Leonardo Boff: Crise terminal do capitalismo?

Tempo de leitura: 3 min

Já nos meados do século XIX Karl Marx escreveu profeticamente que a tendência do capital ia na direção de destruir as duas fontes de sua riqueza e reprodução: a natureza e o trabalho. É o que está ocorrendo. A capacidade de o capitalismo adaptar-se a qualquer circunstância chegou ao fim.

por Leonardo Boff, em Carta Maior

Tenho sustentado que a crise atual do capitalismo é mais que conjuntural e estrutural. É terminal. Chegou ao fim o gênio do capitalismo de sempre adaptar-se a qualquer circunstância. Estou consciente Vde que são poucos que representam esta tese. No entanto, duas razões me levam a esta interpretação.

A primeira é a seguinte: a crise é terminal porque todos nós, mas particularmente, o capitalismo, encostamos nos limites da Terra. Ocupamos, depredando, todo o planeta, desfazendo seu sutil equilíbrio e exaurindo excessivamente seus bens e serviços a ponto de ele não conseguir, sozinho, repor o que lhes foi sequestrado. Já nos meados do século XIX Karl Marx escreveu profeticamente que a tendência do capital ia na direção de destruir as duas fontes de sua riqueza e reprodução: a natureza e o trabalho. É o que está ocorrendo.

A natureza, efetivamente, se encontra sob grave estresse, como nunca esteve antes, pelo menos no último século, abstraindo das 15 grandes dizimações que conheceu em sua história de mais de quatro bilhões de anos. Os eventos extremos verificáveis em todas as regiões e as mudanças climáticas tendendo a um crescente aquecimento global falam em favor da tese de Marx. Como o capitalismo vai se reproduzir sem a natureza? Deu com a cara num limite intransponível.

O trabalho está sendo por ele precarizado ou prescindido. Há grande desenvolvimento sem trabalho. O aparelho produtivo informatizado e robotizado produz mais e melhor, com quase nenhum trabalho. A consequência direta é o desemprego estrutural.

Milhões nunca mais vão ingressar no mundo do trabalho, sequer no exército de reserva. O trabalho, da dependência do capital, passou à prescindência. Na Espanha o desemprego atinge 20% no geral e 40% e entre os jovens. Em Portugal 12% no país e 30% entre os jovens. Isso significa grave crise social, assolando neste momento a Grécia. Sacrifica-se toda uma sociedade em nome de uma economia, feita não para atender as demandas humanas, mas para pagar a dívida com bancos e com o sistema financeiro. Marx tem razão: o trabalho explorado já não é mais fonte de riqueza. É a máquina.

A segunda razão está ligada à crise humanitária que o capitalismo está gerando. Antes se restringia aos países periféricos. Hoje é global e atingiu os países centrais. Não se pode resolver a questão econômica desmontando a sociedade. As vítimas, entrelaças por novas avenidas de comunicação, resistem, se rebelam e ameaçam a ordem vigente. Mais e mais pessoas, especialmente jovens, não estão aceitando a lógica perversa da economia política capitalista: a ditadura das finanças que via mercado submete os Estados aos seus interesses e o rentismo dos capitais especulativos que circulam de bolsas em bolsas, auferindo ganhos sem produzir absolutamente nada a não ser mais dinheiro para seus rentistas.

Mas foi o próprio sistema do capital que criou o veneno que o pode matar: ao exigir dos trabalhadores uma formação técnica cada vez mais aprimorada para estar à altura do crescimento acelerado e de maior competitividade, involuntariamente criou pessoas que pensam. Estas, lentamente, vão descobrindo a perversidade do sistema que esfola as pessoas em nome da acumulação meramente material, que se mostra sem coração ao exigir mais e mais eficiência a ponto de levar os trabalhadores ao estresse profundo, ao desespero e, não raro, ao suicídio, como ocorre em vários países e também no Brasil.

As ruas de vários países europeus e árabes, os “indignados” que enchem as praças de Espanha e da Grécia são manifestação de revolta contra o sistema político vigente a reboque do mercado e da lógica do capital. Os jovens espanhóis gritam: “não é crise, é ladroagem”. Os ladrões estão refestelados em Wall Street, no FMI e no Banco Central Europeu, quer dizer, são os sumossacerdotes do capital globalizado e explorador.

Ao agravar-se a crise, crescerão as multidões, pelo mundo afora, que não aguentam mais as consequências da superexploracão de suas vidas e da vida da Terra e se rebelam contra este sistema econômico que faz o que bem entende e que agora agoniza, não por envelhecimento, mas por força do veneno e das contradições que criou, castigando a Mãe Terra e penalizando a vida de seus filhos e filhas.


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Comentários

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Leonardo

Digite o texto aqui![youtube bMM2mDbA5WQ http://www.youtube.com/watch?v=bMM2mDbA5WQ youtube]

Leonardo

Digite o texto aqui![youtube D3bgyw0nRFA http://www.youtube.com/watch?v=D3bgyw0nRFA youtube]

Martin

Parabéns (mais uma vez) ao Azenha por disponibilizar texto prático e útil para as pessoas entenderem a malícia de que são vítimas…

Att.
Martin

cronopio

PARTE III: Os valores-de-uso, salienta Marx, são constituídos historicamente, o que qualquer um pode perceber ao questionar-se, por exemplo, sobre qual valor poderia ter o ferro antes de que o ser humano dominasse a técnica da fundição. O que os vienenses não levaram em conta é o fato de que, na relação de troca, o valor-se-uso, ou seja, aquela qualidade instrínseca às coisas, é abstraído. Nas palavras de Marx: “Este elemento comum não pode ser uma propriedade natural qualquer – geométrica, física, química, etc. – das mercadorias. As a qualidades naturais destas só são tomadas em consideração, na medida em que lhes conferem uma utilidade que as torna valores-de-uso. Mas, por outro lado, é evidente que na troca se faz abstracção do valor-de-uso das mercadorias, sendo a relação de troca caracterizada precisamente por essa abstracção.” Ora, se as qualidades intrínsecas a casa mercadoria fossem levadas em conta, seria impossível comparar o seu valor. A própria troca implica uma abstração dessas qualidades. Como afirma Marx: “como valores-de-uso, as mercadorias são, sobretudo, de qualidade diferente; como valores-de-troca só podem ser de quantidade diferente [e não contêm, portanto, um só átomo de valor-de-uso].” Ora, Marx também não é o primeiro a afirmar isso, o por isso cita Barbon: "One sort of wares are as good as another, if the value be equal. There is no diffeMarence or distinction in things of equal value". Barbon acrescenta: "Cem libras esterlinas de chumbo ou de ferro têm tanto valor como em libras esterlinas de prata ou de ouro" (N. Barbon, l. c.,p. 53 e 7)”. Essa perda das qualidades, ou subsunção do valor-de-uso, é justamente um dos aspectos mais problemáticos da relação da troca no sistema capitalista. A forma do valor foi criada pela sociedade capitalista e não pode ser desfeita num passe de mágica. O que garante sua objetividade é a manutenção do sistema capitalista, que não existiu sempre e, pelo bem da humanidade, não durará eternamente; Como salienta David Harvey, professor da universidade de NY, os que criticam Marx por ser “materialista” ficariam surpresos ao ler o primeiro capítulo.
Quanto a dicotomia Estado e Mercado, trata-se de uma falsa questão. O “mercado puro” é uma abstração, do mesmo modo que o Estado puro hegeliano. Basta estudar o surgimento do capitalismo para perceber que um não existe sem o outro. Claro que esse é um debate mais complexo e exigiria maior reflexão. Na minha opinião, grande parte da esquerda erra ao reduzir sua crítica a uma defesa do Estado representativo contra as “distorções” do mercado. Ora, o estado sempre teve esse papel de “croupier”. Leia-se, por exemplo, os escritos de Foucault sobre o início do liberalismo alemão.
Bom, é isso, William, gostaria ainda de acrescentar que respeito suas opiniões e compreendendo que você possa discordar diametralmente das minhas, o que não é motivo para nos agredirmos. Um abraço e até logo.

cronopio

PARTE II: A escola austríaca argumenta que, para Marx, o valor é puramente objetivo, enquanto na verdade ele teria claramente um aspecto subjetivo que o teórico teria ignorado inadvertidamente. Ora, logo no 1º capítulo de o Capital vemos essa tese ser desmentida. Ali Marx afirma que toda mercadoria apresenta dois fatores: valor-de-uso e valor-de-troca. O valor-de-uso é a capacidade de satisfazer necessidades humanas, "que essas necessidades tenham a sua origem no estômago ou na fantasia, a sua natureza em nada altera a questão", salienta Marx, e acrescenta uma nota de rodapé muito elucidativa: "O desejo implica a necessidadeWilliam, em primeiro lugar, acho que você precisa aprender a argumentar de modo menos exaltado. É mister respeitar a opinião alheia, mesmo quando há discordância. Felizmente nem todos partilhamos dos mesmos pontos de vista, não acha? Afinal, o pensamento único é uma das ilusões totalitárias que permeou o nascimento do estado moderno, como você bem sabe. As piores teses de Comte se enveredam nessa direção. Acho também que você deveria abrir mão dos três pontos de exclamação seguidos e das frases em caixa alta. Dá a impressão de que você está em uma sala lotada, com muita gente falando ao mesmo tempo, e de que você quer gritar mais alto do que todo mundo. Bom, não é o caso. Vale lembrar que o volume em que argumentos são proferidos não lhes acrescenta mais apuro. Apesar disso acho que seu comentário toca em pontos importantes, embora não se detenha sobre eles. Você há de convir que ordenar ao seus interlocutores que estudem economia não é uma boa atitude. Bom, o meu ponto de discordância em relação às críticas pretensamente arrasadoras que a escola austríaca endereça a Marx é simplesmente a de que ele não compreenderam a historicidade das categorias marxistas. Corrija-me se eu estiver errado, mas a principal crítica da escola austríaca às teorias de Marx diz respeito à teoria do valor. A escola austríaca argumenta que, para Marx, o valor é puramente objetivo, enquanto na verdade ele teria claramente um aspecto subjetivo que o teórico teria ignorado inadvertidamente. Ora, logo no 1º capítulo de o Capital vemos essa tese ser desmentida. Ali Marx afirma que toda mercadoria apresenta dois fatores: valor-de-uso e valor-de-troca. O valor-de-uso é a capacidade de satisfazer necessidades humanas, "que essas necessidades tenham a sua origem no estômago ou na fantasia, a sua natureza em nada altera a questão", salienta Marx, e acrescenta uma nota de rodapé muito elucidativa: "O desejo implica a necessidade; é o apetite do espirito, que lhe é tão natural quanto a fome para o corpo (…) A maior parte [das coisas] retiram o seu valor do facto de satisfazerem as necessidades do espirito" (Nicholas Barbon, A Discourse on coining the new Money lighter 1696, pp. 2 e 3)". Ou seja, o valor-de-uso por ser muito bem subjetivo, no sentido que a escola austríaca dá ao termo, ou seja, pode satisfazer uma necessidade tanto do "estômago" quanto da "fantasia". (CONTINUA)

William

Nossa… quanta falácia num texto só. E quantos seguidores mais falaciosos ainda!!!! Não sei nem por onde começar a debater tanto conceito esdruxulo e tanta exaltação ao pensamento medíocre Marxista. Muitos estão culpando o capitalismo (neoliberal) pela crise assolando os países desenvolvidos mas se esquecem que tudo isso foi causado pelas mãos do governo tentando estimular a economia com intervenções desmedidas. Sem conta as políticas de welfare state europeus, que afundaram as contas publicas e deixaram os indivíduos cada vez mais dependentes do Estado. Não existe um país sequer na terra, hoje, sendo regido pelo capitalismo liberal. Que isso fique bem claro!!!

    Papai Noel

    Realmente, você está certo.Quando o mundo for regido pelo capitalismo liberal, aí sim haverá liberdade e democracia.O mundo será mais humano, haverá mais felicidade na terra!

William

Nossa… quanta falácia num texto só. E quantos seguidores mais falaciosos ainda!!!! Não sei nem por onde começar a debater tanto conceito esdruxulo e tanta exaltação ao pensamento medíocre Marxista. Muitos estão culpando o capitalismo (neoliberal) pela crise assolando os países desenvolvidos mas se esquecem que tudo isso foi causado pelas mãos do governo tentando estimular a economia com intervenções desmedidas. Sem conta as políticas de welfare state europeus, que afundaram as contas publicas e deixaram os indivíduos cada vez mais dependentes do Estado. Não existe um país sequer na terra, hoje, sendo regido pelo capitalismo liberal. Que isso fique bem claro!!!

Quanto ao aquecimento global, existem várias pesquisas/documentarios/estudiosos que não concordam com isso. Vale a pena ler mais sobre o assunto. O mundo já passou por várias eras, sejam elas frias ou quentes e nem por isso podemos culpar a intervenção humana. Somos absolutamente nada perto da influencia do Sol e oceano, sozinhos, no clima da Terra.

Eu quero que o capitalismo liberal apareça de fato nas nossas vidas. Zero influencia do estado, competição entre empresas levando os preços pra baixo, baixissimos impostos, e tudo na mão da iniciativa privada, que sabe ser eficiente. Estudem economia, POR FAVOR! E não to falando de Keynesianismo, que é uma baboseira ensinada nas faculdades, mas procurem a Escola Austriaca de Economia.

Abram a mente e parem com jargões ´´contra a burguesia´´ (como voces gostam de dizer) sem evidencias.

    cronopio

    PARTE II: A escola austríaca argumenta que, para Marx, o valor é puramente objetivo, enquanto na verdade ele teria claramente um aspecto subjetivo que o teórico teria ignorado inadvertidamente. Ora, logo no 1º capítulo de o Capital vemos essa tese ser desmentida. Ali Marx afirma que toda mercadoria apresenta dois fatores: valor-de-uso e valor-de-troca. O valor-de-uso é a capacidade de satisfazer necessidades humanas, "que essas necessidades tenham a sua origem no estômago ou na fantasia, a sua natureza em nada altera a questão", salienta Marx, e acrescenta uma nota de rodapé muito elucidativa: "O desejo implica a necessidadeWilliam, em primeiro lugar, acho que você precisa aprender a argumentar de modo menos exaltado. É mister respeitar a opinião alheia, mesmo quando há discordância. Felizmente nem todos partilhamos dos mesmos pontos de vista, não acha? Afinal, o pensamento único é uma das ilusões totalitárias que permeou o nascimento do estado moderno, como você bem sabe. As piores teses de Comte se enveredam nessa direção. Acho também que você deveria abrir mão dos três pontos de exclamação seguidos e das frases em caixa alta. Dá a impressão de que você está em uma sala lotada, com muita gente falando ao mesmo tempo, e de que você quer gritar mais alto do que todo mundo. Bom, não é o caso. Vale lembrar que o volume em que argumentos são proferidos não lhes acrescenta mais apuro. Apesar disso acho que seu comentário toca em pontos importantes, embora não se detenha sobre eles. Você há de convir que ordenar ao seus interlocutores que estudem economia não é uma boa atitude. Bom, o meu ponto de discordância em relação às críticas pretensamente arrasadoras que a escola austríaca endereça a Marx é simplesmente a de que ele não compreenderam a historicidade das categorias marxistas. Corrija-me se eu estiver errado, mas a principal crítica da escola austríaca às teorias de Marx diz respeito à teoria do valor. A escola austríaca argumenta que, para Marx, o valor é puramente objetivo, enquanto na verdade ele teria claramente um aspecto subjetivo que o teórico teria ignorado inadvertidamente. Ora, logo no 1º capítulo de o Capital vemos essa tese ser desmentida. Ali Marx afirma que toda mercadoria apresenta dois fatores: valor-de-uso e valor-de-troca. O valor-de-uso é a capacidade de satisfazer necessidades humanas, "que essas necessidades tenham a sua origem no estômago ou na fantasia, a sua natureza em nada altera a questão", salienta Marx, e acrescenta uma nota de rodapé muito elucidativa: "O desejo implica a necessidade; é o apetite do espirito, que lhe é tão natural quanto a fome para o corpo (…) A maior parte [das coisas] retiram o seu valor do facto de satisfazerem as necessidades do espirito" (Nicholas Barbon, A Discourse on coining the new Money lighter 1696, pp. 2 e 3)". Ou seja, o valor-de-uso por ser muito bem subjetivo, no sentido que a escola austríaca dá ao termo, ou seja, pode satisfazer uma necessidade tanto do "estômago" quanto da "fantasia". (CONTINUA)

    cronopio

    PARTE III: Os valores-de-uso, salienta Marx, são constituídos historicamente, o que qualquer um pode perceber ao questionar-se, por exemplo, sobre qual valor poderia ter o ferro antes de que o ser humano dominasse a técnica da fundição. O que os vienenses não levaram em conta é o fato de que, na relação de troca, o valor-se-uso, ou seja, aquela qualidade instrínseca às coisas, é abstraído. Nas palavras de Marx: “Este elemento comum não pode ser uma propriedade natural qualquer – geométrica, física, química, etc. – das mercadorias. As a qualidades naturais destas só são tomadas em consideração, na medida em que lhes conferem uma utilidade que as torna valores-de-uso. Mas, por outro lado, é evidente que na troca se faz abstracção do valor-de-uso das mercadorias, sendo a relação de troca caracterizada precisamente por essa abstracção.” Ora, se as qualidades intrínsecas a casa mercadoria fossem levadas em conta, seria impossível comparar o seu valor. A própria troca implica uma abstração dessas qualidades. Como afirma Marx: “como valores-de-uso, as mercadorias são, sobretudo, de qualidade diferente; como valores-de-troca só podem ser de quantidade diferente [e não contêm, portanto, um só átomo de valor-de-uso].” Ora, Marx também não é o primeiro a afirmar isso, o por isso cita Barbon: "One sort of wares are as good as another, if the value be equal. There is no diffeMarence or distinction in things of equal value". Barbon acrescenta: "Cem libras esterlinas de chumbo ou de ferro têm tanto valor como em libras esterlinas de prata ou de ouro" (N. Barbon, l. c.,p. 53 e 7)”. Essa perda das qualidades, ou subsunção do valor-de-uso, é justamente um dos aspectos mais problemáticos da relação da troca no sistema capitalista. A forma do valor foi criada pela sociedade capitalista e não pode ser desfeita num passe de mágica. O que garante sua objetividade é a manutenção do sistema capitalista, que não existiu sempre e, pelo bem da humanidade, não durará eternamente; Como salienta David Harvey, professor da universidade de NY, os que criticam Marx por ser “materialista” ficariam surpresos ao ler o primeiro capítulo.
    Quanto a dicotomia Estado e Mercado, trata-se de uma falsa questão. O “mercado puro” é uma abstração, do mesmo modo que o Estado puro hegeliano. Basta estudar o surgimento do capitalismo para perceber que um não existe sem o outro. Claro que esse é um debate mais complexo e exigiria maior reflexão. Na minha opinião, grande parte da esquerda erra ao reduzir sua crítica a uma defesa do Estado representativo contra as “distorções” do mercado. Ora, o estado sempre teve esse papel de “croupier”. Leia-se, por exemplo, os escritos de Foucault sobre o início do liberalismo alemão.
    Bom, é isso, William, gostaria ainda de acrescentar que respeito suas opiniões e compreendendo que você possa discordar diametralmente das minhas, o que não é motivo para nos agredirmos. Um abraço e até logo.

    Adriano Ribeiro

    Cronopio, suas considerações foram perfeitas em teoria e na aplicação específica dos comentários anteriores.

    Parabéns!

    Leonardo

    Perfeito.

    cronopio

    PARTE I: William, em primeiro lugar, acho que você precisa aprender a argumentar de modo menos exaltado. É mister respeitar a opinião alheia, mesmo quando há discordância. Felizmente nem todos partilhamos dos mesmos pontos de vista, não acha? Afinal, o pensamento único é uma das ilusões totalitárias que permeou o nascimento do estado moderno, como você bem sabe. As piores teses de Comte se enveredam nessa direção. Acho também que você deveria abrir mão dos três pontos de exclamação seguidos e das frases em caixa alta. Dá a impressão de que você está em uma sala lotada, com muita gente falando ao mesmo tempo, e de que você quer gritar mais alto do que todo mundo. Bom, não é o caso. Vale lembrar que o volume em que os argumentos são proferidos não lhes acrescenta mais apuro. Apesar disso acho que seu comentário toca em pontos importantes, embora não se detenha sobre eles. Você há de convir que ordenar ao seus interlocutores que estudem economia não é uma boa atitude persuasiva. Bom, vamos aos argumentos: o meu ponto de discordância em relação às críticas pretensamente arrasadoras que a escola austríaca endereça às ideias Marx é simplesmente a de que os vienenses não compreenderam a historicidade das categorias marxistas. Corrija-me se eu estiver errado, mas a principal crítica da escola austríaca às teorias de Marx diz respeito à teoria do valor. (CONTINUA)

Paulo Villas

… os Protocolos dos Sábios do Sião ………

Bonifa

O atual governo grego não é governo grego. É uma Junta de Intervenção dos bancos europeus na Grécia. São interventores, não governantes legítimos.

Daniel

O autor parte de premissas corretas e tende à conclusões bastante otimistas, a meu ver. O próprio Marx afirmou que o Capitalismo não morre de morte natural e um colega já comentou a respeito. De crises capitalistas só surge mais capitalismo: é possível destruí-lo, mas nunca controlá-lo. O subprime de 2009 foi só a marolinha. Soros já apostou na quebra do Euro, a crise da Grécia está "contaminando" toda a zona do Euro e a solução é a mesma: pagar a bancaria cortando programas sociais. O capitalismo não chega ao fim por si mesmo, ou o enterramos ou somos enterrados.

Bonifa

Agentes de Israel estão sabotando barcos que compõe a flotilha de ajuda humanitária aos palestinos de Gaza. Já sabotaram dois barcos: o francês “Louise Michel” e o irlandês MV SAOIRSE. Mesmo assim, os componentes da flotilha estão determinados a partir de qualquer jeito, da Grécia rumo a Gaza.
http://irishshiptogaza.org/?p=715

Pedro Luiz Paredes

Apesar das consequências inadmissíveis sob o ponto de vista social não acho que o problema resida no capitalismo; muito menos que o socialismo seja a solução. Os dois sistemas privam a vida de pessoas baseando-as na ideologia de alguns sob uma centralização de poder.
Se reparar na fraqueza institucional brasileira no âmbito jurídico e político, ou quando se faz jurídico-político, temos que esses poderes são usados de forma medieval. Se for escalonar isso historicamente estamos consolidando um sistema feudal. Me lembro até das capitanias hereditárias para tentar comparar.
Qualquer sistema funciona se fiscalizado e corrigido com propriedade.
No Brasil o superfaturamento atinge no mínimo 40% dos gastos públicos, a dívida pública também é superfaturada. Só a fiscalização dessas duas situações traria vários PACS de investimento e qualidade de vida. Se tivermos administradores competentes fica melhor ainda (mas isso é tão utópico quanto a sustentação do neoliberalismo ou socialismo).
Os outros países se ferraram por abrirem as pernas demais para o capitalismo; ou seja, não abra as pernas demais porque se não vai ficando cada vez mais fácil. Simples assim.
Os protestos dos (segundo a rede bobo)"extremistas gregos" é totalmente legítimo, pois a proposta para o fim do caos financeiro sob a égide política é cada vez mais a estagnação social, ou seja, os estados estão se enfraquecendo diante da iniciativa privada.
Muitos devem até estranhar pois sabem que os títulos das dívidas públicas estão também nas mãos de pessoas jurídicas de direito internacional público, mas também percebem que esses são sempre os prejudicados pois a submissão cada vez maior dos governos diante da iniciativa privada impede que os detentores do controle do sistema financeiro mundial percam. Muitas vezes governos os salvam.
Isso é culpa de todos os habitantes de um país, não venham comodamente por a culpa no sistema.

Bonifa

Agora o bicho pegou. A Rússia ficou uma arara com as notícias veiculadas ontem de que a França esta fornecendo armas aos rebeldes da Líbia e exige explicações:
.
“Estamos perguntando aos franceses se as informações relativas ao fornecimento de armas suas para os rebeldes líbios correspondem à realidade (…). Se isto se confirmar, trata-se de uma grosseira violação da resolução 1970 do Conselho de Segurança das Nações Unidas”, declarou o ministro dos negócios estrangeiros da Rússia, Serguei Lavrov. http://www.lemonde.fr/afrique/article/2011/06/30/

Carmem Leporace

Outro estalinista neanderthal tendo um surto psicótico.

Pobre sujeito, pior de tudo que os trolls esquerdopatas ainda estufam o peito a caem como patos nesse discurso da idade média, pobres trolls esquerdoloides.

    Bonifa

    Leporace, você está enganado de época. A Tatcher não está mais no governo inglês e o Reagan também já se foi. Milton Friedman roeu a ponta de seu famoso lápis e desapareceu lapiseira a dentro.

    cronopio

    As atitudes do governo grego mostram que o discurso da democracia ocidental atual é apenas fachada. A vontade política dos 80% da população (que discorda da implementação do pacote de austeridade) é simplesmente desrespeitada e violentamente reprimida. O fato de que líderes de outros países apelarem para argumentos espúrios como os de que "os gregos não gostam de trabalhar" apenas demonstra a fragilidade de sua própria posição. Falar a verdade nesse caso, ou seja, de que grande parte do crescimento da economia alemã é tributário do consumo grego, torna-se um crime. Os Bancos Centrais europeus estão literalmente "fazendo a rapa" na economia grega antes de seu inevitável colapso. Ficou muito evidente para a população grega que o capital bancário e o governo "democrático" (ironicamente, de um primeiro ministro socialista) estão em conluio, são criminosos e deveriam ser destituídos de seus cargos. Como o rei ficou nu, só resta descer o cacete em quem sugerir o óbvio e tentar defender-se contra os desmandos. A Grécia não sairá das garras dos poderosos sem uma revolução.

    João

    rapaz…

    vc treinou pra escrever esse monte de bobagens ou é "talento nato" mesmo?

    q coisa mais triste…

    rsrsrsrsrsrs

    João

    vc treina em casa pra escrever essas bobagens ou é uma espécie de "talento" q vc tem?

    se for de improviso, vc é muito talentoso em escrever tolices!

    rsrsrsrsrsrs

Marcelo de Matos

(parte 2) Essa determinação dos preços pela Fiat e a VW tem nome: cartel. Será que entendi bem? Então o Brasil ajuda a sustentar o capitalismo na Itália e na Alemanha? Sim senhor. Este não é só o país do futebol e do samba: somos ótimos, também, na formação de cartéis. Por que o carro é tão caro no Brasil? Resposta: cartel; por que o combustível… Resposta: cartel; por que o cimento… Resposta: cartel. Eis aí um problema brasileiro para ser discutido na série Brasilianas, no Canal Brasil. Falamos em desindustrialização, quando o país ainda nem se industrializou: temos vários gargalos, como portos, ferrovias, mão de obra especializada, que só se obtém com melhoria do ensino, etc. Falamos em colapso do capitalismo, quando nem conseguimos implantar o sistema de livre concorrência. Onde está o capitalismo brasileiro? Na verdade, aqui não há capitalismo, mas, cartelismo.

Marcelo de Matos

(parte 1) Em 1880 Friedrich Engels publicou o livro “Do socialismo utópico ao socialismo científico”. Engana-se, porém, quem acredita que só o socialismo comporta utopias. O capitalismo idem. Nossa CF estabelece no inc. IV, do art. 170, o princípio da livre concorrência. E o § 4º, do art. 173, estipula que: “A Lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros”. A lei tenta reprimir a dominação do mercado através de instituições como o MP e o CADE, Conselho Administrativo de Defesa Econômica. Em vão. Os agentes econômicos driblam com facilidade todas as tentativas de disciplinamento levadas a cabo por essas instituições. De repente, não mais que de repente, saiu em toda a mídia: “Os preços dos carros no Brasil são determinados pela Fiat e a VW. As demais montadoras seguem o patamar traçado pelas líderes”; “Algumas montadoras instaladas no Brasil são responsáveis por boa parte do lucro mundial das suas matrizes”.

Almerindo

Azenha, fora do assunto, mas…:

"Governo e telefônicas chegam a acordo sobre banda larga popular.

Acordo será assinado nesta quinta feira.

Para chegar ao acordo, o governo desistiu que obrigar as telefônicas a garantir um mínimo de 40% da velocidade contratada e 70% de velocidade média até 2014.

Em troca, o Governo se contentou com a promessa do presidente da Anatel, o embaixador Ronaldo Sardemberg, de “acelerar a votação dos regulamentos de qualidade da banda larga”."

Fonte: http://economia.estadao.com.br/noticias/not_73896

PROMESSA??? PERAÍ!!! PROMESSA??? Ministro, NINGUÉM vive de PROMESSA!!! Se CONTENTOU??? O governo então está na mão delas???

Eles não costumam entregar NEM 10% da largura de banda contratada, pô!!!

QUE LOUCURA É ESSA??? Não votei na Dilma pra isso!

ana

O ser humano já esteve na beira do abismo em outras ocasiões e conseguiu superar. Hoje, se os cientistas estão corretos, o planeta terra é que esta perigando ser extinto com grande contribuição do ser humano. Na minha humilde opinião, o planeta terra tem seus ciclos. E os que nele habitam não ficam incolumes diante das mudanças. Estamos passando por mais um, que fatalmente viria. O homem acelerou esse processo, antecipando o novo ciclo. O planeta terra sobreviverá, não como o conhecemos hoje e sem os habitantes d'agora. Outros seres irão habitar o planeta TERRA, os que melhores se adaptarem as mudanças e os que sobreviverem a elas. O homem, se não criar mecanismo para se transportar a outros planetas e criar condições de moradia neles , não sobreviverá. O momento do homem na terra esta perto do fim.
A verdade é que no final todos torcemos para que o fim dos tempos não seja no tempo de cada um aqui na terra.

    Marcelo de Matos

    Ana, assim você me assusta.

Pedro

Seu artigo é ótimo, mas a interpretação de Marx não bate com o que ele pensava a respeito da sociedade capitalista. O que você vê como negativo, ele via como necessário. Afinal de contas, se um determinado modo de produção não se envenena, não há renovação social, não há transformação. Marx não desejava que o capitalismo se tornasse incompatível com a vida, mas pensava que esta incompatibilidade tinha que ocorrer necessariamente dada a própria dinâmica da produção capitalista. Este é o fundamento revolucionário de sua análise.

Felipe

Se tomarmos os EUA e a Europa por mundo, é possível que o texto esteja certo (e mesmo assim me parece improvável). Mas o mundo é muito maior do que isso, não? Para cada espanhol falido tem no mínimo 3 brasileiros entrando na classe média. Para cada grego, americano e português que afundam, devem existir uns 10 chineses emergindo. E isso sem contar outros países que vivenciaram um crescimento considerável e que abrigam muito mais gente do que o continente europeu inteiro…

A Espanha viveu um crescimento irreal com dinheiro irreal que magicamente foi usado para comprar imóveis e aquecer a economia. Por uma politicagem barata, ultrapassou a renda per capita italiana e sonhou estar entre os 7 países mais ricos do mundo com sua população de apenas 40 milhões! Alguém ia ter que pagar a conta em algum momento. Grécia e Portugal entraram para a UE e tiveram uma melhora no nível de vida, mas a Grécia maquiou dados durante o processo e Portugal nunca foi exatamente o centro do capitalismo mundial. Todos esses países que hoje estão em crise foram vítimas de politicagem barata e irresponsável. Nenhum desses países entrou em crise porque o Capitalismo é um beco sem saída, mas por causa de atalhos perversos, mesmo.

Eu acho que essa crise "capitalista" que atinge diretamente apenas meia dúzia de países é na verdade política. E penso que existem soluções nesse caso, assim como houve para a Argentina pós Menem. Demora para reverter o quadro, e muita gente está permanentemente prejudicada – mas felizmente pessoas têm força e inteligência suficientes para virar o jogo nessas ocasiões.

E, quanto ao aquecimento global, ainda não é crítico como o texto insinua. Aliás, com a diminuição da atividade solar, aparentemente estamos entrando em uma mini era glacial (como já aconteceu muitas vezes no passado) e isso está atenuando e muito os efeitos do aquecimento que provocamos. Neste momento, não faz sentido dizer que a situação seja verdadeiramente crítica – muito embora seja assunto relevante e indispensável para o nosso futuro.

    Zé Raimundo

    Olha Felipe,

    perdoe-me mas acho que não percebe o óbvio !!!! espécies animais e vegetais estão desaparecendo da façe da terra queira você acreditar ou não e isso é fato como é fato também que tudo issso é resultado do modelo de desenvolvimento capitalista sim…pena que ainda tenha pessoas esclarecidas que querem tapar o sol com a peneira…deve ser pra servir de consolo para consciência.

    Felipe

    A URSS era tão poluidora quanto os EUA – e isso sem ser capitalista!

    Além disso, o fato de praticamente não existirem mais linces na Península Ibérica não tem absolutamente nada a ver com os problemas enfrentados pelos povos daquela região. É o primeiro felino a realmente correr risco de extinção desde os tigres dente de sabre (que sumiram muito antes do capitalismo).

    O problema ambiental existe e precisa ser combatido. Mas mesmo que devesse ser, ainda não é uma questão crítica a ponto de afetar o sistema de produção neste momento. Tenho certeza de que mesmo você, que considera o peso disso tão óbvio, não seria capaz de lembrar de muitas espécies de vegetais que desapareceram da face da Terra e nem muito menos de dizer em que tal desaparecimento nos prejudicou…

    Não me entenda mal: é uma questão importante e o mundo pode pôr a humanidade em risco no futuro se não cuidarmos dele. Mas agora, neste exato momento, não há qualquer evidência de que isto esteja afetando o capitalismo como o texto sugere.

    Cronopio

    Felipe, acho que a URSS era, no fundo, tão capitalista quanto os EUA. Os argumentos estão em "O Colapso da modernização" de Robert Kurz

    cronopio

    Caro Felipe, acho que seu texto levanta questões fundamentais, mas discordo das conclusões que você tira. Primeiramente, acho que você se equivoca em analisar cada economia separadamente, justamente o erro que você imputa ao autor no começo do seu comentário. Por exemplo, você não relaciona o crescimento chinês ao processo global de internacionalização da mão-de-obra (como você sabe, o único setor em que a "globalização" de fato se efetivou foi na internacionalização da mão-de-obra). Ainda em relação a isso, você parece ignorar que grande parte do crescimento da economia alemã foi proporcionado pelo consumo desses países periféricos europeus que você critica: como economias menores adotaram a mesma divisa que as economias maiores, os países centrais acumularam superávits e ainda, concomitantemente, para garantir o consumo, compraram títulos da dívida grega, facilitando o consumo a crédito). Outra relação que, penso, precisamos fazer (e trata-se de uma articulação bastante complexa, é verdade) é de cunho histórico: a atual crise da Grécia, da Irlanda, de Portugal e da Espanha está diretamente relacionada à crise que atingiu os EUA recentemente. Na minha opinião, o que você chama de "dinheiro irreal" é o que está na ponta do capitalismo atual. Não é à toa que muitos economistas (mesmo os consrecismos reconhecer que é impossível retornar ao capitalismo industrial. É claro que essa é uma discussão de maior escopo (você poderia, por exemplo, argumentar que a economia da Índia cresceu com o trabalho industrial em plena crise americana, ao que eu argumentaria que esse crescimento está diretamente relacionado às "grandes marcas", que não são nada mais do que "renda de monopólio"). Finalmente, não concordo quando você afirma que essa crise é apenas política. Respeito sua opinião mas, ao meu, ver a única coisa política nessa crise é o remanejamento do prejuízo para os mais pobres.

    cronopio

    Caro Felipe, acho que seu texto levanta questões fundamentais, mas discordo das conclusões que você tira. Primeiramente, acho que você se equivoca em analisar cada economia separadamente, justamente o erro que você imputa ao autor no começo do seu comentário. Por exemplo, você não relaciona o crescimento chinês ao processo global de internacionalização da mão-de-obra (como você sabe, o único setor em que a "globalização" de fato se efetivou foi na internacionalização da mão-de-obra). Ainda em relação a isso, você parece ignorar que grande parte do crescimento da economia alemã foi proporcionado pelo consumo desses países periféricos europeus que você critica: como economias menores adotaram a mesma divisa que as economias maiores, os países centrais acumularam superávits e ainda, concomitantemente, para garantir o consumo, compraram títulos da dívida grega, facilitando o consumo a crédito). Outra relação que, penso, precisamos fazer (e trata-se de uma articulação bastante complexa, é verdade) é de cunho histórico: a atual crise da Grécia, da Irlanda, de Portugal e da Espanha está diretamente relacionada à crise que atingiu os EUA recentemente. Na minha opinião, o que você chama de "dinheiro irreal" é o que está na ponta do capitalismo atual. Não é à toa que muitos economistas (mesmo os consrecismos reconhecer que é impossível retornar ao capitalismo industrial. É claro que essa é uma discussão de maior escopo (você poderia, por exemplo, argumentar que a economia da Índia cresceu com o trabalho industrial em plena crise americana, ao que eu argumentaria que esse crescimento está diretamente relacionado às "grandes marcas", que não são nada mais do que "renda de monopólio"). Finalmente, não concordo quando você afirma que essa crise é apenas política. Respeito sua opinião mas, ao meu, ver a única coisa política nessa crise é o remanejamento do prejuízo para os mais pobres.

    Felipe

    Cronopio,

    De fato, houve a internacionalização da mão de obra, mas eu não creio que esse fenômeno seja algo crítico para o capitalismo, porque acaba desconcentrando a renda e aquecendo as economias mais fracas. Creio que podemos dividir tal processo duas fases até o momento: no início houve mera transferência de emprego com custos e salários mais baixos. Porém, do ponto de vista dos países beneficiados, foi uma injeção razoável de capital que acabou aquecendo aquelas economias e agora em muitos casos já se pode dizer que surge uma indústria nacional. O sudeste asiático, que há algumas décadas constituía o maior bolsão de pobreza do mundo, agora parece estar a caminho de uma vida digna.Já os EUA e a Europa, que constituíam um grande polo de riqueza e poder político continuam tão ricos quanto mas menos influentes politicamente.

    No caso da União Européia, realmente surgiram alguns problemas, porque a tendência é o nivelamento e eles necessariamente vão perder cada vez mais se tudo continuar no mesmo caminho. Por enquanto os salários propriamente ditos não caíram, mas a relação de emprego já é muito diferente – na Alemanha, para se ter uma idéia, são comuns agências de empregos terceirizados, algo que não temos aqui. Funcionam mais ou menos assim:
    Um profissional qualquer, digamos, um engenheiro (mas poderia ser qualquer outro ramo), se inscreve na agência. Quando uma empresa precisa de engenheiro, entra em contato com a agência, que o indica – não sem ganhar por isso. Ele, por sua vez, trabalha sem direito a férias ou qualquer outro benefício e, no fim do prazo, volta para a situação anterior, de desemprego.

    Isso flexibiliza o trabalho, beneficia o empresário e reduz os custos de produção. Os defensores desse tipo de postura defendem a competitividade, mas a verdade é que isso está derrubando o nível de vida da população.

    Penso que os países ricos vivem em um momento de crise por causa de um deslocamento do poder econômico – o que não caracteriza de forma alguma uma crise capitalista porque beneficia outros países e o balanço final é positivo (o PIB mundial cresceu consideravelmente desde 2004, mesmo computando as perdas de quando a crise americana estava no auge). A crise espanhola é realmente uma espécie de repetição da americana, mas a destes dois países não se assemelha à da Grécia – podem, no máximo, ter funcionado como um catalizador, mas a Grécia traçou seu futuro quando ingressou na UE. Os próprios países membros tinham consciência do que estava por vir, mas fizeram vistas grossas. Em ambos os casos (Espanha e Grécia) – aliás, aqui podemos incluir também Portugal – o fato de não terem controle sobre a própria moeda é um agravante.

    Acho que nesse ponto discordamos: você aponta a adoção de divisas de economias maiores por países cujas economias são menores e mais frágeis como uma causa, enquanto que eu vejo tal fato como um agravante.

    Além disso, acredito que uma coisa é o processo relativamente lento e irreversível provocado pela internacionalização da mão de obra, e outra são as políticas absurdas adotadas por certos governos para beneficiar meia dúzia de poderosos.

    Daniel

    As atitudes do governo grego mostram que o discurso da democracia ocidental atual é apenas fachada. A vontade política dos 80% da população (que discorda da implementação do pacote de austeridade) é simplesmente desrespeitada e violentamente reprimida. O fato de que líderes de outros países apelarem para argumentos espúrios como os de que "os gregos não gostam de trabalhar" apenas demonstra a fragilidade de sua própria posição. Falar a verdade nesse caso, ou seja, de que grande parte do crescimento da economia alemã é tributário do consumo grego, torna-se um crime. Os Bancos Centrais europeus estão literalmente "fazendo a rapa" na economia grega antes de seu inevitável colapso. Ficou muito evidente para a população grega que o capital bancário e o governo "democrático" (ironicamente, de um primeiro ministro socialista) estão em conluio, são criminosos e deveriam ser destituídos de seus cargos. Como o rei ficou nu, só resta descer o cacete em quem sugerir o óbvio e tentar defender-se contra os desmandos. A Grécia não sairá das garras dos poderosos sem uma revolução.

    João

    vc é o cronopio ?

    vc copiou do cronopio ?

    cronopio copiou de vc ?

    na verdade, não importa… é bobagem do mesmo jeito! rsrsrsrsrs

    Cronopio

    Isso João, mostre toda sua educação, refinamento e perspicácia argumentativa. rsrsrsrs

    João

    dificil ser refinado lendo essas coisas q vc escreve…

    mas achei até q fui sutil!

    rsrsrsrsrs

    Cronopio

    Você poderia tentar pelo menos explicar para nós idiotas esquerdopatas os pontos em que discorda. Caso contrário, fica parecendo que você não tem argumentos, o que evidentemente não é o caso.

Ricardo

Esses comentarios me fazem lembrar de Mad max … e do especial discovery " o mundo sem ninguem"…….

operantelivre

"…a perversidade do sistema que esfola as pessoas em nome da acumulação meramente material, que se mostra sem coração ao exigir mais e mais eficiência a ponto de levar os trabalhadores ao estresse profundo, ao desespero e, não raro, ao suicídio, como ocorre em vários países e também no Brasil."

Reli diversas vezes o trecho acima pensando na vida de muitas pessoas que conheço de perto, e na minha também.

Tenho dúvidas sobre o uso do conhecimento que a população vai adquirindo para se tornar um melhor gerador de capital e de crítica. Será que dará tempo de nos salvar a todos?

Acho que importamos uma "mordaça" chamada consumo, Esta,de modo i lusório, mantém-nos sendo "esfolados" e" consumidos" por uma cultura que nos rouba a vida. Sujeitos ao ao sofrimento de relações de trabalho crescentemente estressantes muitos consumidores-consumidos desistem dos bens materiais e da própria vida e se suicidam, quando a vida já lhes havia sido roubada. Quais os nomes desse Sistema?

SILOÉ -RJ

UM dos antídotos para o veneno do capitalismo está na melhor distribuição de renda, do trabalho, na valorização do CAPITAL HUMANO e na ERRADICAÇÃO DOS JUROS.
Consumir menos, comer sem exagero e sem disperdício, por exemplo, exige menos da NATUREZA. Dar a ELA e ao SER HUMANO, o tempo necessário de repouso, iria diminuir muito esse rítmo acelerado em que vivemos, por consequência mais qualidade de vida, menos agressão a natureza.
Dois turnos diurnos de trabalho, dois turnos noturno de trabalho, dobrariam o número de trabalhadores no mundo e aumentaria o tempo dedicado à família ao estudo e ao lazer, com isso menos 'stress' melhor convivência
Algumas medidas parecem absurdas demais outras simplistas demais, mas, na atual cunjuntura, qualquer utopia é válida para reflexão.
Num futuro não muito remoto, SÓ SERÁ RICO o homem que tiver UMA ÁRVORE plantada no seu quintal.

    cronopio

    Pois é, mas acho que o IPTU de quem tiver uma árvore no quintal vai ficar bem caro, né? Não vai ser qualquer pobretão que poderá se dar ao luxo de ter seu próprio quinhão de natureza.

tião medonho

essa mais nova "crise final" do capitalismo é igualzinho ao que diz Mark Twain sobre parar de fumar…
"parar de fumar é muito facil, eu mesmo ja parei varias vezes"…

O_Brasileiro

Com a fome, virão as guerras… e com estas a perda de infra-estrutura e saneamento básico… e com estes as doenças… e com todos estes, a morte!

Regina Braga

O capitalismo socializa as perdas e nunca os lucros…Faltamente iria se esgotar.

    Gerson

    Que o diga Abílio Diniz e Carrefour.

    João

    Abilio Diniz, Carrefour e 4 BILHÕES DO BNDES…

    viu como apoiar a Dilma faz bem?

    Cronopio

    Isso João, mantenha essa linha de raciocínio, seus argumentos são mesmo imbatíveis! rssrsrs

    João

    fofo, vc aqui de novo?

    rsrsrsrsrs

Gerson

21/12/2012 ou é 12/12/2012 ?

Sei não, pode ser 12/12/2112 ?

A arte, é de viver da fé, só não se sabe fé em que.

Leonardo

"Wikileaks: Para China, Brasil não tem capacidade de liderar

Documentos obtidos pelo Wikileaks e revelados pela agência A Pública mostram que, na avaliação do ex-embaixador chinês em Brasília, a China acredita que o Brasil não tem "capacidade e influência" para ser líder e que as ambições do país excedem seu verdadeiro peso no cenário internacional.

Telegramas de agosto de 2008 registram diálogo dos então embaixadores da China, Chen Duqing, e dos Estados Unidos, Clifford Sobel. O representante asiático considerou que o Brasil não possuía qualificação para pleitear assento permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas e estava "interessado apenas em algumas áreas, e não em paz ou em segurança".

"Em outro telegrama, os Estados Unidos ponderavam que a principal relutância chinesa quanto à reforma no Conselho de Segurança dizia respeito à possível entrada do Japão no conselho. Para os diplomatas, se a China apoiasse o Brasil em seu antigo anseio por uma inserção mais profunda no principal organismo multilateral, estaria por tabela beneficiando os rivais asiáticos", conta a agência.

O embaixador chinês ainda classificou o porto de Santos como "o pior do mundo". E reclamou que a burocracia brasileira é muito confusa, com uma sobreposição de funções. Ainda observou que, por não ter consolidado suas bases para garantir desenvolvimento prolongado e mais crescimento econômico, fica comprometida a meta de reduzir a desigualdade social. Em várias correspondências, os diplomatas americanos consideram que o Brasil considera a China como um aliado fundamental, mas que não recebe o mesmo tratamento".
http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI52…

    SILOÉ -RJ

    Isso foi em 2008, com certeza agora a China foi pelos fatos, obrigada a rever os seus conceitos sobre o Brasil e não terá outra alternativa a não ser a de apoiar o Brasil ao assento permanente na ONU.

    Felipe

    Não sei… acho que atualmente tem um enorme fundo de verdade no que o chinês pensa. Mas o interessante do Brasil é que boa parte do crescimento se deveu diretamente à política de distribuição de renda, e isso é um caminho muito diferente do que vemos no resto do mundo (incluindo a própria China). O Brasil não é tudo o que aparentemente acredita ser, mas o maior trunfo que temos não está no crescimento em si ou no PIB, mas no modo como crescemos. Somos puxados pela base da pirâmide, e não pelo topo!

    Infelizmente, em um mundo dominado pela visão de extrema direita neoliberal, tais avanços estão sob constante ameaça (o Serra que o diga). Mas se seguirmos assim durante mais algumas décadas, seremos um país verdadeiramente desenvolvido.

    Os feitos do governo na última década foram realmente incríveis e provaram que o Brasil realmente está acontecendo. Quem antes do ano 2000 poderia sonhar com o fim da extrema pobreza em nosso país até 2020? Estamos vivendo uma revolução, e se o dinheiro do pré-sal for dividido corretamente (sem essa de beneficiar quase que exclusivamente os Estados "produtores" – até porque se não me engano a maioria das plataformas ficam a mais de 250km da costa), o crescimento será exponencial. Imagine o fim da macrocefalia urbana, da concentração regional e todos esses pesadelos que atravancam o desenvolvimento nacional…

    Não precisamos fazer tudo certo para chegar lá. Mas se acertarmos apenas no que é verdadeiramente relevante, o sonho brasileiro fatalmente se realizará. Ao menos é nisso que passei a acreditar depois de ver a desigualdade social histórica começar a ser revertida e a dívida externa que antes era impagável deixar de ser um problema.

    Daniel

    Respeito suas opiniões Felipe, mas acho que o argumento desenvolvimentista é bastante contraditório. Em primeiro lugar, trata-se de um argumento nacionalista. Ora, por que o Brasil tem mais direito à riqueza do que os outros países? O que deveriamos criticar é justamente a concorrência entre as economias nacionais. O Brasil não é mais nobre do que os outros países e muitas empresas brasileiras autam de maneira tão predatória em países da África (vide o caso de uma famosa construtora que abandonou a Líbia recentemente, com medo da revolta popular) como as empresas dos países desenvolvidos fazem aqui. É claro que também considero a distribuição de renda (embora esses números possam ser discutidos) um mérito do governo petista, incomparavelmente superior do que o governo tucano, mas considero que o argumento desenvolvimentista não consegue criticar um dos problemas mais básicos do capitalismo: o fetichismo da mercadoria. O mecanismo fetichista faz com que a riqueza "apareça" (a expressão abre o livro "O Capital") "como uma imensa coleção de mercadorias". Será que riqueza é apenas acumular coisas, ou melhor, produzi-las e consumi-las a toque de caixa? Será que não deveríamos ampliar nosso panorama crítico?

    Leonardo

    De certo modo a China está certa. Analisem abaixo…

    Como um país (Brasil) pretende liderar alguma coisa com dados como esses:

    O Brasil registra menos patentes do que Toyota sozinha;

    Em 2009, em plena recessão, a Toyota sozinha registrou no mercado internacional mais de mil patentes. No mesmo ano, todas as empresas brasileiras reunidas não conseguiram registrar pelo sistema internacional nem metade desse volume;

    Multinacionais como Sharp, LG, Dupont, Motorola ou Microsoft também registraram mais patentes que todo o setor privado e institutos de pesquisa do Brasil, o que mostra a distância entre o país e os principais centros de inovação.

    Só a Panasonic registrou um número de patentes cinco vezes maior que todo o Brasil;

    Em 2009, o Brasil era responsável por apenas 0,3% das patentes internacionais registradas. O registro de patentes é considerado como um índice de desenvolvimento tecnológico e de pesquisa dos países.

    Só a China registrou em 2009 mais de 7,9 mil patentes e já superou França e Reino Unido em inovação.

    Hoje, a China é a quinta economia mais inovadora do mundo. Entre 2008 e 2009, os chineses aumentaram os registros em 29,7% e uma de suas empresas, a Huawei Technologies, é a segunda maior responsável por patentes no planeta;

    “Sozinha, a empresa tem mais de 1,8 mil patentes registradas apenas em 2009. Ela só é superada pela Panasonic, do Japão. A maior responsável por patentes no Brasil em 2009 foi a Whirlpool, com 31 pedidos de patentes e a 565ª maior do mundo. A Universidade Federal de Minas Gerais é a 858ª maior responsável por patentes no mundo em 2009, com 20 pedidos.”

    “Elas são as duas únicas representantes brasileiras entre as mil empresas e instituições que mais registram patentes. No ranking geral, o país emergente melhor colocado é a Coréia do Sul, em quarto lugar e com oito mil patentes em 2009. A liderança ainda é dos Estados Unidos, que registrou no ano passado 45,7 mil patentes, quase 30% de todas as patentes existentes no mundo em 2009.”

    O Brasil possui o maior número de faculdades de Direito no mundo e produz muito mais teses de mestrado e doutorado em ciências humanas e sociais por ano do que registro de marcas e patentes de alta tecnologia em máquinas e equipamentos.

    Segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), são 1.240 faculdades de Direito no Brasil, enquanto que no restante do mundo, incluindo EUA, China, Europa e África, há no total 1.100 cursos.

    Fonte:
    http://www.artigos.com/artigos/sociais/administra

    Somos um país de sociólogos, historiadores, cientistas políticos e advogados.

    Onde estão os engenheiros, programadores etc.

    Enfim, onde estão os pesquisadores Onde estão os resultados?

    Bonifa

    Considero positivo que a China, com toda a sua sabedoria, não consiga entender o Brasil. Vejam como é fácil enterder-se o Japão, a Suissa, o Chile, o Quênia e até mesmo o Egito… Tomara que nem ela nem qualquer outro país jamais consiga.

Roger

Só uma palavra: ZEITGEIST.

roberto

Enquanto isso, a insânia consumista/materialista/egocentrista chegou a um ponto em que qualquer festinha de aniversário de criança ou qualquer cerimônia de casamento é uma mega-hiper-superprodução em que se perdeu completamente a noção de limites. Meu Deus do Céu, que diabo é isso que as pessoas têm tanta necessidade de ostentar? É por que elas não conseguem enxergar nada além do próprio umbigo? Não haveria um outro jeito, menos destrutivo e ridículo, de celebrar e confraternizar?

Luiz Fortaleza

Para quem lê a literatura marxista, como eu, isso pra mim não é novidade… quem leu "O Capital", "Salário, preço e lucro", "Trabalho assalariado" e "A Ideologia Alemã" e "Os Manuscritos de Paris" sabe o quanto Marx foi um profeta de seu tempo… "Os Grundrisse", nem se fala, parece q estamos vendo Marx falar do capitalismo hoje.

    Bonifa

    Marx não foi um profeta. Foi um cientista aplicado e genial.

Pedro Luiz Paredes

E a hora que o EUA começar a dar o calote, com o dolar mais baixo e nossa descompetitividade, estaremos como a Grécia hoje, fazendo ajuste.

assalariado.

O que mais me impressiona aqui nos comentários, são as pessoas não aceitarem o socialismo como um processo natural, a única e, verdadeira alternativa social de sociedade, para esta que aí. Pior do que isso, alguns chegam a afirmar que o socialismo não deu certo em "x" ou "Y" país. Ora, então que alguem por aqui me explique qual o país que realmente se fez socialista, 2º as teses de Karl Marx? O maximo que conseguiram fazer com as idéias socialistas de Marx, nunca passou de fachada e, acabaram por enterrar esse modo de sociedade em sua nascente. A social democracia e seu aliado natural o capitalismo de Estado (URSS,China,…), é que se encarregaram, ainda mais, limitar muitos cerebros desavisados. Pelo jeito muitos por aqui não conseguem, refletir ou ler, sobre o que é a teoria socialista de sociedade além do 4 cantos da telinha do plim,plim! Haja preconceito!

    Silvio I

    assalariado:
    Sempre que existiu algum movimento socialista foi derrotado no mundo, pelos interesses capitalistas. Aqui em América tivemos pensadores e herói de alguns países que seus princípios eram socialistas.Antes inclusive que Marx enunciasse suas teorias.Já em 1815 Artígas governa com medidas socialistas.Paraguai foi podemos disser, que foi em América o primeiro país comunista ,era formado por comunas.A guerra da Triple Aliança se faz, para derrocar esse avanço tecnológico, na siderurgia, e na industria têxtil.

    ellen

    Meu caro,
    vale lembrar que Marx, em diversas obras dele, deixou claro que o socialismo só seria possível depois que as forças produtivas do capitalismo estivessem plenamente desenvolvidas.
    Ele também disse que o capitalismo cria crises e soluções para suas crises, MAS, ao fazer isso, gesta em si as armas de sua própria destruição.
    É isso!
    Você tem razão! A experiência socialista do século XX nada tem a ver com a visão socialista de Marx.

    Vinícius

    Já conheci um monte de "socialistas" tão ferrenhos que se recusavam a se aliar a quem admitia ser social-democrata ou coisa que valha, mas não tinham compromisso NENHUM com a classe trabalhadora, lá no mááximo com sua categoriazinha sindical.

    É esse egoísmo dos "socialistas" que permite que a juventude esteja ficando biruta e perdendo a audição no telemarketing. Mas os "socialistas", em vez de se virarem nos 30 para tentar politizar a galera, preferem ficar sentados, arrotando sua virtude e falando mal dos tempos modernos.

    Eu respeito quem se dedica à classe trabalhadora. Isso é corrente política. Se o cara é socialista ou não, é totalmente irrelevante.

    assalariado.

    Vinícius,as opiniões da ellen e do Silvio,estou de acordo e, positivei. O seu no entanto,não fosse o ultimo paragrafo com certeza nós 4 nos complementaríamos.

    O seu último parágrafo voce diz: Se o cara é socialista ou não, é totalmente irrelevante."

    Ora, Vinicius, é aí que o bicho pega, nós vivermos numa sociedade de luta de classes devido que, resulta no seu final,na exploração de um ser humano pelo outro.Ou seja, é aí que começa todas as injustiças sociais, e sua mazelas,desta sociedade, entre os exploradores(os capitalistas) e os explorados(os assalariados). Na sociedade socialista não haverá exploração do suor alheio,o resultado do trabalho coletivo sera de todos e, não dos parasitas sociais,mais conhecidos entre nós como burguesia capitalista…

    Saudações Socialistas, a todos…

Capitalismo

E quem ou quais grupos enriqueceram com este capitalismo excludente e destrutivo?
O capitalismo ruiu? E tem banco público patrocinando fusões empresariais?

EDNO JOSÉ OSÓRIO

acho que não, o capitalismo vai explorar o abstrato, daí voltaremos ao tempo em que os gregos ganhavam dinheiro com sofismo.

Fabio_Passos

Nós é que temos de dar cabo do capitalismo.
Já passou da hora.

Por mim… a Revolução começa ontem.

Luci

O capitalismo ruiu no mundo e aqui. Mas ainda estão acumulando fortunas, quem sabe para vier em Marte. Este capitalismo que promoveu o individualismo, a competitivaidade sómente pelo lucro, que excluiu milhões de pessoas por gênero e raça, que estimulou desigualdades e injustiça e empobreceu milhões de pessoas. Não é este regime excludente que os jovens querem para as futuras gerações, onde os mesmos de sempre banqueteiam-se na mesa farta do poder e a maioria paga a conta e não usufrue de qualidade de vida, tem sua dignidade aviltada, são invisíveis e não tem voz..Parabens à Leonardo Boff.

damastor dagobé

esse deve ser a milesima "crise final" do capitalismo…

    Bonifa

    Agora é prá valer. O mundo ficou pequeno, as máscaras caíram e eles estão aos chutes e pontapés.

Djalma

"O Homem é mau…. Eu perdi a esperança".
Você tem razão ZePovinho. A esperança é última que morre, mas, MORRE.

    Ricardo

    mais uma vez …concordo em genero numero e grau….meus colegas dizem que só nao podemos perder a fe no ser humano…eu ja perdi. E sinceramente nao sei o que vai ser de meus filhos e netos nesse mundo….

Carlos Eduardo

A questão central é esta, capitalistas de plantão, o capitalismo é autofágico. E está chegando a hora da onça beber água. E a única água que existe é a dos consumistas.

LULA VESCOVI

Tomara que o Boff esteja certo.Imaginem estar vivo para ver o capitalismo indo pro saco.Será um privilégio histórico.

strupicio

se ouver produção e consumo teremos destruição…todos querem energia, alimentos, roupas e eletrodomesticos..e todos produzem muito, muito lixo…essa besteira de sustentabilidade nao tem a menor sustentabilidade..é so um rótulo tolo que empresas colocam nas merdas que fazem e continua tudo igual..
enfim…ninguem que pensa dá mais bola pra isso…
quer dizer..quem se candidata a volta para o paleolitico???? tem quem defenda isso a sério…como o Unabomber ou o professor John Zarzan, de Berkeley…a populaçãomundial dobrou nos ultimos 50 anos e deve dobrar de novo em menos tempo…o mundo inteiro será a…India. Pessimista? o otimista é so um pessimista desinformado…

    Margarida

    Vc esta certo, a propria terra já nao dá mais conta do nascimento de tanta gente.

    damastor dagobé

    exatamente..tem um programa num desses canais discovery..um documentario sobre essas questões chamado vuduciel – visto do céu – onde se vê que as terras cultivaveis ja estão em franco esgotamento, envenadas por agrotoxicos, e esgotadas pela monocultura que está sendo acelerada pela produção de biocombustiveis…solução? colonizar outros planetas, destrui-los também, depois procurar outros???

Henrique Frade

O Soros, o Jorginho, patrão do Armínio Fraga, tem algo a ver com essa crise toda na Europa? Acho que não, não é?

Rafael

Eu acredito que enquanto as pessoas estiveram trabalhando tudo bem , mas como as coisas vão com o desemprego em massa óbvio que o sistema vai falir. O sistema terá uma multidão de pessoas sem trabalho que criarão revoltas, o caos com toda razão.

Fabio_Passos

Nós é que temos de dar cabo do capitalismo.
O Brasil deveria tomar posições de vanguarda.
Precisamos nos proteger.

Zhungarian Alatau

Tomando Marx pelo viés deleuziano, o Capitalismo precisa de expansão, sempre. O Estado, antagônico a esse movimento de expansão, na verdade o contém para garantir as posições daqueles que já se encontram no poder. O Estado funciona como um dique, de forma a conter o Capitalismo, ir soltando aos poucos, para evitar o estouro da boiada. Ocorre que o Capitalismo precisa continuar sua expansão. Engoliu a URSS. Engoliu a China. Engole (ou tenta engolir) atualmente a América do Sul. Mas sua capacidade de expansão está chegando ao colapso. Agora, mesmo com a beneplácito do Estado, o Capitalismo não encontra mais espaço para ocupar. Não há mais para onde expandir. Nunca o dito popular "farinha pouca, meu pirão primeiro" esteve tão atual. E nem a Urubologia consegue prever o que vem por aí.

Avelino

Caro Azenha
O capitalismo ganha de duas maneiras:
Quando não está em crise
Quando está em crise.
Na realidade, nunca há crises para os capitalistas.
Saudações

Mariana

Azenha/Conceição

Não é para doutrinar ninguém, mas apenas uma informação acerca disso. Nos cinco primeiros livros bíblicos, ou seja, a Torá, para os judeus ou deuterocanônicos, para os teólogos cristãos. Estes livros versam sobre leis sociais, civis, morais, cerimoniais e acerca da terra. A coisa mais fantástica acerca da Terra, ou seja, o meio ambiente é que, a terra deveria ter a cada seis anos, um ano sabático, ou seja, não deveria a cada seis anos lunares, pois o calendário hebraico é lunar, quando houvesse cada período de seis anos, o último ano, neste caso o sétimo, a Terra deveria descansar, não se poderia plantar, colher, vender, mas deixar a terra descansar e apenas cuidar dela para que seus nutrientes que foram retirados, pudessem nesses ciclos, serem restabelecidos.

E hoje sabe que a terra precisa de períodos sabáticos para descansar, curioso neh? Melhor dizendo, sapiência revelada.

    Mário SF Alves

    Interessante, Mariana. Sabedoria. Pura sabedoria. A propósito, existe uma modalidade de agricultura – ainda encontrável na região centro-serrana do ES – essencialmente pré-capitalista, e, coincidência, tem sua base técnica fundamentada em um sistema chamado pousio ou rodízio. Tal sistema, que remonta à idade média, sustenta-se exatamente nisso: a área total agricultável é dividida em subglebas e cada uma delas é cultivada por um determinado tempo (um ou dois anos). Após este período, esta gleba inicialmente cultivada é deixada em pousio e só se retorna a ela quando todas as outras tiverem sido igualmente cultivadas. Este intervalo de cultivo, que pode ser de seis anos, é suficiente para a total recuperação das propriedades bioquímicas e físicas do solo.
    Pensando bem, só mesmo a lógica ilógica do capitalismo para explicar o porquê de em um país de dimensão continental como o Brasil só se incentive a prática da agricultura de altos insumos, fóssil-dependente, ecologicamente insustentável, envenenante e transgênica. Ah! E como se não bastasse, hidropônica.
    Att.,
    Mário.

Celso Reis

Não resta dúvida de que o regime capitalista está se esgotando. Resta saber qual caminho a seguir, já que o modelo de "esquerda radical" também já se esgotou e o socialismo tem sido praticado em uma melhor forma nas nações do primeiro mundo de fato (Escandinávia).

leandro

O capitalismo é ainda o único sistema que funciona mesmo com todas suas limitações. A China enxergou isso e hoje pratica o capitalismo mais selvagem do planeta, de comunista só tem o regime de partido único e a repressão. "O que ocorre com a população operária da magnífica e competitiva indústria chinesa, onde condições de trabalho que beiram a escravidão jamais foram objeto de qualquer tipo de mobilização, tal qual ocorreu aqui em plena ditadura militar, com as paralizações do ABC considerando que, na época, nos enquadrávamos no mesmo conceito de nação capitalista, com forte indução estatal e nem de longe uma democracia." Infelizmente, ao invés de aperfeiçoarem o capitalismo, os chineses estão deturpando e usando o pior que ele tem.

    Lucas

    É verdade que a China de hoje alia o pior do capitalismo moderno com o pior do socialismo soviético, mas dizer que o capitalismo é o único sistema que funciona depende do que você quer atingir. Se você, como o Partido Comunista Chinês, quer o enriquecimento de uma minúscula elite às custas do trabalho de milhões de pessoas mal pagas, aí funciona. Mas se você quer uma sociedade justa, em que todas as pessoas tenham a chance de ser felizes, aí você percebe que o capitalismo não funciona, e alternativas são necessárias.

    João

    alternativas são necessárias…

    vc tem alguma?

    Bonifa

    O capitalismo não é um sistema. Os sistemas, qualquer deles, têm mais ou têm menos capitalismo.

leandro

O capitalismo é ainda o único sistema que funciona mesmo com todas suas limitações. A China enxergou isso e hoje pratica o capitalismo mais selvagem do planeta, de comunista só tem o regime de partido único e a repressão. "O que ocorre com a população operária da “magnífica e competitiva” indústria chinesa, onde condições de trabalho que beiram a escravidão jamais foram objeto de qualquer tipo de mobilização, tal qual ocorreu aqui em plena ditadura militar, com as paralizações do ABC – considerando que, na época, nos enquadrávamos no mesmo conceito de nação capitalista, com forte indução estatal e nem de longe uma democracia." Infelizmente, ao invés de aperfeiçoarem o capitalismo, os chineses estão deturpando e usando o pior que ele tem.

Roberto Locatelli

Não é à toa que a direita proclama que o aquecimento global não existe, que é "invenção de comunistas". É a tentativa de manter o status quo.

Mas o aquecimento global existe, sim, e estamos chegando ao Dia Depois de Amanhã. Quem viver verá.

Roberto Locatelli

O capitalismo sobreviveu a muitas crises. Mas agora chegamos ao limite: a capacidade do Planeta Terra frente à depredação ambiental acelerada. É o limite físico. Agora, é socialismo ou barbárie.

    leandro

    E voce acha que os paises socialistas, comunistas, se preocupam com o meio ambiente?? O maior poluidor do mundo é a china comunista. Ou pelo menos é assim que ela e alguns a denominam, porque de comunista só restou a repressão, de resto pratica o pior tipo de capitalismo, com exploração selvagem da mão de obra e diferenças socias enormes. A URSS nunca se preocupou em preservar nada e usou recursos para preservar uma classe dominante no luxo enquanto o povo se ferrava.

    Zhungarian Alatau

    Leandro, e desde quando esses países eram "comunistas"? Deleuze os classificava como "capitalismo de estado". E era isso mesmo o que sempre foram.

    A maior parte do que se praticou nesses países não foi camunismo, nem socialismo, com certeza.

    leandro

    OK. E onde se praticou o comunismo? Na Coreia do Norte? URSS não significa união da republicas socialistas soviéticas?

    cronopio

    Sobre essa questão, sugiro a leitura de "O Colapso da Modernização" de Robert Kurz. O autor demonstra como o chamado "socialismo histórico" foi na verdade o modo de países que ainda não se haviam industrializado ingressarem no capitalismo industrial. Não à toa, o "socialismo histórico" ocorreu em países que possuíam economia praticamente feudal. As revoluções socialistas de China e Rússia foram reações a crises econômicas de grande porte que tornaram insustentáveis os regimes arcaicos desses países. Não à toa foram regimes totalitários e violentos: além da necessidade de "queimar etapas", esses países precisavam disciplinar uma população acostumada ao regime de trabalho agrário semi-feudal, em que o tempo de trabalho está diretamente relacionado ao regime sazonal de plantio e colheita ao trabalho industrial, seja na indústria seja na monocultura, em que o tempo é quantificado (dividido em partes homogêneas) e a produção é maximiazada de acordo com os critérios da eficiência. Kurz também mostra que a economia desses países ainda precisava produzir mercadorias (a "célula" do capital, segundo Marx) e produzia uma espécie de concorrência negativa, em que as unidades produtivas, financiadas pelo estado, disputavam por maior ineficiência (o que aumentava a repressão).

    Acredito que o modelo de socialismo (seria estúpido pensar que um sistema como o capitalismo irá durar eternamente ou esperar o apocalipse) ainda esteja por fazer, o mais cedo possível, diga-se de passagem.

    João

    hummm

    deixa ver se eu entendi:

    comunismo/socialismo na verdade ainda não existe… mas, se Deus quiser, existirá em breve e será melhor do q o capitalismo?

    ahhhhhhhhhhhhhhhhhhh táááááááááá…

    ficou fácil agora!

    rsrsrsrs

    Cronopio

    João, seus comentários demonstram que você é realmente uma pessoa genial interessada em expor suas ideias. Adoro seu bom humor. Continue enriquecendo-nos com sua vasta erudição e intelecto refinado. Desculpe mas não vou conseguir atingir o seu nível de discussão.
    A propósito:
    Talvez eu tenha me expressado mal, mas eu nunca quis dizer que a superação do capitalismo viria naturalmente, como você sugere, pelo contrário, a superação do capitalismo é a nossa única chance de evitar o colapso global, mas é claro que isso é uma grande bobagem, não é?

    Ah, e dê uma olhada na entrevista do David Harvey, para o Hard Talk :http://www.youtube.com/watch?v=YtyZY9sKv2w

    É um sempre prazer discutir com alguém tão polido como você, João.

    Thiago_Leal

    João e Leandro mostrando tudo o que não sabem sobre comunismo. A Veja tá publicando fascículos de história agora? Ou é especial Jornal Nacional?

    Cronopio

    O que impressiona nos direitistas é a capacidade argumentativa. Os posts do João são apenas ofensas e não dizem nada de substancial. Eles não sabem discutir porque estão acostumados ao blog do reinaldo azevedo, que não aceita comentário de "esquerdopatas". A psicologia explica esse tipo de atitude como uma fixação narcísica de origem anal que os prende à ímago paterna. É isso, fixação anal…

    João

    sei não… mas eu acho q vc pegou paixão! rsrsrsrsrs

    cronopio

    Xi, João, você tá maus mesmo hein? Olha, eu poderia me apaixonar por outro homem, não tenho nada contra. Agora, não por um babacão que se comporta como um garoto de quinze anos. Eu sei que meus comentários devem soar arrogantes para você, que não consegue alinhavar meia dúzia de argumentos. Não me acho mais inteligente do que você, não mesmo. Acho que você poderia aprender a argumentar se parasse de esconder-se atrás de piadinhas preconceituosas. O que me incomoda é o seu tipo de atitude ser sintomático de uma geração que não aprendeu a situar-se no espaço público e está pronta para linchar negros, mulheres e homossexuais. Não me leve a mal, mas você apenas demonstra sua ignorância, agindo dessa forma.

    João

    puxa, cornopio… vc me fez pensar agora!

    vc foi fundo na sua análise psicanalitica…

    fiquei muito impressionado!

    kkkkkkkkkkkkkkkkkk

    ps: fui irônico, tá!?

    Geovan

    Quem lhe disse que a China é comunista ou socialista? Ou a URSS foi comunista?

    João

    MEU DEUS…

    China vai passar em breve os EUA como o maior emissor de CO2 do planeta!
    o petroleo é usado por todos, capitalistas ou não!
    poderia dar mais mil exemplos de comportamento errado da raça humana q não é exclusividade de capitalistas ou socialistas ou comunistas ou "qualqueristas"…

    reduzir e limitar o problema de superaquecimento ou de uso dos recursos naturais do planeta ao regime capitalista, é ter uma visão tola e parcial da realidade!

    ps: defender o comunismo q faliu em todos os lugares em q foi BRUTALMENTE implantado, é de uma ignorancia q dá dó…

    ana

    China, India com seus bilhões de habitantes consumindo os recursos da natureza como os USA, Europa, entrando de sola no capitalismo selvagem…É ai que mora o perigo.
    O sonho dos capitalistas (mundo capitalista) sera o seu pesadelo.

    Carmem Leporace

    Modelo cubano ou norte coreano? quer se mudar pra lá e nos contar como é?

    Cronopio

    Carmem, não vincule uma opção socialista ao modelo do socialismo histórico. A superação do Capitalismo não é impossível, outros sistemas já foram superados. Sei que é difícil conceber isso, tenho amigo que conseguem imaginar o apocalipse com mais clareza do que uma superação do modo atual de produção. Agora, cá entre nós, esses meus amigos tem um modo bem estranho de pensar, não acha?

augusto

virá o arrocho sim, a repressão sim, as tentativas de governo mundial tambem – a tendencia é aceitar se estivermos todos no desespero- e depois… a logica capitalista prosseguirá. ate o limite, que não sei qual seja.

Allen

É, consigo enchergar nas palavras de Boff aquilo que venho colocando reiteradamente aos meus amigos. Vivemos uma crise cultural, uma arritmia da nossa vida em sociedade, uma ruptura entre dois modos de pensar, um verdadeiro "spartiacque". É obvio que se possuimos um sistema pardoxal autodestrutivo não existirà um equilíbrio perpétuo, e não só o sistema capitalista é em evidente crise terminal como vai levar junto e em seguida o sistema estatal até agora vigente. Porque o mesmo não é dinâmico e nem eficaz às novas demandas políticas e sociais. Acredito que estamos de frente a um impacto REAL entre gerações justamente pq as mudanças na realidade dos jovens não é nem um pouco lenta quanto a de seus pais. No fim o que quero dizer é que a nova cultura/geração é muito mais rápida para entender e para corrigir falhas dentro da sociedade do que a velha cultura/geração criando assim um choque entre gerações vivas capaz de bloquear conscientemente a cultura da geração precedente, os pais, como sendo a responsável pelo infeliz futuro que terão, esso tipo de impacto é a primeira vez que acontece na história da humanidade!

Avelino

Caro Azenha
É mais uma crise, feita pelos especuladores, que será paga pelos trabalhadores, e novas crises se sucederão.
Saudações

ZePovinho

O capitalismo,em minha humilde opinião,vai dar um jeito de sobreviver.Talvez vejamos um capitalismo de saque surgindo,numa retomada daquilo que aconteceu de 1500 até o século 20.
Virá,o capitalismo(ou capetalismo,na palavra do Profeta Gentileza,que foi um empresário bem sucedido antes de falir),montado em nuvens de mil megatons.

[youtube Hnu06XjWPvM http://www.youtube.com/watch?v=Hnu06XjWPvM youtube]

O homem é mau,querido Leonardo Boff.Eu perdi completamente a esperança.

Marcelo de Matos

(parte 2) O problema do Brasil de hoje é a deficiência do ensino, que a China começou a combater no início da década de 50, investindo massiçamente em educação, mormente científica. Os chineses retardaram o início das operações da fábrica de computadores da Foxconn, em Jundiaí, por falta de mão de obra especializada no país: técnicos e engenheiros. A Toyota, que transferiu sua fábrica de Indaiatuba para Sorocaba, exigiu que se criasse mais um Senai na cidade. Esse grande gargalo da educação técnica e científica no país foi tratado pelo Nassif no Brasilianas, no Canal Brasil. Esse é o tipo de discussão que devemos fazer aqui. Colapso do capitalismo é tema para discussões acadêmicas, quem sabe na ABL, ou nas reuniões da CNBB. Acordemos enquanto é tempo.

Marcelo de Matos

(parte 1) Gosto dos textos de frei Leonardo e costumo lê-los lá no blog do Noblat. São lindos: há meio século, quando eu tinha dezesseis anos, lia Jorge Amado e todo tipo de texto sobre socialismo. A realidade do mundo, porém, mostrou-me outro lado: o capitalismo é, de fato, eivado de contradições e irracionalidades, mas, é o mais eficiente sistema econômico. Que o diga a Rússia de hoje, antiga URSS; que o diga a China, que dentro de 15 anos será a maior nação capitalista do planeta. A China tem governo comunista, mas, seu mercado interno é altamente competitivo e moldado no sistema capitalista. É claro que a Espanha e, mais que ela, Portugal, Irlanda e Grécia estão em crise. Esses países, porém, deverão resolver suas crises dentro do sistema. Rússia e China passaram por crise e tentam resolvê-la apelando para o sistema capitalista de produção. Até Lênin fez isso, adotando a NEP (nova política econômica), de molde capitalista, em seu novo sistema socialista.

    augusto

    É o melhor sistema para alocar os FATORES de produçao da riqueza quando eles sao escassos (na maioria das vezes são). Quando porem nao mais se trate de escassez e sim do FIM dos recursos
    via destruiçao da natureza e superuso da tecnologia sem mao de obra que produza renda, o que vai fazer ele? e o aparelho repressivo vai ser pago indefinidamente ?

BERTOLDO

E CUBA CONTINUA COM PRAIAS MARAVILHOSAS

    Lorenzo

    O artigo é sobre capitalismo, não Cuba. Foco é tudo.

    Sagarana

    O Capitalismo se alimenta de crises!

    BERTOLDO

    desculpe professor,pensei que havia uma correlação
    ah! leia tambem sobre Frei Beto ,ele tem uma visão abrangente sobre o efeito do capitalismo na sociedade contemporanea.

    Zhungarian Alatau

    A pequena grande Cuba vai mostrando ao mundo que, mesmo sofrendo um duro embargo do país mais covarde de toda História, consegue ter educação e saúde de alta qualidade.

    João

    é…

    falta comida, liberdade, emprego, dinheiro, esperança, desenvolvimento…

    Cuba é uma beleza, pra quem não é cubano e fica de discurso bobo em blog na internet!

    Bonifa

    Bobão.

    João

    na boa… vc pode fazer melhor q isso!

    rsrsrs

    Cronopio

    João, um homem com ideias concretas.

    João

    vc decididamente, pegou paixão!

    kkkkkkkkkkkkkkkkk

    cronopio

    Bertoldo e seus argumentos sutis…

César Augusto Sandri

Leonardo Boff, além de ser preciso é de uma clareza fascinante!!

edmil

"É fim da odisséia humana na terra" QUEM VIVER VERÁ!

Leonardo

Não sei não…
O capitalismo sempre arruma uma forma de se reinventar.
No mais, magnifico texto. Assino embaixo.

pap

Com a palavra, a "industria das relçaões-publicas": midia pig,"consultores",economistas,especialistas em rh, psicologos,
psiquiatras,medicos,lobbistas,washington olivetto,emerson fittipaldi,joão doria jr,fernando meirelles, a alienada e arrivista
classe artistica cepa globo e marcelo tas

    Zhungarian Alatau

    Resumindo: a nata da Urubologia nativa.

Antonio

Parte I
O Capitalismo neoliberal é uma máquina que tenta viver por si só – uma acumulação de riqueza que não serve a ninguém. Os ricos, a mídia e os exércitos são suas engrenagens que tentam perpetuar a máquina. O povo ou é marginalizado ou escravo da máquina de fazer dinheiro por si só. O Capitalismo neoliberal virou um monstro que engole tudo ao seu redor. É como um pitbull: obedece seu dono até a página 3, mas quando cisma mata o dono e tenta viver por si só. Mas não consegue, pois não aprendeu a conseguir seu próprio alimento e sai andando até morrer de fome.

Antonio

Parte II
Parece que o Capitalismo vai por aí. Virá um grande arrocho, virá a guerra, pois os Homens marginalizados sabem como o sistema funciona e vão começar a destruí-lo e, por fim virá a destruição e uma nova ordem. Espero que melhor. Nesse meio tempo, a natureza também vai remodelar seu sistema terrestre para equilibrar as deficiências (feridas) deixadas pelos Homens. Os que resistirem terão que se defender da natureza em reequilíbrio e criarem uma nova forma de se alimentarem e se vestirem. E parece que isso não está longe de acontecer. Tanto o Capitalismo quanto a Natureza já dão mostras enormes do que virá. E ninguém com poder quer largar o osso.

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