Marcos Coimbra: Consolidar os partidos

Tempo de leitura: 3 min

por Marcos Coimbra, em CartaCapital

As primeiras discussões da comissão do Senado sobre a reforma política deixam clara a ambiguidade com que os partidos são percebidos em nossa cultura. Todos concordam que são fundamentais para a vida democrática, mas poucos os levam verdadeiramente a sério.

É possível, no entanto, que a legislação partidária seja a área que mais deveria merecer o esforço da comissão. Se de seu trabalho saíssem unicamente a revisão das regras para a criação e o funcionamento dos partidos, já seria suficiente, e ela daria uma imensa contribuição ao aperfeiçoamento de nossas instituições.O Brasil não é o único país democrático onde não existem partidos bem enraizados na sociedade. Todos aqueles saídos de longos ciclos de ditaduras e regimes autoritários são parecidos nesse particular. Nenhum tem uma estrutura partidária consolidada.

Que diferença das democracias maduras. No Reino Unido e nos Estados Unidos, por exemplo, o sistema partidário vem do século XIX e permaneceu estável, apesar de diversas transformações. Novas regras, novas relações com o eleitorado e mesmo novos partidos surgiram, mas a estabilidade do sistema predominou.

Com o passar do tempo, a sociedade veio a reconhecê-los como veículos para a expressão de seus interesses e pontos de vista. Formaram-se identidades, pessoais e familiares, transmitidas de uma geração à outra. Nas cidades e nos bairros, tornou-se possível saber se uma casa era republicana ou democrata, trabalhista ou conservadora.

Aqui, o inverso. A estrutura partidária que temos hoje, ainda que pareça improvisada e precária, é a mais duradoura que tivemos em nossa história como democracia. Nascida no apagar das luzes do ciclo militar e institucionalizada pela Constituição de 1988, ela ultrapassou os 20 anos de vida, mais que a única que se lhe poderia comparar, a da República de 1945. Por mais que os saudosistas se recordem do PSD e da UDN, ambos viveram menos que algumas das irrelevantes legendas de agora.

Mas essa estrutura padece de graves problemas. São tantos que é difícil nomear o pior, que talvez seja o profundo descrédito com que é visto pela sociedade. A vasta maioria dos cidadãos não entende o nosso sistema, não confia nele e não se sente representada pelos partidos que o compõem.

São partidos demais, muitos nascidos da vaidade e do personalismo, alguns que não sobrevivem a uma legislatura, que trocam de identidade e nome, com lideranças desconhecidas (em alguns casos, suspeitas), sem diferenciação programática, capazes de se aliar hoje ao inimigo de ontem. Dos 22 que possuem representação no Congresso, mais quase outros tantos que não elegeram deputados ou senadores em 2010, salvam-se, aos olhos da população, uns três ou quatro. Mais de 95% das pessoas não conseguem dizer o nome de cinco.

Ou tratamos desses problemas ou qualquer reforma política fica comprometida. Pior, corremos o risco de mudar o que não precisa ser mudado, apenas por que não conseguimos mudar o necessário. O resultado poderia ser uma instabilidade institucional evitável.

Pelo que vemos na imprensa, os integrantes da comissão do Senado tendem a confundir causas e efeitos de muitos dos problemas que existem nas regras de funcionamento de nosso sistema político. Querem, por exemplo, resolver no sistema eleitoral os pecados da legislação partidária.

O sistema de voto nominal em lista aberta, que alguns consideram uma aberração brasileira, não é pior, ou melhor, em si que outros existentes no mundo. Até hoje, ninguém conseguiu demonstrar que o voto distrital seja superior. Os dois têm vantagens e desvantagens, cabendo aos países escolher seu preferido.

A opção que fizemos desde a Constituição de 1934 foi por um sistema que reduz a importância dos indivíduos e aumenta a dos partidos. Somar os votos de todos os candidatos que concorrem por cada um é uma forma de reforçar a dependência dos eleitos ao coletivo. Ao contrário de ser uma deturpação, o fato de poucos terem votos suficientes para se eleger sozinhos reforça o compromisso partidário.

Em qualquer forma de voto distrital, desde a tradicional, e, especialmente, no tal “distritão” (invenção sem o menor sentido), ocorre o inverso. Cada um é senhor absoluto de seu mandato, pois não precisou do partido para vencer.

O que queremos? Apenas proclamar nossa crença na importância dos partidos, enquanto dificultamos sua existência? Ou que tenham máximas condições de cumprir seu papel na democracia? É bom pensar nisso, antes de sair mudando as coisas irrefletidamente.


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Comentários

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Marcos Coimbra sobre o anteprojeto de reforma política: Mudar tudo não parece a melhor opção | Viomundo – O que você não vê na mídia

[…] Leia aqui o artigo de Marcos Coimbra sobre a necessidade de consolidar os partidos políticos. […]

ZePovinho

Olha o que dá não melhorar a vida do povo quando se está no governo:
http://www.tvi24.iol.pt/internacional/le-pen-extr

França: extrema-direita à beira de ganhar presidenciais

Marine Le Pen ganharia as eleições com mais 2 por cento dos votos do que Sarkozy

Vilson Bolivar Toson

A reforma política e o fortalecimento dos partidos deveria começar pela democratização dos partidos. Hoje quem manda é a executiva nacional, onde alguns caciques mandam, e onde as executivas estaduais tem que rezar pela cartilha da nacional. Agora nos municípios, não existem mais diretórios eleitos pelos filiados (a não ser o PT e o PMDB) os demais são Comissões Provisórias com 5 membros escolhidas pelo deputado de plantão com poder de mando na região. Quando o certo seria convenções partidárias onde os filiados escolhessem o seu diretório municipal; o diretório municipal escolhendo as executivas municipais e os delegados de cada partido escolhidos pelos filiados votarem nas convenções estaduais, o que vemos são marionetes escolhidas pelos senhores parlamentares com mando político na região escolherem os dirigentes municipais. Assim vemos, a cada troca de deputados, os partidos trocando de mãos. Não existe democracia nos partidos de baixo para cima. A maioria, hoje, são pequenos, com poucos filiados, e servindo de aluguel (espaço nas rádios e tvs para os grandes.

ZePovinho

FOLHA: UM FENÔMENO DO REBOLADO

Neste domingo de Momo, o jornal da família Frias brindou os leitores com uma detalhada reportagem de duas páginas sobre a revolução econômica em marcha no Nordeste brasileiro, mais especificamente em Pernambuco. Um ciclo de redenção econômica e social, atesta a matéria, acontece nesse momento na região mais pobre do Brasil puxado por uma "injeção de R$ 46 bilhões em investimentos públicos e privados previstos até 2014… (o conjunto está fazendo de ) "…Pernambuco, a nova locomotiva do Nordeste(e)… tem mudado não só a vida dos 8,7 milhões de pernambucanos, mas sobretudo permitido a volta dos retirantes que um dia caíram no mundo atrás de uma vida melhor (…)", continua a reportagem, que aponta: "No interior, duas obras gigantes (a transposição do rio São Francisco e a construção da Ferrovia Transnordestina) ajudam a desenhar uma nova paisagem na vida do morador do agreste e do sertão…" Tudo perfeito, exceto por um detalhe: o diário da família Frias e o ilustre repórter Agnaldo Brito conseguiram documentar uma revolução sem atestar sua causa e origem. Ao longo de densas duas páginas não se menciona uma única vez o governo Lula, tampouco o PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento –que o candidato do jornal à sucessão de Lula dizia ser uma ficção, e que na verdade constitui o ponto de partida da mutação constatada naquele pedaço do país . Por essas e por tantas outras, Otavinho e Agnaldo levam o estandarte de ouro deste entrudo. No quesito contorcionismo não tem para ninguém, eles rebolam mais que a Mangueira inteirinha.
(Carta Maior; Domingo, 06/03/2011)

luiz pinheiro

Concordo com o Marcos Coimbra: o mais importante, na reforma política, é consolidar os partidos. Essa proposta do "distritão" é uma aberração.

laura

O voto distrital coloca tenta controlar a discussão política sob a aparência de "proximidade com o eleitor". constrange o eleitor ao curral eleitoral e afasta da discussão os grandes temas e temas gerais da política.Não acho que interesse ao Brasil.

ebrantino

Amigos comentadores, para deixar a discussão sobre a politica um pouco mais objetiva, mais real, façam abstração de frases grandiosas, palavras grandiloquentes, sempre que tais expressões venham descompanhadas dos interesses concretos, de grupos, classes, estamentos, entidades, corporações. Tudo o que se faz na politica representa interesses, à moda daquele americano que disse esta frase lapidar – Os Estados Unidos não tem amigos, tem interesses. Na politica é sempre assim, sentimentos são sempre um estorvo, valem os interesses. É claro que há interesses legítimos – os da pátria, os da maioria do povo, os dos humildes, os da segurança alimentar, ou da saude do povão, da segurança e da educação do povão, e há os interesses mesquinhos – os do enriquecimento ilicito, os de privilégios, os do carreirismo, os do oportunismo, os da impunidade, os da manutenção de injustiças, etc. Então, amigos, sempre que se discute ou se acena com coisas como sistema de voto, sistema partidário, voto proporcional, voto distrital, presidencialismo, parlamentarismo, autonomia de tal ou qual esfera de poder, etc., SEMPRE, por detrás da discussão há interesses, às vezes disfarçados com grandes palavras bonitas. Ebrantino

ZePovinho

É bom fortalecer os partidos porque vêm aí uma nova onda de socialismo para os ricos e mercado para a escumalha.O que ocorreu em Wisconsin não foi um acidente.
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMos

The Economist prega guerra contra funcionários públicos e seus sindicatos

Para a revista, a "próxima batalha" liberal será o confronto com os sindicatos do setor público. A tese tem três pontos: os Estados europeus enfrentam déficits abismais; para reduzir o gasto, é preciso reduzir efetivos, salários e pensões dos funcionários; os governos ganharão a opinião pública denunciando os “privilégios” (em especial a estabilidade no trabalho) dos “acomodados” do setor público. A revista omite que os déficits públicos são em grande parte consequência das ajudas aos bancos e outros responsáveis pela crise atual. O artigo é de Bernard Cassen.

ozeias laurentinoAp

Sem o fim na reeleição legislativa, não há reforma política que dé estabilidade aos partidos no BRASIL, todas as propostas ate agora são no sentido de piorar, pois elas exclui dos cidadões a possibilidade de participar do processo democratico , deixando apenas o poder econômico e os caciques no comando dos partidos. Em cada partido tem seus kadafis e Mubaraks. Vamos ter fazer uma grande mobilização, a nossa sociedade esta alienada ou cumprice da reeleição legislativa. Legisladores não fazem leis ou projetos importantes, ficam apenas atrás de cargos para se fortalecer, e mandar no partido colocando o a seu serviço. Excluindo todos que discorda do seu projeto, destruindo assim a ideia de partido, passando por cima de todos que se sacrificaram suas vidas para construir o partido.

ebrantino

Continuação do com. sobre os partidos.
O partido 2°, é é o daqueles políticos e forças, inclusive as grandes emissora de TV, e suas redes, os grandes jornalões, Folha, o Estado, O Globo, Zero Hora, a Gazeta, do Parana, e a revista Veja., que apoiaram a oposição e Lula e Dilma, armaram o episódio do mensalão e outras provocações, segue religiosamente as orientações ideologicas que vem da Matriz, em Washington, e professa um neoliberalismo extremado, e está sempre a serviço do Capital Financeiro. Caso tomasse o poder, iria reverter as politicas de cunho social, prosseguir o desmonte do Estado, do sistema de Educação estatal, e também o de saude, de modo a oferecer toda e qualquer atividade economica ao Capital Privado. Hoje, teria ainda um objetivo prioritário, mediante negócios e manobras lesivas ao país, ajudar a diminuir as dificuldades que o centro Imperial (EUA + UE) atravessam devido à crise de 2008. Cruamente, esse é o partido 2°.
Não há outros partidos, independente de quantas siglas estejam registradas.
À margem, navegando na esteira desses dois partidos, há uma corrente que se propões de extrema direita, que procura, fascinando pessoas mal informadas ou fanatizadas, ocupar algum espaço politico.
E, do mesmo modo, se dizendo de ultra esquerda, e pelo mesmo processo, com um discurso radical, porem vazio, correntes procuram o seu nicho politico. Mas não chegam a constituir partido, já que não tem objetivo pratico, nem a ultra direita, e nem a ultra esquerda.
Ebrantino

ebrantino

No Brasil de hoje há dois partidos, e mais duas correntes politicas e só. Chamarei os partidos d 1° e 2°.
Ao partido 1° pertencem os politicos e forças que deram apoio àos dois governos de Lula, e à eleição e ao Governo Dilma. Defendem atuação pragmática em economia, evitam romper explicitamente com o capital financeiro e o mercado, e com os seus apoiadores na politica e na Midia, porem esse partido faz um governo concretamente diferente do que seria um governo neoliberal cujo modelo foi o seguido por Collor/FHC. Cessou as privatizações, retomou parte do controle do suprimento e geração de Energia Eletrica, capitalizou e reforçou a Petrobrás, aumentado a participação governamental nela, orientou-a para atuação propositiva em relação ao seu objetivo (petroleo), e em relação àscompras no mercado nacional. Reforçou a distribuição de renda, interveio fortemente na economia durante a crise, e praticou politica externa independente, e declara-se abertamente contra os principios neo-liberais
Continua no p´roximo comentário Ebrantino

carlos quintela

Não pode existir governo representativo sem partidos fortes e políticos comprometidos com programas partidários claros e aprovados pelos eleitores. No Brasil o que temos assistido é que quando se fala em reforma partidária, são focados interesses individuais e imediatistas. É o tal troca/troca de partidos para acomodar interesses quase sempre sempre eleitorais de momento. Esta tem sido a tônica das mudanças formuladas no quadro partidário nacional. O que se precisa é um sistema que resulte na representação do pensamento da população e os homens vinculados aos partidos estejam comprometidos com o conteúdo doutrinário das cartas de fundação dos partidos. É indispensável ainda que os eleitos que figurem nas bases de sustentação dos governos estejam obrigatoriamente vinculados ao suporte político das correntes de governo. Sem Isto o que continuaremos assistindo é um jogo sujo de clientelismo, venda de votos e pequenas chantagens para obtenção e vantagens pessoais.

SILOÉ

Fundar partido tá que nem fundar igreja, uma em cada esquina…

waleria

O Brasil precisa mesmo é de DEMOCRACIA.

É politico não pensando so em politica, mas no que importa para o cidadão;

É Judiciário não fazendo má politica, mas fazendo boa justiça, que deve ser justa, rápida e mais economica possivel. O pior dinheiro gasto pelo Estado, é com benesse para bandido;

É Banco Central – subordinado ao Ministério da Fazenda – fazendo politica economica para o povo e não para o sistema financeiro;

É minimizar a divida interna – para que uns rentistas ganhem menos, e o povo tenha mais saude, educação , infraestrutura e desenvolvimento;

É a policia atuar em prol do cidadão e não mais em prol do Estado contra o cidadão;

É planejar cidades e abandonar o planejamento de maximizar o transporte individual, priorizando o transporte coletivo de qualidade;

Isso é importante para o cidadão, para o povo.

Partidos politicos temos muitos – de centro, de direita e esquerda, de todos os matizes.

Isso é o que não deveria importar aos congressistas, que só navegam em torno dos proprios umbigos.

O maior problema da politica hoje no Brasil é politico pensar que fazer politica é tratar de seus partidos. Eles existem para o povo, e não o povo para os partidos. O Congresso existe para servir o povo, e não para usar de suas prerrogativas para girar em torno de si mesmos.

FrancoAtirador

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O VOTO DISTRITAL É A CONSOLIDAÇÃO FORMAL DO CURRAL ELEITORAL
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    Conceição Lemes

    FRanco atirador, letras minúsculas, please. Vc já se esqueceu do que combinamos aqui? Muitos leitores são testemunha. abs

    FrancoAtirador

    Perdão Conceição.
    Para compensar te ofereço uma Milonga:

    MILONGA DEL FUSILADO
    (Folclore Uruguaio)
    Interpretação: Pepe Guerra

    No me pregunten quien soy
    ni si me habian conocido
    los sueños que habia querido
    creceràn, aunque no estoy.
    Ya no vivo, pero voy
    en lo que andaba soñando.
    Y otros que siguen peliando
    haràn nacer otras rosas…
    En el nombre de esas cosas
    todos me estaràn nombrando.

    No me recuerden la cara
    que fue mi cara de guerra
    mientras hubiera en mi tierra
    necesidad de que odiara.
    En el cielo que se aclara
    sabran como era mi frente.
    Me oyo reir poca gente,
    pero mi risa ignorada…
    la hallaràn en la alborada
    del dia que se presiente.

    No me pregunten la edad,
    tengo los años de todos,
    yo elegì entre muchos modos
    ser mas viejo que mi edad.
    Y mis años de verdad,
    son los tiros que he tirado.
    Nasco en cada fusilado,
    y aunque el cuerpo se me muera
    tendre la edad verdadera
    del niño que he – liberado.

    Mi tumba no anden buscando
    por que no la encontraran
    Mis manos son las que van
    en otras manos, buscando.
    Mi voz – la que esta gritando!
    Mi sueño,el que sigue entero.
    Y sepan que solo muero
    si ustedes van aflojando.
    Por que el que muriò peleando,
    vive en cada compañero !
    http://www.youtube.com/watch?v=97KCI2A40P0&fe
    [youtube 97KCI2A40P0&feature=player_embedded http://www.youtube.com/watch?v=97KCI2A40P0&feature=player_embedded youtube]

    ebrantino

    franco atirador – para compensar o teu excesso de maiúsculas, escrevo tudo em minusculas, hasta tu nombre. la milonga es muy preciosa, pero no la comentare. asimimismo tambien tengo tu opinion :
    " o voto distrital é a entronização do curral eleitoral, onde querem embretar os eleitores, para depois castrá-los dos seus direitos. Para algumas coisas servem os currais. ao final se quisermos uma amostra do voto distrital basta vermos as "preciosidades" que temos colocado no senado, rigorosamente uma eleição de voto distrital. será o que queremos para a camara ? – nota, a falta de maiusculas foi para compoensar o abuso do maiusculas por parte do meu respondido, fanco atirador, esperto de ideias e distraido com as normas da conceição lemes ( conceiçao, mais de um leme não é pratico, o bom é um só leme. ebrantino.

    Conceição Lemes

    Brantino, as normas não são as minhas, são do Viomundo e da própria internet. abs

    FrancoAtirador

    .
    .
    Valeu hermano Ebrantino.
    Assim como eu, talvez tu sejas de um tempo em que a palavra escrita não emitia som, a não ser que se a pronunciasse, através da fala.
    É provável que seja um sinal de novos tempos aos quais devemos nos adaptar.
    Porém, confesso, ainda não me acostumei a esta jovem convenção "internética", que realmente não é nada prática, como bem afirmaste.
    Um abraço libertário a todos.
    .
    .

Fábio

A reforma política se passa, pelo comprometimento do partido com o ato de seus partidários eleitos em cargos públicos, ou seja, os partidos devem pagar também pelo erro de seus correligionários que comentem crimes contra o povo. Isso cria um ambiente de vigília entre membros e espanta oportunistas traidores. Outro fator importante, fidelidade partidária. As legendas são meras fantasias, elas não simbolizam nada nesse país onde num canto o PSDB é Dilma, noutro canto PT pode ser PMDB. Onde o PMDB vai desde a extrema direita à extrema esquerda. De fato, o partido mais forte é aquele que está mais próximo do povo, e hoje o PT nesse aspecto ganha. O PSDB ainda prefere a massa cheirosa da zona sul, por isso perde, pois ese povo não é politizado e sim, fútil.

Carmem Leporace

"Ponho toda minha credibilidade em jogo e afirmo que Dilma vencerá no primeiro turno"….

quá
quá
quá
quá
quá
quá

    Leider_Lincoln

    Realmente. Só patos para acreditarem que você tem credibilidade…

waleria

Aqui os politicos giram em torno do proprio umbigo.

Nem bem o governo Dilma começou e só se fala em partidos e em reformas para os mesmos sempre.

Não se fala em reforma no judiciário, que é essencial.
Não se fala em reforma no Banco Central – que existe não para o povo, mas para proteger o sistema economico e bancário
Não se fala em reforma das policias – que ainda existem para proteger o Estado contra o cidadão.
Não se fala de reforma nos codigos penal e de processo penal – arqueológicos e manipulados a favor dos meliantes no Brasil

Não.

Tudo isso está ótimo.

Problema mesmo é a politica, os partidos, os mesmos umbigos sempre.

Nos USA a coisa é simples.

Eles tem dois partidos – e o Congresso não pensa mais nisso – bem ou mal pensa em coisas mais importantes para o povo deles lá.

Gustavo Pamplona

"Que diferença das democracias maduras. No Reino Unido e nos Estados Unidos, por exemplo, o sistema partidário vem do século XIX e permaneceu estável, apesar de diversas transformações."

Esta o Coimbra pecou feio!!! Democracias maduras? Onde?

Reino Unido onde os cidadãos suportam uma monarquia secular e pagam cerca de 40 milhões de libras para mantê-la por ano de acordo com este artigo do Telegraph
http://www.telegraph.co.uk/news/uknews/theroyalfa

E Estados Unidos onde o sistema partidário apenas comporta de fato dois partidos, ou você é um ou é outro… já os outros são insignificantes… e além do mais os cidadãos não votam diretamente para presidente.

E não esquecendo que ambos os países são tão democráticos que não suportam outras democracias que não sejam espelhadas na deles. O país que seguir em contrário é punido com sanções, derrubada de governos e se for preciso invasões militares.

    ebrantino

    Pamplona, seu comentário deu na mosca. Porem leve em conta o contexto histórico em que foram estratificados os sistemas politicos Britânico, Americano. Tanto num caso como em outro, os sistemas politicos foram completados em sua forma atual, e isto já há muitos e muitos anos, depois que a classe dominante estava firmemente hegemonica, e não tolerava qualquer diminuição dos seus privilégios por menor que fosse. Além disso já era na fase em que os dois paises, eram francamente poderes imperiais, postulando e obtendo privilégios e poder sobre outros povos – O Império Britânico, e o nunca nominado mas sempre existente Império Americano. O Brasil foi pais dominado de ambos esses impérios, sabemos do que se trata.
    Então o sistema de voto distrital, lá, foi sob medida para que o poder da classe dominante jamais sofresse qualquer constação eleitoral séria, o que de fato aconteceu. Mudaram muitas vezes as moscas, mas o substrato sempre permaneceu. Ebrantino.

    Pedro1

    Maduras no sentido de idade. Também acho que em muitos aspectos elas estão é caducas.

    Milton Cardoso

    Vivo aqui em Deerfield Beach, e vou ter que verificar se hoje e eleicão municipal, so sei que e em março, não sei o nome da prefeita, como 95% do povo tambem não sabe, as decisões são tomadas pela mafia, prefeito ganha $13 mil, que so da para pagar o aluguel no pior bairro da cidade, o politico municipal não revela a que partido pertence.
    Todos roubam porem tem que dividir com a mafia ou ser denunciado.
    14 milhões foram roubados das escolas do condado de Braward em 2009, sem contar uma reforma nas cafeterias das escolas que custou $34 milhões, porem foi uma reforma cosmetica e so no papel.
    Para saber do sistema politico que chega ao povo Americano, tem viver aqui, ou ouvir de quem aqui vive!

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