“O mundo gosta dos brasileiros e do que eles representam”

Tempo de leitura: 8 min

Um Ministério do Sol

da revista britânica Monocle, no artigo “A Ascensão de Brasília”

Tradução da leitora Marina Veiga

Uma rede de embaixadas crescendo rapidamente e um uso inteligente de sua cultura significam que o Brasil está fazendo amigos em todo o mundo. É só uma forma de conseguir um  assento no Conselho de Segurança das Nações Unidas ou uma nação emergente tentando mudar a ordem mundial?

Repórter
AndrewTuck, de Brasília

Fotógrafo
André Vieira

Em março, o presidente do Brasil, Luiz Inacio “Lula” da Silva e Celso Amorim, seu ministro de Relações Exteriores há seis anos, embarcaram em um vôo em Brasília destinado a Israel, territórios palestinos e Jordânia. Era a primeira vez que um líder brasileiro visitava a região desde que o imperador do país, Dom Pedro II, viajara até lá em 1876. Em maio, a dupla somará mais milhagens ao visitar o presidente Mahmoud Ahmadinejad do Irã.

Enquanto isso, em Brasília, eles tem demonstrado hospitalidade diante de uma porta giratória de agentes globais como a Secretária de Estado americana Hillary Clinton que, em uma visita de março, falhou na sua tentativa de conseguir o apoio do Brasil para novas sanções contra o Irã e seu programa nuclear. E Ahmadinejad também esteve aqui – sua visita foi vista pela mídia iraniana como “uma derrota séria para os sionistas”.

Está claro que o Brasil se tornou um intrigante agente no palco diplomático mundial, flexionando seus jovens músculos e usando seus cotovelos para gentilmente abrir espaço entre as velhas potências, especialmente os Estados Unidos, quando nescessário. E essa nova confiança é amparada em um boom de novas embaixadas e na expansão do corpo diplomático. Mas o que o Brasil quer de tudo isso?

Para alguns comentaristas ocidentais (e a classe média brasileira), o país está se colocando um pouco perto demais do Irã, Venezuela e China e negligenciando parceiros comerciais importantes (leia-se Estados Unidos e Israel) para, por razões políticas, tenta rearranjar seus canais diplomáticos com as capitais de nações emergentes. Outros pensam que o Brasil está simplesmente buscando o respeito que esta Nação florescente e rica em recursos merece e a promoção de novas alianças como contrapeso ao poder americano. Do que todos estão certos é que o Brasil quer ser ouvido e sua ambição-chave é conseguir um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU. Um diplomata europeu em Brasília disse à Monocle que tudo o que o Brasil faz deve ser visto a partir dessa ótica.

O pessoal que mapeia os novos caminhos diplomáticos tem sua base no Ministério das Relações Exteriores ou Palácio do Itamaraty, como é chamado – ele leva esse nome por causa da sua antiga sede no Rio de Janeiro, quando a cidade ainda era a capital. Desenhado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, agora com 102 anos de idade,  o “novo” palácio é maior que qualquer dos ministérios vizinhos em Brasília, assim como seu poder — todos os outros se curvam aos seus desejos. Os ministérios das Minas e Energia e do Comércio muitas vezes fazem  sua política apenas em nível nacional; assim, quando o Brasil mandou sua comitiva à Conferência sobre Mudanças Climáticas, ela respondeu ao Itamaraty.

O Ministério também tem certa liberdade em relação à máquina política, seus empregados são diplomatas civis de carreira, inclusive Amorim (no entanto, todos acreditam que, por sua proximidade de Lula, Amorim vai embora quando terminar o mandato do presidente em janeiro).

O jovial embaixador Gilberto Fonseca Guimarães de Moura (um embaixador continua com o título mesmo quando retorna à base em Brasília) é o diretor de Mecanismos Interregionais, o que o coloca na liderança das relações em tudo, de Ciência a Assuntos Sociais, com uma longa lista de siglas e abreviaturas. Talvez as mais importantes sejam as ligações entre o Brasil e a parte RIC dos BRICs (Rússia, Índia e China), IBAS (Índia, Brasil, África do Sul) e ASPA (países Sulamericanos e Árabes).

Em seu organizado escritório no ministério, ele fala com orgulho de seu trabalho e dos numerosos eventos, conferências e grupos de trabalho em que está envolvido. “É um novo mundo e estamos construindo uma coisa nova. Não estamos mudando relações bilaterais importantes, mas criando uma nova  diplomacia interregional”, diz Moura.

Seu departamento também está envolvido em promover a herança árabe brasileira – o país conta com 12 milhões de pessoas com raízes árabes: 10 milhões do Libano, 2 milhões da Síria. (Gilberto também diz que o país tem 150 mil judeus e que os dois grupos se dão bem). O departamento ajudou a montar recentemente a comemoração pelos 130 anos da chegada dos árabes ao Brasil. “Os portugueses e espanhóis não poderiam ter chegado aqui sem a tecnologia árabe de navegação”, ele me diz.

Essa atitude deve agradar aos amigos do Brasil no Oriente Médio (no seu tour por lá, Lula falou que era hora de conversar com o Hamas, que o programa de assentamentos de Israel estava apagando “a chama da esperança” e que procuraria um tratado de livre comércio com a Autoridade Nacional Palestina). Mas Moura parece mais entusiasmado com assuntos mais práticos, de projetos ambientais a maneiras de conseguir usinas de dessalinização. “Nos sentimos muito à vontade no mundo”, ele diz.

Também fica claro que novos laços estão sendo forjados quando eu me espremo dentro do escritório forrado de livros de Antonio Augusto Martins César, o cabeça da divisão África I, e aproveito bem os cafés adocicados que ele me serviu. Em um mapa atrás de sua mesa, César aponta para sua área de interesse, que começa no Congo-Brazzaville e vai até o norte ao Marrocos, tomando toda a África ocidental. Antes um deserto para as missões brasileiras, sob Lula esta região viu seu número de embaixadas ter um boom – Bamako, Malabo e Lomé sao agora o lar de diplomatas brasileiros (em Brasília, ajuda ter um atlas ao alcance das mãos quando você é informado sobre os detalhes de seu novo posto diplomático). Serra Leoa pode ser o próximo.

César fala que os novos laços diplomáticos foram primeiramente estreitados com aquelas nações com as quais o Brasil tinha laços culturais (incluindo os paises lusófonos como Angola, que abriga 30 mil brasileiros), mas que o Brasil é recebido de braços abertos em todo o mundo pois “as pessoas olham para nós como um país que passou por situações e problemas semelhantes, mas que conseguiu superá-los”. Mas os céticos acreditam que essas novas embaixadas são apenas uma forma de angariar novos votos para se um dia aquele assento na ONU ficar disponível (muitos países ocidentais também dariam apoio para que o Brasil, junto com outros membros do G4 – Alemanha, Índia e Japão – se tornassem membros permanentes do Conselho de Seguranca). Mas, como a grande maioria das pessoas que conhecemos no ministério, Cesar parece simplesmente interessado em fazer novas conexões, não política cotidiana (apesar de dizer que essas conexões melhorariam se as companhias aéreas estabelecessem alguns outros vôos entre o Brasil e a África).

A chique Mariana Moscardo de Souza está ocupada com ligações do chefe quando vamos descobrir como a Nação está usando seu poder suave. “Só diplomatas são movidos a acordos comerciais”, brinca Souza, que dirige a divisão de promoção da cultura brasileira. Ela tem razão. Ao contrário do que acontece com debates econômicos, fazer o público se engajar com a cultura brasileira não é uma tarefa difícil – da música ao futebol, o mundo está aberto a esse lado do Brasil. Colocando simplesmente, o mundo gosta dos brasileiros e do que  eles representam. “Eu comecei trabalhando no setor cultural no momento em que isso se tornou um assunto importante para o ministério, começou a ter peso e agora ocupa uma parte especial da agenda política”, disse ela.

Souza trabalha com embaixadas e consulados brasileiros, ajudando-os a formar os seus calendários culturais em tudo, de música a arquitetura. Uma das jogadas de maior sucesso do ministério foi a Amrik, uma exposição de fotografias celebrando a cultura árabe na América do Sul, que já visitou a Argélia,o Egito, a Jordânia, a Síria e o Líbano. O Brasil se tornou hábil em usar sua cultura rica para fazer amigos.

Alguns dias mais tarde, no Rio de Janeiro, eu encontrei Raul Juste Lores na Livraria da Travessa em Ipanema. Fica na cidade por alguns dias antes de começar seu novo trabalho como editor de economia e negócios do jornal mais importante do Brasil, Folha de S. Paulo. Foi correspondente por dois anos em Pequim, vivendo realmente o laço com o briC. Mas está tão intrigado quanto cético com essas novas ligações, especialmente com o BRIC, termo cunhado pelo economista da Goldman Sachs Jim O’Neill, mas que tem agora vida própria.

“O BRIC se tornou realidade mesmo sendo um conceito muito raso. Mas foi ajudado pela crise global, que empurrou para adiante esses países, enquanto o poder dos Estados Unidos, Europa e Japão encolheu. Eu vi isso acontecer quando estava na China. No começo, ninguém do alto escalão do Partido Comunista queria ser entrevistado por mim – eu poderia muito bem estar a serviço de um jornal boliviano – mas dois anos depois, eles me ofereciam toda a sorte de entrevistas, pois queriam acesso ao Brasil”, disse ele.

Sobre o papel que o Brasil tem, Lores fala que Lula empurrou a economia para a direita e a política externa para a esquerda. Ele nota um desejo real de “redesenhar o mundo” e vê um sentimento antiamericano em jogo. E, insiste Lores, isto mostra-se eficiente num país em que muita gente tem uma duradoura e profunda desconfiança em relação aos Estados Unidos. “Na Segunda Guerra Mundial, o Brasil mandou milhares de tropas, mas no pós-guerra foi totalmente negligenciado pelos Estados Unidos, enquanto os outros aliados foram ajudados economicamente. Depois, os Estados Unidos apoiaram a ditadura militar. O povo se lembra disso”.

Porém, mesmo que o Itamaraty tenha jogado suas cartas com finesse, Lores acredita que Lula deu vexames, como quando sugeriu que os confrontos nas ruas de Teerã depois da contestada eleição presidencial pareciam uma briga de torcidas, quando comparou os dissidentes cubanos a criminosos comuns e disse que a greve de fome não deveria servir de pretexto para sair da prisão (um diplomata no ministério diz que as pessoas, especialmente fora do Brasil, esquecem que Fidel Castro foi um verdadeiro herói para muitos brasileiros durante os anos da ditadura milirar, e mesmo que saibam que ele agora não é bom, nunca o atacariam).

“Lula não é nem de longe um especialista em assuntos internacionais. Ele é apenas incrivelmente carismático e inteligente. Às vezes acaba dizendo a coisa errada – o que disse sobre Cuba foi pornográfico – mas as pessoas perdoam seus erros”, diz Lores. Pós-Lula, nos perguntamos se alguém conseguiria escapar ileso com tais declarações.

Por telefone, de Washington, Michael Shifter, o presidente do Programa Andino do Diálogo Interamericano e um comentarista sobre assuntos da América Latina, nos dá a sua impressão sobre a nova diplomacia brasileira. “É a expressão de uma busca mais profunda por um papel maior no palco mundial. Um assento no Conselho de Segurança é um objetivo muito claro, mas há também uma intenção de se estabelecer como uma potência global. Para mostrar que chegaram lá”.

Mas ele vê obstáculos à frente. O que pode acontecer depois que Lula sair do poder, o fato de que o Itamaraty só pode brigar apoiado em uma economia forte e, interessante, o alerta de diversos países latinoamericanos em relação ao Brasil. “Eles tem medo que os Estados Unidos se retirem e deixem o Brasil comandar a política externa. Eles querem multiplicar suas opções, não querem ficar sob a vontade do Brasil”.

Alethea Pennati Migita lida com um lado divertido do novo lugar do Brasil no mundo. É secretária de Protocolo no Itamaraty, outro papel que teve um repaginamento total sob Lula. O presidente não gosta de jantares à francesa, prefere almoços à americana. Isso está dentro do escopo de Migita, pois o Itamaraty é o anfitrião em todas as visitas de chefes de Estado – o presidente vem de seu palácio. E como Brasília vem se tornando uma capital cada vez mais importante para os líderes mundiais, os eventos são cada vez mais frequentes.

“Teremos dez chefes de Estado por aqui no próximo mês”, diz Migita. E, aparentemente, presidentes e monarcas se viram muito bem ao receber um prato e a informação de que devem se servir sozinhos ( pelo menos uma vez podem comer o que quiserem). E, como Migita nos diz, “casa muito bem com o jeito do presidente”. Cabe também como metáfora para a nova diplomacia do palácio: talvez um pouco problemática para os  tradicionalistas, estranhamente nova para outros, certamente quebrando algumas regras. Mas tudo feito com charme brasileiro, o que no final das contas deveria deixar poucos se sentindo ameaçados.


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Comentários

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antonio mattarazzo

Que saudade de nosso Chanceler ficando de quatro pros americanos, pra mostrar os sapatos… QUE vergonha era a política do príncipe dos sociólogos, fina flor da Paris I, o FHC dos Privatistas..

Glecio_Tavares

Maria Lucia,
vamo que vamo.
Dilma 2010.

Marco A Rodrigues

Nada mais a comentar, VIVA O BRASIL.
O BRASIL dos brasileirops, não o brazil dos malditos tucanos/demos/entreguistas, desgraçados dos infernos.

kalango Bakunin

essa coisa foi de lascar, mas podemos consertar
exigindo uma Constituinte decente, ode as violações aos direitos humanos no Brasil sejam considerados crimes contra a Humanidade, sem nehum tipo de perdão!!!!!!

os tarados, canalhas e covardes torturadores da ditadura estão salvos, mas já estão com os pés na cova e vão morrer na cloaca da História do Brasil,

seus descendentes se não forem também fdp, irão por gerações renegar seus anscestrais torturadores, covardes e tarados

eles estão morrendo de velhice, vergonha e ainda por perderem a guerra contra a liberdade e a decência

temos que evitar que no Brasil apareça outra ditadura canalha, covarde e assassina

só a reforma da Constituição poderá fazer o stf deixar de proteger criminosos

Adriana

Muito bom artigo!

Bonifa

Cabra de pêia!!! Muito bem dito Hayek! Gozado é que pêia tem dois sentidos. O original é cabra,o bicho, que merece pêia por ser muito atrevida, entrar nas roças, destruir plantações, etc. E como pêia é um jogo de couro, geralmente cru, (espécie de algema) destinada a reduzir (não anular) a mobilidade do animal, é também ideal para que alguém pegue um jogo de pêia, enrole na mão e dê uma surra em algum "cabra" de pêia, nesse caso gente que merece apanhar. Como se vê, espinafrar tucano também é cultura!

ratusnatus

Pergunta pro Keynes!

Bonifa

É o famoso ceufisévi. Tomou conta do Brasil e já tem mil versões. Ceufisévi temático, ceufisévi mineiro, ceuficévi no quilo, sem peso, vegetariano, etc. etc.

Bonifa

"Deveria deixar poucos se sentindo ameaçados!" Estes poucos são a elite tucanófila.

Julio Silveira

Amigo Sérgio, o complexo de vira latas está ali pertinho escondido, ele está esperando a oportunidade para vir com tudo. Tudo por que ele não vem de nosso povo, que sabe seu valor, ele vem desses que precisam ser maiores diminuindo nossa gente, a voz do complexo vem deles.
E hoje garanto que os representantes dessa voz estão loucos para poderem gritar palavras de ordem como, aposentados vagabundos, sem terra são todos bandidos, o povo brasileiro é como é por que foi colonizado por portugueses e tem essa mestiçagem com negros e indios, ainda se fosse pelos ingleses, dentre tantas outras baboseiras estigmatizantes.
havemos de ter cuidado, eles estão irritados e a espreita. Precisam voltar a ser grandes.

José Eduardo Camargo

O Brasil pode desde já dizer adeus à pretensão de ter um assento no Conselho de Segurança da ONU graças à desastrosa decisão dos supremos(?!) do Supremo no que tange à infame Lei da Anistia, que perdou torturadores, estupradores e assassinos da ditadura. Uma lástima! O "prontuário" do Brasil continuará sujo, talvez para sempre!

Tomudjin

Hollywood se incumbiu de mostrar, ao mundo ocidental, o heroísmo americano e suas incontestáveis ações sobre o planeta; fazendo-nos acreditar que, mesmo quando destroi Países e pessoas inocentes, o faz pelo único objetivo de estabelecer a ordem mundial.
A mídia e o cinema ocidental nos mostram homens-bombas se explodindo, mas não se preocupam em mostrar o motivo que leva esses cidadãos a se explodirem.
Não buscar o diálogo, por si só, pode pressupor não estar respaldado pela razão. E é somente pelo uso da imparcialidade, e pelo desejo do diálogo, que o Brasil está se destacando no cenário mundial.

    José Eduardo Camargo

    Concordo plenamente! Mas volto a insistir que a catastrófica decisão do STF sobre a Lei da Anistia já causou um dano irreparável ao país. Tribunais e entidades internacionacionais de direitos humanos, incluindo a própria comissão das Nações Unidas que trata do assunto, vem condenando em uníssono a posição do Brasil. Levaremos anos, talvez décadas para reparar o mal!
    Clique no link a seguir para ler o que disse o grande jurista Fábio Konder Comparato sobre a decisão do STF: http://agenciabrasil.ebc.com.br/web/ebc-agencia-b
    Um abraço!

Glecio_Tavares

Mais um texto do Brizola Neto para os patriotas, quem for brasileiro que me siga. http://www.tijolaco.com/?p=13688
O fio da história na ponta de nossos dedos
abril 30th, 2010 às 13:11
Deformações ideológicas não se acabam do dia para a noite.
Vivemos, mais de uma década, sob a ditadura do pensamento único, do “politicamente correto”.
A paixão política passou a ser um “defeito”, aliás quase todas as paixões passaram a ser um defeito, um “fanatismo”.
Claro que não se está louvando aqui a irracionalidade, o sectarismo, a imbecilidade.
Mas a história humana é feita de paixão.
Ou será que não foi preciso paixão para os homens que deram a vida nas barricadas da Revolução Francesa, para que aquele país e o mundo pudessem gritar “Liberdade, Igualdade, Fraternidade”?
Faltou paixão, aqui, aos Henriques Dias, negros, aos Felipes Camarão, índios, para lutarem em Guararapes ao lado do português João Fernandes, fundando o sentimento nacional?
Ou a Tiradentes, para enfrentar o cadafalso? A Getúlio, para a bala no coração?
O neoliberalismo pretendeu reduzir o desejo humano a um “negócio”, material ou sentimental, que deve trazer vantagens. Era a “lei de mercado” transposta para a existência do ser humano. Um verso de uma música dos Titãs, fora do contexto, servia de “hino” desta anulação da paixão: “eu só quero saber do que pode dar certo, não tenho tempo a perder”.

Continua la no TIJOLAÇO

    Maria Lucia

    Glecio
    Comungo do seu entusiamo pelos textos de Brizola Neto e sua ação política.
    Custou mais apareceu um jovem líder político que, enquanto é fiel ao seu tempo, mantem as melhores tradições éticas do povo brasileiro.

vera oliveira

mas eu gostaria que nós não dependessemos da midia do exterior gostar ou não de nós,gostaria de ver os brasileiros gostando de si mesmos independente da midia de fora nos aceitar.E se eles mudarem??em vez de nos elogiar nos atacar??Nós é que temos que ter amor próprio pra poder aguentar qualquer crítica e levantar sempre que quiserem nos derrubar.

O vice do Lula?

Acho que o relação sul/sul,leia-se BRICs ("os paises "pobres") estão desenvolvendo,uma nova forma de se apresentar ao mundo globalizado,de respeito mútuo,embora entendo também que a economia do "livre mercado" esteja estagnado,leia-se G7,conhecido também como rei do norte.Este rei,devido ao seu estado doentio(crise cíclica),de uma hora para outra pode levar o planeta como um todo,ao colapso economico,já previsto por Marx,neste modo de produção.Este modo esta no seu limite,enquanto organização social,melhor dizendo,o capitalismo esta na UTI,respirando através de aparelhos(dinheiro publico).Cabe então ao rei do sul (BRICs) e aliados,que em sua maioria,governos são de "esquerda",começar a pensar numa nova relação social e economica,e eu sujiro que,seja colocado fim da anarquia da produção(capitalismo) e o inicio da planificação da economia global,ou seja, o socialismo e a igualdade entre as nações,e os povos.Esta é a visão de mundo que o Brasil deve e pode se apresentar ao mundo,sem o cacoete de país imperialista e explorador de nações.

francisco.

    @dbenndorf

    Para tal, precisamos nos armar bastante, do contrário os EUA poderiam fazer conosco o que fizeram no Chile ou no Iraque.

valmont

"Lula empurrou a economia para a direita…"
Alguém, em sã consciência, concorda com esta assertiva?
Desde quando políticas sociais e distribuição de renda são de direita?
Os caras tinham que falar justamente com um empedernido representante do PiG?
O Brasil só tem a perder com esse partido sofismático e antinacionalista disfarçado de jornalismo. Aí está a prova.

Maria Dirce

Celso Amorim e Lula a dupla do sucesso.se Dilma for presidente do Brasil que Celso Amorim Continue um diplomata como ele é necessário para o comercio exterior.Se Celso Amorim não quiser continuar, quem vc citaria como exemplo a substitui-lo Azenha?

Flavio Lima

Um prazer ler esse texto.
Que tudo continue melhorando com Dilma.
Po, Tai um bom slogan pra campanha:

Voto Dilma, pra tudo continuar melhorando!

    sidclei gondim

    É mesmo flávio, um bom slogan!

Farpa

Tudo está indo muito bem na política externa. Amabilidades e simpatia é uma ótima tática, mas o Brasil precisa continuar se modernizando militarmente. A política do "big stick" ainda predomina no planeta, não esqueçamos.

    kalango Bakunin

    modernizar em que sentido?
    dar armas potentes para prováveis gorilas?

    prefiro que se faça como Cuba, armar e treinar militarmente a população brasileira
    como fêz Cuba, que nunca mais foi invadida pelo império bárbaro, depois da Bahia de los Cochinos…

    os usa só podem nos saquear botando as patas no nosso solo
    bombardear e correr não serve para nada
    desde que eles perderam a guerra do Vietnam

Souza

Só os tolos podem acreditar que o Brasil pensa unicamente em ter acesso ao Conselho de Segurança, chegar lá e ficar sentado, posando.
Esse tipo de comportamento já caducou, há sete anos.
O Brasil quer, e vai, sentar lá para ser protagonista, para crescer e ajudar a outros crescerem junto.
Não para tomar, como alguns que estão sentados lá hoje fazem.

Outra coisa. Ficam se entretendo falando de Lula para Secretário Geral da ONU.
Mas, esse cargo não está mais para o figurino de Celso Amorim, que é "o cara" por trás do novo papel do Brasil no cenário internacional?

Donizeti Costa – SP

Azenha, esta não é de minha autoria, mas gostei da sacada do leitor:, consagrando a sabedoria futebolística:

Em " TIME que está ganhando, não se mexe !!!, hehehe.

José

Azeredo da Silveira teve alguma importância?

Claudio Rodrigues

É interessante ler o que a imprensa estrangeira escreve sobre Lula e o novo papel do Brasil no mundo e comparar isso com a "nata" da imprensa tupiniquim. Basta dar uma olhada na falta de noção e de radar do Arnaldo Jabor.
Vejam só o que saiu sobre a dor de cotovelo dele no blog SemZoeira:"Sem zoeira, inveja mata, né Jabor…? Que o TUCANO Arnaldo Jabor fale mal do Lula, tudo bem, já estamos acostumados. Mas falar mal justamente depois do que saiu na "Time"?" Quem quiser ler mais vá aohttp://semzoeira.blogspot.com

sergio

viva o Brasil!, o complexo de vira latas foi-se

augustinho

o colonizado da livraria, tal Juste Lores, vai dizer isso: que Lula "não é especialista em relaçoes internacionais: é apenas incrivelmetne inteligente e carismatico". Efqfue diversos paises latino americanos tem medo do Brasil e da 'fuga' dos Usa da região"
Este sujeito nem sei porke foi entrevistado. Precisa saber que no jogo grande, poe grande nisso, do poder mundial carisma e inteligencia individual nao resolvem. O Brasil agora esta no grande jogo pra valer, porque, alem dee Lula,
tem cacife e cartas na mesa: petroleo, agua em abundancia, industria e muita terra fertil e, 200 milhoes de pessoas
240 bilhoes USD de reservas, e SABE aonde quer chegar. E quem pos esse cacife pra funcionar foi o metalurgico.E onde não quer: nao quer chegar em washington pedindo favor, nem satanizando os mesmos que Usa sataniza.

    kalango Bakunin

    e nem vai ficar descalço no aeroporto de miami…

ferrera13

Nós estamos gostando mais de ser brasileiros. Pelo menos eu.

Milton Hayek

E quem disse que a escola austríaca de economia(como o neoliberais gostam de dizer) aprovava esse capitalismo de compadres que o PSDB implantou no Brasil na era FHC?????????Vejam texto de Murray Rothbard( a charge é ótima) fAlando da aliança de grandeS empresários,setor financeiro e governo para assaltar o tax payer: http://mises.org/journals/fm/fm990.pdf

É uma ironia que o PT esteja dando um choque de capitalismo no Brasil.Aqui está o Nassif(inteligente como ele é) falando disso: http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/2010/04/30
30/04/2010 – 09:36
O fenômeno do Empreendedor Individual
Coluna Econômica – 30/04/2010

Tem passado despercebidas mudanças na legislação que poderão ter enorme impacto no país a médio prazo. Uma delas é a criação do empreendedor individual, lei destinada a formalizar o enorme exército de pessoas que vive de bicos na informalidade. São pedreiros,encanadores, ambulantes, donos de lojinhas de praia, de carrinhos de alimentos.

Segundo o IBGE, no país haveria 10,3 milhões de pessoas nessa condição. O IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) estima em 18 milhões…………."

O Michael Moore tem razão!O sonho americano mudou de endereço.A chance que todo brasileiro QUER de ter seu negócio e não viver só de salário está sendo proporcionada pelo governo do PT!!!!!!!!!!!!!!!!!
Lula não é o cara.LULA É O CABRA!!UM CABRA DA PESTE!!
O Serra…..Como meu tio,que nunca quis sair do sertão,dizia:"CABRA DE PEIA.CABRA SAFADO!!"

O Brasileiro

De onde é a revista?…
Ah, tá! Britânica!
Ufa! Pensei que os panfletos brasileiros tivessem começado a enxergar a realidade!

P.S.: "O Cara" faz os outros se sentirem bem inclusive na hora de servir! Com ética, mas sem frescura! Isso lembra mais os americanos mesmo. Não sei o que os europeus acham. Hahahahaha!

Orlando Bernardes

Esse pessoal do PIG internacional é patético mesmo. Acham que ainda fazem " cabeças " mundo afora. Falar que o LULA faz vexame quando fala de assuntos internacionais ( lógico, quando não tem o discurso que à eles interessa ). É de morrer de rir!!!!! AHAHAHAHAHAHAHAH! Estes caras um dia ainda vão cai na real.

    Augusto Gasparoni

    O que faz vexame mesmo, nacional e internacionalmente falando, é a mídia que temos. Talvez alguem lá fora possa pensar que o que a nossa mídia fala retrata o que a maioria pensa, e aí dá uma vergonha danada. Vergonha da mídia colonizada, ridícula, vira-latas, e de grande parcela de seus "jornalistas" de aluguel.

Milton Hayek

E o Serra foi flagrado,de novo,tirando meleca do nariz.ECA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com/2010

Aqui está a foto em destaque:
http://3.bp.blogspot.com/_Nj7k-NFjuzA/S9phwaaZw9I

Pedro Macambira

Passei minha adolescencia sob a égide de FHC. Nunca gostei do Brasil. Nem da seleção. Nunca gostei do Ronaldo, ou de quaisquer simbolos brasileiros lá fora. (Na verdade gostava, mas esse amor não parecia reciproco).

Hoje, com 27, acho aqui um lugar muito bom pra se estar. Sou de Fortaleza, mas vejam que estou em Curitiba, cidade que foge ao padrão "Pais Tropical de Gente Quente etc, etc.". Gosto daqui porque temos todo um mundo convivendo, apesar de racismos, preconceitos e etc.

mila

O mais importante é que o brasileiro se goste.
Com tucano no poder não dá para continuar com a auto estima nas alturas.

iguatemi

Da-lhe Marco Aurélio !

Marcos C. Campos

Excelente !!!!

Marco Aurelio

Esse negócio de dizer que tudo que Lula busca é um assento no conselho de segurança da Onu está errado.Lula busca espaços para o Brasil nos mercados mundiais.
A busca pelo assento no conselho de segurança vem desde o chanceler Oswaldo Aranha e a política externa independente vem desde San Thiago Dantas(que por sinal tinha profundos laços com a UDN e o PSD),chanceler de Jânio Quadros.
O Itamaraty não é,nunca foi e nunca será "ideológico" como a idiotia conservadora vem zurrando desde 2003.Pode até ser um Itamaraty sem culhões,de quatro e sem sapatos como na era FHC;mas ideológico nunca será.

Douglas O. Tôrres

Acabou a era da politica de "pes descalços",simples assim.

Leider_Lincoln

O Negócio é votar no PSDB paulista para voltar aos bons tempos do velho "poder fraldiqueiro"!

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