Marcio Pochmann na Caros Amigos: O ovo da serpente

Tempo de leitura: 2 min

Da entrevista de Marcio Pochmann à Caros Amigos:

O Brasil não fez as reformas clássicas do capitalismo contemporâneo, não fez a reforma agrária, não fez a reforma tributária e não fez a reforma social. O Brasil tem uma estrutura fundiária hoje pior do que era nos anos 50 quando ganhou a primazia a defesa da reforma agrária. Nós estamos falando de 60 anos de reforma agrária e a estrutura fundiária brasileira piorou, nós não enfrentamos a questão fundiária, da tributação, os pobres continuam pagando mais impostos, os ricos continuam pagando menos impostos. Qualquer país desenvolvido tem uma estrutura fundiária menos concentrada, uma estrutura tributária progressiva e não regressiva. O que avançou mais foi a estrutura social, o enfrentamento das questões do presente que se vinculam com as questões do passado. Estamos colhendo resultados muito importantes, tem a ver com a Constituição de 88, com melhor sofisticação e orientação das políticas sociais que se combinam com o econômico no governo Lula. Mas, para nós, estamos gestando um novo ovo da serpente, cujos sinais de exclusão são muito maiores do que esses que nós conhecemos agora. São questões do presente que se vinculam com o futuro.

Quando você fala de sinais de exclusão, quais são estes sinais de exclusão?

O ovo da serpente que estamos gestando está estruturado em dois grandes eixos que estruturam as sociedades pós-industriais, que é para onde estamos indo muito rapidamente. O primeiro está vinculado à mudança demográfica, profunda mudança demográfica. Primeiro lugar porque há uma queda na taxa de fecundidade. Estamos hoje sem condição de repor a população, uma taxa de fecundidade de 1,8 filhos. Em 92 eram 2,8 filhos, mulheres brancas com mais escolaridade já estão com a taxa de fecundidade 0,9. Hoje o Brasil já é um país formado por não-brancos. Não falo isso por uma questão preconceituosa, falo isso por que os não-brancos são os mais vulneráveis no Brasil ainda hoje. E requerem uma política de atenção específica para este segmento. Segunda questão é que a partir de 2030 o Brasil terá uma situação inédita, que é a redução absoluta de sua nação. O número de nascidos será bem menos que o número de pessoas que morrem. Em 2030, o Brasil terá possivelmente 207 milhões de brasileiros. Os demógrafos estimavam há 20 anos que em 2030 o Brasil teria cerca de 240 milhões de brasileiros, vamos chegar a 207 e em 2013 nós teremos uma redução absoluta da população. Ou seja, em 2040 é esperado que tenhamos 205 milhões. Isso abre uma outra discussão, para os militares, republicanos em geral a demografia sempre foi estratégica, hoje a questão da demografia está em segundo plano, nós estamos satisfeitos com os 207 milhões de habitantes, o Brasil precisa ter mais população ou menos população, o tamanho de uma economia está diretamente ligado ao tamanho de uma população, ainda mais pelo fato de que o grosso da população brasileira está na parte litorânea do país, a densidade demográfica no Centro-Oeste é baixíssima. Esse é um ponto: a questão da mudança demográfica. Entraremos em uma fase de escassez de mão-de-obra e o Brasil sempre foi abundante em mão-de-obra. Quem farão os serviços mais simples do Brasil? Serão os paraguaios, os bolivianos, será uma outra realidade se manter esta trajetória, estou aqui especulando um pouco sobre a trajetória, com base em hipóteses.

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Comentários

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ebrantino

Por favor, gente, deem atenção ao cara que ele é do bem. O Azenha, ai em cima,recomendou ler todo o artigo.Tambem o faço. E assim ajudaremos a "Caros Amigos", que merece. Mas de qualquer modo o trecho do artigo não tem nada de errado. Realmente questrões demográficas tem tudo a ver com desenvolvimento e o bem estar. É verdade que é coisa de especialista. Mas afinal o que somos nós, comentaristas dos blogs, se não um bando de "especialistas em generalidades", que no nosso infinito atrevimento nos lançamos a comentar o que dominamos, e tambem o que não dominamos. Será, bom, entretanto pensar bem, olhar bem, conferir se entendemos bem, e só depois, se for o caso, sair atacando. E atacar as idéias expostas, e nunca o autor. Uma verdade não deixa de ser verdade quando dita por quem não acreditamos. Qual o problema de o homem ser da Unicamp – lá deve ter gente boa, como em todo o lado. O sermão está dado, desculpem o mau jeito.

Morvan

Sr. Marcio Pochmann, boa noite. O verdadeiro "Ovo da Serpente" é o PIG. Este sim. Na verdade, o Brasil está até "bem na fita", com relação à taxa de natalidade (apesar das igrejas, que necessitam demais de mais e mais legões de miseráveis / fiéis); ainda, para corroborar, o problema é estabelecer um compromisso entre taxa de natalidade e crescimento vegetativo. Não parece ser um perigo real e imediato, creio.

Abraço,
Morvan, Usuário Linx #433640

Fabio_Passos

Em 30 anos? Poderíamos construir uma nação sulamericana…
É bom sinal que começamos a pensar no futuro de médio e longo prazo.

ruypenalva

Pochmann está errado. A taxa de fertilidade vem caindo no mundo inteiro e, comparada com a da Rússia, com extensão territorial muito maior do que a brasileira, o Brasil é um país até bem povoado. Ela é devida às demandas do mundo moderno, em que a mulher trabalha, e é também devido à queda da fertilidade masculina e feminina, como consequência ao excesso de drogas (hormônios, metais pesados) nos alimentos e na água de beber. Essa migração para o litoral, para as cidades grandes, é um fenômeno mundial, onde a mobilidade urbana não é coibida, como na China. Nossa estrutura de impostos é moderna, ao contrário do que pensam os velhos tributaristas. Está provado que é melhor tributar o consumo, o faturamento bruto, cum grano salis nesse caso, do que tributar o lucro e a pessoa física com impostos altamente progressivos. Nossa armadilha tributária está nos juros altos, numa inflação ainda não totalmente debelada, numa certa permanência da indexação em contratos e serviços e na alta taxa de retorno sobre investimentos, no Brasil. Existem distorções tributárias perversas atingindo empresas mão de obra intensivas, o que faz com que o custo trabalhista brasileiro seja muito alto vis a vis países do Bric e mesmo do PIGS, e outras distorções (burocracia) que inibem investimentos e consomem parte da receita de uma empresa. É caro produzir no Brasil, muito caro. O ICMS é uma imoralidade, chegando a custar 33% nas telecomunicações e 25% na energia. Um escândalo, e é estadual. Mais do que uma reforma tributária precisamos baratear o custo trabalhista indireto, reduzir o ICMS globalmente, desburocratizar as demonstrações contábeis, o excesso de cartorialismo, a burocracia que faz com que as empresas tenham de gastar horas e grana para atender aos fiscos municipal, estadual e federal. Nunca mais voltaremos a ter altas taxas de natalidade, principalmente depois que a mulher descobriu que na vagina ela também pode sentir prazer.

Dias Melhores

O Brasil e os brasileiros precisam pensar no que desejam construir, o Márcio está muito certo em suas colocações.
Agora em que vivemos um momento de desenvolvimento, devemos aproveitar e pensar o futuro da Nação; vamos lá e mãos à obra.

Eduardo Lima

Acho muito arriscado especular sobre o que pode acontecer daqui a 30 anos, acho que esse foi o maior equívoco deste artigo. Além de estar mau escrito e mau explicado.

    Luiz Carlos Azenha

    Você precisa ler o artigo todo, meu caro. É uma parte, apenas. Um aperitivo. abs

Ramalho

No Brasil, por motivos injustos, a população branca tem reservado para si condições de reprodução (da população) que lhe fazem ter acesso quase que exclusivo às posições de comando e de cunho intelectual na sociedade.

A população branca decrescerá rapidamente relativamente às não-brancas (embora Pochmann não tenha mencionado as taxas de fecundidade de negras e mestiças, é de se supor que sejam maiores do que a de brancas).

Considerando estes dois fatos, Pochmann alerta sobre a necessidade de se melhorar (agora, pois 2030 é logo ali, digo eu) a formação de negros e mestiços (certamente por meio da redução das injustiças impostas a estes segmentos) sob pena do Brasil, no mínimo, ingressar em processo de erosão civilizatória sem volta, por falta de pessoas capazes em qualidade e quantidade para conduzir o país.

O alerta de Pochmann tem fundamento.

leonel

talvez estas reformas nunca aconteça, porque a grande maioria dos representantes que na teoria deveria defender os interesses dos seus representados, estão no congresso defendendo seus proprios. São grandes latifundiarios, grileiros de terras publicas, empresarios exportadores sonegadores de impostos .

    rafaela buonarrotti

    RONALDO CAIADO (aff!!) está lá há décadas…. Como andará a política agrária em Goiás heim

sergio

gente, o marcio pochmann é um economista da unicamp, talentoso, apenas ele declinou verdades estatísticas, o cara é do bem.

ANNA

“Entraremos em uma fase de escassez de mão-de-obra e o Brasil sempre foi abundante em mão-de-obra. Quem farão os serviços mais simples do Brasil? Serão os paraguaios, os bolivianos, será uma outra realidade se manter esta trajetória, estou aqui especulando um pouco sobre a trajetória, com base em hipóteses.“

COMENTANDO;

Espera aí! o cara tá lamentando não terem mais tantos escravos disponíveis e mão de obra barata?
sujere importação de escravos vizinhos??
máximo de gente vendendo o almoço para comprar o jantar e Estado mìnimo??

Não entendo mais nada!
Esse cara é economista da campanha do "Serra abaixo" ?
ou também foi aluno do FHC ?

    beattrice

    Todas as anteriores

ANNA

COMENTANDO:
Quer dizer que as “chocadeiras” branquinhas, mais espertas estão se negando a produzir material e as pretinhas estão “escurecendo ” essa nação com escravos subnutridos que serão ” peso” para o Estado?

Se quantidade equivalesse a qualidade a India e a China seriam um paraíso.
As mulheres desses lugares apenas geram filhos para a guerra ,pobreza e sofrimento, já que as "peças de reposição " são fartas, isso só garante estenuante horas de trabalho sem nenhuma garantia, além da obrigação de produzirem desenfreadamente para o consumismo dos " branquinhos" do ocidente.

    Helcid

    e aí conterrâneo, tudo beleza? endosso !!

ANNA

caros amigos,ou estou maluca, ou minha massa cinzenta está diminuindo, ou não sei mais o que é direita ou esquerda e já quase partindo para o “volver”.

por favor, me expliquem essa matéria deste economista Marcio Pochmann .

“Estamos hoje sem condição de repor a população, uma taxa de fecundidade de 1,8 filhos. Em 92 eram 2,8 filhos, mulheres brancas com mais escolaridade já estão com a taxa de fecundidade 0,9. Hoje o Brasil já é um país formado por não-brancos. Não falo isso por uma questão preconceituosa, falo isso por que os não-brancos são os mais vulneráveis no Brasil ainda hoje. E requerem uma política de atenção específica para este segmento.

    Mário Salerno

    Não, a sua massa cinzenta não está diminuindo. Está é em falta mesmo.

Hiro

São fatos que no mundo e no Brasil a população esteja envelhecendo e a natalidade em relação ao passado seja menor.

Enquanto Márcio Pochmann, coerente defensor da elevação do salário mínimo e da importância fundamental da carteira registrada dos trabalhadores (para o justo crescimento econômico e social do SP e do Brasil), os tó-canos demons, contrariamente, impuseram a desregulamentação do trabalho e deixaram os trabalhadores ao livre assédio moral dos patrões e dirigentes, ao maior desemprego na história do Brasil e ao maior arrocho salarial de todos os tempos.

Nesse contexto, Pochmann coerentemente nos alerta para o risco da violação dos direitos dos trabalhadores brasileiros e dos irmãos de outros países latinos, pois, no SP e no RJ podemos constatar há tempos na imprensa, casos de neoescravidão de cidadãos latinos, vítimas das políticas recessivas neoliberais.

Enquanto representantes sérios, como o Pochmann, pensam o presente e o futuro do bem-estar e a justiça aos trabalhadores do Brasil, dos continentes periféricos e do mundo, o principal candidato da direita vai aos militares fomentar o discurso das farcs, segundo notícias.

Valeu, Pochmann! Trabalho e renda sob a égide da verdadeira justiça social no SP, no Brasil e na humanidade.

Roberto Locatelli

Não vejo problemas maiores no fato de que a população passará a diminuir. Essa mudança está ocorrendo em todo o mundo, inclusive nos países da América Latina. No Brasil, é verdade, um pouco mais acelerado. Em alguns países da Europa, tornou-se um problema.

Há até um movimento pela extinção voluntária da raça humana através da recusa em procriar: http://video.google.com/videoplay?docid=148463578http://www.vhemt.org/pindex.htm

O prof. Pochmann, preocupado, talvez, com a falta de empregadas domésticas, pergunta "quem fará os serviços mais simples no Brasil". Acho que essa não deve ser a preocupação central. Não deveríamos estimular a população de baixa renda a produzir bebês para gerar mão de obra barata.

Ao contrário, no capitalismo, uma população que não cresce tende a ter melhores salários, devido à lei da oferta e procura. Isso será positivo. Também se reduzirá a carência de moradias, de alimentos. E, o principal, a espécie responsável pela devastação do planeta deixará de agir como um vírus – http://www.youtube.com/watch?v=WxbeL6Ao-Lw – e passará a viver em equilíbrio com o meio-ambiente.

Acho que devemos, ao invés de nos preocupar com a falta de mão de obra barata, nos perguntar como atender as necessidades de uma sociedade em que a média de idade fica maior a cada ano. O capitalismo não é, certamente, um bom sistema para essa sociedade. Teremos que eliminá-lo e adotar um outro sistema econômico, que não seja um sistema predador do próprio ser humano.

BloGDoRiLDo

O que foi que você entendeu desse fragmento de texto. Eu não entendi patavinas. Tá apocalíptico demais. Eu sempre desconfio desses futurólogos nostradamicus.
Esse negócio de brancos e não-brancos que ele se refere, apesar de dizer que não é preconceito, me parece um pouco com aquele discurso de "fazer uma raça ariana" de um certo europeu louco de telha. E depois, ele não leva em conta as evoluções tecnológicas onde máquinas fazem serviços de milhares, repito: milhares de trabalhadores nas fábricas e no campo.
Talvez um pouco mais de leitura pode apagar essa má impressão que tive do cara. Boa pergunta Míriam: quem é Pochmann?

Emília

Quem é esse Marcio Pochmann? O que ele diz me lembra da época da faculdade quando os metidos a intelectuais vinha dá lição de moral na turma da bagunça, falavam um kilo e a gente não entendia uma grama. Mas, se é que entendi o que ele disse, a situação fundiária (deve ser reforma agrária) não piorou não, muito pelo contrário, mas para ele entender isso, precisaria visitar diversos assentamentos na região onde moro, Vale do Jaguaribe-CE, muito diferente de quando eu era menina, pois tenho 53 anos.
Ah, meu filho, dizer que não é preconceito dizer que se está nascendo pouco não-brancos (deve ser mulatos) e no futuro próximo haverá escassez de mão de obra, é o que então?
Vá falar intelectualês bem longe daqui,cara.

    Chicão

    é, percebe-se q não entendeu nada do que o Pochmann escreveu.

    Marcos C. Campos

    Calma, Emilia …
    Marcio Pochmann é do IPEA.
    http://www.ipea.gov.br/portal/

    Roberto Locatelli

    Interessante, Emília. Pelo que você está dizendo, sua percepção, pelo menos na região em que você vive, é que a situação fundiária melhorou. Você cita, inclusive, assentamentos. Será que o prof. Pochmann já esteve em sua região? Desconfio que não.

    Quanto à preocupação do prof. Pochmann sobre quem fará os "serviços mais simples", bem… é a típica preocupação da classe média. Aqui no Brasil eles querem muitos "não brancos" para servi-los. Quando vão morar nos EUA, viram garçons, balconistas de videolocadora e outras profissões "mais simples".

    Respeito o prof. Pochmann. Acho que ele elevou muito o nível do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), mas neste trecho que temos aqui, ele foi muito, muito infeliz.

Renato

Azenha segue o link abaixo da Abrail – tal endereço traz "o que cada candidato pensa" e aí conforme suas resposta o super site informa quem é o seu candidato para presidência!!!
Que beleza… informações e pensamentos distorcidos mostram o que é cada um dos presidenciáveis e vê se vc está de acordo com as informações "informadas" pela editora! http://veja.abril.com.br/eleicoes/eleicoes-2010-t

Abr.
Renato

Carlos

Sobre Aloysio Biondi: http://www.aloysiobiondi.com.br/spip.php?rubrique

Iowa

Faz sentido….

marcelo henrique

O responsável por tudo isso é essa maldita burguesia e seu sistema capitalista ,que além de não dar o oque comer para o povo ainda tira de maneira sistemática o direito de escolha que temos de ter mais ou menos filhos. Mais uma vez digo: maldita burguesia e seu sistema capitalista!!!

Ed.

Cozinhando os ovos (I):
Os problemas citados são certamente importantes. Como vejo a busca das soluções?
1) Geralmente quando se tenta resolver problema de desigualdade emocionalmente, acontecem crises institucionais, pelo próprio desequilíbrio de forças. Acho que o caminho do amadurecimento político que está sendo seguido nos permitirá chegar lá melhor e mais rápido do que por eventuais confrontos.
Claro, sempre com a dose adequada de desafio e ousadia.
2) Um indicador melhor que tamanho da economia seria o tamanho per capita (além dos Ginis, Idh’s, etc.). Vive-se bem em Liechtenstein ou Finlândia, embora o tamanho absoluto de suas economias seja pequeno. Com nossos recursos e muita educação, é perfeitamente possível crescer a economia per capita. . . . . . . (continua)

Ed.

Cozinhando os ovos (II):
3) De (2), penso que um bom caminho não precisa ser crescer a densidade demográfica, mas sim incentivar sua distribuição. Há gente empilhada em favelas de SP, Rio, BH, PA, etc. e imensos vazios a serem ocupados. Lembrando que por razões ambientais, alguns não deverão ser mesmo ocupados…

Embora lento e triste, penso estarmos no caminho e vejo Dilma como uma possível aceleradora. Por que “possível”?
Porque a mediocrelite poderá estar mais renhida do que esteve com Lula.
Tomara que esteja apenas e cada vez mais enfraquecida, como agora…

Francisco Figueiredo

Materia para recortar e colocar no mural! Muito boa.
Na mesmo numero tambem tem a analise do Prof. Jose' Luis Fiori sobre o futuro da zona do euro que e' profundamente esclarecedora sobre o futuro da Europa. Leitura obrigatoria

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