Maria Inês Nassif: Alckmin vai para a campanha enfraquecido

Tempo de leitura: 4 min

Dilma vem forte em SP; Alckmin, baleado pelo propinoduto

17/10/2013 – Copyleft

A volta por cima de Dilma Rousseff

As chances de ganhar já no primeiro turno aumentaram muito. Se resistir às idiossincrasias do “tripé econômico” reverenciado por Marina Silva.

por Maria Inês Nassif, na Carta Maior, sugerido pelo Julio Cesar Macedo Amorim

A presidente Dilma Rousseff deu a volta por cima. Para quem apostava nas suas deficiências de virtude e fortuna – as duas qualidades fundamentais para um governante que se pretenda condutor dos destinos de um povo, segundo Maquiavel – suas respostas às manifestações de junho, e os fatos que se sucederam a elas e antecederam ao prazo legal final para filiação partidária dos políticos com pretensões eleitorais, mostram que a presidenta pode não ser uma Pelé da política, mas é capaz de jogar um bolão quando se dispõe a entrar em campo.

E que a sorte que, no passado, a fez emergir de um ministério técnico e ser guindada ao principal gabinete do Palácio do Planalto, não a abandonou.

Comprar a briga pelo Programa Mais Médicos foi uma aposta arriscada, pois foi feita no momento em que as bandeiras empunhadas por milhões de manifestantes eram muito dispersas e existia o risco de que se confundisse a reivindicação de Saúde Pública de qualidade com os vetos corporativos das entidades de classe dos médicos.

Foi o que aconteceu, por exemplo, com a jogada do Ministério Público, que conseguiu contrabandear o veto à PEC 37 na lista de reivindicações populares sem que as pessoas que arriscaram a pele indo às ruas soubessem o que isto vinha a ser efetivamente.

Desta vez, ao comprar a briga por um programa com razões mais do que justas – levar médicos estrangeiros para os rincões do país onde os brasileiros não queriam ir –, o governo acabou expondo a avareza das razões corporativistas e da oposição ao programa liderada pelas associações médicas.

Dilma ganhou porque insistiu (e devia ter insistido em outras questões), e ganhou marginalmente devido à incompetência política dos conselhos de medicina.

Ganhou mais uma vez, quando manteve Alexandre Padilha à frente do Ministério da Saúde, identificou-o com essa briga e depois o liberou para a disputa ao governo do Estado de São Paulo no próximo ano.

Nessa luta eleitoral, certamente deve ter aceitado as sugestões do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que desde o ano passado monta cuidadosamente as peças de um jogo destinado a quebrar a hegemonia tucana no Estado.

Desde a primeira vitória eleitoral do partido ao governo do Estado, em 1998, peessedebistas se sucedem no Palácio dos Bandeirantes, e ao longo deste período conseguiram, com êxito, amoldar um eleitorado, na sua origem de centro-esquerda, ao programa neoliberal que era comandado pelo governo central no período FHC.

Houve uma intersecção perfeita entre esse eleitorado intelectual que caiu em depressão (ou se aproveitou da onda) após a queda do Muro de Berlim e o abraço da socialdemocracia europeia ao neoliberalismo, e aderiu às teorias liberais como se elas fossem a única garantia possível de liberdade, e uma elite paulista que estava despossuída de partidos e convicções no pós-Collor.

A “cola” que juntou agentes políticos antipetistas de diferentes origens em torno do tucanato paulista, um discurso conservador justificado por um moralismo hipócrita, baseado na máxima de que governos petistas são corruptos, e os tucanos não o são, aproxima de sua data de vencimento, com o estouro do escândalo do “propinoduto” do PSDB, enraizado no setor de transporte de sucessivos governos tucanos, desde o primeiro mandato de Mário Covas (1998-2002).

O governador Geraldo Alckmin, candidato à reeleição, é parte inseparável do esquema: foi um vice-governador atuante no primeiro mandato de Covas e assumiu o governo por praticamente todo o segundo mandato, devido ao falecimento do titular do cargo.

As investigações sobre o escândalo, que se iniciaram no Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência (Cade), embora sejam cuidadosamente publicadas pela grande imprensa – que dificilmente cita governadores ou o PSDB quando relata capítulos dessa novela – dificilmente escaparão da campanha eleitoral, cujo início não está tão longe que apague da memória dos adversários esta mácula.

A aliança montada para eleger como prefeito da capital o prefeito Fernando Haddad, na medida em que Dilma se consolida como a grande favorita da disputa presidencial, tende a ser transferida para Alexandre Padilha, já consagrado como o candidato petista ao governo.

Alckmin vai para a campanha eleitoral com alianças frágeis e um candidato presidencial fraco. Nunca antes, desde a primeira eleição ganha para governador de São Paulo, o PSDB tem condições tão desfavoráveis.

Sorte de Dilma. Quanto maiores as chances de o PT fazer o governador de São Paulo, mais ela tem condições de recuperar, com alguma folga, os votos que pode perder em Minas, com a candidatura de Aécio Neves (PSDB) a presidente. Sorte dupla é a de Marina Silva ter refluído de sua candidatura para apoiar Eduardo Campos (PSB).

Marina teria maiores chances de subtrair votos de Dilma em São Paulo e no Rio; Eduardo Campos não terá o mesmo apelo para os paulistas insatisfeitos com a polarização reiterada das eleições entre PT e PSDB; e Aécio, um tucano de fora do circuito paulista, chega para disputar esse voto junto com as denúncias trazidas a público pela Siemens – não é exatamente o que um eleitorado cultivado pelo PSDB no discurso moralista acha interessante.

No Rio, as chances do PT sobem na proporção direta do desgaste de Sérgio Cabral – sorte do PT por ter encontrado pela frente o senador Lindberg Faria, que não recuou de sua candidatura quando Cabral ainda não era cachorro morto. Agora, dificilmente Cabral pode impor a candidatura de seu vice para o PT.

Em junho, como consequência direta das manifestações, ficou arriscada a aposta numa vitória de Dilma já num primeiro turno. As chances de ganhar já na primeira votação aumentaram muito.

Se resistir às idiossincrasias do “tripé econômico” reverenciado por Marina Silva e não girar mais o torniquete, o que acabaria desaquecendo ainda mais a economia. Se mantiver o país em crescimento, mesmo em ritmo lento, ela chegará ao processo eleitoral com adversários muito fracos e oposição com argumentos bastante limitados.


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Comentários

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Reviravolta nas ruas fortalece Dilma para 2014 – Viomundo – O que você não vê na mídia

[…] reagiu mas, como escreveu Maria Inês Nassif, também contou com circunstâncias sobre as quais não tinha controle. A reação corporativa ao […]

Geysa Guimarães

Conceição Lemes: por favor, explica pra mim o que é “tripé econômico” de FHC, constante do texto.

    Museusp Batista

    Eu acho que é mais ou menos a cartilha da “austeridade” apregoada por Milton Friedman adotada pela Angela Merkel e Sarkozi que, enfrentando (ou correndo dela) a crise do Euro com políticas de austeridade quase acabaram de afundar toda a Europa. Eh o contrário do Keynesianismo que o Lula praticou em 2008, se não estou enganado. Em resumo, quer dizer: GASTA DILMA!!!

francisco.latorre

esse já era.

próximo.

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Sagarana

Creio que a missivista menospreza a capacidade da governanta. Tomara que ela consiga a indicação do PT!

AlvaroTadeu

A análise de Maria Inês está quase perfeita. Quanto ao PSDB, venceu desde 1994 em São Paulo. Mas a reeleição de Covas em 1998 foi fruto de uma fraude descarada, diga-se de passagem. Marta aparecia em terceiro lugar nas pesquisas, com a liderança de Maluf e Covas no segundo lugar. A pesquisa do IBOPE, na qual nunca acreditei, dava que Maluf poderia vencer logo no primeiro turno. Por “coincidência”, quando cheguei em SP para votar, soube que muitos e antigos companheiros já estavam virando o voto da Marta para o Covas já no primeiro turno, com medo da vitória malufista. Resultado: Covas foi para o segundo turno com uma vantagem de apenas CINCO MIL votos sobre a Marta Suplicy. Foi assim que começou a hegemonia tucana em SP. Covas era pintado como a figura mais honesta da República. Até eu acreditei, mas quando vi o tempo de atuação da Siemens nas tais “licitações”, percebi que tinha sido enganado.

FrancoAtirador

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Guido Mantega fuzila os xerifes da ortodoxia tucana, Armínio Fraga e Gustavo Franco:

“Não dá para alguém que foi do governo (FHC), e teve uma inflação média de 8,77% à frente do BC, dizer que nós temos inflação alta”

“Reserva é dinheiro no bolso, e o bolso estava vazio nos anos FHC, hoje paga um ano e meio de importações”

“Quando eles (tucanos) estavam no governo qual era a taxa real de juros?”,
disparou,
e detonou:
“Chegou a ser superior a 10% ao ano” [hoje é da ordem de 3%].

(Pauta Carta Maior)
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Guido Mantega arranca as penas dos tucanos que quebraram o Brasil

“Se os tucanos estivessem à frente da economia brasileira na crise de 2008, Brasil teria quebrado”.

O País vai completar 10 anos com inflação dentro da meta, mas Fraga vê “frustração” e “tensão no ar”.

O titular da Fazenda solta granada:

“Não dá para alguém que foi do governo
e teve uma inflação média de 8,77%
dizer que nós temos inflação alta”.

“Ele trouxe esse sistema de metas para o Brasil,
mas não cumpriu”, descarregou o ministro
sobre o peito do ex-presidente do BC tucano.

Armínio Fraga, tucano de quatro costados, ex-presidente do Banco Central no governo Fernando Henrique, foi o primeiro a disparar.
Em entrevista de dois terços de página no jornal O Estado de S. Paulo, na quinta-feira 17, o golfista Fraga mostrou seu lado de Black Bloc do debate econômico.

– Aqui no Brasil, a sensação de frustração com crescimento baixo e inflação alta é grande, disse ele ao jornalista Fernando Dantas.
O governo continua, até prova em contrário, com uma postura geral muito fechada, antiquada.

O que mais doeu no ministro Guido Mantega, o titular da Fazenda que até então estava em sua trincheira mais pilotando o dia a dia da economia do que terçando armas com os adversários, foi o golpe de Fraga sobre o jeito atual de se combater a inflação.

– Não dá para alguém que foi do governo, e teve uma inflação média de 8,77% no período dele a frente do BC, dizer que temos inflação alta, retrucou Mantega, no dia seguinte, no mesmo O Estado de S. Paulo.

– Ele trouxe esse sistema de metas para o Brasil, mas não cumpriu, descarregou o ministro sobre o peito do ex-presidente do BC tucano.

Detalhe: o Estadão deu a entrevista de Fraga, hoje líder do Gávea Investimentos, em forma de ping-pong, numa entrevista de 16 perguntas do jornalista Dantas.

Para Mantega, apesar de o jornal ter destacado quatro profissionais para ouvir o ministro, nenhuma pergunta e resposta foi publicada na íntegra. Num gráfico com o BC como fonte, a publicação mostrou, entre outros dados, que a inflação durante o governo FHC, quando Fraga estava no BC, chegou a mais de 11% ao ano, enquanto a projeção, para 2013, no terceiro ano do governo Dilma Rousseff, é de 5,7%.

Armínio Fraga, hoje, também assessora informalmente o presidenciável tucano Aécio Neves.
Ele não descartou voltar a um cargo de primeiro escalão na área econômica se o PSDB vencer as eleições.
“Eu já participei duas vezes de governo [nos mandatos de FHC], não posso descartar”, afirmou.

Com um tanto menos estofo, mas igualmente um PhD, o também tucano e também ex-presidente do BC Gustavo Franco igualmente deu seus disparos.
Ele se notabilizou, durante sua passagem pelo Banco Central, por inundar o mercado com bilhões de dólares de reservas brasileiras numa tentativa inútil de manter a paridade entre a moeda americana e o real.

(Br247, via Terror do Nordeste)
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FrancoAtirador

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Ah, aquela urna eletrônica do TRE paulista…
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José X.

“PSDB tem uma militancia digital que atua com 5 mil pessoas falando mal da dilma nas redes sociais e nos comentarios dos principais jornais e revistas do Pais.”

Eu acho que isso ficou bem aparente em 2010. O PT ainda não chegou ao século das redes.

Francisco

Se o PT obtem o estado de São Paulo, dá para imprimir um ritmo desenvolvimentista bem mais concatenado ao país.

As estradas de ferro estarão prontas ou inaugurando, uma série de rodovias funcionando e os aeroportos do interior começando a operar.

Há risco do sucessor de Dilma ser o cara que vai figurar nos livros de História…

Johann

Sorte da Dilma? Dela e do Brasil

maria madalena

essa eleição se definirá nas redes socias e na internet onde o PT é muito fraco…..o PSDB tem uma militancia digital que atua com 5 mil pessoas falando mal da dilma nas redes sociais e nos comentarios dos principais jornais e revistas do Pais.ou seja é uma multidão de gente espalhando oodio ao PT e a DILMA,,,enquanto isso o PT só observa e acha que já ganhou as eleições pra presidente e para governador de SP….abra o olho PT monte uma MILITANCIA DIGITAL senão este salto alto pode quebrar,em 2014.

Luis

No RJ.
Se o Lindberg ficar nessa de abraçar o Malafaia, vai começar muito mal e se,
a Dilma não falar nada sobre as prisões arbitrárias, políticas e inconstitucionais de manifestantes que estão ocorrendo na cidade, aqui no Rio de Janeiro, ela vai dançar.

silvia macedo

Comentário certeiro de Fábio Passos, ao dizer do psdb que “Não há nada que preste neste covil de neoliberais larápios e entreguistas.” E principalmente:”Este alckmim é um fascista descarado que pede votos assassinando pretos e pobres da periferia.”

Elias

Ah! Quantos pecados tem o católico fervoroso Geraldo Alckmin! Mas um que não se pode esquecer é o Massacre do Pinheirinho, um holocausto paulista.

Bacellar

Penso que o cenário socio-economico no terceiro trimestre de 2014 é o que de fato definirá as eleições em todos os âmbitos. A questão econômica provavelmente estará, independente de viés, relativamente estável. Terá peso, principalmente no âmbito regional, mas não será tão decisiva quanto o cenário social. Me refiro obviamente a um possível caos induzido durante a Copa. Basta ver os índices de aprovação do Gov. Federal em Agosto. Na minha opinião mais do que em “Marina Campos” a velha oligarquia vendida apostará no caos…

Benedito

Só falta combinar com os russos.

Vicente

Um paraense, governador do estado mais poderoso da federação? Me poupe…

    André Braga

    Se você se refere ao Padilha, vamos lá: nasceu em São Paulo, formou-se em Medicina na Unicamp, foi membro do diretório estadual do PT-SP nos anos 1990 e trabalhou no Pará para um programa da Organização Mundial da Saúde.

    E mesmo que ele fosse paraense, por acaso isso seria um empecilho a candidatura? Que eu saiba o único requisito geográfico que existe é para o cargo de presidente da república.

    Luís Carlos

    Padilha é de SP. Mas já tivemos um pernambucano presidente da república, aliás, o melhor até agora. Porque não poderia ter um paraense governando SP? Mas fique tranquilo, você verá Padilha governando SP, e não mais o Picolé da Opus Dei.

Apavorado por Vírus e Bactérias

PSDB com seus corruptos entreguistas e fascistas afundam de vez no próprio esgoto sabespiano do Tietê em 2014. É um partido-quadrilha moribundo e sem vergonha. Não muda. Vai morrer com as mãos muiiiiiito sujas. De cabo a rabo. Do Farol ao Chirico, passando por Minas e Paraná não tem o que preste. É um objeto não identificado que bóia quase afundando no Tietê. Está pesado, cheio de trapaça e terrível mal cheiro. Além do mais, se as pessoas refletissem um pouco, perceberiam que Alckmin é o pai renegado do PCC, que agora em plena crise da roubalheira dos transportes, quer ressuscitar o filho PCC que o PIG e o Governador negavam a existência.

Alessandro

Oi… Apenas corrigindo, os tucanos estão no poder em SP desde 1995, quando Covas tomou posse em seu primeiro mandato.

Guanabara

Não menosprezem o PSDB. Por que? O partido é maravilhoso? Não. Mas é uma turma que joga baixo e conseguiu sempre levar para o 2º turno nas derrotas pro PT. Ainda vai ter muita baixaria. O jogo nem começou.

    Marcos

    Do PSDBosta não tenho medo algum.
    O grande inimigo é (e sempre foi) o PIG. O PIG está decadente, sem qualquer credibilidade junto ao segmento mais esclarecido politicamente da população, mas ainda é perigoso. Como diria o Paulo Henrique Amorim, se não fosse o PIG, o PSDB não passava de Resende.

Mardones

“Desde a primeira vitória eleitoral do partido ao governo do Estado, em 1998, peessedebistas se sucedem no Palácio dos Bandeirantes, e ao longo deste período conseguiram, com êxito, amoldar um eleitorado, na sua origem de centro-esquerda, ao programa neoliberal que era comandado pelo governo central no período FHC.

Houve uma intersecção perfeita entre esse eleitorado intelectual que caiu em depressão (ou se aproveitou da onda) após a queda do Muro de Berlim e o abraço da socialdemocracia europeia ao neoliberalismo, e aderiu às teorias liberais como se elas fossem a única garantia possível de liberdade, e uma elite paulista que estava despossuída de partidos e convicções no pós-Collor.

A “cola” que juntou agentes políticos antipetistas de diferentes origens em torno do tucanato paulista, um discurso conservador justificado por um moralismo hipócrita, baseado na máxima de que governos petistas são corruptos, e os tucanos não o são, aproxima de sua data de vencimento, com o estouro do escândalo do “propinoduto” do PSDB, enraizado no setor de transporte de sucessivos governos tucanos, desde o primeiro mandato de Mário Covas (1998-2002).”

Sensacional. É o que aproveito desse artigo.

Matheus

O PSDB já se transformou em um partido secundário. Só uma minoria de classe média zá-coxinha dá moral para eles.

O preocupante de verdade é o PTMDB executando o programa do PSDB.

    Roberto Locatelli

    Matheus, você se refere a qual parte do programa do PSDB? O Mais Médicos? O Bolsa-Família? A redução dos juros bancários, capitaneada pelo BB e Caixa? A distribuição de renda? O Minha Casa Minha Vida? Luz para Todos? Transposição do São Francisco?

    Concordo que o governo de coalizão PT/PMDB é bem menos radical do que o Brasil precisa e merece. Mas daí a dizer que o programa que está sendo executado é o do PSDB, não dá.

    Marcos

    Mas Locatelli, se os governos Lula e Dilma fossem mais radicais na implementação das grandes transformações que eles vêm operando, certamente teriam encontrado fortíssimas resistências e, se insistissem, poderiam cair ou ficar extremamente fragilizados. As elites socioeconômicas e a grande maioria das instituições do nosso país são muito conservadoras; várias delas, inclusive, reacionárias e golpistas.
    O que é mais importante é que o Brasil avançou muito com os governos Lula e Dilma. Eu sei que você sabe disso. Mas parece que tem uns e outros que não compreendem (ou não querem compreender) o momento maravilhoso que o Brasil está passando com governantes extraordinários como o Lula e a Dilma. O Brasil está muito bem servido. E o povo brasileiro merece.

    Maria Rita

    Locatelli acertou em cheio. Será que o Luz para todos do PT foi baseado no apagão de FHC?

Fabio Passos

O psdb será varrido do mapa em 2014.
Isto é muito bom. Não há nada que preste neste covil de neoliberais larápios e entreguistas.

Este alckmim é um fascista descarado que pede votos assassinando pretos e pobres da periferia.

    Julio Silveira

    Não se iluda meu caro, acabando o PSDB, do jeito que o PT está indo, não duvido que essa turma acabe indo para a sigla e acabem sendo recebidos com festas.
    A politica no Brasil está cada vez mais parecida com um balaio de gatos. A mea culpa do politico impopular é feita criando uma nova sigla ou mudando para o partido mais popular. Mas a turma que recebe acaba trabalhando para mudar, não o conceito politico de seu integrante, mas o pensamento da cidadania sobre esse integrante. E, como agua em pedra dura, e muito trabalho midiático que levam milhões, a lavagem quase sempre funciona. Veja o Collor, está cada vez mais o petista dos velhos tempos, nem sei se o atual PT estaria a sua altura atual. O problema é que a cidadania esquece o passado e se vende por discursos e baboseiras. E com isso o povo passa e com isso eles continuam. A familiaridade com os jogos de interesses copulares da cúpula, é o que pesa para os apoios, é essa nossa triste cultura.

    Mariana

    “Mudam-se as moscas, mas continua a mesma merda.” Mesmo o PSDB acabando como partido, as pessoas que subscrevem a ideologia tucana vão para outros partidos. O bom do PSDB é que todos sabemos que pertence ao espectro político da direita. Já o PSB (do Campos e Marina), é um partido historicamente de esquerda que acolhe em seus quadro os Borhnausens, Caiado, etc.

    Julio Silveira

    Esse, Mariana, é o problema de não termos partidos ideológicos sérios, com um ideário que estivesse acima dos interesses individuais e criassem bases politicas fortes criando a cultura de serem seguidas. Aqui no país dos Show Men, já tivemos de tudo que o marketing pode comprar, menos sinceridade. Geralmente a cidadania compra o politico espetáculo, aquele cara que chega, faz um discurso emocionante e encanta a plateia, que aplaude emocionada e o consagra. Mas só até a eleição, quando o mesmo como que tomado por amnésia esquece tudo que disse quando não afirma com todas a letras para esquecer o que disse e até o que escreveu, tomando direções completamente opostas ao que sempre afirmou que seguiria. E o partido, esse vai ficando refém do apelo popular dos políticos que se mantem com algumas bondade, e muito pouca profundidade, como estelionatários que engambelam, como aliciadores costumam fazer com balas para conquistar crianças indefesas.

    Fabio Passos

    Estão certos em parte.
    Os interesses compram novos representantes quando os antigos velaram o filme.

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