New York Times: A catástrofe nuclear no Japão

Tempo de leitura: 3 min

Japan Faces Prospect of Nuclear Catastrophe as Workers Leave Plant

By HIROKO TABUCHI, KEITH BRADSHER and MATTHEW L. WALD

Published: March 14, 2011, no New York Times

TOKYO —O Japão está diante de um acidente nuclear catastrófico na manhã desta terça-feira, no momento em que a explosão no mais atingido dos três reatores da Usina Nuclear de Fukushima Daichi danificou uma crucial estrutura de aço, trabalhadores de emergência foram retirados da usina e emissões muito maiores de materiais radioativos parecem iminentes, de acordo com declarações oficiais e executivos da indústria informados a respeito dos acontecimentos.

O primeiro-ministro japonês Naoto Kan estava se preparando para fazer um discurso de TV à nação às 11 horas da manhã, horário de Tóquio.

A grave deterioração veio depois que autoridades do governo disseram que a estrutura de contenção do reator número dois, o mais seriamente afetado dos três reatores de Daichi, tinha sofrido danos durante uma explosão pouco depois das 6 da manhã de terça-feira.

Eles inicialmente sugeriram que os danos eram limitados e que operações de emergência destinadas ao esfriamento do combustível nuclear nos três reatores com água marinha continuariam. Mas executivos da indústria disseram que a situação tinha ficado fora de controle e que todos os trabalhadores da usina tinham de deixar o lugar por causa de exposição excessiva a vazamentos radioativos.

Se todos os trabalhadores de fato deixarem a usina, o combustível nuclear dos três reatores provavelmente derreterá, o que levaria à propagação no atacado de material radioativo — de longe o maior acidente deste tipo desde o desastre em Chernobyl 25 anos atrás.

Relatos de uma iminente piora do problema surgiram depois de um dia e uma noite de tentativas de resgate focalizados principalmente no reator número dois. Lá, válvulas que não funcionavam evitaram que trabalhadores conseguissem diminuir a pressão na caixa de contenção do reator ou que injetassem água do mar nele. Isso significou que as medidas extraordinárias de emergência que os trabalhadores estavam empregando para evitar o superaquecimento do combustível nuclear já não faziam efeito.

Como resultado, o combustível nuclear ficou exposto por várias horas, aumentando o risco de um rompimento da caixa de contenção e de emissão mais perigosa de partículas radioativas.

Na manhã de terça-feira a operadora da usina, Tokyo Electric Power, disse que tinha arrumado a válvula e retomado as injenções de água marinha, mas que detetou possível vazamento na caixa de contenção que já não permitia que a água cobrisse totalmente as barras de combustível.

E então a explosão atingiu o mesmo reator. O operador inicialmente informou que a explosão poderia ter danificado a parte inferior da caixa de contenção, mas mais tarde disse que os níveis de radiação não tinham subido suficientemente para justificar o agravamento do problema. Embora não tenham dado imediatamente um relato detalhado do que aconteceu no reator, o governo e funcionários da empresa inicialmente descartaram um rompimento sério, que poderia causar vazamentos maciços de radiação ou um derretimento completo do combustível nuclear.

Mesmo que um derretimento completo seja evitado, autoridades japoneses estão diante de opções pouco palatáveis. Uma é de continuar inundando os reatores e soltando o vapor resultante, na esperança de que os ventos, que sopram em direção ao Pacífico, não virem para o sul em direção a Tóquio, ou para oeste, em direção ao norte do Japão e Península da Coréia. O outro é esperar que o pior do superaquecimento tenha passado e que com a passagem de mais alguns dias o combustível nuclear esfrie suficientemente para selar a radioatividade dentro das usinas, que claramente nunca mais serão utilizadas. As duas opções envolvem grandes riscos.

Embora autoridades japonesas não façam comparações com acidentes passados, a soltura de uma quantidade não determinada de gases e partículas radioativas — todos sinais de que o combustível dos reatores foi danificado pelo menos com um derretimento parcial — acrescentou considerável tensão às tentativas de esfriar os reatores.

“Já passou faz tempo de Three Mile Island”, disse Frank von Hippel, um físico e professor de Princeton. “O mais risco agora é que o combustível realmente derreta e você tenha uma explosão de vapor [radioativo].”

Hiroko Tabuchi reported from Tokyo, Keith Bradsher from Hong Kong and Matthew L. Wald from Washington.

PS do Viomundo: O primeiro-ministro, em seu discurso, anunciou a retirada de todos os moradores que vivem num raio de 20 quilômetros da usina e pediu que as pessoas que moram num raio entre 20 e 30 quilômetros das usinas fiquem dentro de casa.


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Comentários

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Anônimo

O melhor e mais atualizado infográfico que achei na imprensa internacional está aqui (siga os passos): http://www.washingtonpost.com/wp-srv/special/worl

FrancoAtirador

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TEPCO informou que parte dos núcleos dos reatores foram derretidos

A Tokyo Electric Power (Tepco), empresa que administra a usina nuclear de Fukushima-Daiichi, informou hoje (pelo horário local) que 70% das barras de combustíveis do reator nuclear 1 da planta foram danificadas, enquanto no reator 2, o dano ficou em 33% das barras.

As informações partiram da agência de notícias Kyodo.
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Gustavo Pamplona

Vocês sabiam que foram os brasileiros que causaram o terremoto no Japão?

Analisem esta minha teoria:

Milhões de brasileiros pularam o Carnaval, cada pulo na Terra correspondeu a uma onda de choque, estas ondas de choque foram sentidas pela Terra e foram retro-alimentadas e tiveram sua intensidade ampliada pelos sucessivos pulos… E baseando na simples teoria de que "cada ação tem uma reação" elas foram sentidas no outro lado do planeta.

ZePovinho

Mapa interativo da radiação no Japão:
http://www.targetmap.com/viewer.aspx?reportId=487

OBS:Contribuição do site cubadebate- http://www.cubadebate.cu/noticias/2011/03/15/publ

FrancoAtirador

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Neste caso, de iminente acidente nuclear de grandes proporções no Japão,

há uma questão político-empresarial mercantil

diretamente relacionada à segurança das usinas nucleares,

que os governos e a mídia oligárquica dessas "potências" ocidentais

estão tentando esconder da população, desviando o assunto:

A PRIVATIZAÇÃO DAS USINAS NUCLEARES

Não é a primeira vez que a TEPCO (Tokyo Electric Power Company),

empresa privada que opera um terço do setor elétrico japonês,

que projetou, construiu e administra as usinas nucleares de Fukushima,

tem problemas relacionados à segurança no Japão:

Em 29 de agosto de 2002, o governo do Japão revelou que a TEPCO era culpada de divulgar informações falsas à fiscalização governamental de suas usinas nucleares e ocultação sistemática de incidentes de segurança na planta dessas usinas.
Todos os dezessete de reatores de água fervente (em inglês: BWR = Boiling Water Reactor) foram fechados, após o resultado da inspeção.
Em 30 de setembro de 2002, foram afastados o presidente da TEPCO, Hiroshi Araki, e todos os membros da direção executiva da empresa, que "acabou admitindo que, entre 1977 e 2002, em mais de duzentas ocasiões houve a apresentação de dados técnicos falsos às autoridades japonesas.

Ao assumir responsabilidades de liderança, o novo presidente da TEPCO assumiu um compromisso público garantindo que a empresa iria tomar todas as medidas preventivas necessárias para evitar fraudes e restaurar a confiança do país.
Até o final de 2005, a geração nas usinas suspensas havia sido reiniciado, com a aprovação do governo.

Em 2007, entretanto, a empresa anunciou ao público que uma investigação interna revelou um grande número de incidentes não declarados.
Entre eles, uma unidade de criticidade inesperada em 1978 e falsa sistemática de informações adicionais, que não haviam sido revelados durante o inquérito de 2002.
Porém novamente a empresa não fez qualquer esforço para identificar os responsáveis.

Junto com outros escândalos em empresas japonesas de energia, esta falha para assegurar o cumprimento das normas técnicas de segurança, resultou em fortes críticas públicas à indústria de energia elétrica e ao governo do Japão.

Agora, em 2011, veio à tona um outro dado importante, que diz respeito ao projeto de construção das usinas nucleares japonesas:

A TEPCO, no projeto original de construção das usinas nucleares de Fukushima, não previu a possibilidade de ocorrência de um evento como este que atingiu a costa japonesa, tanto que o tsunami ultrapassou a barreira de contenção, construída externamente à usina, e inundou os geradores de segurança, a diesel, que estavam localizados abaixo do nível do mar, deixando toda a estrutura sem alternativa de geração de energia elétrica.
Este foi o fator fundamental desencadeante de todo o processo de falhas subsequente.

Detalhes em: http://archives.cnn.com/2002/BUSINESS/asia/09/02/

http://en.wikipedia.org/wiki/Tokyo_Electric_Power

Will

Senhores, acho que toda a cobertura do desastre está sendo exagerada. Leiam esses artigos e tirem suas próprias conclusões:

Texto do Josef Oehmen, especialista em gerenciamento de risco, Phd pelo MIT (português): http://pollemika.blogspot.com/2011/03/porque-nao-

Artigo da Scientific American, escrito por David Ropeik, especialista em percepção e comunicação de risco(inglês): http://www.scientificamerican.com/blog/post.cfm?i

O blog do físico Phil Plait (inglês): http://blogs.discovermagazine.com/badastronomy/20

Um artigo do Alan Boyle, jornalista especializado em ciência e tecnologia (inglês): http://cosmiclog.msnbc.msn.com/_news/2011/03/14/6

    Anônimo

    Apesar de altamente qualificados, estão mal informados.

Filipe Rodrigues

Eu apoio o uso da energia nuclear, Fukushima não será Chernobyl.
Automóveis também podem matar e ninguém discute acabar com ambos, rodovias são mais perigosas que usinas nucleares.
Se o Brasil não construir Belo Monte terá que costruir mais usinas nucleares além de Angra 3, Nordeste, etc.
Acho que os critérios para instalação de usinas nucleares deveriam ser mais rigorosos, um detalhe que me chamou a atenção foi a quantidade de centrais atômicas instaladas na costa oeste dos EUA, como o litoral da Califórnia, região onde há muitos terremotos.
Vejam o mapa: http://www.icjt.org/npp/drzava.php?drzava=32

    Sebastião Nascimento

    Interessante como os "anti-ecologistas militantes" insistem em colocar a população diante de falsas dicotomias, falsos dilemas, para "provar" o seu ponto de vista de que os ecologistas são uns "eco-chatos" e que as preocupações apresentadas pelos mesmos são "besteiras".

    Nada mais absurdo do que esse falso "dilema" entre "Belo Monte ou nucleares". É apenas a versão tupiniquim do falso dilema apresentado pelos "anti-ecologistas militantes" dos EUA para a população americana: "petróleo ou nucleares".

    Desmoralizar as energias limpas e alternativas como sendo "caras" ou "pouco confiáveis" é parte do trabalho diário dos "anti-ecologistas militantes". É uma verdadeira "seita" anti-solar e anti-eólica.

    Felizmente, boa parte da população mundial já está acordando para o fato de que as turbinas eólicas não são "cataventos de brinquedo" que existem só para enfeitar a paisagem, e sim uma fonte séria de energia, com total capacidade de competir com qualquer outra.

    Ao mesmo tempo, seguem os avanços nas tecnologias de energia solar, e milhares de hectares de usinas solares surgem no Oeste dos EUA e na Andaluzia espanhola.

    fernandoeudonatelo

    Também sou contra essa falsa dicotomia, mas a energia solar e eólica, são seguras para localizações geo-climáticas próprias, assim como as centrais hidroelétricas de grandes reservatórios e regulação plurianual, são apropriadas somente para determinada formação topográfica e ecossistemas específicos.

    Não se pode querer implementar uma usina com capacidade de regulação sazonal, com imensa área alagada, vertedouro complexo e super barragens na região Amazõnica, sem gerar graves problemas ambientais.

    É por isso, que Belo Monte será a tecnologia fio d´agua, baseada na passagem de água direta pelos bulbos, de reduzida necessidade de alagamento, mas importância no abastecimento em excedente para o sistema interligado nacional, podendo abastecer regional e parte nacionalmente (quando em conjunto com a do Rio Madeira e a do Pará).

    Dessa forma, grandes parques eólicos e fotovoltaicos, devem atentar para a localização de menor intermitência na fonte, impacto ambiental controlado e áreas de abastecimento. Nesse caso, cidades de médio e pequeno porte com boa atividade comercial, e razoável demanda residencial.

fernandoeudonatelo

As Centrais de fusão de Plasma, ainda são tecnologias na encubadora, com boa parte das pesquisas e direitos de uso ainda encabeçadas pelos EUA. Ainda por cima, se encontra em fase de insuficiência energética, pois consome mais energia para o processo do que gera.

Sendo que durante o processo de crescimento econômico acelerado da década de 80, pouca ou nenhuma discussão articulada a nível internacional, que vislumbrasse o uso de fontes alternativas havia sido organizada. E ainda no período, a solução mais financeiramente viável, com garantia de auto-suficiência do consumo elétrico era a da Energia Nuclear.

fernandoeudonatelo

continuando….

Os parques eólicos e fotovoltaicos teriam boa participação no abastecimento de plantas de processamento leve ou mesmo maquiladoras, nas províncias médias costeiras que foram atingidas pelo maremoto, com razoável demanda residencial.

Acredito que o grande problema, seria o potencial de armazenamento energético a ser lançado como excedente no sistema elétrico japonês, direcionando abastecimento às plantas industriais de bens intermediários, pesadas e de bens de capital, ainda mantendo estável a demanda comercial/residencial dos grandes centros metropolitanos a Tóquio.

O biodiesel e combustíveis alternativos como o Etanol, não poderiam ter suas culturas agrícolas internalizadas, pois o espaço físico agricultável que ainda está disponível (das extensões naturais de planícies rurais), conflitaria com a produção na margem, de alimentos que compôem a cesta básica, caso o país ainda queira evitar a perda de soberania e segurança alimentar.

Daniel

É pra rir, né, gente? >> PS(DEM)B propõe comissão para analisar usinas nucleares.
http://www.midiamax.com/noticias/745185-psdb+prop

Fico imaginando a cena: vão leiloar as usinas pra iniciativa (da) privada… visto que é a única coisa que tucano faz reunido, além de tramar golpe e soltar titica…

fernandoeudonatelo

Falar em mudança na matriz energética japonesa é importante, a questão é que as dimensões territoriais e características geográficas do arquipélago, dificultam a exploração energética da própria biomassa.

Sendo o terceiro maior consumidor de petróleo no mundo (atrás dos EUA e da China), o segundo maior importador de petróleo cru (atrás dos EUA), e o primeiro importador de gás natural líquido e de carvão, observa-se que o Japão tem pouca suficência energética, muito dependente de importações.

Não é a toa, que o Japão é o terceiro maior produtor do mundo de energia nuclear, depois dos Estados Unidos e da França, com 11% do seu consumo energético interno, proveniente de fontes nucleares.

Sendo que o parque de geração termonuclear, tem uma participação de 24% nas fontes térmicas.
Essas últimas, detém até 67% da geração total de eletricidade interna.

continua…

Ruy barbosa Maciel

A minha adolescência toda eu fui ludibriado com a informação que o povo japonês era evoluido. Papo furado. Não respeitam os limites da natureza, constroem usinas nucleares em cima de área de sismos, efetuam a matança de baleias, com a desculpa de pesquisa científica, têm um parlamento prá lá de corrupto, vide caso locheed, destroem regiões inteiras, vide caso baía de Yamamata. São uns consumistas idiotas, que nao estao preocupados com o progresso humano. Deixam seus idosos morrerem dentro de carros, mentiram descaradamente ao anunciar o número de vítimas, que hoje sabe-se passarão de 10 mil, e insistirão na mentira. Governo mentiroso, População ignorante que só pensa no último lançamento da Sony.

    DiegoUtt

    "Mentiram descaradamente ao anunciar o número de vítimas". Só pode ser uma anta na frente de um computador… ou acefálo, você realmente cre que a contagem de vítimas termina logo após 4 dias da catástrofe? É o tal do analfabetismo funcional.

João Silva Nogueira

PORQUE NÃO ESTOU PREOCUPADO COM OS REATORES NUCLEARES JAPONESES
por Josef Oehmen, phD pelo MIT.
http://pollemika.blogspot.com/2011/03/porque-nao-

Porque não estou preocupado com os reatores nucleares japoneses
Muitas pessoas ficaram assustadas com as notícias acerca dos reatores nucleares japoneses. Por esta razão, um blogueiro americano pediu a um professor do MIT que esclarecesse sua família sobre os riscos envolvidos no acidente com os reatores. Apesar de longo, o texto é claro e didático, e por isso traduzo-o livremente para o português, para que mais pessoas leiam e saibam de fato o que está acontecendo, ao invés de ficarem ao gosto do sensacionalismo dos jornais. A versão original (e constantemente atualizada) do artigo está presente aqui. A lista de publicações do autor pode ser vista aqui, caso você tenha interesse.

    Mário Albuquerque

    Você não está preocupado porque você não mora em Tóquio, que está a apenas 200 kilômetros dos reatores…

Arthur Schieck

É de fato uma loucura um país que enfrenta essa instabilidade sísmica construir usinas nucleares, mas eu parei pra refletir um pouco e cheguei a seguinte conclusão: se não é a energia nuclear, de onde o japonês pode produzir eletricidade?
-Duvido que o potencial hidrelétrico do país já não tenha se esgotado.
-Carvão? pode comprar da China mas é um horror.
-Gás? não tem.
-Eólica? Vai ter que torcer por muitos tufões.
-Solar? muito longe do equador, o podencial é baixo.
Talvez uma alternativa seja aproveitar energia das ondas mas no geral é um país sem opções.

Substantivo Plural » Blog Archive » A catástrofe nuclear no Japão

[…] aqui […]

Gerson Carneiro

É imprescindível ouvir (e principalmente aprender com) os malucos. Oxente!

[youtube izBUsaO5H4g http://www.youtube.com/watch?v=izBUsaO5H4g youtube]

Maurílio Walter

O que eu acho é que essa eficiência dos japoneses (nesse caso específico) que a mídia propaga não é a realidade dos fatos. O país é preparado para que um prédio não venha a cair, isso é fato, por outro lado ineficaz para o tsuname e também para o tremor que abalou a usina nuclear. Eles são "eficientes" em um prédio não cair e uma usina nuclear qual é essa "eficiência"? NENHUMA. A mídia têm que falar a realidade eles são despreparados…

    Vinícius Monteiro

    Pelo menos eles são mais eficientes que 95% dos demais países…

    Gostaria de saber qual é a sua idéia para uma proteção "eficiente" contra tsunamis… Construir um imenso quebra-mar de 30 metros de altura ao redor de toda a costa? Inviável…

    Quanto a usina nuclear… TODAS elas são perigosas. Nem sequer deveriam existir, em lugar nenhum do mundo.

Adilson

O que os japoneses estão enfrentando é uma coisa chamada "reação em cadeia".

A fissão nuclear é perigosa porque pode causar reações em cadeia descontroladas. O que está acontecendo no Japão é uma demonstração do poder de uma reação em cadeia descontrolada. Cada átomo de urânio que se divide libera neutrons que atingem outros átomos de urânio, causando a fissão desses átomos. E assim vai…

Espero que o poderoso lobby da energia de fissão nuclear não consiga fazer lavagem cerebral nas pessoas para que elas acreditem que o que está acontecendo no Japão "não é nada demais" e que a energia de fissão nuclear é "segura".

PS.: Já a fusão nuclear é segura, pois diferente da fissão, ela não causa reações em cadeia descontroladas. Um reator de fusão pode ser facilmente desligado, e as reações páram. Que continuem as pesquisas em fusão nuclear.

    Carmem Leporace

    Mandou bem hein cara….

    Walter

    Usina de fusão nuclear? Infelizmente não chegamos lá ainda pois não conseguimos controlar esta reação. Já a bomba H (fusão descontrolada) já está perfeitamente dominada.

    Bernardo

    Na verdade, a reação pode ser controlada sim. O problema é que todos os reatores construídos até hoje gastam mais energia para aquecer o hidrogênio a ser fundido do que a energia que conseguem recuperar a partir da fusão.

    Ou seja, o COP é menor que 1.

    São investidos milhões em pesquisas todos os anos para tentar desenvolver um reator de fusão com COP > 1, ou seja, em que a energia gerada seja maior do que a energia gasta para aquecer o hidrogênio.

Adriana

Tendo em vista os últimos acontecimentos, é bom que o mundo reveja a questão da geração de energia nuclear. Se no Japão que se dizia estar preparado para um terremoto está acontecendo esse caos, imagina num lugar sem extrutura nenhuma.

José Ruiz

É uma pena que o povo japonês esteja passando por tanto sofrimento e espero que eles consigam amenizar os danos. Talvez seja o momento de revisar o modelo econômico e a matriz energética… o Japão é um conjunto de ilhas em uma área de convergência tectônica, que somadas tem aproximadamente o tamanho do Estado de São Paulo. A despeito do tamanho, o Japão é a segunda maior economia do mundo (recentemente perdeu essa posição para a China, mas esse é um dado sujeito a variações), o que revela um modo de vida muito focado no trabalho (uma das maiores médias de horas trabalhadas por ano – brasileiros que vão trabalhar naquele país "caçam" empresas que "dão" a oportunidade de trabalhar 12 horas por dia, 6 dias por semana…), associado a um custo de vida altíssimo (o aluguel de um 2 quartos sem luxo chega a R$ 4 mil, com todas as taxas)… trabalho, trabalho e mais trabalho… Haja usina nuclear para "tocar esse barco"… considerando que neste último terremoto algumas localidades se moveram em mais de 2 metros, o risco de uma tragédia nuclear é muito grande…

    Vinícius Monteiro

    Já que eles estão em cima de uma falha tectônica, eles deviam investir em energia geotérmica.

    José Ruiz

    É isso aí… além dessa opção existem várias outras, como a energia solar, eólica, etc., e acima de tudo uma mudança de modelo… quem disse que o Japão, ou qualquer outro país, tem que produzir tanta mercadoria dessa forma? Há um desequilíbrio que já deve custar muito caro em termos de vidas humanas..

Alceu Gonçalves

Há décadas se discute os riscos das usinas nucleares e presumivelmente as nações avançadas e que obrigatoriamente precisam deste tipo de geração de energia, como o Japão, Coréia do Sul, muitas nações da UE e o próprio eua,teriam analisado exaustivamente todas as possibilidades de desastre e, naturalmente, encontrado uma solução. Bão, aparentemente encontraram a solução (pelo menos a do mercado): deixar rolar e se acontecer o que está acontecendo no Japão, engabelar a população e continuar a encher seus cofres.

AlceuCG.

Felipe C.

Alguém já leu este texto?
Porque não estou preocupado com os reatores nucleares japoneses http://pollemika.blogspot.com/2011/03/porque-nao-

Reinaldo

Bem, no caso do Japão não seria síndrome da China (antípoda dos EUA) e sim síndrome do Brasil (nós somos os antípodas do Japão). Mas isso é bobagem. Se o reator entrar em fusão descontrolada e começar a derreter tudo abaixo dele, ao atingir o lençol freático ira resultar em uma explosão cataclísmica, tipo vulcão que irá expelir tudo quanto é material tóxico radioativo até as altas camadas atmosféricas empestiando áreas enormes. Aí vai depender da sorte, para onde os ventos soprarem. Sé for para nordeste só extensas áreas do pacífico é que serão contaminadas (aí é o caso fortuito). Se os ventos soprarem para o sul, sudoeste, ai será o próprio Japão que sofrerá as consequencias, e neste caso, o sofrimento ensejado pela radiação das bombas nucleares de Hiroshima e Nagasaki seria brincadeira de criança comparado aos horrores que esta explosão poderia provocar. O vento pode ainda virar a oeste e neste caso as Coréias seriam afetadas…
O mais interessante é que há gente defendendo o uso da energia atômica para mitigar os problemas do aquecimento global diminuindo o emprego de usinas temoelétricas movidas a gás ou carvão… Seria interessante verificar se a posição do Sr. James Lovelock sobre a energia atômica contninua a mesma depois do desastre no Japão.

Lluana

Vai ser triste, Azenha, infelizmente. O Japão que já tem no seu passado, história de catástrofe nuclear. Por outro lado, seria uma região que jamais deveria ter usinas desse tipo,neh? Subestimaram a natureza com a capacidade que tem para construições antiterremotos, tai o resultado.

    Marta

    Não concordo com a sua afirmação "Subestimaram a natureza com a capacidade que tem para construções antiterremotos, tai o resultado"… pensar assim é um tanto simplista demais, não é? Ora, o Japão está numa região suscetível a este tipo de sismo e penso que tentar precaver não tem absolutamente nada a ver com querer subestimar as forças da natureza.

Gerson Carneiro

E pensar que existem no mundo cerca de 450 reatores na ativa, além do imenso arsenal atômico.

Sim, o perímetro da falha de Santo André, na Califórnia, ameaçado pelo Big One, está infestado de usinas nucleares. E no Japão, com aquele tamanho, com todos aqueles perigos, há 55 usinas nucleares.
http://WWW.iaea.org (IAEA – International Atomic Energy Agency) http://www.comciencia.br/reportagens/nuclear/nucl

Roberto Locatelli

Usinas nucleares não podem ser instaladas em regiões sujeitas a terremotos.

    Gerson Carneiro

    Roberto,

    Você teria coragem de pilotar uma moto na Bandeirantes, na contra mão, de Campinas à São Paulo?
    Eu não tenho. Tenho medo de dar de cara com um ENORME caminhão. E acho estupidez de quem tem essa teimosia porque sei que se assim proceder uma hora vai acontecer.

    Mas tem gente que acha até falta de educação falar isso em uma hora dessa. Eu só acho que quem pega a moto e sai em disparada, pela Bandeirantes, na contra mão, de Campinas à São Paulo, está sendo mal educado com meus sentimentos. Fazê o quê? Abs.

    Carmem Leporace

    Verdade.

Melinho

E ainda tem um bocado de idiotas no Brasil que é contra a contrução da Usina Hidrelétrica de Belo Monte.
Gente estúpida!

Aracy_

O episódio levanta, novamente, a séria questão da segurança das instalações nucleares. Aqui no Brasil, não temos ouvido notícias recentes sobre exercícios de simulação de evacuação de moradores das regiões das usinas de Angra dos Reis ou do Projeto Experimental Aramar (Iperó, SP).

Maria Dirce

As rosas de Fukushima

Pensem nas crianças Mudas telepáticas Pensem nas meninas Cegas inexatas Pensem nas mulheres Rotas alteradas Pensem nas feridas Como rosas cálidas Mas oh não se esqueçam Da rosa da rosa Da rosa de Hiroxima A rosa hereditária A rosa radioativa Estúpida e inválida A rosa com cirrose A anti-rosa atômica Sem cor sem perfume Sem rosa sem nada.

Polengo

Sei lá, toda vez que ouço algum papo sobre energia nuclear, me vêm à mente:
-Vocês não deviam ter mexido nisso.

Pedro

Na boa, a casa caiu. Que sensacao de impotencia horrivel.

    Gerson Carneiro

    Será que dessa vez o homem vai aprender de fato com a própria desgraça. Será que mudará de atitude?

    Procure aí no google a letra da música chamada "As aventuras de Raul Seixas na Cidade de Thor", escrita no início da década de 70, e tire suas conclusões.

    Vou postar aqui apenas 3 estrofes que escolhi dentre as 12.

    "Tá rebocado meu compadre
    Como os donos do mundo piraram
    Eles já são carrascos e vítimas
    Do próprio mecanismo que criaram…

    Quando eu compus fiz Ouro de Tolo
    Uns imbecis me chamaram de profeta do apocalipse
    Mas eles só vão entender o que eu falei
    No esperado dia do eclipse

    Buliram muito com o planeta
    E o planeta como um cachorro eu vejo
    Se ele já não aguenta mais as pulgas
    Se livra delas num sacolejo"

ZePovinho

Já pensaram se ocorrer o fenômeno chamado de "síndrome da China"??Não entendo nada de energia nuclear,mas se algum desses reatores entrar em fissão descontrolada a coisa pode ficar muito feia.

    Fernando-Osasco

    O duro é que o Brasil tá abaixo do Japão.

    Gustavo Pamplona

    Você é que pensa!!! (hahhahahaha)

    Talvez somente o Sul do Brasil… já fiz uns cálculos de latitude e longitude pelo Google Earth e descobri que debaixo de mim, aqui em Belo Horizonte, a mais 12.700 km de distância (o diâmetro da Terra) fica mesmo é o Oceano Pacífico.

    A Terra você já sabe que tem pouco mais de 40.000km de circuferência.

    Eu até pensei em te passar as coordenadas… mas aí você descobriria onde eu moro aqui em BH, mesmo que eu te passase as do outro lado do mundo.

    Aliás eu diria que 70% do Brasil está sobre o Pacífico e o restante está sobre a China, Coréias e Sudeste Asiático. (Ou seria debaixo?)

    Carmem Leporace

    Oito anos de PT amigo, detona com qualquer país.

    Uns 10 anos de PT no Japão e eles voltam a era peleolítica.

    Só prestam mesmo para destruir governos, destruir reputações e usurpar obra alheia.

    Daniel

    E 8 anos de PS(DEM)B vende qualquer país, quebra pelo menos umas três vezes com crises internacionais e o coloca de volta aos primeiros momentos do Hadeano, num (mau) exemplo há os muitos anos de desgoverno demotucano-vendilhão-pegagioso-marketeiro-inoperante, que tem feito da tal "locomotiva" um ferrorama.

    E não alimentemos os trolls.

    Caetano Greco Junior

    Demorou mas encontraram O culpado: Lula. Bem, melhor ser alfabetizado e ler isso, do que não saber ler.

    ZePovinho

    FHC pegou o Brasil como oitava economia do mundo.Quando saiu,em 2002,estávamos como décima terceira economia.
    Os tucanos pegaram São Paulo,depois de Montoro,com participação de mais de 50% da economia do Brasil.Hoje está em pouco mais de 35%.É mole???

    Carmem Leporace

    Você melhor quando copia e cola aqueles textos enormes que ninguém lê. ÉS DURO DE ATURAR RAPAZ.

    ZePovinho

    Dureza são os números frios,Carmem Leporina!!!!!

    ZePovinho

    E o povo,páááá???????????????

    [youtube pZonZntFU7Y http://www.youtube.com/watch?v=pZonZntFU7Y youtube]

    luiz

    Carmen, vai pra Veneza porque o Diogo deve estar carente de ouvir asneiras como as suas…

    Jorge

    Mais precisamente a linha que atravessa o Estado do Espirito Santo, a Bahia e vai por ai……
    Mas vamos ao sério: o grande problema do povo Japão é o seu aclamado código de honra. Já chamaram isso de civilização, mas na verdade, tem uma dose muito grande de hipocrisia. Diante das imagens da força do tsunami, insistir inicialmente nas tais 300 vítimas foram o fim da picada. Das duas, uma: ou estão escondendo que estão completamente falidos (uma hipótese real) ou eles tem uma falta de percepção da realidade notável. Mas não nos iludamos: entregar energia nuclear nas mãos de empresas privadas sempre será uma roleta russa. Desenvolvido ou não, o Japão é o Haiti ou Chernobyl. Agora é hora de solidariedade. E principalmente orações!

    Daniel

    Bom, descontrolado já está, o que pode ocorrer é as barras derreterem totalmente, aí que a coisa fica feia, pois quem garante que o invólucro de aço vai segurar? A única maneira de evitar um desastre maior neste caso seria fazendo um caixão de concreto igual a de Chernobil.

    Carmem Leporace

    Pior é que é.

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