebentarem de tanto significado. Temos textos que nos dizem tudo do que acontece relacionado com o Egito, quando há pouco não tínhamos nada a não ser os papagaios de uma mídia servil. Amedronta pensar que possam levar o Brzezinsk a sério e joguem sobre o Egito toda a crueldade do poder que acumularam, tentando evitar o início de uma revolução mundial de tomada de consciência dos povos.

Julio Silveira

Quero ver como ficará Israel com Egito desamarrado.

    Jairo_Beraldo

    Preocupo mais com o Egito. A mala de maldades de Israel tem fundo falso para guardar atos terroristas para qualquer eventualidade.

kalango Bakunin

barak e mubarak,
dois canalhas
deveriam formar uma dupla caipira egpícia
ou texana

    Jairo_Beraldo

    Havaiana, Bakunin. Texano é o PIEDOSO G.W. Bush.

Adalberto Rocha

Solidariedade entre cristãos e muçulmanos no Egito

Muitos estão sendo os relatos da união de cristãos coptas e muçulmanos na luta contra o ditador Mubarak no Egito. Para quem não sabe, os cristãos coptas são uma seita cristã que existe há milênios no Egito, com milhares de seguidores.

Vejam esse relato de uma testemunha ocular:

http://mondoweiss.net/2011/01/muslims-christians-

Aqui vai um trecho:

Y: and ya today you know I felt Muslim Brotherhood presence for first time?these are what we call the beards you know?they made their way to the front of the protest near me where students were leading?and this elderly man in his 60?s was holding up a flag ? he started chanting Allahu Akbar ? and the students started
"Muslameen Mesiheen Kolina Masreen" you know? "Muslims Christians we are all Egyptians"

Traduzindo: a organização fundamentalista Irmandande Muçulmana, que não estava participando dos protestos no começo, resolveu finalmente aparecer nos protestos. De forma oportunista, resolveram ir para a frente da manifestação, e um de seus membros, um velho de uns 60 anos, começou a gritar "Allahu Akbar!". A resposta do movimento estudantil, que era quem estava liderando a manifestação, foi clara: abafaram o grito do velho com a palavra de ordem "Muslameen Mesiheen Kolina Masreen!" (Muçulmanos e Cristãos, todos somos Egípicos!)

Vários são os relatos de que, durante o horário das orações islâmicas, enquanto os manifestantes muçulmanos vão orar, os manifestantes cristãos montam guarda para protegê-los dos ataques da polícia.

Surpreendente?

Nem tanto. Essa atitude dos cristãos de protegerem os muçulmanos enquanto eles fazem as orações pode muito bem ser vista como uma retribuição ao que aconteceu no começo de janeiro deste ano em Alexandria.

Lembram que no começo de janeiro, a Al-Qaeda (braço secreto da CIA) fez um atentado contra uma igreja de cristãos coptas em Alexandria, numa tentativa de criar violência sectária e religosa no país?

Pois é: o tiro saiu pela culatra. O atentado causou indignação na maioria da população muçulmana do país. Sabem o que aconteceu? Durante a celebração do Natal dos cristãos coptas, em 7 de janeiro, OS MUÇULMANOS FIZERAM UM CORDÃO DE PROTEÇÃO, servindo como "escudos humanos" para proteger os cristãos de eventuais novos ataques terroristas!

Querem ver a notícia? Está aqui:

http://www.juancole.com/2011/01/egyptian-muslims-

Isso é para gente preconceituosa e mesquinha, que pensa que "muçulmano é tudo terrorista" e que não acredita na tolerância religiosa e na pluralidade, aprender uma lição!

Pois é. Agora, durante os protestos contra o ditador Mubarak queridinho dos Estados Unidos, os cristãos retribuem a solidariedade, protegendo os muçulmanos durante as suas orações contra os ataques da polícia.

E assim caminha o povo egípicio, rumo à liberdade e à democracia, fazendo História com H maiúsculo nesse começo de 2011.

Deus os abençoe, aos cristãos e aos muçulmanos. Fora Mubarak!

    dukrai

    a "classe dirigente" se entende, o papa copta anunciou o apoio a Mubarak, se tivesse esperado mais um dia não falava bobagem.

    Jairo_Beraldo

    Este Ratzinger se impôs, portanto é um ditadorzinho do nipe de Hitler (apesar de achar Hitler mais inteligente), que está fazendo da Igreja Romana uma seita como a Opus Dei. Um facista protetor de pedófilos. Joannus Paulus II, mesmo com mão de ferro, era um lider nato, que motivava seus seguidores. Esta coisa coisa aí, é um desagregador, que ajudará a por fim na manipulação da miséria no mundo.

    dukrai

    Berardo, pelos resultados herr Ratzinger é melhor que muito pregador evangélico, mas eu tô falando do papa da igreja egípcia, que tem 15% da população de fiéis, mas parece que ninguém tá prestando atenção no que ele fala, tá todo mundo hoje, dia de orações, na praça da Libertação no Cairo rezando juntos, islâmicos e cristãos.

Marat

Torço demais pelos egípcios. Que eles definam seu futuro sem a intromissão desses impérios decadentes! Chega de hipocrisia, chega de mentira…
O PIG ainda tem muitos e muitos ditadores para adorar e tratar como "presidente", mas o tirano egípcio, mimado e pago pelos EEUU está com seu tempo bem no finzinho…
Quem será o próximo? o da Arábia Saudita? – rsrsrs – tomara!!!!!!!!!!!!!!!!!

Elenilson Jr.

Direto do Twitter:

RT @EDSETIADI: "Egyptian Christians said they will guard the Muslims from the police while they on Friday Pray." Amazing solidarity. #Egypt #Jan25

(Tradução: cristãos egípcios dizem que vão fazer guarda para proteger os muçulmanos dos ataques da polícia durante as orações de sexta-feira)

Como se sabe, a sexta-feira é o dia sagrado dos muçulmanos, quando eles vão todos orar coletivamente. Os cristãos egípcios se prontificaram a fazer a guarda, para proteger os seus irmãos muçulmanos de qualquer ataque da polícia durante as orações.

Quem é mesmo aí que não acreditava em tolerância religiosa e na união de cristãos e muçulmanos na luta contra a ditadura?

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