Pimenta reforça à PGR pedido para que investigue a Globo: “Janot fez vista grossa, MPF precisa provar que não tem medo da família Marinho”

Diante da omissão de Janot, Pimenta reforça a Raquel Dodge pedido para que PGR investigue a Rede Globo

do gabinete do deputado Paulo  Pimenta (PT-RS)

Vice-líder do PT na Câmara, o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) tenta, há quase dois anos, que a Procuradoria-Geral da República investigue os casos de corrupção e sonegação fiscal em que a Rede Globo está envolvida. Com o ex-Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, foram várias tentativas.

Ao longo de 2016 e durante todo o ano de 2017, Pimenta insistiu diversas vezes, mas nenhuma providência foi adotada pela equipe de Rodrigo Janot.

De lá para cá, o que se observou, segundo Pimenta, foi a tentativa da PGR fazer “vista grossa” em relação a tudo que envolvesse a Rede Globo.

Nesta sexta (8), em um novo pedido, agora direcionado à Procuradora Raquel Dodge, Pimenta reforça a necessidade de investigação contra a Globo, personagem de casos de corrupção e sonegação bilionários, como os escândalos do Panamá Papers e o FifaGate.

O parlamentar espera que a postura de Raquel Dodge seja distinta da do seu antecessor.

“Ao que parece, o Janot protegeu a Globo durante todo seu mandato, fez vista grossa, empurrou com a barriga. Mas eu não quero crer que essa seja a postura de todo o Ministério Público Federal. Por isso, estou me dirigindo, agora, a Raquel Dodge”, explica Pimenta.

De acordo com o deputado, já passou da hora da emissora da família Marinho ser investigada.

“O mundo todo fala dos escândalos da Globo, e aqui no Brasil ela permanece intocável. O MPF precisa provar à sociedade brasileira que não tem medo de investigar a Globo, ou as suspeitas de proteção ao grupo de comunicação da família Marinho serão confirmadas”, aponta o deputado Pimenta.

Em 2016, matérias jornalísticas revelaram conexões entre a Rede Globo, a Fifa, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e offshores no Panamá que teriam sido utilizadas para cometer crimes contra o sistema financeiro, a ordem tributária e a administração pública.

Mais recentemente, a Globo foi acusada no caso FifaGate de ter realizado pagamento de propina para comprar de direitos de transmissão de vários campeonatos de futebol.

Até agora, mesmo diante de tantas evidências, as autoridades brasileiras não tomaram nenhuma providência, e as investigações contra a Globo ocorrem apenas em tribunais internacionais.