“Autoridades esquecem-se do passado grevista e jogam contra a consciência política”

Tempo de leitura: 4 min

do Blog do Artur Henrique

A greve é mais que um direito constitucional e um instrumento legítimo para os trabalhadores cobrarem aumentos salariais, proteção e ampliação de direitos e melhoria das condições de vida em geral.

Um movimento grevista também é um dos principais momentos para elevar a consciência crítica da população. É uma oportunidade de as pessoas se enxergarem como conjunto transformador, e por isso guarda em si potencial de catarse política, de passagem para uma experiência ativa de mudança do mundo social.

Compreendido esse potencial, entende-se porque as greves são tão hostilizadas – embora, e propositalmente, jamais de modo a apontar o verdadeiro temor – pelos patrões em geral e todo o sistema hegemônico de que dispõem.

O que não se pode entender ou mesmo aceitar é que administradores públicos das três esferas de governo, especialmente aqueles que têm origem no movimento sindical e nas lutas sociais, tentem desqualificar a greve ou coloquem-se contra o movimento como se defendessem um princípio.

Acompanhamos em greves recentes e bastante disputadas – como a dos professores em 17 estados brasileiros e a dos Correios – manifestações autoritárias e reacionárias que se prestaram à deseducação política e à desmobilização social.

Nem vamos nos deter mais longamente em reações truculentas como a de alguns governadores e prefeitos que permitiram ou talvez até tenham ordenado a repressão policial sobre os trabalhadores, tamanho o absurdo da conduta.

Porém, não é preciso chegar a tal manifestação antidemocrática para ser igualmente nocivo à organização dos trabalhadores. A ameaça de não negociar com grevistas ou a intenção de negociar separadamente com aqueles que não aderiram à greve é uma tentativa de premiar o medo, a timidez e, principalmente, o individualismo. Ainda que a escolha de participar ou não de uma greve seja um direito legítimo de cada trabalhador e trabalhadora, quando uma autoridade pública acena positivamente para aqueles que optaram pela via solitária, presta desserviço igual à construção da consciência política coletiva e ao sonho de mudar a sociedade.

Quando atitudes como essa partem de companheiros que já foram sindicalistas e que já fizeram greve, deparamo-nos com uma ameaça séria. Claro que não podemos nos deixar levar pela sensação de desalento que tal situação poderia produzir, mas é inevitável um travo de decepção na garganta – sem falar que a conduta desses companheiros serve como justificativa para políticos tradicionalmente avessos às lutas populares.

Devemos lembrar que no Brasil de hoje há ministros e presidentes de estatais que só chegaram lá porque fizeram greves ao longo de suas trajetórias. Esquecer-se disso é jogar contra a proposta de transformação social que tem nos guiado nas últimas décadas. Se queremos construir um novo modelo de desenvolvimento, com ênfase na distribuição de renda, na superação das desigualdades e na afirmação da liberdade, devemos repudiar tal comportamento demonstrado por algumas autoridades públicas nos últimos dias.

Se nosso desejo é que as pessoas que hoje saem da pobreza e começam a ascender socialmente não reproduzam amanhã o mesmo espírito de competição entre iguais do qual já foram e ainda são vítimas, se queremos a solidariedade como princípio e o coletivo como estratégia, nosso caminho é totalmente outro.

Greve não é um objetivo em si

Nada disso quer dizer que a greve seja algo que busquemos como recurso primeiro. Ao contrário. Quando acontece, a greve é resultado de um processo de negociação que fracassou. Em circunstâncias assim, é o último e único recurso de pressão dos trabalhadores, diante da multiplicidade de mecanismos de que dispõem os empregadores – força econômica, domínio dos meios de comunicação e até controle das forças de repressão.

Os mais bem sucedidos processos de negociação, por sua vez, derivam da realização de greves em períodos anteriores que elevaram o grau de consciência política e organizativa de determinados grupos.

Já o fracasso de um processo de negociação não pode ser atribuído a um único ator do processo. Tanto no setor privado quanto no público, os administradores têm entre suas funções básicas a intermediação de conflitos trabalhistas.

Justiça do trabalho

Por isso consideramos inadmissível que a Justiça do Trabalho, como alguns de seus mais destacados representantes fizeram por ocasião da greve nos Correios, atribua aos trabalhadores e seus sindicatos a responsabilidade total pelas paralisações.

Aliás, a chegada de um conflito entre capital e trabalho até a Justiça é o pior cenário de um movimento grevista, pois sinaliza o fracasso completo do processo de diálogo.

Ainda sobre a Justiça do Trabalho, é importante destacar – registre-se que isso não ocorreu no caso dos Correios – a prática cada vez mais recorrente de julgar a conveniência ou o caráter abusivo da greve antes mesmo de considerar a justeza das reivindicações.

Já na Justiça comum, desse modo de avaliar os movimentos grevistas derivam-se os interditos proibitórios, que impedem os trabalhadores de se reunir nas proximidades da empresa em momentos de mobilização. Outro absurdo.

Vivemos no Brasil um momento complicado em relação aos processos de negociação coletiva. Há um vácuo legal para o qual já propusemos, para o setor público, a regulamentação da Convenção 151 do OIT – já ratificada pelo Congresso – e a organização por local de trabalho tanto para o setor privado quanto para o público.

Um dos legados dos anos Lula e Dilma deve ser a ampliação da consciência e participação política do povo, jamais o contrário.

No mundo inteiro

Enquanto isso, os indignados de todo o mundo vão às ruas protestar contra o capitalismo, ainda que de forma fragmentada, com bandeiras múltiplas, reivindicando uma nova forma de gerir o planeta. Todos que acampam, levantam bandeiras e batem bumbo querem dizer, se me permitem o uso de uma frase que os estadunidenses criaram, com sua capacidade toda própria adquirida graças ao cinema e à publicidade: “Você não me deixa sonhar, então eu não deixo você dormir”.

O Brasil, que pleiteia, com justiça, uma posição de comando na diplomacia internacional, bem que poderia dizer ao mundo, durante as cerimônias públicas e nas coletivas de imprensa de fóruns mundiais como o próximo G-20, que não há nada comprovadamente mais eficaz contra a crise do que a organização da classe trabalhadora, ao mesmo tempo responsável pela produção e pelo consumo.

Arrisco-me a dizer ainda que a América Latina, a partir de suas experiências contra-hegemônicas, tem todo o direito de propor aos povos do Hemisfério Norte a desobediência ao sistema financeiro, esse que rouba nossos sonhos.

Artur Henrique é presidente da CUT Nacional.

PS do Viomundo: “Afinal, que autoridades se esquecem que já fizeram greves  e jogam contra os trabalhadores e a consciência política?”, alguns devem estar querendo saber. Um é  o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, que disse: “Greve não é férias”. Outro é o presidente dos Correios, Wagner Pinheiro, que afirmou: “Com grevistas, eu não negocio”. Ambos ex-sindicalistas ligados à CUT. Vale recordar também o comportamento das direções da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil, que agiram como se fossem de bancos privados e não jogaram os respectivos pesos na Fenaban, para abrir negociação com os bancários (Conceição Lemes).


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Comentários

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Morvan

Bom dia.
O problema, na minha nem um pingo humilde opinião, está nas Centrais Sindicais, e não no Governo. Governo é Governo! Isto deveria soar tautológico, mas é estranho como muitos não se dão conta desta simplória constatação. O que fazem a CUT e os Sindicatos, para questionar a privatização dos aeroportos, a repressão às greves, o "endurecimento" do Governo em cima dos movimentos paredistas, ao mesmo tempo em que este mesmo Governo tenta, inutilmente, como só ele, o Governo, não parece perceber, aplacar o PIG, a qualquer custo? Quem parece ter cooptado a CUT e alguns Sindicatos é o Governo, e não o inverso. É a CUT que tem de fazer o seu papel de Central Sindical, de lutar pelos trabalhadores, e não pelo PT.
Reiterando: votei em Dilma por não poder votar – jamais! amo este país – no Zé Torquemada. Mas, daí a ter ilusões do tipo "JK de saias", a la Paulo Henrique Amorim, é viagem.
Nós, trabalhadores organizados, temos de "morder a faca", ir para cima e empurrar a luta para a esquerda do espectro (basta ver o Ministério de Dilma Roussef – cheio de "ministrinhos") e não poupar ninguém.

Morvan, Usuário Linux #433640.

    Wildner Arcanjo

    Concordo plenamente. A mudança começa pelas Centrais Sindicais. Digo ainda mais, também pelas representações sindicais regionais que também vão pela mesma cartilha das Centrais. Essa história de misturar Política Partidária com Sindical já está sendo danosa demais para a classe trabalhadora e, por reflexo para toda a população. Levando-se em consideração que o movimento político mais organizado e representativo, das camadas trabalhadoras e, por extensão, da população são os sindicatos. Não podemos entregar o comando, as decisões, em última instância, para meia dúzia de pessoas que tomam as decisões em prool de interesses individuais ou de grupos econômicos ou institucionais, muitas vezes (reintero que isto ocorreu com frequência nos últimos anos) destoando das deliberações e desejos das categorias de base sindicais e de seus representados. Resumindo: na Política Partidária Brasileira, o eleitor é mero coadjuvante guiado por indicações midiáticas, interesses de grupos (econômicos e institucionais) e escolhe o modelo que melhor o atende, ou que é menos danoso, para os seus interesses. Na Política Sindical, o trabalhador é participante ativo e decide sim qual o seu papel e a sua estratégia dentro do processo, tendo a greve como instrumento importante para equalizar as forças entre trabalho e capital (eu não gosto muito desta expressão, mas resume bem). Por isso que a greve, o movimento organizado e de política realmente sindical no Brasil são tão mal vistos.

    H. Romeu

    Isso mesmo.

    Sindicalista só pensa no seu umbigo e na sua curriola.

    Afinal, saindo do mandato, o cara logo vai ser contemplado com algum cargo comissionado, e como disse o colega Eduardo Diniz, vai ser mais um integrante de alguma equipe "de confiança" em alguma estatal ou orgão público.

    O mundo é uma grande mentira, a história é uma grande mentira.

    Isso é realidade no Brasil. Só confia em sidicalista quem realmente não tem noção de política. É preciso enxergar através da cortina de fumaça.

Eduardo Diniz

Aos profissionais do Direito que passam por aqui:

LEI Nº 7.783, DE 28 DE JUNHO DE 1989, que é a Lei de Greve.

Sobre o poder da Assémbleia que decide a greve. Pergunta de um leigo:

– As Assembléias da minha categoria reúnem 100,200 pessoas, para um universo de 7000 trabalhadores.
– Se decidirem pela greve, então a greve acontece.
– Ocorre que se o trabalhador não respeitar a decisão da assembléia, ele pode ir trabalhar, e neste caso sempre é citado o princípio constitucional de ir e vir.
– Então, na prática a Assembléia que decidiu a greve não vale nada.
– Isto não vale para o contrário: se a assembléia decidir pela não greve, então nenhum trabalhador não pode fazer greve.
——————
Por conta disto as empresas passaram a criar cargos comissionados, que funciona muito bem nas negociações coletivas. Sempre existe a intimidação velada: se você é comissionado pode perde a comissão. Em alguns casos o salário é composto por 70% de comissão.
—————–
Mas e se todos fizessem greve? Não haveria este problema. Ocorre que o ser humano pode ser movido por alguns sentimentos: medo, oportunismo ou egoismo, ou todos ao mesmo tempo.
—————–
Os donos do capital sabem disto tudo, e controlam melhor ainda os fantoches trabalhadores.

    Wildner Arcanjo

    Deixa ver se entendi… De certa forma, o sindicalismo instituído nos últimos anos no Brasil, foi feito para controlar a massa trabalhadora? A tal da massa de manobra, gado de manejo ou coisa do tipo? Para atender a interesses que não os da classe trabalhadora? De grupos (econômicos ou políticos)? Faz sentido isso… Por isso a forma como transitam os sindicalistas do meio sindical para o meio político e vice-verso. Alguns deles não cortam os vínculos nem com um tipo de política, nem com outro se apoiando na base sindical, fazendo política e depois, e por muitas vezes, renegando os ideais construídos com aqueles que os elegeram. Será que é isso mesmo?

Danilo

excelente sua análise José Stefanini.
A Dilma não está com essa bola toda não, e não sou psdbista, odeio a direita, odeio o PIG.
Qdo veio em Minas Gerais, na inauguração daquela palhaçada de relógio de Copa, ignorou a greve dos operários no mineirão, e mais grave ainda, dos professores estaduais.E olha q a bia do sindicato chegou a conversar com ela, entregou um documento relatando o histórico e a legalidade da greve, a presidente prometeu intervir nas negociações e, até hj, nada. Tá devendo dilma, tá devendo.

Fábio

"PT, o Partido que esqueceu os trabalhadores".
O indivíduo é militante, ganha um cargo (bem remunerado, sem responsabilidades, com muitas facilidades e oportunidades). Aí esquece os companheiros e trata de ajeitar a vida.
A cidade em que resido é administrada pelo PT há 13 anos e os exemplos do que falei acima são visíveis a todo momento.
Nesta semana conversei com um trabalhador (funcionário da Prefeitura) de uma área de lazer próxima à minha residência e ele me dizia que estava "se virando junto com um colega" para reparar os estragos causados pela chuva do final de semana: o salário não chega a R$1.000,00 mensais, nenhum apoio da chefia e da Secretaria responsável pela área.
Não menciono a cidade pois as retaliações e perseguições fazem parte da "política de recursos humanos" do Administração Municipal.

Adriana M Carvalho

Digite o texto aqui![youtube 8kGnareb4Gw&feature=feedlik http://www.youtube.com/watch?v=8kGnareb4Gw&feature=feedlik youtube]

beattrice

Aparentemente o golpe de misericórdia no prazo de validade do PT, como bem definido pelo Locatelli, foi dado nas eleições de 2010, o partido e Lula ganharam mas não levaram.
A caixa de Pandora aberta pelo fascismo serrista luta incessantemente para nos jogar nas trevas do Tea Party tupiniquim, o OPUS DEI Alckmista se debate pelo espólio deste mesmo Tea Party, e nos vãos correndo por fora o evangelismo messiânico da dona Marina fez escola.
Nessa toada todo e qualquer avanço social tornou-se peça obsoleta e o contraponto entre FHC e Lula é o único pilar que sustenta ainda essa esperança de mudança.
Se contarmos o tucanato como página virada, e somente uma hecatombe poderia traze-los de volta ao Planalto, é pouco, muito pouco continuar se fiando nesse avanço do passado para ter esperança no futuro.

Vlad

Em uma conversa de boteco (todo mundo pra lá de Bagdá), há uma semana atrás, um senhor do alto de seus quase 85 anos e completamente desalinhado de ideologias, preconceitos e rótulos, pontificou mais ou menos assim: MST, UNE e Sindicatos ficaram órfãos com o PT no governo; nem o mais otimista dos oligarcas poderia pensar em cenário mais sossegado do que o que temos hoje. Foram-se as raposas, mas o cachorro que as expulsou descobriu que gosta de comer as galinhas. E não temos coragem de atirar no cachorro, que por tanto tempo foi nosso companheiro..

Bom…deve ter sido a bebida.
Não faz sentido isso que ele disse.

º,..,º

Carlos Nunes

Muito bom o texto.
Só não acho que os ex sindicalistas tenham esquecido o passado. Trata-se de uma estratégia para um projeto de poder. Safatle colocou esses dias, é preciso estar no poder para produzir as mudanças. Concordo em parte.
Mas enfim, sobre a estratégia:
OU o PT acha que os movimentos sociais já é voto garantido – pq ninguem de esquerda, mesmo que vote mais a esquerda de prima, jamais num segundo turno decisivo vai votar no DEM (por exemplo), e um partido de esquerda mais radical não leva uma eleição majoritária sozinho – entao estão querendo fazer mais voto na classe média (o que quer que seja), já que a Dilma teria menor rejeição;
OU realmente o medo do golpe bate na b… quando se chega no poder e estão fazendo o jogo do tea party brasuca.

EUNAOSABIA

Vão trabalhar pelegos, vão produzir, chega de mamata rapaz.

A era da engorda acabou para vocês.

Presidente da república não foi eleito pra ficar do outro lado com umbigo no balcão atendendo pelegos… quem gosta de umbigada é Jackson do Pandeiro e sua Comadre Sebastiana…. dançado xaxado na Paraíba.

Fora pelegos.

Dilma está é mais do que certa… chega… fim de papo…

Vocês não enganam é ninguém.

    Daniel

    Deveriam ter prendido os bombeiros "bandidos". R$ 900 pra arriscar o pescoço num incêndio tá de bom tamanho… Tão reclamando do quê? Os PMs ganham uma fortuna, R$ 874,00, e é mais do que suficiente pra encher o peito de coragem e subir o morro pra matar bandido igual ao capitão Nascimento… NOT!

    Marcos C. Campos

    Que coisa mais esquisita
    "Vão trabalhar pelegos, vão produzir, chega de mamata rapaz",

    tá parecendo capataz em fazenda do interiorzão (cheia de semi-escravos), onde tem aquela turminha conversando após o almoço e chega o capataz colocando todo mundo pra "produzir" no canavial …

    Sai fora satanás … vai procurar sua turma …

Sr.Indignado

Inclua-se urgentemente o nome do negociador do MPOG, que humilhou os servidores públicos federais com uma negociação desqualificada, amadora e em alguns momentos, infantil.

Morvan

Bom dia.

Como dissera em outra ocasião, "achei estarrecedor quando o sr. Min. Paulo Bernardo cogitou (testando hipóteses?) cortar o salário dos grevistas…".
Este ministrinho (com m minúsculo mesmo) Paulo Bernardo não nutre o menor respeito pelo trabalhador, nem quem o colocara no Ministério (a Presidente da Re[s]pública).
Não precisa ninguém ler o livro (famosíssimo) do Leo Huberman, "História da Riqueza do Homem", para entender que a greve não é feita por "vagabundos", como disse, textualmente, N vezes, FHC, e como insinuou (não foi homem nem para afirmar com altivez) o ministrinho. É a "governabilidade", amigo.
A greve é a única arma do elo mais fraco, é preciso que se entenda isto como algo basilar. Todos os instrumentos (burgueses, claro) do Ordanamento Jurídico estão a serviço do capital e, claro, contra a classe operária.
O pior da história é que, em termos de eleições (instrumento ultraburguês), às vezes, não é escolher o melhor, e sim evitar o desastre (Padim Cerra ou a entrega total da soberania brasileira).

A quem interessar: o livro do Leo Huberman (História da Riqueza do Homem) em PDF, pode ser lido aqui:

http://forumeja.org.br/df/files/Leo%20Huberman%20-%20Historia%20da%20Riqueza%20Do%20Homem.pdf

:-)

Morvan, Usuário Linux #433640.

    beattrice

    Esse sujeito é tão "ministrinho" que se fosse dado o instrumento ao comentarista seria o caso de diminuir o tamanho da fonte das letras, minúsculo já não serve para definir essa criatura, diminuta em responsabilidade e maiúscula em arrogância.

    beattrice

    O lobbinho do ministrinho bate ponto negativando comentários… seria cômico não fora trágico.

Sagarana

Ollha o barulhinho da ficha caindo…

Julio Silveira

A questão é que esses politicos já chuparam a cana, conseguiram tudo que esperavam dela e não tem mais interesse no bagaço.
Em outras palavras, como tantos outros politicos foram e são oportunistas.

Wildner Arcanjo

Vale lembrar o governo agora é Dilma e não Lula. Acho que os Sindicatos e suas representações superiores esqueceram (ou quiseram esquecer) isto. No final das contas ficaram umas perguntas (sem respostas) que fiz ao sindicato ao qual estou filiado: "onde foi que nos perdemos? quando deixamos de fazer política sindical para fazer política partidária? qual será o efeito colateral desta decisão para o futuro?"
Bem, acho que o futuro (ou o presente) está cobrando a conta de decisões de um passado recente.

    Roberto Locatelli

    A questão, Wildner, não é contrapor política sindical com política partidária. Num partido sintonizado com o movimento de massas, há uma sincronicidade entre as duas coisas.

    O PT já esteve mais sintonizado com o sindicalismo. Hoje começa a dessintonizar.

    Wildner Arcanjo

    O que não pode é Sindicato, como entidade representante dos anseios, lutas e políticas da categoria que representa abrir mão destes anseios lutas e políticas, em favor da Política Partidária do Governo ou de qualquer um representante de Política Partidária. A Política Partidária é em sua definição de consenso, a Política Sindical é de busca de direitos. É disso que estou falando e foi isso que muitas vezes ocorreu, durante o governo Lula. Acho, na minha humilde opinião de leitor e entusiasta Político, que o estilo do “Governo Dilma”, se assim posso dizer, não condiz com essa Política. Para mim ela já era danosa as negociações entre Representações Sindicais e Governo, no Governo anterior e, pelo perfil e desenrolar das últimas negociações entre Sindicatos e Governo (vide greve dos Correios, Bancos e outras Empresas Controladas pelo Governo, deste ano) o que pode fazer com que Centrais Sindicais e Sindicatos Regionais possam perder muito mais do que campanhas reinvidicatórias se continuarem a serem passivos, benevolentes e conciliadores (políticos-partidários), podem perder a credibilidade com os seus representados. É aí que mora o perigo.

Fábio Salvador

Para Lula e Dilma: "Você pagou com traição, a quem sempre te deu valor!!!"

Ze Duarte

Todo sindicalista que reclama o faz somente porque não está mamando nas tetas que os outros sindicalistas estão. É uma disputa pra ver quem abocanha o poder político e o famigerado imposto sindical (só no Brasil mesmo!).

E quanto a isso:

"Já na Justiça comum, desse modo de avaliar os movimentos grevistas derivam-se os interditos proibitórios, que impedem os trabalhadores de se reunir nas proximidades da empresa em momentos de mobilização. Outro absurdo."

Isso NUNCA aconteceu e nem vai acontecer. Quando se consegue algum tipo de interdito é pra que o sindicato se abstenha de impedir o acesso ao prédio da empresa, como hoje o sindicato fez aqui onde eu trabalho, diga-se de passagem.

José Stefanini

Infelizmente a Dilma não tem carisma político como Lula para agüentar a enxurrada de "denúncias" da grande imprensa inimiga sem ter que enfrentá-la. Ou ela enfrenta como a Cristina Kirchner na Argentina, ou ficará cada vez mais fraca até o golpe final da mídia golpista.
Venho estranhando todas as tentativas de blogs e de alguns eleitores de Dilma (como eu) de tentarem justificar a total falta de malandragem (no bom sentido) política de Dilma Roussef. Recentemente deixou de vetar alguns artigos da nova lei que regula a TV a cabo, beneficiando estas e também, indiretamente, a TV aberta (Globo). Isso porque deixou a critério das TVs a cabo escolherem quais canais comunitários transmitiriam ou não, além de impedir a publicidade paga nestes canais (dinheiro só para a Globo, TVs abertas…). Só vão transmitir os canais comunitários ligados à oposição e ao PIG como as diversas TVs do legislativo e executivo em cidades governadas pelo PSDB, DEM, além de TVs "comunitárias" ligadas a órgãos e entidades patronais e de grupos com interesses empresariais.
Dilma deveria ter vetado. Será que foi pressão da Globo e das Teles? Se foi, ela cedeu.
Dilma, que foi presa por anos, torturada, tinha a obrigação de pelo menos instaurar uma VERDADEIRA Comissão da Verdade. Do jeito que esta foi aprovada, é só no nome, há infinitos percalços e obstáculos a se apurar e revelar todos que colaboraram, se beneficiaram e financiaram a Ditadura Militar no Brasil. Novamente, teria sido a Globo, Folha de São Paulo que fizeram Dilma recuar? Me desculpem, mas aí ela demonstrou falta de caráter. Ela, pelo que sofreu com a Ditadura, tinha essa obrigação pessoal e moral. Está parecendo um presidente que negou tudo o que pensava quando disse aquela frase: "esqueçam tudo o que escrevi".
E agora nesse episódio das "denúncias" da Veja contra o ministro dos esporte do PC do B, Orlando Silva, nossa engessada política, ou melhor, nossa presidente já esbravejou no PIG dando um prazo de 10 dias para Orlando Silva se explicar.
Acho que Roberto Civita e o PIG começaram a exergar que o golpe em Dilma é viável e possível e não enfrentarão a fúria do povo, se fosse com Lula.

    Ze Duarte

    Enfrentar como a Kirchner significa comprar mídia chapa branca com dinheiro público para somente falar bem co governo? 1984 manda lembranças!

    dukrai

    vc lê com atenção a fôia e inVeja e acha que o PIG é o poderoso do pedaço. menas, véi, menas, ninguém quer ser contra a Dilma, nem vc e o aÉbrio Never.

    Ze Duarte

    Eu não sei quem é poderoso, só é um absurdo dinheiro público financiar imprensa chapa branca

    dukrai

    é mesmo, né, pergunta pro Azenha quanto ele ganha kkkkkkkkkkkkkkkk

    Ze Duarte

    Não tava falando do Azenha, não sei quanto ele ganha, e nem me interessa. Até porque não me consta que ele recebe por fonte públicas (ao menos não que eu saiba) E sim do suposto exemplo argentino, que nada mais é do que passar grana pra criar mídia chapa branca

    luiz pinheiro

    Zé Duarte, voce está totalmente equivocado sobre a relação mídia/governo na Argentina. Lá foi a ditadura militar que instituiu a mídia chapa branca, ao extremo da dona do Clarin, o maior conglomerado midiático, recebetr para criar, ela própria, filhos pequenos sequestrados de desaparecidos políticos. O Clarin tomou conta de todo o mercado midiático, inclusive a produção de papel imprensa, produto que passou a monopolizar e simplesmente recusava vender para alguns jornais. A nova ley dos medios, aprovada pelo Parlamento Argentino, com apoio da presidenta, busca romper esse monopólio, democratizar a mídia.

    Ze Duarte

    Democratizar = fazer a mesma coisa, só que o inverso?

    Quer dizer que de um lado pode e do outro não?

    Marcos C. Campos

    Dinheiro público não financia chapa preta ? Ou seja, dinheiro público não financia o PIG (vide SP) então porque nã fazer o contrário para o obter o equilibrio.
    Ontem na Globo news uma reporter criticou o Governo Federal de financiar ONG de partidos governistas, mas a veja não financiada via assinaturas do Gov. de SP ?

    Ze Duarte

    Se estiver dando dinheiro pra ONG de gente do partido é claro que o erro é igual!

    Amigo, dinheiro de publicidade não é pra equilibrar nada… é para PUBLICIDADE!

    Se você fosse dono de uma empresa, iria anunciar onde? Num jornal com tiragem de 1.000.000 de exemplares ou no jornaleco da esquina só porque quem roda ele é um cara muito legal e amigão seu?

    Em tempo: pra mim a sistemática de propaganda governamental precisa mudar urgente, pois não passa de um sistema de desvio de verbas. Propaganda de governo é resultado. Excluindo-se as institucionais, claro (vacina etc)

    dukrai

    ô, Zé Duarte, desculpe a confusão, eu fiz o comentário abaixo pro José Stefanini e postei pra vc. daí teve uma sequência non sense e até o Azenha entrou no rolo rs

    "vc lê com atenção a fôia e inVeja e acha que o PIG é o poderoso do pedaço. menas, véi, menas, ninguém quer ser contra a Dilma, nem vc e o aÉbrio Never."

    Daniel

    Eu li 1984, e não tem "chapa branca", "dinheiro público" e "falar bem co governo" nele.

Euler Conrado

O P.S. da Conceição Lemes foi de grande relevância. E estranho até (ou não deveria estranhar?) que o presidente da CUT tenha feito a crítica sem apontar o nome dos envolvidos neste "esquecimento" da origem sindical. A lista seguramente deve ser muito maior.

Um outro que nem sei se tem passado de grevista é o ministro do MEC, Fernando Haddad, que por ocasião da nossa heroica greve de 112 dias, em Minas Gerais, assumiu posição dúbia e omissa. Quando recebeu o desgovernador de Minas ele apoiou a atitude deste em contratar substitutos para os grevistas, passando por cima da Lei de Greve. Dias depois, em outro contexto, ele disse que as greves exigindo o piso salarial eram legítimas.

Contudo, as greves dos educadores, que aconteceram em 17 estados para cobrar a aplicação de uma lei federal – a Lei do Piso, que continua sendo descumprida pela maioria dos estados e municípios – desnudaram a dramática realidade da educação pública básica no Brasil. Que legado é este que Lula e Dilma deixarão para o Brasil com professores lutando – e sendo humilhados, reprimidos, sacaneados – para receberem um direito assegurado em lei, de um piso de R$ 1.187,00?

Não houve, da própria parte da CUT e da CNTE e sindicatos afiliados nenhum esforço para uma unificação nacional da luta pelo piso, com uma greve geral nacional, por exemplo, exigindo do MEC e da presidenta Dilma que não se omitissem – como fizeram – e passassem a cobrar, a acompanhar e a contribuir financeiramente, inclusive, com a aplicação da lei do piso.

Até o momento, o discurso de campanha da presidenta Dilma (e de Lula, e do PT, e da CUT – já que não precisamos aqui falar do notório e criminoso descaso dos tucanos e demos para com as políticas sociais) permanece uma propaganda enganosa. Lula e Dilma estiveram em Minas Gerais durante a nossa greve. Foram poupados pela direção do sindicato, que é filiado à CUT, e até receberam uma comissão do sindicato. Nada fizeram. Não houve um único gesto ou depoimento que se materializasse na denúncia do descumprimento da lei do piso em Minas Gerais pelo desgoverno Anastasia, e também na efetiva ajuda do governo federal, como prevê a própria Lei 11.738/2008. Isso para mim é deseducador, tanto quanto dizer e agir contra as greves. Coisa que aliás o ex-presidente Lula, também poupado pela Conceição e pelo presidente da CUT há muito vem fazendo, quando diz, por exemplo, que não se pode manter o pagamento dos grevistas, pois isso seria o mesmo que patrocinar férias para os grevistas. Nada mais absurdo e típico de qualquer burguês. Greve não é férias, é luta e o ex-presidente melhor do que ninguém deveria saber disso, com todas as privações e ameaças que os grevistas passam neste país de coronéis, herdeiros de ditadores e capitães do mato.

Até mesmo alguns juízes mais conscientes tiveram a sensibilidade, em suas sentenças, de considerarem que cortar os dias parados dos grevistas significa, na prática, cortar a única fonte de sobrevivência dos trabalhadores e com isso praticamente abolir o direito de greve garantido pela legislação vigente. Ora, se a greve é legal, obedecendo aos critérios definidos em lei, não há que se admitir corte de salário, pois isso enfraquece a parte mais prejudicada e torna a outra parte, a dos patrões – privados ou do estado -, ainda com mais poder de coerção. Além do controle que os governantes possuem sobre a justiça, o ministério público, o legislativo e a grande mídia, além da força de repressão.

Tão importantes quanto os discursos internacionais, é a força do exemplo; precisamos de prática interna voltada para o respeito real à luta autônoma dos trabalhadores, coisa que não se observa por parte dos governos dos diversos partidos e das centrais sindicais.

    Conceição Lemes

    Euler, não se trata de poupar A, B ou C. Só citei quem eu vi se manifestar nos últimos tempos. Apenas isso. Ótimo que complemente. abs

    Euler Conrado

    Tudo bem, aceito de bom grado a justificativa da Conceição, que tem crédito comigo (rsrs) – ela e o Azenha -, pois divulgou (divulgaram) com muita lealdade e compromisso ético a luta dos educadores de Minas e do Brasil.

Jairo_Beraldo

O ser humano esquece sempre, de quem lhe deu a mão, de quem lhe escutou, de quem outrora fora um comentarista comum, e hoje está com o blogueiro, e esquece dos que se aquietaram, etc., etc., etc……se não fosse assim, não seria um SER HUMANO…nem doládodelá, nem do ladodecá!

AFONSO NASCIMENTO

por SINAL UTILIZAM O APRENDIZADO COMO ARMA PARA DERROTAR OS TRABALHADORES LEMBREM-SE QUE OS MOVIMENTOS SOCIAIS E QUE FORMARAM ESSE GOVERNO , ESTE É UM DOS MOTIVOS QUE VEJHO COMO NEGATIVA A LELEIÇÃO DE LULA PARA PRESIDENCIA, SERVIU AO CAPITALISMO NA FORMA E NO JEITO MAIS SUJO

Raphael Tsavkko

Porque o governo quer cortar ponto de grevistas se, antes, criticava FHC por ir contra greves de funcionários públicos? Me pergunto, qual o sentido de se eleger um ex-sindicalista ou ter a "sorte" de tê-lo como ministro se, no poder, seu discurso vira o dos patrões?

Apenas uma de várias perguntas simples, diretas e… sem resposta! Quando alguns governistas vão começar a abrir os olhos e parar de defender cegamente um governo que está abraçado e quase casado com a direita?
http://www.tsavkko.com.br/2011/10/perguntas-simpl

    Luiz Reis

    Continuo perguntando: Uma ação durante uma greve indica o governo como esquerda ou direita ou ações voltadas para distribuição de renda e justiça social? Ora, não confunda as coisas, filho!

    beattrice

    Não só indica como confirma.

    Raphael Tsavkko

    Não, imagina! Ex-sindicalistas que comandaram inúmeras greves e RECLAMAVAM quando havia criminalização de greves tem todo o direito divino de fazer o MESMO que recoalavam… Tá, senta lá!

    Klaus

    Basicamente, "a gente faz muita bravata quando está na oposição".

    Edfg.

    Exatamente. Apenas seguem as lições do chefão.

    EUNAOSABIA

    O maior bravateiro que o Brasil já teve foi o The Doctor, segundo ele mesmo, palavras do grande filósofo do agreste….

    Ainda bem que ele jogou na lata do lixo (não poderia dizer esqueçam o que eu escrevi por motivos óbvios), tudo o que pregou na vida, já pensou se ele pensa em mudar algo nesses oito anos??? já pensou se ele põe em prática alguma coisa que pregou enquanto estava na oposição???? acabou se dando bem.

Edfg.

Se o ex-chefe deles disse que na oposição dá para dizer bravatas, mas no governo tem que ter responsabilidade, vcs queriam o que? Acreditaram de trouxas.

EUNAOSABIA

A idade torna algumas pessoas cômicas.

E como tem cômico por aqui.

FrancoAtirador

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A decisão do TST que determinou descontos correspondentes a 7 dias de salário dos trabalhadores dos Correios

foi mais um passo no sentido de fulminar o direito constitucional de greve dos trabalhadores brasileiros.

Um retrocesso!
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TST
11/10/2011
Correios: TST considera greve não abusiva e determina retorno ao trabalho

A Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SDC)* do Tribunal Superior do Trabalho acaba de decidir que a greve dos empregados da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) não é abusiva. Com o julgamento, a categoria deve retornar ao trabalho a partir da 0h de quinta-feira, 13 de outubro. A SDC fixou reajuste salarial de 6,87% a partir de agosto de 2011; aumento real no valor de R$80,00 a partir de 1º de outubro de 2011; vale alimentação extra de R$575,00, a ser pago no mês de dezembro de 2011, aos trabalhadores admitidos até 31 de julho de 2011; vale alimentação de R$ 25,00; e vale-cesta de R$ 140,00.

Dias parados

O ponto mais discutido do julgamento foi o tratamento a ser dispensado aos 24 dias de paralisação (que, com o acréscimo do repouso semanal remunerado, representam 28 dias). O relator, ministro Maurício Godinho Ddelgado, propunha a compensação total, por meio de trabalho aos sábados e domingos, e a devolução dos seis dias já descontados pela ECT. A segunda corrente, liderada pelo presidente do TST, ministro João Oreste Dalazen, defendia que, de acordo com a Lei de Greve (Lei nº 7783/1989), a paralisação significa a suspensão do contrato do trabalho, cabendo, portanto, o desconto integral dos dias parados. No final, prevaleceu a corrente liderada pelo corregedor-geral da Justiça do Trabalho, ministro Barros Levenhagen, que autoriza o desconto de sete dias e a compensação dos demais 21.

A compensação será feita até maio de 2012, aos sábados e domingos, conforme necessidade da ECT, observada a mobilidade de área territorial (na mesma região metropolitana e sem despesas de transporte para o trabalhador), e convocadas com pelo menos 72 horas de antecedência.

De acordo com o ministro Maurício Godinho Delgado, relator do dissídio na SDC, o direito de greve foi exercido pelos empregados da ECT dentro dos limites legais e não houve atentado à boa-fé coletiva. O ministro afirmou que “não se teve notícias de grandes incidentes durante todo o movimento da categoria profissional, nas mais de cinco mil unidades da empresa”.

(Augusto Fontenele e Carmem Feijó)

Processo: DC 6535-37.2011.5.00.0000

*A Seção Especializada em Dissídios Coletivos é composta por nove ministros. São necessários pelo menos cinco ministros para o julgamento de dissídios coletivos de natureza econômica e jurídica, recursos contra decisões dos TRTs em dissídios coletivos, embargos infringentes e agravos de instrumento, além de revisão de suas próprias sentenças e homologação das conciliações feitas nos dissídios coletivos.

Fonte: Secretaria de Comunicação Social do Tribunal Superior do Trabalho

http://ext02.tst.jus.br/pls/no01/NO_NOTICIASNOVO….

    FrancoAtirador

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    Adendo:

    Dos nove ministros ministros da SDC do TST

    quatro votaram pelo desconto de todos os dias de greve:

    João Oreste Dalazen, Walmir Oliveira da Costa, Fernando Eizo Ono e Dora Maria da Costa.
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bicudo

As empresas e os fundos de pensões das estatais, estão dominadas por ex sindicalistas ligados à CUT que estão traindo os trabalhadores (desde o governo Lula, inclusive) e interferindo a favor das empresas.Foi isso o que aconteceu com os bancos públicos e está acontecendo com a Petrobrás.A FUP, ligada à CUT está mais uma vez furando o movimento petroleiro. Estes trairas tem que ser denunciados, sejam politicos ou sindicalistas.

@anderobelo

Belo texto eu concordo com tudo que foi dito mas acho que a CUT tem que radicalizar em suas ações pois ser esteio do governo nestes últimos anos parecerter derrubado este animo da direção da CUT.

marcio gaúcho

Nas agências do BB, 70 % do quadro de funcionários é composto por comissionados. Esses, não fazem greve nem mortos. Aí, quando a greve termina, com o sangue e o esforço dos funcionários não-comissionados, são os primeiros a calcular seu reajuste, que sempre será maior e ainda apontam os grevistas como sabotadores e preguiçosos. É o mau-carater e o individualismo prevalecendo sobre o esforço dos mais fracos. Da direção do banco no episódio da greve, desfaçatez é pouco para adjetivar seu comportamento fascista.
Com FHC, PSDB e PFL sabíamos com quem estávamos lidando. Com Lula e Dilma, PT, PMDB, etc., foi uma decepção só.

    Mello

    Concordo. Não modifico nada!!!
    Votamos nesses PELEGOS TRAÍRAS, que diziam que iriam melhorar a situação, após 08 anos de FHC et caterva.

    BANDO DE SAFADOS TRAÍRAS!!!!!

    beattrice

    Gostaria que essa informação de que 70% dos funcionários do BB são comissionados.
    É isso aí Conceição?

    Conceição Lemes

    Beattrice, não sei. Perguntarei ao Sindicato dos Bancários. Depois, respondo aqui. bj

Leo V

Perfeito. Eu gostaria de ter escrito essse texto e o P.S. do Viomundo.

Não dá mais para esconder que o governo do PT virou de vez o fio. Tá jogando contra a organização popular, e portanto contra mudanças sociais.

eunice

Se o Congresso não ouvir o povo, vai se ferrar. O povo está tomado de ódio. Lá e aqui.

eunice

O povo não quer mais essa corja de financistas sangue-sugas. E já parou de eleger membros do Congresso que trabalhem para essa canalha. E punirá o congresso canalha que mantém juros altos para os financistas urubus.

Roberto Locatelli

Cada partido, cada força social, tem seu papel, positivo ou não, na evolução da História. Mas todas essas forças têm um prazo de validade. São ferramentas que têm uma vida útil.

O PT, com todos os erros e vacilações, fez um Brasil melhor. Todos temos a agradecer pela distribuição de renda, recuperação da Petrobrás, da indústria naval (destruída por FHC). Temos que agradecer pelo início da recuperação da malha ferroviária (também destruída pelos tucanos), e muitos outros avanços.

Mas parece que está chegando ao fim o prazo de validade do PT. Esse prazo foi dramaticamente encurtado pelas opções do partido nas últimas duas décadas: a de ser um partido confiável à burguesia e à classe média-alta. Aliás, por mais que o partido tenha essa opção, continua sendo odiado pela elite, que ainda se lembra do antigo PT, e range os dentes.

Começamos a ver uma separação entre os caminhos do PT e os do movimento popular. Cada vez estão mais apartados um do outro. Isso impõe novas tarefas ao movimento de massas: fortalecer as organizações populares e sindicais, para ampliar a capacidade de mobilização. E, no futuro, quem sabe nascerá um novo partido forjado no fogo da luta…

    damastor dagobé

    vejo sempre sua intervenções sensatas, equilibradas, plenas de fé no futuro e cheias de esperança e penso cá comigo que nada de mais comovente e tocante quer ver pessoas entradas em anos, vividas, rodadas ainda com fé nessas nessas duas velhas damas indignas: a esperança e o futuro. Só mesmo a velha e romântica esquerda humanista para forjar consciências idealistas a tal ponto, pois cá pra nós que ninguém nos ouça, eu que não sou nada disso; nem humanista nem idealista nem p…nenhuma…que merda de abominação é essa fé em esperança e futuro..se nos livrássemos desses lastros penso que íamos bem mais depressa…

    Roberto Locatelli

    Damastor, prefiro fé e esperança do que amargura e desesperança.

    Além do mais, o progresso que o Brasil conquistou sob o Governo Lula é real, a não ser para os que se recusam a ver. Milhões saíram da miséria para a condição de cidadãos. Os brasileiros passaram a ter orgulho de seu país, e não vergonha, como no tempo de FHC. Então, não se trata de esperança vá, e sim de confiança que continuaremos a avançar. Agradecemos ao PT e seguimos em frente, com ele ou sem ele.

    Veja-se que o Brasil, neste fortíssima crise mundial, é outro, bem diferente do Brasil de FHC. Naquela época, houve a crise do México (do México!!) e ela nos derrubou. Hoje a crise é nos EUA e na Europa e estamos impondo exigências para empresas virem se instalar aqui. E elas aceitam, pois querem se instalar num país e nun Continente que estão crescendo.

    Sugiro rever esse vídeo, do Bill Clinton dando a maior bronca em FHC, em público:

    [youtube MeAOen8vyiQ http://www.youtube.com/watch?v=MeAOen8vyiQ youtube]

josaphat

Dou o nome de terceira, que outros mais os há. Marília Campos, prefeita de Contagem, na grande BH. Foi presidente do sindicato dos bancários em Minas e, por ocasião das greves dos professores e de outras categorias municipais, tem por prática só negociar depois de muito deixar esperando.
Os professores só não a odeiam mais do que ela odeia os professores.

Carlos Cruz

Maravilhoso texto. "O uso do cachimbo faz a boca torta" diz o ditado…O Pt entortou com menos de 9 anos governando. Acham-se o estuário, sempre, das demandas populares, e comandantes delas. Esquecem que há pouco outro se achava no poder "por 20 anos", segundo o ex ministro Serjão, do PSDB. Não ficou mais que 8, e saiu rasteiro e pequeno. Mas a CUT tb tem sua culpa, pois sempre submeteu-se ao PT/governo. Está na hora de mostrar independencia, de tambem mudar. Bons governos, por se afastarem de suas bases, cairam na luta eleitoral, num claro divorcio entre ele e a base. Que o Pt mude seu rumo, refaça esse trajeto que já se sabe o fim. Salário é sobrevivencia. Não causa inflação, mas distribuição de renda. Salário é valorização do trabalhador, educação para os filhos, diminuição da miséria. Senhores governantes, repensem ou serão mudados.

Palmas

Faltou dizer que o governo atual é do PT, que a CUT formou esses pólíticos nas suas fileiras, a exemplo de Vicentinho e outros. Vivemos sim uma crise despolitização da classe trabalhadora que é instalada em todas as instâncias públicas, privadas e sindicatos.Esse individualismo presente na sociedade prejudica qualquer consciência coletiva.O capital compra e vende consciências no balcão diário das relações econômicas e sociais através de organismos que estão a seu favor com os laranjas da mídia que com editorais acham-se os verdadeiros donos da razão.Nossa educação nunca estve tão desuducada como está com professores desmotivados e desvalorizados e ridiculizados pelos governos estaduais como se fosem "meros grevistas".Professores que continuam trabalhando em greve porque tem objetivos individuais perante o coletivo.Penso que isso terá um "preço"para esta sociedade e para as futuras gerações.

    beattrice

    Já tem, o preço está em jovens na sua maioria preocupados com o consumo, unicamente.

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