Sindicato dos Jornalistas diz que âncora violou código de ética

Tempo de leitura: 3 min

QUARTA-FEIRA, 5 DE FEVEREIRO DE 2014

Nota de repúdio do Sindicato e da Comissão de Ética contra declarações da jornalista Rachel Sheherazade

do site do Sindicato

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro e a Comissão de Ética desta entidade se manifestam radicalmente contra a grave violação de direitos humanos e ao Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros representada pelas declarações da âncora Rachel Sheherazade durante o Jornal do SBT.

O desrespeito aos direitos humanos tem sido prática recorrente da jornalista, mas destacamos a violência simbólica dos recentes comentários por ela proferidos no programa de 04/02/2014 (http://www.youtube.com/watch?v=nXraKo7hG9Y).

Vídeo sugerido por Manuela Azenha

Sheherazade violou os direitos humanos, o Estatuto da Criança e do Adolescente e fez apologia à violência quando afirmou achar que “num país que sofre de violência endêmica, a atitude dos vingadores é até compreensível” — Ela se referia ao grupo de rapazes que, em 31/01/2014, prendeu um adolescente acusado de furto e, após acorrentá-lo a um poste, espancou-o, filmou-o e divulgou as imagens na internet.

O Sindicato e a Comissão de Ética do Rio de Janeiro solicitam à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) que investigue e identifique as responsabilidades neste e em outros casos de violação dos direitos humanos e do Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros, que ocorrem de forma rotineira em programas de radiodifusão no nosso país. É preciso lembrar que os canais de rádio e TV não são propriedade privada, mas concessões públicas que não podem funcionar à revelia das leis e da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Eis os pontos do Código de Ética referentes aos Direitos Humanos:

Art. 6º É dever do jornalista:

I – opor-se ao arbítrio, ao autoritarismo e à opressão, bem como defender os princípios
expressos na Declaração Universal dos Direitos Humanos;

XI – defender os direitos do cidadão, contribuindo para a promoção das garantias
individuais e coletivas, em especial as das crianças, adolescentes, mulheres, idosos,
negros e minorias;

XIV – combater a prática de perseguição ou discriminação por motivos sociais,
econômicos, políticos, religiosos, de gênero, raciais, de orientação sexual, condição física
ou mental, ou de qualquer outra natureza.

Art. 7º O jornalista não pode:

V – usar o jornalismo para incitar a violência, a intolerância, o arbítrio e o crime;

Também atuando no sentido pedagógico que acreditamos que deva ser uma das principais intervenções do sindicato e da Comissão de Ética, realizaremos um debate sobre o tema em nosso auditório com o objetivo de refletir sobre o papel do jornalista como defensor dos direitos humanos e da democratização da comunicação.

*****

Presidenta da CDH-Senado oficia MP de São Paulo contra Sheherazade por violações de direitos humanos na TV

via e-mail da assessoria de imprensa da Comissão de Direitos Humanos do Senado

A presidenta da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado, senadora Ana Rita (PT-ES), oficiou nesta quinta-feira (06/02) a Procuradoria Geral de Justiça do Estado de São Paulo sobre o caso do editorial proferido pela jornalista Rachel Sheherazade, do Jornal do SBT, solicitando instauração de procedimento e providências por violações aos direitos da pessoa humana e incitação à violência. Junto ao ofício foi encaminhada a nota de repúdio publicada pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro e a Comissão de Ética sobre as violações de direitos cometidas pela jornalista ao afirmar em rede nacional que são “compreenssíveis” as práticas do grupo que acorrentou um jovem acusado de prática de furtos e roubos, o espancou, mutilou e divulgou sua imagem na internet.

 Ofício da presidenta da CDH-Senado ao MP-SP

“Encaminho cópia da Nota de repúdio do Sindicato dos Jornalistas e da Comissão de Ética contra declarações da jornalista Rachel Sheherazade do SBT, solicitando a instauração do competente procedimento para investigar e responsabilizar a jornalista  Sheherazade, porquanto violou os direitos humanos, o Estatuto da Criança e do Adolescente e fez apologia à violência quando afirmou achar que “num país que sofre de violência endêmica, a atitude dos vingadores é até compreensível” — Ela se referia ao grupo de rapazes que, em 31/01/2014, prendeu um adolescente acusado de furto e, após acorrentá-lo a um poste, espancou-o, filmou-o e divulgou as imagens na internet.”

PS do Viomundo: Notem que, no You Tube, o comentário recebe apoio de 690 internautas, contra o repúdio de 650. Ou seja, a barbárie avança via redes sociais!

Leia também:

Paulo Bernardo descobre o monopólio. Do Google, não da Globo


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Comentários

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Paulão

Fico imaginando se algum tipo de terapia ou tratamento devolveria a razoabilidade a repórter ou se trata-se somente do resultado prático do contrato de trabalho, isto é, se foi paga para isto.

marcosomag

Creio que esta Rachel foi colocado pelo “patrão” em rede nacional pelo fato de que militares da reserva não gostaram da primeira fase da novela “Amor e Revolução”. Sílvio Santos recebeu do último general de plantão no Planalto, João Figueiredo, a concessão da TVS, depois SBT, no rastro da falência da TV Tupí. Certamente, foi cobrado pelos militares de pijama pelo favor recebido. Esta indigente intelectual fascistóide não faz idéia do poder da televisão e nem sabe medir o impacto na população que suas declarações irresponsáveis podem ter. Só este fato já seria o suficiente para que nunca mais viesse a pisar em um estúdio! Ela simplesmente não tem noção das responsabilidades que envolvem a profissão de jornalista.

assalariado.

Vixe! Acabou de liberar.

Abraços.

roberto

Sherazade é a “cara” fascista da classe media, obtusa, arrogante e justiceira e extremamente desinformada, fala muita asneira.

Ferreira Hernandes

Assino embaixo do comentário do Silas, postado acima em 06/02/2014, e vou além: por falta de ação do Estado e omissão dos que são agredidos e caluniados, os jornalistas têm se sentido num mundo onde eles tudo podem. Se outro cidadão qualquer – médico, advogado, engenheiro, professor etc – cometer as mesmas faltas, responderão pelos crimes de injúria, calúnia e difamação, com direito a dano moral. O que são jornalistas senão cidadãos comuns, sujeitos às mesmas regras da sociedade como um todo. Aliás, muitos dos famosos nem formados em Comunicação Social são.
O Boechat, o maior incentivador das manifestações do ano passado, permanece sem ser incomodado, mesmo dizendo coisas do tipo “tem que fungar no cangote deles – políticos e governantes” – e “quebra-quebra faz parte do jogo”.
De que vale o Código de Ética referentes aos Direitos Humanos, que diz:
Art. 7º O jornalista não pode:

V – usar o jornalismo para incitar a violência, a intolerância, o arbítrio e o crime;

Com relação às declarações da jornalista, foco desta matéria, é lembro que AS MILÍCIAS começaram fazendo o mesmo que estes justiceiros fizeram com o garoto. Quem pensa que, pelo fato do agredido ser bandido, os justiceiros estão inocentados, é bom não esquecer que se o PODER de POLÍCIA não for o REGULAMENTADO, todos estaremos ao sabor das crenças e preconceitos dos justiceiros de plantão, podendo ser transformados em vítimas porque somos negros, homossexuais, analfabetos, flamenguistas, sambistas etc. Na década de 70, uma costureira foi morta pelo Esquadrão da Morte no Rio simplesmente porque disse ter visto matarem uma certa pessoa.

Romanelli

me solidarizo com a jornalista ..ANTES de nos solidarizarmos com gente do MAL, antes é necessário nos recompormos e atentarmos pra violência que atinge e flagela as pessoas e as famílias de bem neste país.

A propósito, a jornalista não exaltou NADA ..conversa mole deste sindicato que tem dado PÉSSIMOS exemplos com as suas querencias queixosas e truculentas pelo país (aonde só eles, ou dos que deles interagem e DEPENDEM – tipo os políticos – ou que com eles convivem – os amigos e parentes – é que podem se expressar e ter opinião)

..Às favas, EU TB penso e tenho direito de dizer o que penso !!!!

Adriano

Para reclamar dela no SBT: http://sbtsaladeimprensa.com.br/FaleConoscoVisitante.aspx

Marcos Antonio Silva

O código de ética dos jornalistas não é respeitado pela Sheherazade e pelas torcidas do mengão, coringão…aliás, não é respeitado por ninguém. É letra morta…

Silas

Me desculpem pelo comentário fora de lugar, mas ouvindo comentário sobre as doações a Genoino e Delubio na rádio Bandeirantes eis que o Salomão Esper trata nos petistas como xiitas de forma perojativa. Com certeza e outro que não conhece o código de ética dos jornalistas.

    tiao

    Meu caro,voce perde seu tempo ouvindo a Radio Bandeirantes?Aquilo é um covil de fascistas jurássicos.

FrancoAtirador

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“A Classe Média opera com Signos de Prestígio.”
Marilena Chauí

(http://www.youtube.com/watch?v=KrN_Lee08ow)
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Fascismo à Brasileira

Parece crescente e cada vez mais evidente no Brasil
que importantes setores da classe média e classe alta
simpatizam com ideais semelhantes aos que formaram
o caldeirão social do fascismo

Por Leandro Dias*, no Pragmatismo Político

Historicamente a adesão inicial ao fascismo foi um fenômeno típico das classes dominantes desesperadas e das classes médias empobrecidas e apenas pontualmente conquistou os estratos mais baixos da sociedade, ideologicamente dominados pelo trabalhismo social-democrata ou pelo comunismo.

Nos mais diversos cantos do mundo, dos nazistas na Alemanha e camisas-negras na Itália, aos integralistas brasileiros e caudilhistas espanhóis seguidores de Franco, as classes médias, empobrecidas pelas sucessivas crises do pós-guerra (1921 e especialmente 1929), formaram o núcleo duro dos movimentos fascistas.

Esse alinhamento ao fascismo teve como fundo principal uma profunda descrença na política, no jogo de alianças e negociatas da democracia liberal e na sua incapacidade de solucionar as crises agudas que seguiam ao longo dos anos 1910, 20 e 30.

Enquanto as democracias liberais estavam estáveis e em situação econômica favorável, com certo nível de emprego e renda, os movimentos fascistas foram minguados e pontuais, muito fracos em termos de adesão se comparados aos movimentos comunistas da mesma época.

Porém, uma vez que a democracia liberal e sua ortodoxia econômica mostraram uma gritante fraqueza e falta de decisão diante do aprofundamento da crise econômica nos anos 1920 e 30, a população se radicalizou e clamou por mudanças e ação.

Lembremos que, quando os nazistas foram eleitos em 1932, a votação foi bastante radical se comparada aos pleitos anteriores; 85% dos votos dos eleitores alemães foram para partidos até então considerados mais radicais, a saber, Socialistas (social-democracia), Comunistas e Nazistas (nacional-socialistas), os dois primeiros à esquerda e o último à direita.

Os conservadores ortodoxos, anteriormente no poder, estavam perdidos em seu continuísmo e indecisão, sem saber o que fazer da economia e às vezes até piorando a situação, como foi o caso da Áustria até 1938, completamente estagnada e sem soluções para sair da crise e do desemprego, refém da ortodoxia de pensadores da escola austríaca, tornando-se terreno fértil para o radicalismo nazista (que havia fracassado em 1934).

Além disso, o fascismo se apresentava como profundamente anticomunista, o que, do ponto de vista das classes dominantes mais abastadas e classes médias mais estáveis (proprietárias) menos afetadas pelas crises, era uma salvaguarda ideológica, pois o “Perigo Vermelho”, isto é, o medo de que os comunistas poderiam de fato tomar o poder, era um temor bastante real que a democracia liberal parecia incapaz de “resolver” pelos seus tradicionais métodos, especialmente após a crise de 1929.

O fascismo desta maneira se apresentou como último refúgio dos conservadores (sejam de classe média ou da elite) contra o socialismo.

Os intelectuais que influenciavam os setores sociais menos simpáticos ao fascismo, o viam como um mal menor “temporário” para proteger a “boa sociedade” das “barbáries socialistas”, como o guru liberal Ludwig von Mises colocou, reconhecendo a fraqueza da democracia liberal face ao “problema comunista”:

“Não pode ser negado que o Fascismo e movimentos similares que miram no estabelecimento de ditaduras estão cheios das melhores intenções e que suas intervenções, no momento, salvaram a civilização européia. O mérito que o Fascismo ganhou por isso viverá eternamente na história. Mas apesar de sua política ter trazido salvação para o momento, não é do tipo que pode trazer sucesso contínuo. Fascismo é uma mudança de emergência. Ver como algo mais que isso, seria um erro fatal”. (L. von Mises, Liberalism, 1985[1927], Cap. 1, p. 47).

Além da descrença na política tradicional e do temor do perigo vermelho num cenário de crise, houve ainda uma razão fundamental para as classes médias adentrarem as fileiras do fascismo:
o medo do empobrecimento e a perda do status social.

Esse sentimento – chamado de ‘declassemént’ ou ‘declassê’ no aportuguesado, algo como ”deixar de ser alguém de classe” – remetia ao medo de se proletarizar e viver a vida miserável que os trabalhadores, maior parte da população, viviam naquela época.

Geralmente associava-se ao receio de que o prestígio social ou o reconhecimento social por sua posição econômica esmorecessem, mesmo para pequenos proprietários e profissionais liberais sem títulos de nobreza (ver Norbet Elias, Os Alemães).

Esse medo entra ainda no contexto de uma evidente rejeição republicana, uma reação conservadora do ‘etos’ nobiliárquico que dominava as classes altas e parte das classes médias urbanas nos países fascistas, à consolidação dos ideais liberais (mais igualitários) na estrutura social de poder e de privilégios, isto é, na tradição social aristocrática.

Não foi por acaso que o fascismo foi uma força política exatamente onde os ideais liberais jamais haviam se arraigado, como Itália, Espanha, Portugal, Alemanha e Brasil.

Por fim, cumpre lembrar que os fascistas apelam à violência como forma de ação política.

Como disse Mussolini: “Apenas a guerra eleva a energia humana a sua mais alta tensão e coloca o selo de nobreza nas pessoas que têm a coragem de fazê-la” (Doutrina do Fascismo, 1932, p. 7).

A perseguição sem julgamento, campos de trabalho e autoritarismo não só vieram na prática muito antes do genocídio e da guerra, mas também já estavam em suas palavras muito antes de acontecerem.

No discurso e na prática, a sociedade é (ou destina-se) apenas para aqueles que o fascista identifica como adequados; há um evidente elitismo e senso de pertencimento “correto” e “verdadeiro”, seja uma concepção de nação ou de identidade de raça ou grupo.

E essa identidade “verdadeira” será estabelecida à força se preciso.
Mas porque estamos falando disso?

Parece crescente e cada vez mais evidente no Brasil que importantes setores da classe média e classe alta simpatizam com ideais semelhantes aos que formaram o caldeirão social do fascismo.

Vimos em texto recente (http://www.pragmatismopolitico.com.br/2013/11/brasil-elite-e-capitalismo.html)
que a sociedade brasileira, em particular a classe média tradicional e a elite, carrega fortes sentimentos anti-republicanos (ou anticonstitucionais), herdados de nossa sucessão de classes dominantes sem conflito e mudança estrutural, sem qualquer alteração substancial de sua posição material e política, perpetuando suas crenças e cultura de Antigo Regime.

Privilégios conquistados por herança ou “na amizade”, contatos pessoais, indicações, nepotismos, fiscalização seletiva e personalista; são todas marcas tradicionais de nossa cultura política.

A lei aqui “não pega”, do mesmo jeito que para nazistas a palavra pessoal era mais importante que a lei.

Há um paralelo assustador entre a teoria do ‘fuhrerprinzip’ (http://en.wikipedia.org/wiki/Fuhrerprinzip)
e a prática da pequena autoridade coronelista, à revelia da lei escrita, presente no Brasil.

Talvez por isso, também tenhamos, como a base social do fascismo de antigamente, uma profunda descrença na política e nos políticos.

Enojada pelo jogo sujo da política tradicional, das trocas de favores entre empresas e políticos, como o caso do Trensalão ou entre políticos e políticos, como os casos dos mensalões nos mais variados partidos, a classe média tradicional brasileira se ilude com aventuras políticas onde a política parece ausente, como no governo militar ou na tecnocracia de governos de técnicos administrativos neoliberais.

Ambos altamente políticos, com sua agenda definida, seus interesses de classe e poder, igualmente corruptos e escusos, mas suficientemente mascarados em discursos apolíticos e propaganda, seja pelo tecnicismo neoliberal ou pelo nacionalismo vazio dos protofascistas de 1964, levando incautos e ingênuos a segui-los como “nova política” messiânica que vai limpar tudo que havia de ruim anteriormente.

Por sua vez, como terceiro ponto em comum, partes das classes médias tradicionais e a elite tem um ódio encarnado de “comunistas”, e basta ler os “bastiões intelectuais” da elite brasileira, como Reinaldo Azevedo, Rodrigo Constantino ou Olavo de Carvalho ou mesmo porta-vozes do soft power do neoconservadorismo brasileiro, como Lobão e Rachel Sheherazade.

É curioso que o mais radical deles, Olavo de Carvalho, enxergue “marxismo cultural” em gente como George Soros (mega-especulador capitalista), associando-o ao movimento comunista internacional para subjugar o mundo cristão ocidental.

Esse argumento em essência é basicamente o mesmo de Adolf Hitler:
o marxismo e o capital financeiro internacional estão combinados para destruir a nação alemã (Mein Kampf, 2001[1925], p. 160, 176 e 181).
E, ainda, somam-se a isso tudo o classismo e o racismo elitista evidentes de nossa “alta” sociedade.

Da “gente diferenciada” que não pode frequentar Higienópolis,
passando pelo humor rasteiro de um Gentili,
ou o explícito e constrangedor classismo de Rachel Sheherazade (http://www.youtube.com/watch?v=8hZ4cewFSl4),
que se assemelha à “pioneira revolta” de Luiz Carlos Prates (http://www.youtube.com/watch?v=QIKvrC5gOa4) ao constatar que “qualquer miserável pode ter um carro”,
culminando com o mais vergonhoso atraso de Rodrigo Constantino (http://veja.abril.com.br/blog/rodrigo-constantino/cultura/o-rolezinho-da-inveja-ou-a-barbarie-se-protege-sob-o-manto-do-preconceito) em sua recente coluna, mostrando que nossos liberais estão mais inspirados por Arthur de Gobineau e Herbert Spencer (http://en.wikipedia.org/wiki/Herbert_Spencer#Social_Darwinism)
do que Adam Smith ou Thomas Jefferson.

A elite e a classe média tradicional (que segue o etos da primeira), não têm mais vergonha de expor sua crença no direito natural de governar e dominar os pobres, no “mandato histórico” da aristocracia sobre a patuléia brasileira.

O darwinismo social vai deixando o submundo envergonhado da extrema direita para entrar nos nossos televisores diariamente.

Assim, com uma profunda descrença na política tradicional e no parlamento, somada a um anti-republicanismo dos privilégios de classe e herança, temperados por um anticomunismo irracional sob auspícios de um darwinismo social histórico e latente, aliado a uma escalada punitivista alinhada a “ciência” econômica neoliberal, temos uma receita perigosa para um neofascismo à brasileira.

Porém, antes que corramos para as montanhas, falta um elemento fundamental para que esse caldeirão social desemboque em prática neofascista real: crise econômica profunda.

Apesar do terrorismo midiático, nossa sociedade não está em crise econômica grave que justifique esta radicalização filo-fascista recente.

Pela primeira vez em décadas, o país vive certo otimismo econômico e, enquanto no final dos anos 1990, um em cada cinco brasileiros estava abaixo da linha da pobreza, hoje este número é um em cada 11.

A Petrobrás não só não vai quebrar como captou bilhões recentemente.
A classe média nunca viajou, gastou no exterior e comprou tanto quanto hoje, nem mesmo no auge insano do Real valendo 0,52 centavos de dólar.

O otimismo brasileiro (http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,taxa-de-otimismo-do-brasileiro-cai-pela-primeira-vez-desde-2009-revela-ibope,1117414,0.htm) está muito acima da média mundial, mesmo que abaixo das taxas dos anos anteriores.

No entanto, apesar de tudo isso, parte das antigas classes médias e elites continuam se radicalizando à extrema direita, dando seguidos exemplos de racismo, intolerância, elitismo, suporte ao punitivismo sanguinário das polícias militares, aplaudindo a repressão a manifestações e indiferentes a pobres sendo presos por serem pobres e negros em shopping centers.

Isso tudo com aquela saudade da ditadura permeando todo o discurso.
Se não há o evidente ‘declassmént’, o empobrecimento econômico, ou mesmo um medo real do mesmo, como explicar esta radicalização protofascista?

Não é possível que apenas o tradicional anti-republicanismo, o conservadorismo anti-esquerdista e o senso de superioridade de nossas elites e classes médias tradicionais sejam suficientes para esta radicalização, pois estes fatores já existiam antes e não desencadeavam tamanha excrescência fascistóide pública.

Não.

O Brasil vive um fenômeno estranho.

As classes médias tradicionais e elite estão gradualmente se radicalizando à extrema direita muito mais por uma sensação de ‘declassmént’ do que por uma proletarização de fato, causada por alguma crise econômica.

Esta sensação vem, não do empobrecimento das classes médias tradicionais (longe disso), mas por uma ascensão econômica das classes historicamente subalternas.

Uma ascensão visível.

Seja quando pobres compram carros com prestações a perder de vista; frequentam universidades antes dominadas majoritariamente por ricos brancos;
ou jovens “diferenciados” e barulhentos frequentam shoppings de classe média, mesmo que seja para olhar a “ostentação”;
ou ainda famílias antes excluídas lotando aeroportos para visitar parentes em toda parte.

Nossa elite e antiga classe média cultivaram por tanto tempo a sua pretensa superioridade cultural e evidente superioridade econômica, seu sangue-azul e posição social histórica;
a sua situação material foi por tanto tão sem paralelo num dos mais desiguais países do mundo, que a mera percepção de que um anteriormente pobre pode ter hábitos de consumo e culturais similares aos dela, gera um asco e uma rejeição tremenda.

Estes setores tradicionais, tão conservadores que são, tão elitistas e mal acostumados que são, rejeitam em tal grau as classes historicamente humilhadas e excluídas, “a gente diferenciada” (http://www.cartacapital.com.br/sociedade/etnografia-do-201crolezinho201d-8104.html) que deveria ter como destino apenas à resignação subalterna (“o seu lugar”), que a ascensão destes “inferiores” faz aflorar todo o ranço elitista que permanecia oculto ou disfarçado em anti-esquerdismo ou em valores familiares conservadores.

Não há mais máscara, a elite e a classe média tradicional estão mais e mais fazendo coro com os históricos setores neofascistas, racistas e pró-ditadura.

Elas temem não o seu empobrecimento de fato, mas a perda de sua posição social histórica e, talvez no fundo, a antiga classe média teme constatar que sempre foi pobre em relação à elite que bajula, e enquanto havia miseráveis a perder de vista, sua impotência política e vazio social, eram ao menos suportáveis.

*Leandro Dias é formado em História pela UFF e editor do blog Rio Revolta (http://riorevolta.wordpress.com).
Escreve mensalmente para Pragmatismo Politico.

Texto revisado por Carolina Dias

REFERÊNCIAS GERAIS:
ELIAS, Norbert. Os Alemães. Rio de Janeiro: Zahar, 1996
HAMILI, Serge. O laissez faire é libertário?. IN: Le Monde Diplomatique Brasil, número 71, 2013.
HITLER, Adolf. Mein Kampf. São Paulo: Centauro, 1925
HOBSBAWM, Eric. A Era dos Extremos. São Paulo: Cia das Letras,1996
MISES, Ludwig von. Liberalism.Irvington.The Foundation for Economic Education, 1985
MUSSOLINI, Benito. Doctrine of Fascism. Online World Future Fund. 1932
POULANTZAS, Nicos. Fascismo e Ditadura. Porto: Portucalense, 1972
SCHMIT, Carl. Teologia Política. Belo Horizonte: Del Rey, 2006

(http://www.pragmatismopolitico.com.br/2014/01/fascismo-brasileira.html)
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Rodrigo Leme

Essa mulher me dá nojo.

Jorge oliveira de Almeida

Todos sabemos que a mídia controla tudo e a todos no Brasil. Só sabemos o que a mídia decide divulgar, e assim mesmo com a interpretação dos donos das emissoras, que representam as “pessoas de bem”, ou seja, os ricos, que são aqueles que mandam e desmandam neste país. O discurso da jornalista está dentro desse padrão, mas embora seja um discurso de direita, não considero que ela esteja errada. Ela só falou verdades, e a verdade sempre incomoda a todos, principalmente a quem detém o poder. Ética jornalística… Existe isso no Brasil? Poupem-me, por favor!!

assalariado.

Interessante é observar cada jornalista, um por um, todos, quando são convidados a dar opinião sobre qualquer assunto, seja politico, econômico, policial, coisa e tals. Assim, veremos, escutaremos e perceberemos, o quanto a midiotia burguesa e seu espelho ideológico são coerentes no que se refere ao esgoto midiatico.

É a classe média reacionária investida e travestida de repórter da ‘liberdade de imprensa’. Suas opiniões são resultados que vão, não além, das cuecas de seus patrões e, os dois, se revelam coerentes com os ideais de manipulação das notícias e das massas. De inocentes não tem nada, um como o outro, se mostram tanto quanto reacionários, farinha do mesmo saco ideológico.

Abraços Fraternos.

Sônia Bulhões

Hoje, por acaso, num consultório médico, tive o descontentamento de ver o jornalista (?) do SBT Cesar Filho, defendendo a colega preconceituosa. Disse entre outras besteiras, que uma pesquisa apontou maioria da população a favor da moça. Ele ainda disse, os contrários representam menos de 1% ou algo em torno de. Penso que a pesquisa foi feita no universo do público que os assiste diariamente em lavagem cerebra.

Marat

Essa jornalista de quinta categoria deveria ser processada. Não pela sua petulância e incompetência, mas por suas ideias arcaicas e fascistas!

Mateus

Já estava passando da hora de chamar essa mulher às falas.

Guanabara

A coisa saiu completamente de rumo. Acabo de ligar a TV na Record, às 19:20, e me deparo com a seguinte manchete: “O momento da morte do bandido”.

Passando em plena TV aberta, neste horário, cenas de um assassinato, narrado por Marcelo Rezende, como se fosse a coisa mais normal do mundo.

O caos social já virou normal.

Urbano

E contra os bandidos ricos e/ou poderosos, que assassinam milhões e milhões de seres humanos por via indireta, o silêncio ou a defesa são o mote dos que fazem oposição ao Brasil.

Gilson

Com o advento PIG, tal Jornalismo perdeu por completo a credibilidade.Não consigo escultar a Jovem Pan em hipótese alguma,pois chegam a ser mais que imoral.

pai

Interessante ver que a pessoa também se intitula “presidenta”. Que bizarro!!!

Polêmicas gramaticais de lado, não vai acontecer nada. Não há apologia a nada. Há um simples comentário. E eu concordo com ele. É compreensível, sim a reação das pessoas, ainda que não seja louvável, fazer justiça com as próprias mãos.

E citar esses códigos de nada adianta pois o direito à livre expressão os suplanta. Pode fazer barulhinho e tal mas fica nisso mesmo. Mania de petista querer censurar todo mundo!

A Sherazade está incomodando e isso para ela é ótimo! Não percebem? Além de tudo é-digamos- bem apessoada. Tem futuro a menina.

pai

Interessante ver que a pessoa também se intitula “presidenta”. Que bizarro.

Polêmicas gramaticais de lado, não vai acontecer nada. Não há apologia a nada. Há um simples comentário. E eu concordo com ele. É compreensível, sim a reação das pessoas, ainda que não seja louvável, fazer justiça com as próprias mãos.

E citar esses códigos de nada adianta pois o direito à livre expressão os suplanta. Pode fazer barulhinho e tal mas fica nisso mesmo. Mania de petista querer censurar todo mundo!

A Sherazade está incomodando e isso para ela é ótimo! Não percebem? Além de tudo é-digamos- bem apessoada. Tem futuro a menina.

abolicionista

Isso tem que ser divulgado internacionalmente.

abolicionista

Linchamento:

Linchagem, linchamento ou lei de Lynch é o assassinato de um indivíduo, geralmente por uma multidão, sem processo judical e em detrimento dos direitos básicos de todo cidadão.
Muitos autores atribuem a origem da palavra ao coronel Charles Lynch, que praticava o ato por volta de 1782, durante a guerra de independência dos Estados Unidos, ao tratar dos pró-britânicos. Entretanto, é mais seguidamente atribuída ao capitão William Lynch (1742-1820), do condado de Pittsylvania, Virgínia, que manteve um comitê para manutenção da ordem durante a revolução, por volta de 1780.
A « lei de Lynch » deu origem à palavra linchamento, em 1837, designando o desencadeamento do ódio racial contra os índios, principalmente na Nova Inglaterra, apesar das leis que os protegiam, bem como contra os negros perseguidos pelos “comitês de vigilância” que darão origem ao Ku Klux Klan. No sul, é a desconfiança da lei e a reivindicação de anarquia que favoreceram seu desenvolvimento.
Nos Estados Unidos, antes da Guerra Civil, o linchamento era usado principalmente contra defensores dos direitos civis, ladrões de cavalos e trapaceiros. No entanto, por volta de 1880, seu uso se expandiu para grupos de status social supostamente mais baixo, como negros, judeus, índios e imigrantes asiáticos.
A prática do linchamento ficou particularmente associada ao assassinato de negros no sul dos Estados Unidos no período anterior às reformas dos direitos civis da década de 1960. Menos de 1% dos participantes de linchamentos nos EUA foram presos. Mais de 85% dos estimados 5000 linchamentos do período posterior à guerra civil ocorreram nos estados do sul, mas o problema era nacional, com um ápice em 1892, quando 161 negros foram linchados.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Linchamento

Pra quem lê inglês, vale perder um tempinho lendo isso: http://en.wikipedia.org/wiki/Lynching_in_the_United_States

Nivaldo

Ela disse alguma mentira?? 26 assassinatos a cada 100 mil habitantes… arquiva mais de 80% dos inquéritos de homicídios…, sofre de violência endêmica… estado omisso… policia desmoralizada… justiça falha… (rápida para dar habeas corpus para Dantas, 2 em menos de 24 horas, e Abdel Massir, aquele médico estuprador) o que resta ao cidadão de bem?… Querem puni-la porque no Brasil a verdade dói, vão querer coar o mosquito, enquanto o elefante passa. Acho os comentários dela áspero mas não mentiu.

J Claudio

Essa “jornalista” é a mesma que descobriram ser funcionária pública FANTASMA do Estado do Paraná, de Beto Richa, do PSDB. Não é por acaso que todos os seus comentários tentam desmoralizar o governo federal do PT e fala a língua dos poderosos. Ela age como uma Porta Voz dos tucanalhas. Uma prática usual dos governos tucanos aliciar jornalistas, com empregos e din-din público.

Adriano

Será que em seguida pedirão a volta dos mastros de açoite?

Euler

Penso que tudo isso que está acontecendo hoje no Brasil, este estado de permanente agressão à democracia e aos direitos da pessoa humana, se deve, em grande parte, à omissão do PT enquanto governo federal. Falo isso como eleitor da Dilma. Não entendo o porquê do governo federal não abrir uma ampla e séria discussão com a sociedade sobre a necessidade de “quebrar” este criminoso monopólio da mídia.

Há muito também já era para ter sido proposto o impeachment de Gilmar Mendes e também de Joaquim Barbosa, por todas as arbitrariedades e abusos de poder cometidos. Estes senhores se tornaram a expressão de um judiciário partidário, pró-tucano, incapaz de um julgamento isento.

Vivo num país surreal. Elejo (eu e mais muitos milhões de brasileiros) um governo federal que tem grande poder nas mãos, mas que tem medo de usá-lo. Nem precisaria “quebrar” o monopólio da mídia, da forma recomendável, com a cassação das concessões públicas da Globo, da Band, do SBT, das rádios, como a Itatiaia de MG, que passam os minutos do dia e da noite atacando o governo federal, as lideranças do PT e os movimentos sociais.

Nem precisaria de tanto. Bastaria, por exemplo, ampliar as concessões, doá-las, em nome da democracia, para os movimentos sociais, para grupos de jornalistas independentes, entre outros. E juntamente com esta medida, baixar um decreto determinando que 70% da verba publicitária das estatais e do governo federal seriam voltadas para o fortalecimento da imprensa alternativa, plural, democrática. Só isto bastaria para se contrapor a esta máfia midiática que domina o Brasil a serviço dos de cima.

Sinto-me diariamente agredido por estes bandos que se apropriaram do direito de opinião, que deveria ser para todos os brasileiros, mas que está limitado a estes grupos de rapina elitistas, que não aceitam um Brasil plural e menos desigual. Por que será que o PT se omite diante deste desafio?

    Karlo Brigante

    Onde Assino???

    Jorge Vieira

    Muito bem colocado, Euler.

Tales-Cunha

A jornalista de programa “branquinha” fala que menor negro tem que ser vingado pela sociedade. Já o adolescente Justin Biba branquinho tem problema de “hormônios” tadinho para fazer as asneiras dele. O filho de ex-governador do psdb que matou um policial de moto ao fazer manobra proibida com o seu veículo não teve nenhum senão da moçoila… já os problemas que ocorrem no estado e no município a branquela Azeda (SheraAzedo) culpa sempre o governo federal ???

Luís Carlos

Ela faz o tipo Bóris Casoy, que só acha “vergonha” pobres e políticos. Quando se trata de empresários e banqueiros ele afina. Não pode falar contra quem paga ele. A moça é tão “corajosa” quanto ele. Quando ela disser algo contra banqueiros poderemos conversar de novo.

Luís Carlos

Ela só é destemida contra pobre. Não tem o mesmo destemor para falar “grosso” om banqueiros. Eles agam jornal dela. Tem rabo preso.

Flavio Lima

Mas cacildis, até que enfim a “categoria” manifesta-se.

Tiago Tobias

Se essa mina encana de sair candidata a algum cargo, ela consegue muitos, muitos votos. Espero que ela nunca tenha essa ideia. Muita gente endossa as opiniões dela, tratando-a como “jornalista de coragem.”

    Flavio Lima

    Ela esta aí pra isso mesmo, espere e verá.

    pai

    E ainda é evangélica. Emplaca muitos votos com certeza! Eu mesmo acho que é necessário termos alguém assim. Essa turminha de Brasília é muito “soft”, todo mundo frouxo….

FrancoAtirador

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Se há alguém adotando bandidos,

são os Fascistas, que adotaram

uma jornalista âncora de TV.
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Geraldo

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Interpretação da matéria de Rodrigo Constantino, na Veja: “Nós” não podemos ser como “eles”. “Nós”, que “escolhemos” ser brancos, conservadores, legalistas, estudiosos e portanto aquinhoados, somos incomodados por “eles”, somos CONTRA “eles”, que “escolheram” (“e sim, são escolhas!”) ser pobres, pretos, vitimas de racismo e de tortura (feita por quase pretos), assaltantes, justiceiros, petistas, esquerdistas, terroristas das periferias, rolezeiros ou intelectuais, a conformar toda uma tempestade de justificações para o ódio ou inveja por tudo aquilo que “nós” somos ou temos. Oh eterna inveja, pecado capital, constituinte da raça humana, aparta-te!! Ora, “nós” somos a coisa mais linda do mundo, mantenhamos a pose, pudica, devemos manter a postura e reprimir com qualidade e estilo, com a lei e a ordem, com as instituições, a eterna inveja! Mas, como é grande a falta de boa lei que nos proteja, repressora e vingadora, de bons espelhos que nos faça enxergar o que somos realmente e, inevitavelmente, indissoluvelmente, a SOCIEDADE É COMPOSTA TAMBÉM POR AQUELE ADOLESCENTE DE 15 ANOS QUE COBRA DA SOCIEDADE O QUE ELE NÃO TEVE, apesar de GARANTIDO NA CONSTITUIÇÃO, NA CARTA POLÍTICA, NO CONTRATO SOCIAL (NÃO CUMPRIDO EM RAZÃO DA GANÂNCIA DE POUCOS!), já estando bem cheias as cadeias, abram bem os olhos vocês que se definem como “nós” contra “eles”, pois é muito claro, só não vê quem não quer: “Clara Crocodilo fugiu, Clara Crocodilo escapuliu, vê se tem vergonha na cara, ei, ajuda Clara seu canalha” (Arrigo Barnabé). Se querem sair da armadilha econômico-política na qual caíram, leiam ou procurem no youtube “Pedro Casaldáliga”, exemplo de civilidade em meio à barbárie, urbana ou rural, igual.

    ZePovinho

    Rodrigo Constantino,Geraldo,é empregado de um fundo de investimento em bolsa de valores no Rio de Janeiro.
    Esses fundos têm a maior parte do lucro com juros dos títulos da dívida pública.Esse salafrário,Rodrigo Constantino,é o típico liberal made in brazil como o foi Roberto Campos:descem a ripa no Estado,mas nunca conseguem viver da iniciativa privada de livre mercado.Só conseguem mamar na “iniciativa privada” que mama no governo e,vejam só,mamar na imprensa que vive de verba pública de publicidade do governo como a VEJA:

    Eis os contratos, datas e seus valores, de acordo com o Diário Oficial:

    27/julho/2011 – Época
    – Contrato: 15/00628/11/04
    – Empresa: Editora Globo S/A
    – Objeto: Aquisição pela FDE de 5.200 (cinco mil e duzentas) assinaturas da “Revista Época” – 52 Edições, destinados às escolas da Rede Estadual de Ensino do Estado de São Paulo – Projeto Sala de Leitura.
    – Prazo: 365 dias
    – Valor: R$ 1.203.280,00
    – Data de Assinatura: 26/07/2011
    (*Primeiro comunicado no DO em 12/julho/2011)

    29/julho/2011 – Isto É
    – Contrato: 15/00627/11/04
    – Empresa: Editora Brasil 21 LTDA
    – Objeto: Aquisição pela FDE, de 5.200 (cinco mil duzentas) assinaturas da “Revista Isto É”, 52 Edições, destinados às escolas da Rede Estadual de Ensino do Estado de São Paulo – Projeto Sala de Leitura.
    – Prazo: 365 dias
    – Valor: 1.338.480,00
    – Data de Assinatura: 25/07/2011.
    (*Primeiro comunicado no DO em 12/julho/2011)

    3/agosto/2011 – Veja
    – Contrato: 15/00626/11/04
    – Empresa: Editora Abril S/A
    – Objeto: Aquisição pela FDE de 5.200 (cinco mil e duzentas) assinaturas da “Revista Veja”, 52 Edições, destinados às escolas da Rede Estadual de Ensino do Estado de São Paulo
    – Projeto Sala de Leitura
    – Prazo: 365 dias
    – Valor: R$ 1.203.280,00
    – Data de Assinatura: 01/08/2011.
    (*Primeiro comunicado no DO em 12/julho/2011)

    6/agosto/2011 – Folha
    – Contrato: 15/00625/11/04
    – Empresa: Empresa Folha da Manhã S.A.
    – Objeto: Aquisição pela FDE de 5.200 (cinco mil e duzentas) assinaturas anuais do jornal “Folha de São Paulo”, destinados às escolas da Rede Estadual de Ensino do Estado de São Paulo – Projeto Sala de Leitura
    – Prazo: 365 dias
    – Valor: R$ 2.581.280,00
    – Data de Assinatura: 01/08/2011.
    (*Primeiro comunicado no DO em 23/julho/2011)

    17/agosto/2011 – Estadão
    – Contrato: 15/00624/11/04
    – Empresa: S/A. O Estado de São Paulo
    – Objeto: Aquisição pela FDE de 5.200 assinaturas anuais do jornal “O Estado de São Paulo”, destinados às escolas da Rede Estadual de Ensino do Estado de São Paulo – Projeto Salas de Leitura.
    – Prazo: 365 dias
    – Valor: R$ 2.748.616,00
    – Data de Assinatura: 01-08-2011.
    (*Primeiro comunicado no DO em 23/julho/2011)

    Total: R$ 9.074.936,00.
    Você pode comparar os valores e quantidades dos anos anteriores nas tabelas deste texto.

    Ler mais: http://namarianews.blogspot.com/#ixzz2sZOjnVWI

Luís Carlos

Acho que esqueceram de avisar o Datena e outros muitos sobre esse inciso V do artigo 7. A FENAJ pode avisar ele e os colegas do “bandido bom é bandido morto” sobre o que não podem? Ou código de ética dos jornalistas não vale para quem ganha muito?

Luís Carlos

De acordo com posição do sindicato do RJ.
Podem, por favor, solicitar a FENAJ posicionamento na defesa do Carone em MG também? Ou em MG, “terra sem lei” não dá?

Ademar

Estou esperando um comentário corajoso desses com relação ao rombo do Banco Panamericano de 4.3 bilhões de reais e que nada pegou para SS.

    abolicionista

    Bem lembrado, então deveríamos espancar o Silvio Santos e prendê-lo a um poste? Afinal, trata-se de um suposto criminoso…

    Rodrigo Leme

    O governo do PT o acha um herói, pq lhe deu todo o dinheiro que precisava pra cobrir o rombo de um banco falido.

    abolicionista

    Concordo, Rodrigo. O PT se borra de medo. Mas, se bem me lembro, o FHC também salvou o Banespa com recursos públicos, se não me engano. Aliás, governos do mundo inteiro têm socorrido bancos falidos com recursos públicos. Ou seja, o discurso liberal só se mantém quando se trata de prestar socorro aos desvalidos, daí é preciso enxugar o Estado, a máquina burocrática. Já quando se trata de cobrir rombos que, quase sempre, resultam de fraudes ou demais estripulias do capital financeiro, daí o Estado tem que socorrer. Ora, mas afinal, os Bancos, veja a ironia, contribuem para financiar as campanhas de todos os grandes partidos. Nada mais lógico do que tratarem o Estado como sua propriedade (eles não financia, eles investem). Aliás, nos EUA já se fala bastante nisso, e sem nenhuma crítica. Daí que demorou para sair a tal da reforma política. Mas qual o único partido que propôs reforma política? O PT, né? Isso não torna o PT bonzinho, mas dá pra entender como funciona o jogo político-partidário, né? Quem quiser participar, tem de se sujar. Por isso eu passo longe…

    abolicionista

    SOCORRO A BANCOS
    Olha só o que encontrei, Rodrigo, sobre a ajuda de FHC a bancos:

    Ex-presidente do BC diz que disse ao presidente “que havia problemas na BM&F”
    FHC sabia da crise, afirma Lopes
    DA SUCURSAL DO RIO

    O ex-presidente do Banco Central Francisco Lopes disse ontem, em depoimento ao juiz Abel Gomes, da 6ª Vara Federal, que informou ao presidente Fernando Henrique Cardoso no almoço do dia 14 de janeiro do ano passado, “que havia problemas na BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuro)”.
    Do almoço, realizado em Brasília no mesmo dia em que houve a operação de socorro aos bancos Marka e FonteCindam, participaram, de acordo com Lopes, “outras pessoas”, entre elas o ministro da Fazenda, Pedro Malan.
    O depoimento foi prestado ontem à tarde no processo que apura a operação de socorro aos dois bancos, que causou um prejuízo de R$ 1,6 bilhão ao BC.
    Lopes disse ter informado ao presidente que medidas estavam sendo tomadas para evitar crises de confiança e crises bancárias, “no que o presidente concordou integralmente”. Ele disse que falou com FHC de forma genérica, sem citar os bancos Marka e FonteCindam. Afirmou ainda não lembrar se Pedro Malan estava presente naquele momento.
    Lopes disse ao juiz da 6ª Vara Federal não ter comunicado o ministro da Fazenda sobre a operação de socorro e sobre o conteúdo do voto 006, expediente adotado pelo BC, na época da desvalorização, para poder suprir com dólar instituições em dificuldades para honrar compromissos. O ex-presidente do BC confirmou que o voto 006 foi decidido por ele, por Cláudio Mauch, e por Demósthenes Madureira de Pinho Neto, ambos também réus no processo.
    Lopes e Mauch tiveram dificuldades para explicar à Justiça Federal o que é “risco sistêmico” . Na vez de Mauch, o juiz chegou a dizer que queria “”uma resposta tão clara e objetiva” como parecia ter sido o argumento usado por eles para justificar o voto 006.
    Sobre o bilhete escrito por Salvatore Cacciola, dono do Marka, no qual o banqueiro pedia “”uma intervenção muito maior” de Lopes na negociação da cotação do dólar que seria vendido a sua instituição, Lopes afirmou não saber o que Cacciola queria dizer.
    Lopes classificou de “”desrespeitoso, agressivo e sem educação” a atitude de Cacciola de se dirigir a ele como Francisco porque ninguém o chama dessa forma, nem pessoas de sua intimidade. Segundo Lopes, o banqueiro queria dar a impressão uma intimidade que não existia. Chegou a dizer que não tinha certeza se tal bilhete era o mesmo que ele tinha visto porque ao recebê-lo das mãos de seu consultor Alexandre Pundek, leu rapidamente e o jogou no lixo.

    Resposta do Planalto
    O porta-voz da Presidência, Georges Lamazière, disse ontem que o presidente Fernando Henrique Cardoso não conhece o depoimento de Lopes e, por essa razão, não caberia respondê-lo.
    “Não li o depoimento, muito menos o presidente, e não cabe falar sobre isso, mas, em todos os relatos que tenho, é exatamente o contrário. O depoimento, tal como refletido na entrevista do próprio procurador que participou do depoimento e da imprensa, é que o dr. Chico Lopes informou que o presidente e o ministro da Fazenda não tinham conhecimento nenhum da operação.”

    http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc2607200015.htm

    abolicionista

    O FHC usou dinheiro do Banco Central para salvar o banco Marka, no escândalo que ficou conhecido como “Marka e FonteCindam”, lembra?

Marcus Vinicius

na verdade, o Sr. Sílvio Santos, na fase da vida em que está, creio que agora pouco se importa com o seu departamento de jornalismo…

um recado aos responsáveis do jornalismo do SBT: “Quem pariu Mateus que balance”.

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