Paul Krugman: Os mortos-vivos erraram, mas continuam mandando

Tempo de leitura: 4 min

December 19, 2010

NYTimes.com

Quando os mortos-vivos vencem

By PAUL KRUGMAN

Quando historiadores olharem de volta no período 2008-10, o que mais vai intrigá-los, acredito, é o estranho triunfo de ideias falidas. Os fundamentalistas do mercado erraram sobre tudo — ainda assim eles dominam a cena política mais completamente que nunca. [Nota do Viomundo: Basta ver quantas vezes o Estadão já subiu os juros antes mesmo de Dilma Rousseff assumir o poder]

Como isso aconteceu? Como, depois que bancos descontrolados colocaram a economia de joelhos, acabamos com Ron Paul, que diz “não penso que precisamos de regulamentação”, assumindo um comitê-chave do Congresso que vigia o Banco Central? Como, depois das experiências dos governos Clinton e Bush — o primeiro aumentou impostos e presidiu sobre uma espetacular criação de empregos; o segundo cortou impostos e presidiu sobre um crescimento anêmico mesmo antes da crise –, acabamos com um acordo bipartidário para cortar os impostos ainda mais?

A resposta da direita é que os fracassos econômicos do governo Obama mostram que as políticas de “grande governo” não funcionam. Mas a resposta a eles deveria ser, que política de grande governo?

Pois o fato é que o estímulo econômico de Obama — que em si era quase 40% baseado em cortes de impostos — foi muito cauteloso para dar uma guinada na economia. E isso não é uma crítica feita em retrospectiva: muitos economistas, dentre os quais me incluo, alertaram desde o começo que o plano era grosseiramente inadequado. Coloquem assim: uma política sob a qual os empregos públicos foram reduzidos e na qual os gastos do governo em bens e serviços cresceram mais devagar que durante os anos Bush não contitui exatamente um teste de economia keynesiana.

Bem, talvez não tenha sido possível ao presidente Obama conseguir mais diante do ceticismo do Congresso em relação a seu governo. Mas mesmo que fosse verdade, apenas demonstra o contínuo controle de uma doutrina falida sobre nossa política.

Também vale a pena dizer que tudo o que a direita falou sobre os motivos do fracasso da Obamanomics estava errado. Por dois anos temos sido advertidos de que os empréstimos do governo fariam disparar os juros; na verdade, as taxas flutuaram com o otimismo ou pessimismo sobre a recuperação econômica, mas se mantiveram consistentemente baixas se comparadas a padrões históricos. Por dois anos fomos alertados de que a inflação e até mesmo a hiperinflação estava a caminho; em vez disso, a deflação continuou, com a inflação básica — que exclui a volatilidade dos preços de alimentos e energia — sendo a menor do último meio século.

Os fundamentalistas do livre mercado cometeram tantos erros sobre os Estados Unidos quanto sobre eventos no Exterior — e sofreram poucas consequências disso. “A Irlanda”, declarou George Osborne em 2006, “é um brilhante exemplo da arte do possível na formulação econômica de longo prazo”. Epa! Agora o sr. Osborne é a maior autoridade econômica britânica.

E nessa nova posição ele está copiando as políticas de austeridade implementadas pela Irlanda depois que a bolha local estourou. Aliás, conservadores dos dois lados do Atlântico passaram boa parte do ano passado saudando a austeridade irlandesa como um sucesso absoluto. “A política irlandesa funcionou em 1987-89 e está dando certo agora”, declarou Alan Reynolds do Cato Institute em junho passado. Epa!, de novo.

[Nota do Viomundo: Depois das “previsões” acima, vale dizer, a Irlanda faliu!]

Mas tais fracassos não parecem importar. Emprestando o título de um livro recente do economista australiano John Quiggin sobre doutrinas que a crise deveria ter matado mas não matou, estamos ainda — talvez mais que nunca — sendo governados pela “economia dos mortos-vivos”. Por que?

Parte da resposta, certamente, é que as pessoas que deveriam ter tentado matar as ideias mortas-vivas tentaram, em vez disso,  fazer acordo com elas. E isso é especialmente verdadeiro do presidente [Obama], mas não apenas dele.

As pessoas tendem a esquecer que Ronald Reagan muitas vezes cedeu em questões políticas de substância — mais notadamente, ele aprovou múltiplos aumentos de impostos. Mas ele nunca foi mole com ideias, nunca recuou da postura de que sua posição ideológica estava correta e de que a dos adversários estava errada.

O presidente Obama, por contraste, tem consistentemente tentado fazer acordo com o outro lado, dando cobertura aos mitos da direita. Ele felicitou Reagan por restaurar o dinamismo dos Estados Unidos (quando foi a última vez que você ouviu um republicano elogiando Roosevelt?), adotou a retórica da oposição sobre a necessidade do governo de apertar o cinto mesmo diante da recessão e ofereceu congelamento simbólico de gastos e salários federais.

Nada disso fez com que a direita deixasse de denunciá-lo como socialista. Mas essa postura ajudou a dar poder a ideias ruins, de forma que elas podem causar danos imediatos. Neste momento o sr. Obama está saudando o acordo para corte de impostos [dos ricos] como uma forma de estimular a economia — mas os republicanos já estão falando em cortes de gastos do governo que acabariam com qualquer estímulo resultante do acordo. E como é que ele pode enfrentar os republicanos se ele mesmo abraçou a retórica de apertar o cinto?

Sim, política é a arte do possível. Todos entendemos a necessidade de fazer acordos com inimigos políticos. Mas uma coisa é fazer acordo para adiantar seus objetivos; outra é abrir as portas para as ideias dos mortos-vivos. Quando você faz esta concessão, os mortos-vivos acabam comendo o seu cérebro — e possivelmente também a sua economia.

PS do Viomundo: O mesmo acontece no Brasil com um grupo de petistas que assimilou o “jeito tucano de ser”. É fácil identificá-los: estão na fila de espera das páginas amarelas da Veja. Eu diria que essa turma sofre da síndrome de Estocolmo.


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Comentários

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Alex

"Quando o extraordinário se torna cotidiano, temos uma revolução", dizia Che; Já quando o medíocre, o ordinário, se torna cotidiano, temos uma porção de "especialistas" (em economia, mercados financeiros, política internacional, blábláblá) alertando para o risco de inflação, de quebra da previd~encia, de elevação do déficit disso e daquilo…e a banca, gorda, ri e arrota…

Bonifa

Ninguém pode deter a máquina de autodestruição da plutocracia americana. O estapafúrdio aparato militar dá aos americanos médios a sensação de poder absoluto sobre o planeta e mesmo sobre a galáxia. E esta sensação se transmite instantânea e completamente aos políticos e até aos economistas, que deveriam cuidar de alertar a nação mas, o que fazem, é mergulha-la em uma pobre ciência das circunstâncias e das conveniências. A nação americana ficou prisioneira da ditadura do pensamento único neoliberal. Não tem outra opção. Não tem plano "B", não tem líderes de coragem que assumam o risco de suas visões pessoais, enfim, não tem saída. É por isso que lá vão tentando reconstruir incessantemente castelos de areia que não duram o tempo de uma maré baixa. É porque já não sabem e já não podem pensar de outra forma.
De certo modo, a Europa está também assim, prisioneira do pensamento único e ubíquo, depois de soterrar seus grandes pensadores sob uma chuva de falsos profetas neoliberais, alegremente impulsionados por uma mídia criminosa. Mas para a Europa ainda há esperanças. Sabemos que é um péssimo sinal o ressurgimento de terrorismo europeu interno, mas é muito alentador pensar que ressurgem na Europa grupos de idéias contrastantes e questionadores. Os anarquistas, como sempre, aparecem primeiro. Mas logo outros virão, para enterrarem pela via política e acadêmica o veneno deixado pelas serpentes do neoliberalismo. A Europa vai renascer mais uma vez, com certeza. Já os Estados Unidos…

Ricardo Nobre

Porque será que estes Petistas Paulistas são tão asemelhados com Tucanos. Parecem de um bando só.
Não são só os Petistas,( vide o Temmer traidor de primeira linha)

ana cruz

O diabo que salve os USA…
Há males que vem para o bem. Destruir o imperio é um deles. O imperio é efêmero, a Historia não mente…

Página 13 » Blog Archive » Paul Krugman: Os mortos-vivos erraram, mas continuam mandando

[…] de espera das páginas amarelas da Veja. Eu diria que essa turma sofre da síndrome de Estocolmo. http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/paul-krugman-os-mortos-vivos-erraram-mas-continuam-mandando…. Download do artigo em formato PDF […]

Roberto Locatelli

Excelente artigo. O Krugman não é nenhum socialista, mas tem acertado na mosca sobre o governo Obama, que prometia muito, mas naufragou num pântano de acordos com a direita dos EUA. Assim, sendo, não há chance do império se recuperar a crise. Haverá uma lenta agonia, de Titanic afundando aos poucos.

FAlo nada

Não depende apenas do Obama meus caros simplórios da política.
E sem preconceitos contra paulistanos por favor.
Esquerda torta é aquela lotada de preconceitos,causadora de patologias tanto quanto a direita preconceituosa.
Por favor meus caros estudiosos, sem radicalismos simplórios para ambos os lados o que acontece é muito mais complexo do que suas parcas e pobres mentes parecem compreender olhando apenas para um lado.

    Luiz Reis

    Ok, gênio, então explique para nós, pascácios sedentos de seu saber: "o que acontece é muito mais complexo do que suas parcas e pobres mentes parecem compreender olhando apenas para um lado."
    Traga-nos a luz!!! Mas não venha com radicalismos simplórios… aprofunde sem a conversa de "pragmatismo", "o buraco é mais embaixo", "a vitória do possível", etc, etc. o Artigo do Krugman acerta exatamente ao fugir do lugar comum de quem não tem o que dizer, e continua dizendo. Salve-nos com sua sapiência… sei que achará que é "jogar pérolas aos porcos", mas, neste final de ano, tomado pelo espírito da comunhão, desça de seu pedestal de glória divina e nos convide a beber um pouco dessa água de sabedoria!!!

Morvan

Paul Krugman: "Os mortos-vivos erraram, mas continuam mandando…" ou:
Quando algo é feito para dar errado, só dá errado quando dá certo…

Na verdade, os zumbis continuam mandando (ou seria: mamando?) porque este era, desde o início, o alvo, o intuito.
Não se desmantela esta visão perversa do mundo capitalista-financeiro sem se desconstruir a mídia rentista, beneficiária-mor do vale-tudo "pós-moderno". Sem uma alternativa viral a essa mídia sabuja e saprófita, não se sai do lugar.

Morvan, #433640

ZePovinho

Eu acho a Dilma precisa ter cuidado com os mortos vivos do PT e PMDB.Ela tem de ter cuidado com quem vai colocar na Polícia Federal e no Gabinete de Segurança Institucional.

Ana cruzzeli

Azenha e Conceição

Olha que matéria linda sobre os medicos cubanos no Haiti. http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMos

Acho que vocês vão gostar, é o outro lado da saúde que tanto nós procuramos. A medicina de alma, corpo e espirito. Esse povo Cubano é milagreiro.

    Morvan

    Concordo com você, Ana cruzzeli. Amável, admirável povo cubano.
    Amo esta isla, soy del Caribe…

    Morvan, Usuário Linux #433640.

trombeta

Palocci, Cardozo, Vacarezza, o enigmático José Dirceu (ora aparece como revolucionário, ora como homem de negócios, ninguém sabe qual é a dele, nem ele talvez) noves fora outros menos conhecidos fazem parte do perigoso PT paulista, aquele que tem trânsito livre no PIG, tem bom relacionamento com a direita bandeirante (a mais feroz do planeta) e costumam "jantar" com o empresariado paulistano.

Essa gente me causa mais medo do que os economistas morto-vivos e especialistas do PIG todos juntos.

    Fabio Martins

    Trombeteou com força, eco e afinação total. Petetistas/paulistas arrolados no comentário são isso. Sem tirar nada. Sem acrescentar nada em si. Só o efeito dos atos deles , é claro, poderão gerar idéias diametralmente opostos ao Bem Comum. Paloci por exemplo privatizou a Ceterp, Companhia de Telefones de Ribeirão Preto, que era uma Empreza Municipal lucrativa, nativa. Sempre a serviço imediato dos ribeirãopretanos, qualidade muito ausente nos "serviços" de la Telefonica de España…
    Fabio Martins

Fabio_Passos

Os mortos-vivos são os responsáveis diretos pelo pífio aumento do salário mínimo em 2011.

O governo pratica uma mesquinharia absurda negando um aumento maior.

Leiam este ótimo artigo do Paulo Kliass mostrando que basta um pingo de bom senso para desmontar os "argumentos" dos fantoches da banca:

"Salário mínimo: as falácias de sempre" http://www.cartamaior.com.br/templates/colunaMost

"
Basta que a taxa de juros SELIC entre janeiro e dezembro de 2011 permaneça no nível de 10,05% ao ano, ao invés dos 10,75% projetados no Projeto da Lei Orçamentária para garantir os recursos necessários a um salário mínimo de R$ 580.
"

    Gilson Raslan

    Fábio,
    Se o BC baixar a taxa de juros, os banqueiros vão mandar a mídia e seus economistas alugados dizerem que a inflação vai disparar, mas não apontam uma solução, já que estão a soldo dos agiotas.
    Então, qual é solução? Simples como o ovo de Colombo: retirar dinheiro do mercado, aumentando o depósito compulsório dos bancos.

    Fabio_Passos

    É a proposta do Paulo Kliass. Sem dúvida uma opção mais inteligente e muito menos destrutiva que aumentos na selic.

Fabio_Passos

Devemos comemorar a saída de henrique meirelles, mas esta autonomia absurda do BC aparentemente permanece intocável.
Assessores da banca ditando a política marcoeconômica do Brasil. Um completo absurdo.
Como superar nosso subdesenvolvimento e a desigualdade abissal de renda enquanto as oligarquias financeiras detém o poder absoluto para definir sua própria remineração?
Superar o neoliberalismo é uma tarefa incompleta deixada pelo governo Lula.

    Roberto Locatelli

    Concordo totalmente. Autonomia do Banco Central é assim: o Governo eleito pelo povo tem uma política econômica. O Banco Central tem outra, sempre a favor do capital financeiro internacional.

Bertold

Somo observadores das lideranças petistas no parlamento e no governo. Temos nossas diferenças com muitos deles mas conidero no geral que não comprometem o objetivo maior de tranformar o Brasil numa nação justa e desenvolvida. No entanto, aqui por esta banda, foi só o Azenha botar umas notinhas de rodapé para gente de compreensão política confusa e até para oportunistas deitarem lenha geral no PT, fazendo tábula rasa dos projetos de sociedade petista e tucano, como se realmente fosse tudo igual. Não é!

Fernando

O "oba-oba" do sistema financeiro desregulamentado levou os governos dos EUA e de vários países europeus a socorrerem diversas instituições financeiras com bilhões de dolares, socializando literalmente esses prejuízos. Isso levou à "quebra" de países como a citada Irlanda. Ao mesmo tempo os banqueiros safaram-se ilesos e continuam a ditar regras.

    Ricardo Nobre

    O Capital Financeiro é orquestrado por uma meia duzia. Ele agem em sintonia. Ms, parece que isto está perto de desmoronar. Tem milhares por ai que vão ficar com as calças na mão.
    Observem uma coisa: Porque o dólar hoje considerado somente um papel verdinho (sem lastro) não desmorona de uma vez? Simples o dólar foi criado em 1945 e de la para cá foi considerado padrão e tem trilhões e trilhões esparramados no Planeta Terra. O dia que isto acontecer o mundo conflagará de vez!
    Não existe interesse em que isto aconteça!

Luis Armidoro

Caros Azenha e amigos do blog:

O estadão entrou em um processo patológico de decadência: apesar de "manter" entre seu time de colunistas o Prof° Krugmann, NUNCA publica seus artigos. Sabem porque? Porque seus artigos são uma crítica feroz ao status quo, aos programas que insisteme em salvar bancos sem punir banqueiros pela crise. Para o estadão (que virou um pasquim neo-liberal), isto é indamissivel

I Braga

Vale aqui uma observação importante!!!!!!!

A observação de que um governo participativo, mas ineficiente, é tão danoso quanto um governo ausente.
O aumento de impostos, a geração de empregos públicos, o crescimento do estado, as empresas estatais, só são positivos quando isto se traduz em em benefícios para a a sociedade em escala superior aos benefícios que o serviço privado seria capaz de prover.

Se, no Brasil, por hora parecemos estar "vacinados" do risco de um governo liberal, temos o risco de um governo que não cumpre o seu papel, ou que faz isto a um custo demasiado alto.

NOTA: Acredito que, por enquanto, nosso governo ineficiente (muito ineficiente !!! e corrupto !!!!!), ainda nos trás mais benefícios que a eficiente iniciativa privada – eficiente, mas gananciosa (muito gananciosa !!!).

caracol

EMPRESA BRASILEIRA MULTINACIONAL
está empregando

ALTOS EXECUTIVOS PARA GESTÃO E GERENCIAMENTO

Dá-se preferência a torneiros mecânicos.

Não aceitamos economistas
(por favor não insista)

Entregar currículos na portaria deste
jornal sob o número 00-45

@walterthe

parabens azenha
para nós que sonhamos com um Brasil justo e melhor, olho aberto com a petistada de SP.
o sonho desses caras é ser chamado de amigo pela burguesia de SP, convidado pra almoçar com o Otavinho e dar entrevistas para a revista Veja.
Vaccarezza, Palloci, Cardozo, Martha, oxalá a Dilma, após essa fase de agradar ao Lula , se livre dessa turma rapidinho.
Petista Paulista é igual Tucano.

jose xiri

Para o ciclo que vai começar, todos, digo todos mesmo devemos ficar de olho no Palocci e no Zé Eduardo Cardoso.

redecastorphoto

Prezado Azenha
Aqui chamamos o Krugman de "bola na trave", principalmente no caso das previsões sobre o Brasil. Erra por pouco… Sempre. Aqui na terra temos gente menos insensada e melhor do que ele. Mantega, p. ex. p'ra ficar no PT capitalista.
Já o PT político de hoje tá mais p'ra Vaccarezza e suas "dívidas de campanha" com as multis que p'ra Bolsa Família ou mesmo Luz para Todos. É só olhar para um ministério que tem um John Bim e um Moleira Fraca… Também.
Abraço
Castor Filho
Não tô botando fé no próximo governo.

Jairo_Beraldo

Das duas, uma. Ou Augusto Nunes é bobo, ou é cínico. Me filio à segunda opção pois de bobos, os colunistas da Veja não têm nada. No apagar das luzes de 2010, este jornalista vem dizer que o povo teria direito a um debate entre Lula e FHC. Durante a campanha, FHC não falou quando foi convidado sobre aborto, drogas, sobre as privatizações e se é ou não ateu. Simplesmente jogaram FHC para debaixo do tapete. Agora Nunes vem dizer que o povo merece um debate?Ora, quanta babaquice!

    dukrai

    é só deixar o debate marcado pra 2014, isto se o Boca Mole não morrer até lá.

    Ricardo Nobre

    Hihihihihihihihihihihihihihihihihihihihihihihihihihihihihihihihihihihihihihi!

filipe

Somos governados por mortos…
Na história os fatos se repetem: primeiro como tragédia, segundo como farsa…

MARX é sempre atual.

Basta (re)ler o dezoito de Brumário de Louis Bonaparte.

Abraço.

Filipe

Zegutti

O perigo é o "fogo amigo", como disse o ZePovinho: " Nada mais parecido com um Tucano do que um Petista Ex-LIBELU.
Só a grandeza de um Estadista como o Presidente Lula ( a elite não engole isso), que não coloque projetos pessoais à frente do Projeto da Nação, pode levar este País a algum lugar!

    Jairo_Beraldo

    Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando… Porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive, já morreu…

Robson Porto

Acho que Krugman, na verdade, toca num ponto muito conhecido nosso; a mídia simplesmente pulveriza qualquer analise racional quando o tema é economia. E sabe, como ninguém, usar do paradoxo para confundir ainda mais essa estranha massa intangível chamada "opinião pública". Aliás, a própria repercussão da opinião de Krugman – que escreve para o Estadão – é apenas um componente do "sopão" informativo que somos obrigados a digerir todos os dias…

    Fernando José

    Caro,
    O motivo é simples tem muita gente ganhando muuuuito dinheiro com a quebradeira de bancos e paises. Dentre eles os analistas políticos, que queriram ou não levam uma ponta….
    Boas Festas,

ZePovinho

http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMos

Por 30 anos, presidentes liberais e congressistas democratas firmaram acordos com uma crescente facção pró-plutocrática bipartidária (majoritariamente republicana). Conseguimos algumas vitórias para as famílias trabalhadoras – auxílio família, incremento do salário mínimo, ampliação do cuidado com saúde, cortes de impostos para a classe média – mas o preço sempre tem sido cortes de impostos para os ricos e as corporações. Sob Clinton e Bush II não se poderia conseguir nada ligeiramente progressista sem uma grande concessão para a classe rica ou corporativa – algum corte de imposto sobre a renda ou algum resquício corporativo.

Esse tipo de compromisso tem sido central para a estratégia política de Obama: para conseguir um pacote de estímulos para salvar a economia, teve que conceder um terço de US$ 780 bilhões em isenção de impostos para corporações (e mesmo assim não conseguiu um só voto republicano). Para conseguir melhor cobertura de saúde para os não segurados, os legisladores abandonaram a “opção pública” que teria forçado a competição e diminuído o poder e os lucros do cartel da indústria médica.

Para incluir um escritório de Proteção Financeira para o Consumidor na lei de reforma financeira de junho de 2010, os legisladores permitiram que Wall Street mantivesse sua arriscada operação de cassino – abrindo o caminho para futuras bolhas, colapsos e resgates.

Essa é uma estratégia muito custosa. O custo é de bilhões de dólares de recursos públicos que poderiam ser utilizados para realizar investimentos já atrasados em infraestrutura, educação, independência energética, coisas que realmente poderiam ajudar a economia. Pior ainda, cria futuras batalhas políticas onde os ricos e as corporações poderosas têm quase todas as munições. No ambiente financeiro da campanha pós “Cidadãos Unidos”, está é uma rendição premeditada.

ZePovinho

http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMos

Democracia e riqueza: não se pode ter ambas

Louis Brandeis, juiz da Suprema Corte, disse: “Podemos ter democracia ou riqueza concentrada, mas não podemos ter ambas as coisas”. De acordo com a fórmula de Brandeis, a proposta tributária do presidente Obama é um fracasso. Ao ampliar os cortes de impostos do governo Bush para os ricos e ao instituir um imposto altamente debilitado sobre a propriedade, mais riqueza fluirá para as mãos do 1% mais rico e, dentro desse índice, para o décimo mais rico desse 1%. Esse setor utiliza sua riqueza e força para apoiar mudanças de políticas públicas que concentram ainda mais a riqueza. Agora nos encontramos no que pode ser caracterizado como “espiral letal rumo à plutocracia”. O artigo é de Chuck Collins.

Chuck Collins – Sin Permiso

    valdeci elias

    O titulo correto é ; " Democracia e riqueza CONCENTRADA: não se pode ter ambas."

    ZePovinho

    É isso aí,Valdeci!!

Glecio_Tavares

Precisamos continuar vendo as atitudes dos politicos, o Vaca rezza e o Aldo Ré belo andaram para trás com projetos, o caso do Vaca é ainda pior pois na entrevista a inVeja falou muita bobagem, exatamente o que o PIG queria ouvir.
Quem vai denunciar o seu Gilmar? o caso do grampo que não houve ficará a cargo do novo ministro da justiça? Cardoso vai dar uma de Cardoso?

    Jairo_Beraldo

    "Houve um tempo em que a missão maior do PT no parlamento era servir de ponte entre as demandas populares e o poder público. O lema era algo como “um pé na rua, outro no parlamento”.Hoje, boa parte — arrisco dizer que ainda a maioria — dos parlamentares do Partido dos Trabalhadores ainda se guia por este princípio, embora as contradições sejam muitas."(Rodrigo Vianna)

    PS-Voce sempre pega no meu pé por ter este tipo de opinião, mas nunca retruquei com "violencia", porque sabia que um dia veria as coisas como eu vejo. E ao contrário do Rodrigo,o PT NÃO é o meu partido, alías, sou somente ANTI-TUCANO, mas não posso deixar de criticar o que merece ser criticado.

Rodrigo

Paul Krugman é excelente. Consegue falar de economia de forma bem clara, dele eu li "A crise de 2008" e estou querendo ler "A consciencia de um liberal"

anonimos

Obama está muito mal posicionado entre as diversas forças e os problemas dos EUA. Não precisamos acompanhá-lo de perto para percebermos que êle ainda não engrenou e não sintonizou convincentemente com seu próprio eleitorado sequer, facilitando e desencadeando a atuação dos mortos-vivos. No Brasil a situação é mais estável mas, como em toda transição, e mesmo continuísta, os primeiros 6 meses são frágeis e passíveis de êrros, normalmente acertados momentâneamente com trocas de ministros ou coisas parecidas. O time está formado para assumir no dia 1º e, conforme nota do blog, preocupa, e muito, figuras petistas atuando de forma estranha à praxe, envolvendo-se com multinacionais vorazes e em engenharias financeiras objetivando repatriar dólares, até então sujos, depositados em nome de brasileiros(?) no exterior. Parece que a saída de Lula está tendo uma conotação do tipo "quando o gato sai os ratos fazem a festa", coisa que Dilma Roussef vai ter que combater duramente e já, para não começar o seu governo minada por dentro, que é muito pior que ataques externos de oposicionistas.

Pedro

Obama se perdeu. Chegou com apoio popular apra fazer o que quisesse, com a promessa de fazer os EUA perderem o estigma que tem perante ao mundo. Está falhando, se a não falhou. Faltou coragem.

    Ricardo Nobre

    Só não vê quem não quer: Obama chegou com um raio de esperança para mudar as coisas para melhores nos EUA , mas lá existe uma cultura arraigada que não querem mudanças nenhuma. Com isto os EUA caminham para o abismo celeremente? E vocês podem ter a certeza na hora deles cairem no abismo eles arrastarão milhões de pessoas!

Edemar Motta

Caro Azenha,

Temo que Dilma vá ter muito trabalho com alguns petistas. Seria bom o PT fazer algum teste de DNA em certos cumpanhêros antes de lhes dar legenda para se elegerem. É cada vagareza de doer.

ZePovinho

Eu tô contigo,AZenha.Ainda mais olhando o comportamento do nobre deputado Vaccarezza(PT-SP).Tenho pena das vacas(sem trocadilhos infames) que terão de ruminar ração transgênica:
http://www.rodrigovianna.com.br/outras-palavras/d

Deputado Vaccarezza (PT/SP) apresenta projeto redigido por lobbista da Monsanto

publicada sexta-feira, 24/12/2010 às 09:01 e atualizada sexta-feira, 24/12/2010 às 09:58

Deputado petista apresenta PL redigido por lobbista da Monsanto

por Rogério Tomaz Jr, no blog Conexão Brasília Maranhão

NADA MAIS PARECIDO COM UM TUCANO DO QUE UM PETISTA EX-LIBELU.

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