István Mészáros: América Latina, terra de esperança

Tempo de leitura: 6 min

por Matheus Pichonelli e Ricardo Carvalho, em CartaCapital

Era uma manhã fria de junho quando o filósofo húngaro István Mészáros, 81 anos, apareceu à porta da casa no bairro de Sumarezinho, zona oeste de São Paulo, onde se hospeda quando vem ao Brasil. Desta vez, a viagem tinha como escala, além da capital paulista, as cidades de Salvador, Fortaleza e Rio de Janeiro. A ideia era participar de encontros e divulgar o livro István Mészáros e os Desafios do Tempo Histórico (Boitempo, 280 pág., R$ 43), uma coletânea de artigos sobre sua obra – inclusive com um artigo de sua autoria.

Alto, os olhos enormes e azuis, Mészáros não parece, à primeira vista, a metralhadora giratória que se apresenta logo no início da entrevista, quando faz um relato de quase 40 minutos sobre a situação políticas na Europa e nos EUA. “Berlusconi é um palhaço criminoso”; “Obama diz que vê a luz no fim do túnel, mas não vê que é a luz de um trem que vem em nossa direção”; “A Alemanha se engana quando pensa que vive um milagre econômico”; “O partido socialista agiu contra os trabalhadores na Espanha”; “Os políticos na Inglaterra parecem uma avestruz que insistem em esconder sua cabeça debaixo da terra”…

Em cada resposta, o professor emérito de Filosofia da Universidade de Sussex e um dos mais destacados marxistas da atualidade deixa sempre explícita a necessidade de se entender o processo histórico da formação da sociedade atual para que se possa compreender, de fato, qualquer questão dos nossos tempos. Crítico da social-democracia européia, que ao longo do século assumiu um tom reformista dentro do sistema dominante, Mészáros, que foi discípulo de György Lukács (de História e Consciência de Classe), vê com desencanto as opções que hoje se apresentam à esquerda, e também as manifestações populares que estouraram pelo mundo desde o início do ano. O motivo é simples: o discurso funciona, mas a realidade é que o sistema capitalista é cada vez mais inviável, com líderes das nações buscando mais dívidas para cobrir rombos colossais e a necessidade de se produzir cada vez mais num momento de esgotamento de recursos. A chamada crise financeira internacional, portanto, não é cíclica, mas estrutural, conforme pontua.

Mesmo assim, em duas horas e meia de entrevista, Mészáros deixa escapar um certo tom de otimismo em relação ao futuro – “que, infelizmente, não será no meu tempo” – quando fala sobre tomadas de consciência e mudanças que observa na América Latina.

Abaixo, a parte da entrevista concedida por Mészáros sobre a América Latina:

Quando você pensa na totalidade da América Latina, é impossível negar que houve tremendos avanços políticos. Houve mudanças significativas também em outros aspectos. A primeira vez que eu vim ao Brasil foi em 1983. Após uma conferência em João Pessoa, eu dava uma entrevista numa rádio local quando vi pela janela uma grande aglomeração de pessoas. Durante a pausa para os comerciais, fiquei sabendo que a razão daquela movimentação toda era que em algum lugar perto de João Pessoa havia protestos de pessoas famintas, que não tinham o que comer.

O programa de Lula de combate à fome foi uma resposta a situações como a que eu vi. Hoje, pelo o que sei, não existem mais protestos por comida no Brasil. O aumento do salário mínimo também foi uma contribuição importante. E mudanças também ocorreram na Venezuela, Bolívia, Paraguai e Argentina. A Argentina, por exemplo, deveria ser um daqueles milagres econômicos. Mas o milagre argentino terminou na total falência do País. Eles chegaram até a dolarizar sua economia, abandonaram sua moeda e foram sufocados por isso. Os protestos populares levaram à mudanças significativas na Argentina. Então, a América Latina é um continente onde várias experiências interessantes ocorreram e ainda estão em curso.

Agora, eu não afirmo com isso que a América Latina, assim como o restante do mundo, poderá se isentar de enfrentar esses problemas estruturais que eu já mencionei. E esse é o grande desafio para o futuro. A dimensão muito positiva é que na América Latina existem movimentos extremamente importantes como o campesinos e o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). São movimentos sociais que não tem a perspectiva de implorar por favores políticos, mas que tomam a iniciativa e tentam controlar as coisas por si mesmo. Uma das características mais importantes desses movimentos é que eles tentem controlar a situação.

Na América Latina, as soluções também precisam levar em conta um esforço para remediar nossa relação com a natureza. Em um futuro próximo, por exemplo, nós teremos de considerar como colocar energia nos nossos carros. Se você produz carros, eles precisam de energia de alguma maneira. Ao mesmo tempo, nós multiplicamos cada vez mais o número de carros porque a produção não pode parar. Mas, o que precisamos fazer é perceber que a real necessidade das pessoas é o transporte, não os carros. Nós precisamos pensar em meios de transportes adequados, não carros individuais que agridem a natureza.

Eu a considero a América Latina, de longe, o continente mais esperançoso do mundo. Aqui, coisas interessantes vêm acontecendo desde os anos 70. A primeira reação aos movimentos que eclodiam, naquela época, foram as ditaduras. Ao menor sinal de problema, os norte-americanos encontravam um ditador. Eles enviavam os fuzileiros ou achavam algum general que pudesse fazer o trabalho por eles. Hoje os Estados Unidos não podem mais fazer isso, essa fase histórica passou, mas ainda carrega consequencias e repercussões.

Eu acredito que as reais transformações estruturais, que levaram séculos para acontecer do feudalismo para o capitalismo, não demorarão tanto para ocorrer. Por quê? Porque nós não temos séculos. Nosso tempo está se esgotando. E essas mudanças não podem ser pensadas como algo isolado ao “mundo subdesenvolvido”. Nós vivemos em um único mundo. Existem alguns conceitos mistificadores como “terceiro mundo”. Eu sempre rejeitei essa expressão. O que é o terceiro mundo? Eu apenas conheço um. Não é o “terceiro mundo”, mas uma parte integrada do mundo na qual os países são explorados. E a América Latina é o continente mais esperançoso onde as mudanças serão iniciadas, mas não poderão ser concluídas.

Globalização é um conceito utilizado apologeticamente. A realidade da globalização é que existe, na verdade, uma tendência para a integração econômica. Mas, politicamente, nada é resolvido. E hoje ainda prevalece a lógica de confrontar problemas políticos por meio da guerra, violência e destruição. É o que fazem os Estados Unidos. Isso é um grande absurdo porque nada na história da humanidade foi resolvido pela guerra.

Eu também tenho ressalvas à expressão “capitalismo avançado”. Os países capitalistas avançados são os mais destrutivos. Você chamaria isso de avançado? Não é avançado e em muitos aspectos nos traz de volta à condição da barbárie. Rosa Luxemburgo uma vez disse “socialismo ou barbárie”. Eu acrescentaria algo à frase de Rosa Luxemburgo: “barbárie, se tivermos sorte”. Porque a destruição total da humanidade é o que está em nosso horizonte. A tendência é sempre resolver os problemas com guerras e destruições. Na Primeira Guerra, os aliados saíram vitoriosos. Mas o que eles resolveram? Eles criaram Hitler. Por isso eu digo que as decisões estão sendo tomadas às costas das pessoas. Elas nunca antecipam as coisas. Elas nunca imaginam que depois da vitória vem a destruição.

Em 1871, na Comuna de Paris, o que aconteceu foi uma brutal destruição. Bismark, o chanceler alemão, que venceu as tropas francesas anos antes, quando viu as comunas tomando o poder em Paris, ordenou a libertação dos prisioneiros de guerra franceses para destruir a organização. O que aconteceu depois? Três impérios fizeram um pacto para lutar juntos contra esses tipos de distúrbios feitos pela população, caso acontecesse de novo. Isso não é mais possível. Um dos maiores estrategistas de guerra de todos os tempos, general Klausevits, disse uma vez: “a guerra é a continuação da política, só que por outros meios”. Hoje isso é inconcebível. Uma nova guerra mundial acabaria com a humanidade. Essa é a diferença histórica fundamental.

A América Latina é hoje uma das regiões onde se tem mais esperanças, porque as pessoas estão tomando o controle das decisões, assumindo responsabilidades, depois de terem eliminado ditadores.

E como vamos fazer essa transformação? Transformando as pessoas. A exploração da esmagadora maioria das pessoas por poucos não é mais aceito como era antes. No socialismo você não pode fazer isso. Você não aceita uma minoria que controla a política e a economia tomando todas as decisões. Seria um absurdo. Por isso temos que criar uma sociedade da igualdade substancial. A produção de mercadorias e o mercado devem ser as bases dessa equalização. Precisamos ir em direção a um sistema de igualdade substancial, com reorientação, com participação nos processos de decisão, com nossas decisões sobre o que queremos fazer para tornar nossas realizações mais justas, mais igualitárias. Ninguém precisa decidir isso por você.

Em “The Critique of The Gotha Program”, Marx fez a definição do que seriam os estágios inicial e final do socialismo. No primeiro, a distribuição seria feita a cada um de acordo com a sua contribuição para o total do produto social. Na fase avançada, seria de acordo com a sua capacidade ou necessidade. Agora, quem determina o que a gente precisa? Apenas uma pessoa, você mesmo. Hoje, 1% ou 2% da população controla de 40% a 60% dos recursos e riquezas da sociedade. Para mudar isso, será preciso uma cooperação das pessoas pelo mundo. Para produzir e distribuir conforme as necessidades, será preciso criar empresas cooperativas. Isso vai ser a base da sociedade do futuro. E não podemos ter certeza de que essas transformações vão ser feitas apenas dentro da lei. Não estamos enfrentando apenas leis humanas, mas as leis da natureza. A natureza está nos impondo seus limites. Por isso precisamos nos adaptar ao melhor uso dos recursos. Isso vai acontecer em pouco tempo – mas não no meu tempo, infelizmente. As pessoas estão começando a confrontar essa realidade, sobretudo na América Latina.


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Comentários

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monge scéptico

Pode ser. Mas temos que começar agora, a por em prática, um plano de desenvolvimento
humano, cujos resultados sejam visíveis, permanentes, para que a AL. possa ter algum
futuro. Isso é coisa para ser feita publicamente, diariamente, permanentemente, com valores
próprios e não impostos de fora. Do contrário estaremos com estamos agora, formando aile-
-nados para servir ao império(bufo e quebrado), castrando o desenvolvimento individual.

Mario F. S.

Agora, por que diabos o nome da obra de Marx em inglês? OK, ele morou em Londres. Mas preferia escrever em alemão. Ou bota o nome original, Kritik des Gothaer Programms ou, melhor ainda, no nosso bom português, Crítica do Programa de Gotha. E pronto.

O_Brasileiro

Tanto o capitalismo quanto o socialismo fracassaram de forma retumbante.
Pagamos carga tributária de 37% para que se mantenham de forma precária serviços básicos como saúde, educação e segurança.
E pagamos outros tantos para serviços privatizados, como telefonia, planos de saúde e transporte público, que funcionam também de forma precária!!!
A saída não está no modelo, e sim nas pessoas. Formam-se, hoje em dia, muitos técnicos, mas cuja humanidade deixa a desejar…

    caioha

    Creio que nem as pessoas possuem salvação.
    Estamos condenados.

OzeiasLaurentino

Capitalismo pode nos salvar ? Você sabe do que está falando? Acredita que todo homem terá uma fabrica, uma grande fazenda, um grande banco. Nesse momento no capitalismo tem milhares de pessoas passando FOME, SEM PLANO DE SAÚDE, QUEBRADEIRA E DESEMPREGO NA EUROPA E EEUU,E PATROCINANDO GUERRAS NO MUNDO esse é o capitalismo real, caro Vitor Grando.

XAD CAMOMILA

Ô Azenha, divulga esse vídeo aqui ó:
http://www.youtube.com/watch?v=Pt28TVDCI0U

LOS NADIES, narrado por Eduardo Galeano. Legendas em português.

Lindo demais, triste demais…

    Margarida

    Eu vi, é lindo.
    Queria ver uma critica do Galeano esta cronica deste filosofo Húngaro.

    Xad Camomila

    Chega a dar um nó na garganta, né? Já conhecia algumas das fotos, mas o vídeo [texto+jogo de imagens] ficou mto bom mesmo! Valeu! Tamo junto!

assalariado.

O planeta esta dividido/ colonizado pela burguesia internacional (G7), por zonas, e areas de influencia, para extrair mais lucros e, por tabela, acumulação de capital. Esta influencia/ exploração é comandada a ferro e fogo pelas mãos sujas de sangue, de seu braço armado, seu exercito particular,conhecido entre nós como FFAA "nacionais". A tatica usada para manter a latino america como colonia,quintal das elites do capital, se deu através das elites coloniais em conluio com estes exercitos -(da uma olhada no oriente médio e no continente africano,nas rebeliões populares,quem esta atirando no povo?), e que foram e são treinadas para substituir as elites, no poder, nas crises mais agudas de controle sobre a nação.

Dai os golpes de Estado,via militares. E,como colonias,temos a vantagem, de as ideologias de esquerda (de fato) ,nunca se apagarem, não houve ilusões como na europa com a 3ª via, criada as custas de nossa miséria colonial. Dai esta resistencia ideológica e tatica e,o soerguimento das idéias socialistas que, nunca morreram, aqui no continente. As ideias socialistas, historicamente, são de fato, um leito natural de uma civilização avançada. Apesar dos pesares, o planeta terra se movimenta de esperanças e de sonhos igualitarios… rumo ao socialismo…

Margarida

¨Situação políticas na Europa e nos EUA. “Berlusconi é um palhaço criminoso”; “Obama diz que vê a luz no fim do túnel, mas não vê que é a luz de um trem que vem em nossa direção”; “A Alemanha se engana quando pensa que vive um milagre econômico”; “O partido socialista agiu contra os trabalhadores na Espanha”; “Os políticos na Inglaterra parecem uma avestruz que insistem em esconder sua cabeça debaixo da terra”…

Este filosofo,não vê que a Europa e os USA sempre foram os Exploradores e nos os explorados? De que esperança ele esta se referindo? dá que nos leves a nos pobres Latinos ainda ser mais escravizados pelo yankees e os europeus? Esperança? Para mim todo o sofrimento político e econômico que a Europa e os EUA possam ter é bem merecido. Este filosofo pode ser importante para alguns intelectuais idiotas que engole tudo que estas pessoas falam. Só por esta numa posição intelectual renomada não significa que muitas vezes não falem besteira com toda esta cronica, que eu li e fiquei enojada.

Darlan Reis

Mészáros é um exemplo de filósofo da práxis, engajado, contundente e que não capitula

Conceição

domingo, 26 de junho de 2011

Todos no Aterro do Flamengo!!

Hoje, domingo, dia 26, a partir das 9h, todos no Aterro do Flamengo no ato pela ANISTIA irrestrita, criminal e administrativa. Em frente ao castelinho. Descer no Lgo. do Machado.
Se você coletou assinaturas ao longo da semana, leve as folhas do abaixo-assinado preenchidas, elas serão recolhidas hoje no evento! Mais informações no post abaixo!

strupicio

sou so eu que vejo a absoluta impossbilidade de se pensar esquemas ideologicos totalizantes em um mundo de 7 bilhões de pessoas? sou so eu que vejo que o Brasil sempre foi e continua sendo ingovernavel? sou so eu que vejo que ja fudeu tudo e estamos eternamente velando o cadaver insepulto e putrefato da racionalidade? é..parece que sim.

    Gabi

    não.

    não.

    não sei.

    strupicio

    vc é o zeca diabo?? sim..não…nao…sim…não

    Gabi

    não!

    ;)

    Marcelo Fraga

    Você não poderia escolher um nome melhor.

    Gabi

    A historia nos mostra que o homem e sua sociedade são perpétuas contradições.

    Evitamos a desordem estabelecendo uma ordem.

    Mas toda ordem descamba para uma desordem.

    Que por sua vez precisa ser evitada por uma nova ordem…

    E assim sucessivamente, continuamente, idefinidamente.

    Porque ordem e desordem não se resolvem dentro de nos.

    é à custa de muito esforço que, para recalcar nossa anraquia, criamos um mundo… anarquico!

    O fim da historia é um eterno processo.

    Não tem fim.

    A menos que as contradições fundamentais se resolvam, quando formos alguma outra coisa que não seres humanos.

Bene

Comentar Meszaros não é tarefa facil..!!! Ainda bem , uma America Latina melhor. Não ha mal que dure para sempre…Deus abençõe a America Latina.
Viva Lula e Dilma

OzeiasLaurentino

Esse aí é completamente genial.

caioha

"Rosa Luxemburgo uma vez disse “socialismo ou barbárie”. Eu acrescentaria algo à frase de Rosa Luxemburgo: “barbárie, se tivermos sorte”. Porque a destruição total da humanidade é o que está em nosso horizonte." Que frase linda , espero que ele esteja certo.Desculpe pelo humor negro.

Rogério

Mészaros é sem dúvida alguma um dos pensadores mais consequentes e lúcidos dos tempos atuais. Ele e o Samir Amin explicam com clareza as grandes contradições contemporâneas e indicam caminhos para profundas transformações que possam salvar a humanidade e o planeta do desastre que o capitalismo significa.

Elisabeth

Hum,mas uma coisa: Morro de medo quando escuto sobre no "melhor uso dos recursos para o mundo". Dá arrepio na possibilidade do restante do mundo querer impor a america do sul abra mão da sua potencialidade priveligiada de recursos e agua doce para disponibilizar ao mundo! Temos que unir a America latina para defender nossos recursos naturais!

Luiz Fortaleza

Quem não leu o livro dele "Para além do Capital" de 1190 páginas, não vai entender mesmo o q ele diz. "A incontrolabilidade do capital em querer se valorizar para além de seus limites". Uma voracidade tamanha. O capital se tornou sujeito e nós objetos dele.

JNascimento

Estive na Argentina quando Menen era deus e cavallo o todo poderoso da economia;deu no que deu.
Estava na Venezuela quando prenderamo Presidente Carlos Andrés Perez.
O governo americano agiu diretamente para eleger Rafael Caldera presidente em 1993.Foram dias de caos e incertezas,provocaram um apagão deliberadamente desativando a hidrelétrica de Gúri, até então a 2ª maior do mundo,somente para prejudicar o então lider em todas as pequisas Sr Andrés Velásquez;candidato da enquerda nacionalista.
Era uma clara menção ao estallido de febrero(27 /02/1989)quando as mortes se contaram em milhares e os desaparecidos ainda não sabe-se quantos foram.
Cesar Gaviria presidente da Colombia era amado pelos Americanos,apesar do estado de miséria de seu povo.
O Brasil era aquela anarquia que nós bem conhecemos.
Por este retrovisor justificam-se as análises do ilustre filósofo.
Hoje realmente desfrutamos de uma certa autonomia continental porém, os sabotadores de sempre estão de plantão.Cabe ao povo uma educação política eficiente para escolhas acertadas.
"Hay un dia em que se nace"

Jorge

É o que eu acredito, Cooperativas, somente agindo assim é que poderemos sobreviver no futuro.

    Mário SF Alves

    É. Tem razão, Jorge. É a única forma eficiente (e viável sócio-ecomicamente) de quebrar a concentração de riquezas imposta pelo capitalismo.
    Abs.,
    Mário.

André'

Esse aí é completamente maluco.

    Luiz Fortaleza

    Vivam os malucos, pq os normais do capitalismo estão cometendo o suicídio do planeta… Maluco é quem faz guerra, destrói a natureza e produz armas atômicas.

    André'

    Esse aí deve ser da turma da fumaça.

    Então o comunismo/esquerdismo nao fez guerra, nunca "destruiu a natureza" e nunca produziu armas atômicas né?

    Menos fumaça amigão, menos.

    rs

    @luisk2017

    Prezado, leia o "Para além do capital" (Boitempo) e vc vai ver que não tem maluquice alguma o pensamento do Mèszáros. Maluca é "democracia" queb precisa violar a soberania de diversos países para poder sobreviver. Que defende o o "american way of life", que consome materialmente o mundo e para isso precisa subjugar povos, assassinar adversários (como politica de estado), promover golpes, defender ditaduras (como na Arábia Saudita) e atacar a Síria (outra ditadura que não merece defesa). É dificil mesmo imaginar uma ruptura geral com o capitalismo. Mas, se nem imaginada for, ficaremos na "Matrix" o resto das nossas vidas.

    Rogério

    Ou vc é completamente trol?

Almeida Bispo

O sistema capitalista é como um cobertor curto: pra que alguém fique coberto, outro – outros, neste caso – tem que ficar a descoberto. O desatrelar das riquezas nacionais ao padrão ouro trouxe uma euforia de crescimento sem estar necessariamente associado à pilhagem, a forma clássica de enriquecimento das nações até então. Ocorre que isso foi feito em cima de um enorme passivo; dívidas de várias naturezas, inclusive a social, além da enorme inflação. A corrida armamentista serviu para retroalimentar esse sistema, só que ela acabou. Aí partiu-se para as pirâmides que, mais frágeis ainda que o passivo criado depois do fim do padrão ouro está explodindo. Só o socialismo pode salvar-nos de uma catástrofe imediata. Mas, quem armaria o guizo no pescoço do gato?

    Joao

    em poucas palavras:

    quanta bobagem!

    Margarida

    concordo com vc

    Vitor Grando

    Socialiamos pode nos salvar? Você sabe do que tá falando? Stálin, Mao Tse Tung e outros agiram como agiram POR CAUSA do socialismo e tudo que trouxeram foi miséria e fome às suas nações. Ah! já sei… não foi o verdadeiro socialismo que eles implantaram né? Lamento, mas isso É socialismo na prática.

    Narr

    Eu queria pegar o ônibus para São Paulo. Comprei a passagem errada e fui parar em Recife. Precisei cometer esse erro várias vezes para concluir cientificamente que é utópico querer ir a Sâo Paulo. O destino da humanidade é errar o caminho.

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