Asia Times: Por que os EUA insistem na solução violenta?

Tempo de leitura: 5 min

“Por que os EUA insistem na solução violenta?”

20/5/2010, Kaveh L Afrasiabi, Asia Times Online (de Teerã)

Tradução de Caia Fittipaldi

Com a confirmação do acordo de Teerã, para troca de combustível nuclear, aproximando-se dos EUA como bola-de-efeito lançada por mão de mestre, os EUA veem-se forçados chutar de-qualquer-jeito, ‘bola pro mato’, para longe da quadra, e pressionam como podem para impor mais sanções contra o Irã.

Washington garantiu que conta com apoio de russos e chineses (obtido “de ontem para hoje”) para as sanções que dependem de aprovação pelo Conselho de Segurança e não são condicionadas a qualquer acordo sobre a proposta viabilizada na 2ª-feira por Turquia e Brasil para fazer baixar o nível de tensão do impasse nuclear.

Depois de meses de negociações e um dia depois da declaração trilateral, a divulgação de um rascunho de resolução da ONU que representaria uma quarta rodada de sanções – caso seja aprovada –, seria “a única resposta aceitável aos esforços que empreendemos no Irã nos últimos dias”, nas palavras da secretária de Estado dos EUA Hillary Clinton.

É possível que Clinton esteja sob intensa pressão para elevar a aposta dos EUA na aprovação das tensões, com editorial do Wall Street Journal, ontem, pintando o acordo de Teerã na 2ª-feira como “fiasco” e “debacle” da diplomacia do presidente Obama[1].

O acordo de Teerã tem potencial para gerar dúvidas em quantidade suficiente para adiar a discussão das sanções ou para abalar o empenho da Casa Branca a favor de sanções, sobretudo se se considera que a Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA), de fiscais da ONU para questões de energia nuclear, ainda tem de analisar os detalhes do acordo que abre, sim, via alternativa importante às sanções.

“Há muitas perguntas ainda sem resposta, no acordo anunciado em Teerã”, disse Clinton em comunicado no qual reconhece os esforços de Turquia e Brasil para encontrar saída para o impasse. “Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU” [Rússia, China, EUA, Reino Unido e França + a Alemanha, conhecidos como “Irã-6”], tentam arregimentar a comunidade internacional a favor de sanções duras, que, na nossa opinião, implicam mensagem muito clara sobre o que se pode esperar do Irã”, disse Clinton na mesma declaração.

Clinton disse à noite que o ministro das Relações Estrangeiras da Rússia Sergei Lavrov, lhe dissera que Moscou continua a concordar com o texto rascunhado de resolução, mesmo depois do acordado entre Irã, Brasil e Turquia. Ma Zhaoxu, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China disse que Brasil e Turquia “ajudaram o processo de solução pacífica para a questão nuclear iraniana pelo diálogo e o entendimento”.

Em briefing para a imprensa, Ma acrescentou “esperamos que ações do Conselho de Segurança ajudem a salvaguardar o regime internacional de não-proliferação, a manter a paz e a estabilidade no Oriente Médio e a pressionar para um acordo adequado da questão nuclear iraniana.”

Espera-se que o Conselho de 15 nações vote a resolução no próximo mês, com alterações mínimas possíveis até lá. Brasil e Turquia, ambos membros do Conselho, defendem que não são necessárias mais sanções, se o Irã respeitar os termos do acordo trilateral, pelo qual o urânio iraniano enriquecido passa a ser embarcado para a Turquia, em troca de novo combustível para o reator de pesquisas de Teerã.

O rascunho de resolução da ONU, de 10 páginas, acertado entre os “Irã-6” inclui inspeção internacional nos navios sobre os quais haja qualquer suspeita de estarem transportando carga que se possa associar ao programa nuclear iraniano ou à construção de mísseis, e bloqueio de todas as transações financeiras que se possam associar a qualquer tipo de ajuda aos programas nuclear e de mísseis do Irã. Exige-se também expansão do embargo já existente para compra de armas (Teerã fica impedida de comprar outros modelos de armas, incluindo armamento pesado). Originalmente, EUA e europeus aspiravam a impor bloqueio total contra compra de qualquer tipo de qualquer arma e incluir o Banco Central do Irã na lista negra de agentes proibidos de operar; mas Rússia e China opuseram-se a essas duas sanções. (…)

Na 2ª-feira, Irã, Brasil e Turquia acertaram que, no prazo de uma semana, o Irã compromete-se a enviar carta à IAEA, pela qual se declara pronto para iniciar a troca do urânio baixo-enriquecido. A Declaração de Teerã também menciona a necessidade de todos focarem as discussões nos “elementos comuns” dos dois pacotes – as ideias de Teerã e as ideias dos “Irã-6” –, o que pode implicar um acordo “Vienna II”, com agenda mais ampla, inclusive questões extra-nucleares; o que é o mesmo que dizer que acordo naquela região, para significar realmente alguma coisa, não pode desconsiderar questões regionais de segurança.

Clinton não se cansou, inúmeras vezes nos últimos meses, de acusar o Irã de ter rejeitado acordo de troca de combustíveis. De fato, é ela, hoje, quem torpedeia acordo já assinado, com a imposição de sanções. Esse movimento de Washington enfurecerá os funcionários turcos que coordenaram com Washington as ações relativas ao Irã – e não trabalharam, é claro, para ver os norte-americanos agirem de forma errática, com Clinton, no Congresso, em posição que não parece acompanhar as posições do presidente Obama.

Mais do que isso. À luz da resposta positiva dos chineses à Declaração de Teerã, poucos acreditam, no mundo, que a China tenha, de fato, concordado com as sanções, não, com certeza, nos termos em que a secretária Clinton tem divulgado.

Parte do problema é no encontro de Viena, em outubro, os EUA não apresentaram quaisquer precondições para o “rascunho de acordo” com a IAEA. Absolutamente não se discutiu qualquer suspensão para o programa de enriquecimento de urânio do Irã. Surpreendentemente, essa parece ser a única obsessão de Clinton, hoje.

O saldo da confusão é que, por um lado, há aí, à vista de todos – e na mesa da IAEA, uma saída negociada e acordada para o impasse nuclear iraniano, sob a forma de troca de urânio baixo-enriquecido por combustível para o reator médico (formalizada na Declaração de Teerã, da 2ª-feira; e, ao mesmo tempo, a ação de Clinton intensifica o impasse nuclear e, de fato, empurrando-o para o confronto, no caso de a ONU vir a aprovar novas sanções (e “debilitantes”) contra o Irã.

Nesse cenário, os laços que unem o Irã e a IAEA, salvaguardados no acordo de Teerã, seriam gravemente fragilizados, e poderiam romper-se completamente, no processo de aplicação de sanções muito duras.

Atitude diplomática prudente, hoje, faria adiar por alguns dias a discussão de novas sanções – e dar justa chance ao acordo de Teerã.

Analista de política exterior do Irã disse a esse autor que “O Irã está dando sinais de interessar-se por reaproximar-se da ONU e temos dito repetidas vezes que nos opomos a armas nucleares. O Irã é absolutamente contrário às armas nucleares – produção, aquisição e uso –, e já nos declaramos favoráveis a um Oriente Médio desnuclearizado. Nisso, é o Irã que assume as posições mais democráticas, nos termos do que o governo do presidente Obama tem repetidamente proposto. O Irã, não Israel. Acabamos de aceitar a troca, depois que se construiu a alternativa que incluiu a Turquia”.

“Nossa pergunta é”, continuou aquele analista: “Por que, de repente, os EUA mudam de ideia, perdem essa oportunidade de pacificar a questão e insistem na solução mais violenta?”

[1] “Iran’s Nuclear Coup”, 18/5/2010, Wall Street Journal, “Opinion”, 18/5/2010


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Comentários

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dukrai

A situação vai se revelando pouco a pouco conforme descreve o texto "Irã diz que Washington queima pontes" aqui no site. É impressionante para quem está acompanhando esta questão como a internet permite a visão de um quadro político e suas mutações, praticamente on line.
A qualidade dos textos, principalmente aqui no Viomundo, é excepcional e limita muito os comentários, quase não havendo polêmicas e sim louvações. Chato, pra quem lê comentários e pra quem fica aqui que nem vaca de presépio, balançando a cabeça, e aí, em lugar de críticas a gente fica esculhambando as crias do graeff. Bão também rs

Azarias

H.Clinton está babando, não consegue levar a contento a tarefa que o "lobby" armamentista lhe designou; abrir uma rota para a invasão do Irã. A invasão militarista no Haiti foi mais um treinamento visando o Irã.
O "Bunker" estadunidense no Oriente Médio, que tem por nome Israel, não está dando conta do recado; está voltado para a eliminação de crianças (ver video no Tijolaço.com), mulheres e crianças.

Renato

Estão esquecendo o poderio bélico norte-americano. Que deixa a China e a Rússia nos pés. Capaz de destruirem um páis com bombas atomicas. Os radares mais avançados não captam os aviões de caças norte americanos.

    Rafael

    Por que não ganharam do Vietnã se naquela época os eua tinham os armamentos mais avançados?

    Rafael

    E mais os eua sem as sanções não têm condiçoes de vencer uma guerra contra o Irã e muito menos da Rússia ou China.

Nelson

A resposta à pergunta levantada pelo articulista é simples. No livro "O Teatro do Bem e do Mal", o jornalista e escritor uruguaio, Eduardo Galeano, a oferece:
"A indústria armamentista precisa de guerras assim como a indústria de casacos precisa de invernos"

E, complementando a sugestão do Léo.
O Supertramp poderia dar uma olhada nos artigos, ensaios e livros de James Petras, Michael Parenti, William Blum, Howard Zinn e Noam Chomsky, todos eles estadunidenses, sendo os dois últimos descendentes de judeus.
Certamente, ele amenizaria um pouco essa visão alienada construída pela Veja, Exame, Época, FSP, Estadão e outros…

Tweets that mention Asia Times: Por que os EUA insistem na solução violenta? | Viomundo – O que você não vê na mídia — Topsy.com

[…] This post was mentioned on Twitter by Leandro Arndt, Joseildo Lima. Joseildo Lima said: Asia Times: "Pq os EUA insistem em solução violenta?" http://tinyurl.com/32fvnka […]

Supertramp68

A questão é:porque o Irã mudou de ideia? Se o acordo proposto pelo EUA era o mesmo negociado pelo Brasil-Turquia, porque o Irã não aceitou antes? O que Lula disse para Ahmadnejad mudar de ideia? Realmente é motivo para desconfiar. Nesse angu tem caroço… O Brasil com esse governo de esquerda, alinhado com Cuba, Venezuela e outras ditaduras, tendendo para uma politica de enfrentamento ao "Imperio", pode sim ter alguma ideia tola, algum PNDH internacional, embutido nessa farsa diplomatica, achando que a comunicade internacional e composta de petistas. As sanções ao Irã são um meio de evitar a guerra. E um aviso ao nosso aprendiz de ditador a cuidar de sua vidinha e não se meter onde não foi chamado. Se já não nos bastasse o fiasco do Haiti e de Honduras!!

    nina

    Como vc é óbvio meu caro supertramp….adora fazer compra em NY ou vai de Miami mesmo???
    Coisa antiga, governo de esquerda, alinhamento com Cuba, Venezuela…qual é o seu problema???
    Estamos falando de guerra que desenvolve o armamentismo…eles esperam resolver seus problemas
    econômicos com a industria bélica…..Vai ter paciência Batman.

    Supertramp68

    Meu problema? Nosso problema. É essa politica ideologiaca de esquerda ludibriando o povo brasileiro de que são grandes, que estão entre as potencias emergentes, quando não passam de plantadores de soja e catadores de minerio de ferro. Deixamos de ser colonia portuguesa para sermos colonia do mundo. Lula trabalha não pela paz mundial mas pelo seu proprio sucesso e popularidade. Almeja a cadeira do Ban ki-moon e nos coloca em rota de colisão por causa dessa ideologia bolivariana antiamericana por opção.

    leo

    Supertramp? Com esse nome não precisa dizer mais nada.
    Cancela sua assinatura da veja e da folha. depois, começa a refletir mais sobre geopolítica. Começa com umas leituras básicas.

    Scan

    Acho que o cérebro do super-vagabundo aí em cima nem no tranco pega mais. Se é que tem algum sucedâneo disso.
    Colonizado é isso mesmo. Pensa pequeno, é pequeno e sempre será pequeno.
    Recomendo leitura de "revistas" e "jornais" que voce consiga entender, com desenhos e profundidade de um pires.
    Comece com a FSP e depois a Veja. Para sua inteligência, estas bastam.

    Carlos

    Após ouvir tanta besteira, só resta dizer: Pai, perdoai o Supertramp68 (o super-alienado ou super-reacionário ou simplesmente um troll), ele não sabe o que fala nem o que faz. Totalmente sem sentido o que você diz, rapaz.

    Fernando José

    Se este 68 significa a idade, juntamente com o " supertramp" , se é aquele grupo que fez sucesso na décarda de 70, pode significar que o amigo vem de uma geração em que o roteirista do filme Matrix se inspirou para mascarar a realidade. Usando os serviços de uma Folha de São Paulo, rede Globo…etc.
    Quanto ao Lula trabalhar pelo próprio sucesso, acho que o amigo tá falando do FHC, não? Mesmo que seja, considero melhor do que ficar angariando (quase mendicando) prêmios de universidades sem dar nenhum retorno à sociedade que representa.
    Para isso tem um jeito: Dilma!!!

    desinformacaonao

    É triste ver como alguns aí continuam a dizer que na Venezuela há ditadura. Se o povo vota por continuas vezes em Hugo Chavez, algo de bom ele deve fazer para os pobres de lá. No caso do Haiti e de Honduras, o fiasco é da Rede Globo, que, naquelas oportunidades e nesta do Irã, tomam o lado dos EUA, e não divulgam por exemplo que muitas empresas chinesas e americanas instalam-se em Honduras, pagando "salarios chineses" ou piores para aquela população, mas sem os benefícos que os governos da china e EUA oferecem. E que são estes "empresários" que bancaram o golpe em Honduras.

    Amilcar Rodrigues

    Troll

    Julio Silveira

    Grande trampa de 68, sugiro que voce se aliste no exercito americano, que é super pacifico, e vá ser feliz no Iraque ou no Afeganistão.

E. Correa

Tudo foi dito, muito bem. Apenas devemos ficar atentos a uma tentativa, da direita associada ao imperialismo ianque – ( é lamentavel ter de ressucitar essa expressão tão usada antigamente ) , de virar a mesa aquí no Brasil. Resta-nos a esperança de poder prevenir e evitar tal calamidade. Calamidade para nós, a América Latina e o mundo. Devemos estar atentos, pois as atitudes americanas estão sendo alucinadas, delirantes e irrealistas. Sabemos onde isso leva, lembrem-se de Hitler.

Diplomacia: o Brasil bem na fita, apesar do complexo de vira latas » O Recôncavo

[…] oriente, o Asia Times relata o apoio da China às iniciativas do Brasil e da […]

O Brasileiro

E agora, Academia Sueca?

Gerson Carneiro

Se os EUA tentarem alguma gracinha para "melar" o acordo de Teerã conseguido pelo Brasil e Turquia então será a vez nossa de entrar em campo e boicotar o Ronald e Cia. Nada de "Ok você venceu. Batata Frita".

Maria Dirce

O povo americano não aceita mais guerras, vejam os comentarios no NYT, fiquei pasma estão totalmente contra sanções. acabou a farra bélica de se acharem o máximo e que todos os países tem medo deles,Acabou o dinheiro esta afetando diretamente a vida pessoal de cada um,fora os sustos a cada pacote isolado nas ruas.

    Jairo_Beraldo

    Quem está por trás disso tudo, são os bárbaros de Israel. Não sou preconceituoso, mas este povo tem que se emendar…eles detem muito poder, e deveriam usar este poder para melhorar as vidas das pessoas, e terem a paz que eles tanto querem(se é que querem). Obter paz fazendo guerra, matando e destruindo nações, não é o caminho. São rancorosos, com o que dizem que sofreram, mas fazem pior. Pelo menos quem eles acusam de os terem perseguido, eram gente menos poderosa, mas eles massacram somente pobres diabos indefesos e inocentes!

    Maria Dirce

    Jairo quem deu esse poder todo a eles? com trocas de compra e venda de armamento pesados?Usa,..Porque foi permitido a fabricação da bomba atomica? pq são parceiros incondicionais dos Usa.

    Scan

    Israel e Inglaterra são os lixeiros da História. Os EUA deixam o serviço sujo para eles. Serviço aliás, às vezes, muito bem pago.
    Quanto a ser preconceituoso, não sou. Jamais fui anti-semita, mas sempre fui anti-sionista. Há quem confunda os dois, como a debil mental da Hillary Clinton, mas esta está com os dias contados. Ainda faz o serviço sujo do Obama em troca de migalhas, mas está com os dias contados, definitivamente.

kalango Bakunin

HEI!!!!! estão havendo porrilhões de eleições na ameriKKKa neste ano
o premio nobel da paz 171de 2009 (obama) precisa de radicalizar para não perde-las
ele que está mais por baixo de cu de cobra em popularidade
aí dá uma de durão para ganhar os votos da direita hidrófoba….

acho que nenhum comentarista, até agora, associou a demagogia barata das eleições, com

a ameaça de bombas nucleares nucleares,
as bases do império do diabo na Colômbia,
a imposição de sanções contra o Irã,
o aumento do subsídio à fascitóide israel,
a reativação da VI frota,
o golpe em Honduras,
a matança no Afeganistão e Iraque
y otras cositas más….

barak obama é o novo (?) político democrata fariseu, como foi Kennedy, aquele que criou a invasão de Cuba, a Guerra do Vietnã e as ditaduras militares em toda a América Latina.

trocar bush por obama é como
trocar 6 por meia dúzia

o império mais brutal e bárbaro da história da humanidade,
o único a detonar bombas nucleares sobre civis
acha que ainda engana o mundo

acabou, gringos
vocês estão em plena decadência
mas não destruam o mundo só por isso
canalhas!

Guanabara

Iraque diz para Irã: eu sou você amanhã! (Efeito Orloff revisitado).

    Jairo_Beraldo

    Não creio nisso. Estão arrotando grosso, mas duvido que como vem ocorrendo algumas coisas, cometam mais essa burrice.

Bayardo Brizolla

O Brasil fez o que deveria ser feito no campo diplomático, mas terá de arcar com a arrogância e truculência sempre ativa dos Estados Unidos e seus aliados(capachos),pois estes só entendem a ameaça velada e não o diálogo, bem como também, já se mostraram capazes de inventar qualquer pretexto ( como o pretexto sobre armas químicas no Iraque) para fazerem sanções, ou mesmo atacar o Irã. A imprensa ligada aos países aliados(capachos) dos Estados Unidos, continuam vendendo, como também a reacionária imprensa brasileira, a idéia da construção pelo Irã de um a bomba atômica, alimentando a pretensão de alguns países (EUA, Israel, Grã Bretanha…) de invadirem o Irã, como fizeram com o Iraque, onde não foi encontrada nenhuma arma química, apenas esta desculpa foi usada para expansão imperialista, e para uma tomada de posicionamento estratégico, no que tange a geopolítica daquela região e os interesses específicos de Israel. Devemos tomar cuidado com estas colocações hecatômbicas da mídia, a manipulação popular, pois estas colocações podem nos levar a guerras sem fim, em nome de algo que nem se sabe verdadeiro, muito pelo contrário, a história nos mostra no caso do Iraque, a grande invenção e as falsas argumentações sobre a existência de armas químicas, as quais nunca foram achadas (sabiam desde o início da invasão ao Iraque, que não haviam armas químicas), tudo isso com o único intuito de controlar e impor sua doutrina, como fica claro nas intenções dos Estados Unidos e seus aliados(capachos) em relação ao Irã ou a qualquer um que se ache necessário ( Coréia do Norte, Cuba, Venezuela …).

    Maria Dirce

    Bayardo Brizolla
    dessa vez eu gostaria de vêr essa invasão americana brincando com os homens bombas e ao lado o afeganistão com o perigo atômico, ou seja, eles sabem que é completamente diferente do país invadido e destruido Iraque.O que infelizmente se tornal igual são as perdas , a mostra da destruição letal. mas não é isso que os yanques querem?

Lucas Cardoso

Não se pode culpar apenas os EUA. A Rússia e a China eram contra sanções até o acordo Turquia-Brasil-Irã. Por que mudaram de idéia?

    Bayardo Brizolla

    Creio que também estão preocupados com a forma com que o Brasil e a Turquia, países que não possuem armas nucleares, estão se envolvendo neste assunto, que até agora, só era protagonizado pelas potências nucleares e seus aliados diretos. Me parece que é uma posição de defesa e afirmação destas diferenças.

    Scan

    E quem disse que mudaram de idéia? A Hillary e o Jabor?
    Voce leu o texto?
    Gaste um tempinho e faça isso, ao invés de postar "suas" opiniões baseadas na ignorância.

Fabio_Passos

Cai a máscara da ditadura ianque.

Os eua não querem diplomacia, negociação, diálogo… paz.

Os eua querem impor seus interesses pela força!

Antônio

Trata-se de verdadeira traição diplomática a mudança de posição da China e da Rússia. Até agora não se tinha notícia de que a chancelaria desses países fossem permeáveis à ações truculentas dos falcões da guerra. Sabíamos que o poderio bélico representado pelo país do pensamento único não mudaria com a eleição de Obama, como de fato não mudou. Mas o que está por trás disto não é a questão nuclear. Sabe-se que o Irã não poderia ter a bomba, se assim quisesse, em menos de 10 anos. O que está por trás disto, na verdade, ainda é a tremenda reserva de combstíveis fósseis que o Irã tem em seu território. Não seria o caso de botarmos as nossas barbas de molho? Afinal, com o pré-sal somos e seremos proximamente um país que causará inveja aos governantes do Norte! Aliás, já está causando!

    Fernando Frota

    Russia e China sabem que se tem que ir com muita calma com os EUA com Israel. Se seriam perigosíssimos sendo sensatos, imagine-se o que poderão fazer em permanente estado de delírio.

    Antonio

    O petróleo, o petróleo.
    O possível aumento das sansões propostas pelo império troglodita do norte como argumento para impedir o prosseguimento da política nuclear iraniana é pano de fundo para domesticar um país que tem governo refratário aos interesses da dominação da indústria petrolífera mundial. Coloque-se um presidente iraniano alinhado com a necessidade energética estadunidense e vamos ver a mudança de comportamento. Enquanto isso, o Brasil busca a ação autônoma e estratégica para seu desenvolvimento sem depender da permissão e da tutela dos sherifes do mundo. É preciso sim cuidar das reservas do pré-sal e impedir a volta da política entreguista dos neoliberais. Todo cuidado é pouco e urge garantir o controle total da exploração do petróleo e a volta do monopólio estatal.

José Malaquias

É puro despeito. O poder escorre pelas mãos dos yankes e eles querem a todo custo agarrá-lo novamente. Mas vão bufar e só. Hoje não aguentam mais uma guerra. Se arrastam no Iraque. Não têm cacife. Além disso, espero que a comunidade internacional não assista de braços cruzados o assassinato de outros milhões de civis do Oriente Médio em troca dos EUA fabricar armas e movimentar sua economia, além de tentar roubar petróleo. Já foram coniventes com o massacre no Iraque, onde milhões de inocentes morreram por capricho de um país comandado por um debilóide pressionado pelos donos do poder de lá. O mundo tem que barrar a alma negra do planeta, que em nome do seu Way of life, violenta, rouba e mata milhões.

Pitagoras

Da mesma forma que Cuba, o Irã foi por décadas dominado, estuprado pelos ianques, que faziam de um povo milenar, berço da civilização ocidental inclusive, prostíbulo, lixeira e fonte de recursos, mantendo governos títeres, ditatoriais.
U,a justa reação do povo ao invasor não pode ser tolerada e merece a mais dura, permanente, infame repressão, para que não fira o chauvinismo inerente aos sucessivos governos de corporações norte-americanos.

Nara

Parece claro que os objetivos dos EUA, pelo menos no comportamento de Dona Hillary, não é com a construção de uma cultura de paz. Tampouco com as possibilidades de produção nuclear iraniana. O que os EUA não suportam é imaginar que perderam a hegemonia mundial e que outros países se apresentam hoje como novos atores encaminhando e liderando as discussões dos grandes temas que afetam o planeta. Mais humilhante ainda para os americanos é admitir que esses atores saem de países em desenvolvimento e, para piorar, liderado por um ex-torneiro mecânico, que não frequentou as melhores universidades americanas, não fala inglês e ainda por cima é presidente do Brasil, aquele paizinhho que até pouco tempo atrás era o fundo do seu quintal.

nino

Editorial do Le Monde http://www.lemonde.fr/opinions/article/2010/05/19

Jairo_Beraldo

Insistem, para justificar o poder perdido depois de ser atingido pela crise mundial.

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