Gerson Carneiro: Lobão é otário, Cuba está infestada de coxinhas brasileiros

Tempo de leitura: 8 min

Cuba1

Cuba2

Vai pra Cuba!

Diário de um Chapéu de Couro

por Gerson Carneiro, especial para o Viomundo

Companheiros,

Regresso de Cuba. De uma viagem de 13 dias. Trago boas novas.

A blogueira Yoni Sanchez é uma figura totalmente irrelevante ao povo cubano. Os cubanos até sabem que ela existe mas não lhe dão a mínima importância. Então, ela usa a tática de concentrar esforços para transgredir leis, como, por exemplo, rasgar o próprio passaporte, na tentativa de ser levada à prisão e assim chamar atenção e talvez se tornar uma líder de alguma coisa mas o governo cubano inteligentemente aplica à funcionária da CIA a mais letal das penas: a total liberdade para fazer o que quiser.

Digo isto porque conversei com pessoas diversas em Havana, inclusive estive no lobby do hotel luxuoso “Habana Libre”, aonde ela costuma contar à imprensa estrangeira as fábulas dela, como o alegado sequestro por agentes do governo cubano em que lhe resultaram hematomas por todo o corpo, jamais comprovados.

Ocorre é que a blogueira cubana descobriu uma forma de ser financiada e assim ganhar dinheiro, viajar o mundo inteiro, e se divertir enganando quem se deixa enganar.

Não o povo cubano, cujo índice de escolaridade com nível superior alcança 70% da população e está preparado ganhar o mundo, se quiser, quando o embargo sem razão de ser terminar.

Estive na universidade de Havana, de onde saem os médicos que dão assistência em 70 países, inclusive combatendo o ebola no continente africano.

Só pra constar: não há escola nem faculdade particulares em Cuba. Conversei com um advogado de 26 anos de idade e um engenheiro e uma engenheira de informática.

Ah, o ano letivo de 2015 começou em 05 de janeiro. Ônibus escolares passam pegando as crianças e os adolescentes entre as sete e as oito da manhã e retornam no final da tarde. Também por isso não há crianças nos semáforos.

O mundo se encontra em Cuba

Cuba hoje é uma Babel. Ouve-se múltiplos idiomas. Pessoas do mundo inteiro visitam Cuba.

Um cubano que cursou Engenharia de Informáica em Moscou e História em Havana, e hoje trabalha com Turismo, me disse que Havana é a sétima cidade mais visitada do mundo (não fui conferir a informação).

Até norte-americanos visitam Havana de forma clandestina, pois o governo norte-americano proíbe seus cidadãos de visitar Cuba, mas eles vão para o México e de lá voam clandestinamente a Cuba.

A cantora norte-americana Beyoncé esteve em Havana e um fã entusiasmado a reconheceu, tirou foto e postou no facebook.

Foi o suficiente para chegar ao conhecimento do governo norte-americano, que aplicou a Beyoncé uma multa de um milhão de dólares.

Fosse um cidadão comum, provavelmente seria levado para Guantánamo, sob a alegação de que “não é em Cuba que você quer ficar!”, imagino.

Agora, a cereja do bolo: Cuba está infestada de coxinhas brasileiros.

De eleitores do Aécio gastando seu rico dinheirinho contribuindo para sustentar o regime do Comandante Fidel Castro. Pobre Lobão, és de fato feito otário pelos coxinhas.

Um internauta antipetista havia me dito que “tubos de dinheiro do Brasil estavam sendo enviados para Cuba”. Agora eu posso concordar.

Curioso que no Brasil sempre nos dizem “vai pra Cuba”.

Até dois professores de uma faculdade mequetrefe de Direito, como escapatória em um debate, por falta de argumentação, me mandaram ir pra Cuba.

Fui, e lá encontrei um monte dos que aqui nos mandam ir pra Cuba. São realmente sujeitos sem tutano ideológico.

Como proclama um ícone deles, “a gente somos inútil”. Ventríloquos da porca imprensa brasileira. Diverti-me observando-os.

As gafes, as vergonhas alheias que protagonizam achando que ninguém os está entendendo, nem os observando.

Uma pequena maldade

A diversão começou já no aeroporto de Guarulhos. Três idosos indo para os EUA (voamos no mesmo avião até o Panamá), já na sala de espera sentaram atrás de mim e começaram a tagarelar bobagens contra o atual governo brasileiro.

As falas eram truncadas porque não sabiam dissertar sobre o que pretendiam discorrer.

Começavam e paravam no “aquele negócio que ela está querendo alterar. Como é o nome? Não lembro agora. Ela não sabe o que está fazendo”, e coisas assim. Bem, falavam alto, incomodavam os demais que estavam querendo um cochilo antes do vôo.

Permaneci quieto, só observando. “De orelha em pé” como dizia painho. E assim fiquei.

Poucos minutos após o início do voo saquei meus fones, dei uma passada nas opções oferecidas na tela de entretenimento grudada nas costas da poltrona à minha frente, escolhi o que queria e percebi uma movimentação na fileira de assentos do outro lado.

Lá estava o trio agitado. Primeiro sem saber como plugar os fones. Após algumas tentativas, conseguiram. A briga passou a ser com a tela “toca-tela”. Primeiro para se localizar, depois para manusear o rol de opções. Aí, a batalha foi longa.

Cada vez mais desesperados ao mesmo tempo em que tentavam manter pose de normalidade, fingindo ser a estabanação apenas voluntária ação experimental das alternativas oferecidas pelo painel. Mas estava óbvio que era desespero por desconhecimento.

Por impulso pensei em oferecer ajuda, mas decidi observar para ver até onde iria a peleja do trio de velhinhos politicamente tão sábios, e anteriormente tão cheios de si (aparentemente por estarem embarcando para os Estados Unidos) com a tela de entretenimento.

Cerca de quarenta minutos adiante dois desistiram e se aquietaram.

O terceiro, suponho que para sustentar o orgulho, fingiu ter encontrado o que queria ver e viajou três quartos da viagem até o Panamá vendo a propaganda da Copa Airlaines.

É… de longe, pela diversificação de cores das luzes projetadas pela tela, parecia ser animada e realmente capaz de prender a atenção por tão longo período.

Decadência da elegância

Dois dias da viagem fiquei hospedado no crème de la crème da coxinharada brasileira em Cuba. Um luxuoso hotel em Varadero. Varadero é o lugar, em Cuba, aonde tem mais brasileiros metidos a besta por centímetro quadrado.

Especialmente os que imaginam que Cuba fica para fora dos limites do hotel e assim não estão contribuindo financeiramente para manter o regime do Comandante.

Foi lá que presenciei um grupo de seis coxinhas na fila do procedimento de encerramento da estadia tecendo comentários sobre um funcionário cubano do hotel.

Dizia um deles: “ele fala francês, italiano, inglês e português”. Nesse momento uma coxinha do grupo interveio:

— Quando eu voltar para o Brasil, eu vou me matricular em um curso de italiano (sic). Ah, mas eu fico pensando, os cubanos têm tanta cultura não sei pra quê se não têm dinheiro.

E o coxinha interlocutor completou:

— Verdade. Não têm internet, nem celular.

Nesse reduto encontrei também uma família composta por mãe, filho na faixa de 35 anos de idade, uma filha e uma tia.

Na fila do restaurante o filho com o prato na mão, aguardando o omelete que havia pedido para ser feito com três ovos e todos os legumes e condimentos que estavam à escolha, socava na boca o que podia pegar e falava todo despreocupado achando que não estava sendo entendido por ninguém além da irmã: “Eu nem estou com fome, mas tenho que aproveitar”.

Foi então que me tomou de assalto uma possibilidade. Perguntava-me ao tempo em que tentava vislumbrar. Se ocorre de haver uma caganeira em qualquer um deles, que aqui se encontram, por se entupir de comida, obviamente será levado ao posto médico.

E então, recusará ser atendido por um médico cubano? Ou vai incrementar o rol de vexames e absurdamente exigir a submissão do médico cubano ao REVALIDA antes de atendê-lo? Essa, de fato, rezei para ver, mas meu Padim Ciço achou que eu já estava me divertindo demasiadamente. Não atendeu minha súplica.

Enquanto isso, à mesa, a mãe erguia a taça e gritava em um misto de desespero e ordem “POR FAVOR! POR FAVOR! POR FAVOR!”. Desespero por não saber como se dirigir aos garçons e pedir educadamente e respeitosamente o que queria. A

postura era a de quem se colocava como “eu sou a hóspede, estou pagando e tenho que ser servida”.

Gente diferenciada

Também na praia desse hotel resolvi me acomodar no primeiro quiosque da primeira das três fileiras de quiosques espalhados na areia, que separam o hotel da água do mar. Sendo a primeira fileira de quiosque a que me refiro a fileira mais próxima ao hotel.

Eis que fui contemplado. Naquele dia aquela fileira de quiosques fora ocupada inteiramente por brasileiros.

Lá pras tantas chegou um casal, e não tendo mais quiosques disponíveis puxaram duas cadeiras e se acomodaram ao lado de onde eu estava, distanciando cerca de dois e meio metros. No quiosque à minha frente estava um casal de poloneses ou russos, creio eu pelo idioma em que falavam.

Em um determinado momento o casal de estrangeiros se levantou para ir ao bar, e nesse instante a senhora brasileira que estava acomodada ao meu lado se levantou e se dirigiu ao casal estrangeiro perguntando em Português:

—  Vocês já vão embora?

Em um primeiro momento o casal ignorou pensando que a senhora não falava com eles, uma vez que falava em uma língua estranha a eles. Mas a senhora resolveu seguir o casal e insistentemente perguntava:

— Vocês já vão embora?

Daí o casal percebeu que a senhora se dirigia a ele e estava falando para ele. E em um claro gesto de “não sei o que você está me dizendo” o casal abriu os braços e seguiu. A senhora voltou irritada porque o casal não a entendia. Mas à frente essa mesma senhora começou a conversar com uma jovem brasileira e eu na minha missão de observar notei a senhora dizendo para a jovem:

— Aqui tá cheio de brasileiro. Mas é um tipo de brasileiro diferente.

Foi aí que instintivamente saquei meu chapéu de couro do bornal, botei na minha moleira e, com a desculpa de ir jogar o copo descartável no lixo, passei três vezes em frente a essa senhora para mostrar que ali havia um tipo de brasileiro diferente.

Essa é a gente que se considera exclusiva, culta, rica, merecedora de privilégios. Entorpecida em sua vil soberba. É a imagem cuspida e cagada da Carlota Joaquina Teresa Caetana de Bourbón e Bourbón e sua trupe vivendo suas aventuras no Brasil. São uma vergonha.

Tive o privilégio de assistir de Havana à posse da Presidenta Dilma, transmitida ao vivo e na íntegra pela TV Cubana, inclusive com repórteres cubanos presentes em Brasília.

Com análise crítica, séria e fundamentada de cada um dos Ministros e das possibilidades desse novo mandato face à  conjuntura geopolítica mundial. Ao retornar ao Brasil procurei saber como foi a transmissão da posse aqui. Contaram-me:

— Repercutiram a roupa da Dilma. Compararam-a a um botijão de gás.

Pensei: Meu Deus. De fato, estou de volta.

Essa imbecilização, essa pobreza intelectual, que substitui o que poderia ser debate político, é mais uma manifestação dessa gente que acabei citar. Planam e se lambuzam na poça rasa da lavagem oferecida pela porca imprensa brasileira, se achando o ó do borogodó.

Vai pra Cuba

Fui a Cuba. Gostei e pretendo voltar. Conversei com cubanos nas ruas, nos bares, nas praias, como conversei com haitianos quando lá estive.

Uma das minhas manifestações nas conversas era a de que estava preocupado com o fim da tranquilidade, segurança e a introdução do narcotráfico, eventualmente consequência da aproximação dos EUA.

O consenso dos cubanos é que Cuba está fortemente preparada para impedir uma eventual tentativa de introdução de narcotráfico. Um deles me disse:

— Uma pequena história. Um militar de alta patente foi flagrado tentando introduzir narcotráfico na rede hoteleira. Ele e dois auxiliares. Os três foram fuzilados por isso. A pena mínima é de 20 anos de cadeia para quem for flagrado com narcótico. E então: você quer trazer droga para cá?

Pensei: os Perrellas, donos do helicóptero apreendido com 450 quilos de pasta base de cocaína, seriam fuzilados aqui.

Estive em uma nação de fato socialista.

No procedimento para embarque no aeroporto falei para o atendente que como brasileiro agradeço pelos médicos cubanos. O rapaz saiu de trás do balcão e veio me dar um forte abraço.

Voltei de Cuba maravilhado.

Não tenho atributos que me enquadrem no esteriótipo coxinha, mas assalto o brado para conclamar: Vão pra Cuba!

Yo soy un hombre sincero

Leia também:

Conceição Lemes desmonta “câncer do pâncreas” em Lula: “Mentira e desrespeito”, diz assessor


Siga-nos no


Comentários

Clique aqui para ler e comentar

Rafa

Excelente texto ! Viva CUBA ! E o brasil q se foda todos otario ! obrigado pela passagem ja estou na praia em Miami !

Asas

Gostei muito da matéria, só uma coisa a comentar, o povo cubano é muito burro, arriscar a vida tentando a travessia pra Miami.
Tsc, Tsc, tsc!!!

Vicente Jr.

O cara começa zombando da falta de habilidade dos velhinhos com a tecnologia. E termina acusando os outros de serem soberbos. A moral varia de acordo com o observador. Esses petistas…

Edmur

Sensacional o texto Gerson Carneiro! Você representou bem esta nação! Fraterno abraço!

Aracy

Parabéns pelo texto. Coitado do Gérson, foi a Cuba e virou uma ilha cercada de coxinhas brasileiros por todos os lados.

Lafaiete de Souza Spínola

Azenha,

Vez por outra pergunto sobre assuntos que não consigo ter clareza:

Mas não obtive resposta.

Agora, liguei o outro computador que uso muito pouco e todo material HOME está atualizado, dias 08 09/2014.
Neste, o mais usado, só aparecem entre os dias 04 a 07.

Meus comentários, quase sempre permanecem em moderação.

Estranhamente, o comentário em resposta a NaMariaNews (Gerson Carneiro em Cuba), faz 10 minutos, havia saído do estado de MODERAÇÃO. Depois de ligar o outro computador; abir o tópico, e retornar ao que usei para postar o comentário; ele retornou ao estado de moderação.

Meu comentário principal, no campo do Facebook, desapareceu. Mas como houve compartilhamento, ele aparece no Face.

Dos meus 02 comentários no campo de resposta ao Gerson Carneiro, no Face, o segundo não aparecia no outro computador. Depois de abrir, novamente, usando a senha,então apareceu. Parece ser um comentário indesejado que não desejam que seja lido.

Sinto a mão pesada da censura, da manipulação!

Você pode esclarecer algo?
09.01.2014
Lafaiete Spínola

    Conceição Lemes

    Lafaiete, vamos repassar o teu comentário para o Leandro Guedes, que é quem cuida da parte de web do Viomundo. Obrigada. abs

    Gerson Carneiro

    Às vezes é o navegador ou o sistema operacional. Experimente teclar F5 e aguardar a atualização da página. Isso acontece comigo também e é assim que eu resolvo.

    Lafaiete de Souza Spínola

    [email protected]

    Azenha e Conceição,

    Por que os meus dados não estão aparecendo, como sempre ocorria, e ao clicar no campo do e-mail surge essa opção “[email protected]” que desconheço a origem?

    Coisas estranhas!

    Solicito a gentileza de explicar-me.

    Conceição Lemes

    Lafaiete, nós não sabemos. Vamos repassar o teu comentário para o Leandro Guedes, que é quem cuida da parte de web do Viomundo. abs

    Conceição Lemes

    Lafaiete, eis a resposta do Leandro Guedes: “O computador do usuário está com algum plugin que faz o auto-preenchimento dos campos dos formulários. Pois pelo lado do servidor não existe esta possibilidade”.
    abs

    Lafaiete de Souza Spínola

    Conceição,

    Agradeço o esclarecimento, mas é a primeira vez que isso acontece. E, mais ainda, os campos Nome e E-mail ficaram em branco.12.01.14

Edgar Rocha

Espero que o Gerson Carneiro tenha explicado aos cubanos o que é um coxinha. Assim, poderão oferecer um tratamento diferenciado a esta gente.
Com requintes de crueldade intelectual e um anuário de piadas sobre eles por hotel. Valor agregado a quem interessar.

Sou teu fã, Gerson Carneiro, desde suas análises durante a viagem ao Haiti. Uma mente privilegiada em baixo de um chapéu de couro. Tô com inveja. Quero um chapéu igual. A mente, resta-me admirar.

Tálita

Texto estupendo. Fiquei realmente maravilhada e encantada com toda essa narrativa. Parabéns e muito obrigada por dividir conosco sua experiência. Muito obrigada mesmo. Abraço!

roberto

A classe média que conheço que “arrota” anti-petismo e utiliza os mesmos clichês dos “papagaio da grande mídia” são iguaizinhos a estes que o autor do texto encontrou em CUBA, “que coincidência!!!!”

Ricardo Silveira

Quem desejar um bom exemplo de coxinha nacional e teoria da conspiração, vejam esta picaretagem intitulado O fim do Brasil? Autoria de um grupo chamado “Empiricus Research”. Discurso apocalíptico para vender manual para sobreviver ao segundo mandato da Dilma. Só não tem a opção ir para Cuba. Cuidado! O lado escuro da força e do fascismo estão fortes neste link.
http://www.empiricus.com.br/fdb2-yt/?key=8672d1ea-94f9-4877-8dc1-cc5e6b624f13&utm_source=uol&utm_medium=uolclique&utm_campaign=uol-uolclique-videopromo-fdb2-uol5

Walter

Esquerda caviar é isso aí.
Adoro então a choradeira e a luta pelas causas populares.
Uma viagem de treze dias para Havana não sai por menos de 5 mil dólares.
Ou é mais um esquerdinha abonadinho ou viajou bancado pelo partido…
Enquanto isso , no Brasil, o partido promete arregacar com a classe média.
Mas claro que isso não interessa a quem pode pagar mais de dez mil reais para passear em Cuba.
Eu não posso…

    El Cid

    Peça para um médico coxinha, o remédio do momento para os da sua laia: Cotovelol !!

    Gerson Carneiro

    Me passa teu endereço. Vou mandar a fatura pra você pagar. Se pagar, vai poder falar com propriedade. Pare de chorar e encarnar a Direita pão com ovo.

    Narr

    É bonito ver um cara que não tem nem 5 paus pra viajar defendendo de toda as maneiras os milionários e bilionários do Brasil.

    Lembra o mordomo Stephen do filme Django Unchained de Tarantino.

    Gerson Carneiro

    O sujeito me manda ir pra Cuba. Eu vou. Então passa a me acusar de “esquerdinha abonadinho”!

    Que bandeira esses sujeitos levantam?

    É a comprovação da carência de tutano ideológico.

Marat

Gérson, parabéns triplamente:
1) Por conhecer esse belo, importante e imponente país;
2) Por gastar seu dinheiro ai (e não em Maiami ou Nova Iorque);
3) Por desmascarar a safada vendida.
Valeu!
Abraços

FrancoAtirador

.
.
04/01/2015 – 16h51
OperaMundi

CUBA REGISTRA UMA DAS MENORES TAXAS DE MORTALIDADE INFANTIL DO MUNDO

Índice de 4,2 mortos por mil nascidos vivos foi alcançada no final de 2013
Dados superam os dos EUA e foram obtidos apesar do bloqueio que atinge a ilha;
a cada minuto, 11,8 crianças menores de 5 anos morrem no mundo, segundo a UNICEF

Por Vanessa Martina Silva, de São Paulo

Enquanto o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) redefine a meta global, prevista para 2015, de reduzir a mortalidade infantil em um terço, adiando o objetivo por 11 anos,
Cuba comemora uma das mais baixas taxas de morte de crianças menores de cinco anos do mundo.

A cifra de 4,2 mortos por mil nascidos vivos foi alcançada no final de 2013,
graças ao trabalho realizado pelas equipes de médicos e enfermeiras da família
é a menor da história da ilha caribenha.

Os números foram revelados pelo jornal oficial Granma na última sexta-feira (02/01) e são atribuídos pelo pediatra e chefe do departamento do Programa Materno Infantil do Ministério de Saúde Pública cubano, Roberto Álvarez Fumero, em entrevista ao periódico, ao trabalho realizado ao longo de 2014 que generalizou o uso de progesterona a todas as gestantes com risco de parto prematuro e ao avanço na assistência às mulheres grávidas feita pelo programa de saúde estatal.

Hoje, entre as maiores causas de morte de crianças menores de um ano em Cuba estão doenças originadas no período pré-natal, defeitos congênitos e doenças genéticas, além das infecções.

Os dados são resultado do Sistema de Saúde cubano, afirma Fumero.

Por meio do Programa Médico e Enfermeira da Família, mulheres grávidas de todo o país são acompanhadas em todas as etapas da gestação, explica.

Também é realizado acompanhamento com assessores genéticos no atendimento primário à saúde, ressalta o médico.

Foi verificada ainda uma melhora na taxa de mortalidade materna. Há três anos não ocorrem mais do que 27 mortes de mulheres diretamente relacionadas à gravidez, parto ou pós-parto.

Fumero ressalta que os resultados são decorrentes do resgate do atendimento primário.

O resultado coloca a ilha caribenha, que há mais de 50 anos resiste ao bloqueio econômico e comercial imposto pelos Estados Unidos e que atinge os setores médico e farmacêutico do país, como um dos países com melhor resultado neste quesito em todo o mundo, como confirmam os dados do Banco Mundial.

Apesar de apresentar números diferentes do divulgado pelo governo cubano, o Banco Mundial confirma os avanços da ilha.

De acordo com o organismo internacional, em 2013, Cuba apresentou uma taxa de 6 mortos por mil nascidos vivos.

Desta forma, a ilha tem resultado superior a países desenvolvidos como os Estados Unidos, com 7 mortos a cada mil nascidos vivos; e ocupa a 40ª posição no ranking global à frente de países em desenvolvimento, como o Brasil, na 74ª posição (14/1000 nascidos vivos), Argentina 73ª posição (14/1000 nascidos vivos) e África do Sul, na 134 ª posição (44/1000 nascidos vivos).

Meta só para 2026

Os dados verificados em 2013 fizeram a UNICEF adiar a meta estipulada pela ONU de reduzir a mortalidade infantil em dois terços até o fim de 2015, em linha com os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, estabelecidos em 2000.

Apesar de ter sido reduzida pela metade, a mortalidade infantil não atingiu a meta de 31 para cada mil nascidos vivos – o número era de 93 mortes/1000 em 1990 e hoje é de 45,6/1000.
Desta forma, a meta foi fixada novamente para 2026.

Atualmente, 17 mil crianças abaixo dos cinco anos morrem todos os dias no mundo –
11,8 por minuto, de acordo com números divulgados recentemente pela UNICEF.

(http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/39042/cuba+mantem+recorde+e+registra+uma+das+menores+taxas+de+mortalidade+infantil+do+mundo.shtml)
.
.

Silvano

Gostei. Ele deve ter encontrado coxinhas e ecoxinhas.

Ricardo

Já estive em Cuba, um dos países mais fascinantes do mundo. Quanto ao seu texto, além de belo, retrata fielmente o típico-brasileiro-coxinha, encontrado em várias partes do mundo, pagando mico e se “achando”…

emerson57

Senhor Gerson,sou seu fã, mas
pergunto: O senhor não tem dó?
Isso que o sr. fez, usar o bom humor contra o ridículo da coxinhada brasuca, simplesmente tritura “essa gente”.
Us pobrezim intorta!
O bom humor de amigos como o Sr. nos salvará.
Parabéns.

ademar

imaginamos uma troca um cubanos por 10 coxinhas ai sim seria um bom negocio,tipo negocio da china

José

Os malvados irmãos Castro deveriam levar a sabesp para Cuba. Assim o sofrimento do povo estaria completo.

Maria Dilma

Você escreve muitíssimo bem.Muito leve e emocionante texto.
Ocorreu me ir pra Cuba também.

Danilo Morais

Belo relato!

Narr

Pensei que os coxinhas é que defendiam o fuzilamento dos traficantes.

Pelo que leio aqui, a pena de morte é bandeira da esquerda.

    El Cid

    O Gérson citou o que as autoridades cubanas fizeram, e você num “contorcionismo sem vergonha” acha que a esquerda brasileira defende isso…

    você é mais um “dublê de idiota” que achei aqui.

    Narr

    Parabéns pelas convicções! Graças aos expurgos e Gulags, o socialismo triunfou no mundo inteiro.

    Eu apenas havia ironizado o fato de que a esquerda condena a pena de morte e agora, alguém de esquerda apresenta a pena de morte como evidência das virtudes do regime cubano.

    Afinal, existe fuzilamento do bem?

    Se a polícia é de esquerda então é válido executar o traficante?

    Fuzilamento de chefes do tráfico é solução para o problema, tal como teria ocorrido em Cuba?

    A não ser que o sr. Gerson Carneiro e o regime cubano não sejam considerados de esquerda, não fiz contorcionismo algum.

    Incapaz de argumentar, o senhor me insulta.

    Deve lamentar que eu não possa ser levado ao Gulag sob a acusação (e portanto condenação) como inimigo do povo.

    Fascismo de esquerda continua a ser fascismo.

Carlos Roberto

Estive pensando: se o Haddad adotasse o método cubano e fuzilasse traficantes? O problema da Cracolândia estava resolvido. Como dizia a velha piada do Zé Vasconcelos: ma que Braços Abertos que nada!

JOSÉ ALBERGARIA

Amei essa matéria, isso desmascara esses coxinhas mal educados.

Carlos Roberto

Realmente é o Paraíso Socialists!

Rodrigo

Quantos cubanos podem fazer o mesmo que você fez? Viajar a um país estrangeiro a turismo livremente?

    Nelson

    Eu reformularia tua pergunta, meu caro Rodrigo:

    Quantos estadunidenses podem viajar a Cuba, livremente, sem ter que pagar multa aplicada pelo seu mui democrático governo?

    Quantas empresas podem comerciar com Cuba, livremente, sem sofrer embargo do governo, democrático, dos EUA?

    Gersier

    Que PORRADA bem dada.Como diz no texto:São realmente sujeitos sem tutano.

    Ventríloquos da porca imprensa brasileira.

Lukas

Pesquisei: entre as 100, Havana não está. Acredito que não estará entre as 1000, se houve uma pesquisa.

Edson Augusto

Parabéns, Gerson, por sua sensibilidade e por seu Brasileirismo! Delicioso texto!

Rodrigo Leme

Mas é claro que está cheia de coxinhas!! Cuba é belíssima, só é ruim pra quem mora lá…se você consegue pagar por necessidades básicas é um belo passeio. Se não mora em uma das cadeias por crime de pensamento então é o melhor dos mundos.

E fiquei chocado com a cobertura da TV cubana da posse, ela é o sonho do petismo: uma imprensa que é boletim informativo do governo ao invés de jornalismo. Imagino que todas as sofisticadas análises tenham passado por loas à Katia Abreu e outros progressistas do ministério, rs.

    abolicionista

    Cuba era boa na época do Fulgencio Batista? Um livrinho de história de vez em quando vai bem…

Leonardo

cuba ou so a parte bonita que você viu?

Renato

“Foi o suficiente para chegar ao conhecimento do governo norte-americano que aplicou à BeYonce uma multa de um milhão de dólares.” Show de desinformação. Por essa, dá para imaginar o resto das cascatas que o autor contou no texto. Os EUA, é verdade, proíbem seus nacionais de fazer turismo na ilha, mas a negócios e para fins culturais são concedidas autorizações, e foi nessa condição (autorização para viagem cultural) que Beonce e Jay-Z foram á ilha. Não houve qualquer multa imposta ao casal pelo governo dos EUA.

    Gerson Carneiro

    BeYoncÉ

NaMariaNews

Gerson, que maravilha! Quero mais, por favor.
Fiquei comovida e saudosa com teu texto. Tive a honra de viver em Cuba algumas vezes, que se contar tudo dá mais de dois anos, ao conferir no passaporte.

É isso mesmo, vc está correto. Sempre que encontrava “brasileiros diferenciados”, anteriores ao horrível termo “coxinhas”, era vergonha garantida. A preferência deles por Varadero é inegável, assim como por cruzeiros lotados para Aruba (como se o Caribe fosse só aquilo), Bahamas, Disney, Miami etc. em outras plagas. Eu fiquei ali uma vez só e nunca mais, queriam me agradar, sem me conhecer – depois de esclarecidas as coisas, a vida foi só alegria. Cuba vai além disso, muito além de La Habana também. Por outro lado, fico feliz que se concentrem em apenas um local, esse Varadero em Cárdenas, norte de Matanzas (ói que nome sugestivo). Assim sobra mais da verdadeira Ilha para os corajosos e verdadeiros turistas.

Como meu trabalho era um misto de National Geographic + Life + Indiana Jones eu corri a ilha toda. Do cabo ao rabo e por todas as partes de suas 15 províncias (sim, eu conto Guantánamo e sua muralha de espinhos), com pouco mais de 150-160 municípios encontrei um povo extremamente amigável, gentil. Com uma felicidade completamente diferente, pois não se baseava só no poder de consumo de bens materiais. Eles queriam os bens do conhecimento em forma de colaboração e troca – algo também muito diferente daqui, que ainda não entendeu muito bem o que significa “colaboração” ou real pertencença a um grupo constituído de gentes diversas movidas para um mesmo fim, com o mesmo coração, capaz de acolher críticas e sugestões sem sair matando a pau ou te ignorando. Aqui, infelizmente e ainda, está mais para a “competição”. O “eu” antes do “nós”. Em Cuba, o coração está fora do eu, ele pertence ao nós. Espero que me entenda corretamente. Portanto, trabalhar ali sempre foi festa de prazeres infinitos, apesar de tantas dificuldades e desafios.

Quero que vc possa voltar à Cuba muitas, muitas vezes, quem sabe ficar alguns meses (isso deveria ser obrigatório por lei federal, assim como é servir ao exército e pagar impostos). Vc foi agora, no período da seca, experimente ir nas chuvas, um tufão (ou furacãozinho) faz bem à alma, sabia? heheheh…

Cuándo volver… Saia da capital o quanto antes, vá pro meio do mato (ao sul, em Santiago de Cuba, pertinho de Guantánamo, tem o Pico Real del Turquino – na Sierra Maestra -, o maior de lá, lindo, lindo parque nacional, com tantos pássaros e bichos, orquídeas, árvores diferentes!
Siga para outras praias infinitamente mais belas e, sobretudo, sem gente de fora, que te receberá como filho, te cuidará de qualquer doença e chorará mais do que você na hora da partida, quando honrosamente te cantarem La Bayamesa.
Vc ainda terá apenas umas 1.500 ilhas a escolher além da Juventud, os pescadores te atenderão e ensinarão os caminhos, por quase nada.

As comidas ótimas serão outras, como as cores e temperos e as crenças – vá ver a Santeria e seus orixás – que parece com os nossos terreiros de Candomblé. Então se sentirá em casa e relembrará os navios negreiros, porque lá, depois de dizimarem os índios, trataram também de levar escravos. Temos essa mesma dor e vergonha. Depois para nós vieram os europeus, para eles os chineses, então imagina a misturança. Lá tem de tudo que é povo, como aqui. Deve ter percebido, é certo. E nunca vi qualquer um se tratando com desigualdade ou intolerância.

Voa lá, Gerson, vá atrás dos sons, das músicas – ai, as músicas, os sambas, salsas, rumbas… Parece que em cada vila tem um Buena Vista Social Club disponível 24 horas, non stop e com características muito diversas, instrumentos incríveis, vozes que nem sei. E vc vai dançar loucamente com aqueles lindíssimos negros e mulatos (brancos tb), simplesmente porque até os postes e as pedras dançam em Cuba, impossível ficar parado. Aliás, Gerson companheiro, bailastes por allá? Ojalá que sí!

Sei que eu viajava e trabalhava feito uma condenada, dia e noite. Mas em compensação, aprendi muito mais do que ensinei e carrego essa dádiva em minha alma, em um dos Everests mais elevados e sem neve. Apenas com aquele sol incendiador, aquele azul, aquelas pessoas que, sem dúvida, podemos chamar de GENTE. Iguaizinhos a você, Gerson.

Se hoje eu pudesse estaria lá ontem, há muito tempo. Por isso sei que vai adorar seu retorno e eles não esquecerão esse rei generoso e compreensivo coroado com chapéu de couro – que é você.

Saludos, hermano!

PS- Quem sabe na próxima a gente não se encontra lá e depois damos um pulinho de ano lá na Jamaica, fica logo em frente – outro lugar que… fica pra outra história;-)

    Lafaiete de Souza Spínola

    Viomundo deveria abrir um espaço para você ampliar a sua experiência tão rica.
    A sua descrição é mais que um comentário!

Edmo Sinedino

SENSACIONAL!!! Gente, isso dá um livro, um primor. Parabéns!

Pedro

Vejo pessoas sem o mínimo de conhecimento falar mal de CUBA . NAOMAGUENTO E PERGUNTO EM QUE O BRASIL É MELHOR QUE CUBA ? Eles pensam e respondem ..LIBERDADE DE EXPRESSÃO ..AÍ VOLTO A PERGUNTAR O QUE MAIS ? Eles não sabem..kkkk pergunto p eles com toda liberdade de expressão que o Brasil tem o que ganhamos ? Não sabem responder ..e eu digo …ganhamos uma imprensa golpista , partidária que estão acabando com as famílias tradicionais e fazendo novelas e programas de baixos níveis ! Cuba tem as melhores faculdades , os melhores esportistas , a menor taxa de analfabetismo , a menor taxa de mortalidade infantil , a menor taxa de homicídios emassaltos e latrocínios , etc… E tem COXINHAS q semacham melhores !

Oscar

Adorei o seu texto, Gerson Carneiro, parabéns!!

Deixe seu comentário

Leia também