Líderes e presidentes de partidos da base aliada em defesa da democracia e do mandato de Dilma

Tempo de leitura: 4 min

Foto da reunião dos líderes da base com a Dilma

Foto da reunião dos líderes da base com a Dilma

Presidentes e líderes da base aliada defendem em carta-aberta continuidade do mandato de Dilma

sugerido por Vandilson Souza Macedo

Líderes da base aliada do Congresso Nacional e presidentes de partido lançaram na manhã desta terça-feira (15) uma carta-aberta reafirmando a defesa pela continuidade do mandato da presidenta Dilma Rousseff. Os presidentes Luciana Santos (PCdoB), Rui Falcão (PT), Valdir Raupp (PMDB) e Gilberto Kassab (PSD) assinaram o documento.

Os parlamentares se reuniram em café da manhã na Câmara dos Deputados e marcaram um desdobramento do encontro: “Importante que esta reunião hoje se repita em novos atos, dentro do Parlamento, junto de movimentos sociais e entidades da sociedade civil”, disse o líder do Governo, José Guimarães (PT/SP). A expectativa do petista é que a base aliada expresse sua unidade a favor do mandato de Dilma. Foi o que reiterou o líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ): “Todos nós devemos trabalhar pela governabilidade da presidenta”, destacou.

Uma das articuladoras da reunião, a líder do PCdoB, Jandira Feghali (PCdoB/RJ), reiterou que o momento de crise política precisa ser superado: “A instabilidade política não favorece ninguém, muito menos o trabalhador, o cidadão. O Governo precisa avançar em sua agenda com segurança e espaço para dialogar”, disse.

O documento divulgado pelo grupo pede respeito ao resultado eleitoral de 2014 e ratifica compromissos das bancadas signatárias contra qualquer pedido de intervenção no mandato da presidenta.

Leia na íntegra:

Declaração em Defesa da Democracia e do Mandato Popular

Nós, representantes dos partidos que dão sustentação ao governo legítimo e democrático da presidenta Dilma Rousseff,

CONSIDERANDO que a presidenta Dilma Rousseff tomou posse,  há pouco mais de oito meses, para um mandato de quatro anos, após vencer um pleito democrático,  limpo e livre;

ASSINALANDO que é dever cívico, constitucional e democrático da presidenta da República honrar o mandato a ela concedido pelo povo brasileiro até o seu final;

ENFATIZANDO que o cumprimento do mandato obtido legitimamente nas urnas significa, sobretudo, respeito ao voto popular, base de qualquer democracia digna desse nome;

LAMENTANDO, contudo, que, desde a apuração dos resultados das urnas, forças políticas radicais, que exibem baixo compromisso com os princípios democráticos, venham se dedicando diuturnamente a contestar e questionar o mandato popular da presidenta Dilma Rousseff, utilizando-se dos mais diversos subterfúgios políticos e jurídicos, que vão desde o absurdo e inédito questionamento da urna eletrônica, lisura do pleito até a tentativa de criminalização de práticas orçamentárias em um contexto de crise fiscal e utilizadas por vários governos no passado, incluindo a  contestação intempestiva das contas de campanha previamente aprovadas na justiça eleitoral;

CONSIDERANDO que tal processo se constitui numa clara e nova forma de golpismo, a qual, embora não se utilize mais dos métodos do passado, abusa dos mecanismos solertes das mentiras, dos factóides e das tentativas canhestras de manobras pseudo-jurídicas para afrontar o voto popular e a democracia;

COLOCANDO EM RELEVO que, embora manifestações populares que expressem anseios e insatisfações sejam legítimas, elas não podem servir de escusa torpe e oportunista para que invistam contra o mandato legítimo da presidenta, pois a ordem constitucional brasileira sabiamente impõe processo rigoroso e fundamentos jurídicos muito sólidos para a recepção de contestações de mandatos populares;

SALIENTANDO, ademais, que, num regime presidencialista, a legitimidade do mandato é dada exclusivamente pelas urnas, não podendo ficar ao sabor de pesquisas de opinião que retratam uma conjuntura econômica adversa e impactada pelo crise internacional associada a volatilidade de uma crise política artificialmente cevada por aqueles que se recusam a reconhecer sua derrota na última eleição;

OBSERVANDO, a esse respeito, que o principal entrave ao reequilíbrio das contas públicas e à consequente retomada do crescimento econômico com distribuição de renda, como é o desejo de todos os brasileiros, reside no atual clima político deteriorado, gerado pelo golpismo que tenta se impor sobre a governabilidade e que  dissemina sentimentos de insegurança, pessimismo e intolerância política por toda a sociedade;

CONVICTOS de que a presidenta Dilma Rousseff, cidadã incontestavelmente proba, honrada e dedicada, de forma integral, a trabalhar pelo bem do Brasil, fez avanços notáveis em seu governo para promover o combate à corrupção, ao fortalecer as instituições de controle e ampliar a transparência da administração pública, algo que seus críticos nunca fizeram;

CERTOS, do mesmo modo, de que a presidenta Dilma Rousseff, a qual enfrenta, desde o início de seu primeiro mandato, a pior crise mundial desde a Grande Depressão de 1929, esteve e está sinceramente empenhada, como o ex-presidente Lula, na promoção do desenvolvimento econômico com eliminação da pobreza e redução das desigualdades, processo até aqui exitoso, pois resultou na extinção prática da miséria e na ascensão social de 40 milhões de brasileiras e brasileiros, o que demonstra que os acertos desses governos progressistas foram muito superiores aos seus erros; e

CONSIDERANDO, por último, que é chegada a hora de todas forças sociais e políticas efetivamente comprometidas com o Brasil e sua democracia reafirmarem sua inestimável e bem-vinda contribuição para que o país supere suas atuais dificuldades e retome, o mais rapidamente possível, o desenvolvimento econômico e social, num ambiente de paz, reconciliação e respeito incondicional aos princípios democráticos;

DECLARAMOS

I. Nosso firme e decidido apoio ao mandato legítimo da presidenta Dilma Rousseff, que se extinguirá somente em 31 dezembro de 2018;

II. Nosso mais veemente repúdio a toda forma de retrocesso democrático, que tente deslegitimar e encerrar de forma prematura o mandato popular conquistado, de forma limpa, em pleito democrático;

III. Nosso entendimento de que o Brasil demanda a superação do atual clima político deteriorado, o qual coloca sérios obstáculos à governabilidade e à recuperação econômica, dissemina a insegurança, o pessimismo, a intolerância e o ódio político pela sociedade, bem como envenena a democracia do país, duramente conquistada com a luta incansável de gerações de brasileiros;

IV. Nossa absoluta convicção de que o Brasil e sua democracia são muito maiores que as dificuldades econômicas e políticas que enfrentamos, e que o país superará, em breve, todos os entraves à retomada do desenvolvimento econômico e social, preservando e aprofundando o processo democrático do qual todos os brasileiros se orgulham e se beneficiam;

V. Nosso sincero convite a todas as forças políticas responsáveis do Brasil, que não apostam no “quanto pior melhor” ou não se omitem diante dos incapazes de apresentar propostas, a que dêem sua bem-vinda contribuição para que o país se reencontre no caminho do crescimento econômico, da justiça social, da soberania e do crescente aprofundamento de sua bela e jovem democracia.


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Comentários

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Cleide Miranda

O apoio à permanência da Presidente Dilma no Governo deve ser mais ostensivo para conseguir acuar essa oposição golpista. Lembro que após a manifestação “Fica Dilma” do dia 20 de Agosto, a oposição ficou surpresa e assustada e baixou um pouco a bola, ou seja, viu que não eram senhores absolutos da situação do jeito que arrogantemente sempre pensaram ser. O aeroneves, então, ficou murchinho, murchinho.
A estratégia deles é fazer bastante barulho, cheios de bravatas (vide FHC, Hélio Bicudo, PIGs, etc) para amedrontar e inibir possíveis reações dos que realmente sabem do retrocesso, principalmente na área social, que irá ocorrer no Brasil.

Sérgio

Essa base de apoio tem que aumentar e muito antes que seja tarde demais. Todos (raros) servidores públicos sérios, éticos e compromissados com o Brasil, com mandatos ou não, devem se unir e se posicionar aberta e publicamente para conter o iminente golpe contra a democracia (duramente conquistada) e o povo brasileiro.
De Marcelo Freixo a Miro Teixeira, de Jandira Feghali a Romário (grata surpresa), de Cristovam Buarque a Luiza Erundina, de Roberto Requião a Jô Moraes; de Jarbas Vasconcelos a Flávio Dino; e muitos outros. A lista, infelizmente, não é das maiores.
Muitos já andam apelando para os centros espíritas e pedindo para baixar Brizola, Itamar, Jefferson Péres e, até mesmo o Tiradentes, que a coisa tá muito preta.
A noite escura do golpe não irá se abater apenas no PT e mais em alguns poucos. Não, vai atingir toda a esquerda e todos os progressistas; mas, mais precisamente, na cabeça do povo brasileiro. Aquele mesmo que mora ali na favenzala.

C.Paoliello

Não soube de ninguém do PDT. Já perguntaram ao Ciro Gomes se seu partido saiu da base aliada ou se é favorável ao impeachment da presidenta legitimamente eleita?

FrancoAtirador

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Conluio Internacional de Operadores no Mercado:
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BANCO CENTRAL DO BRASIL IDENTIFICA SINAIS
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DE MANIPULAÇÃO DO CÂMBIO NO EXTERIOR
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Diretor de Política Monetária do BACEN disse hoje
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na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado
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que…
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HÁ PESSOAS FÍSICAS BRASILEIRAS TRABALHANDO
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PARA OS BANCOS ESTRANGEIROS INVESTIGADOS.
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15/9/2015
EBC/Agência Brasil
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BACEN vê Indícios de Manipulação de Mercado de Câmbio, diz Diretor
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Reportagem: Kelly Oliveira | Edição:José Romildo de Oliveira Lima
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O Banco Central (BACEN) identificou Indícios de Conluio
de Operadores no Mercado de Câmbio, no Exterior,
disse hoje (15), na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado,
o Diretor de Política Monetária da Autarquia, Aldo Mendes.
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O Diretor disse que recebeu Documentos, Compartilhados
pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE)
com o BACEN, que indicam a tentativa de “Tabelamento” do “Spread”,
que é a Diferença entre Taxa de Compra e de Venda do Dólar.
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É do “Spread” que os Bancos tiram o Lucro das Operações Cambiais.
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O Diretor de Política Monetária do BACEN destacou que
a concorrência leva naturalmente ao “estreitamento” do “Spread”.
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A Ação dos Operadores era tentar Tabelar o “Spread”.
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“O CADE saberá lidar com essa Questão Concorrência”, disse o Diretor.
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A Manipulação em Mercados de Câmbio, inclusive do Brasil,
por Grandes Instituições Financeiras Estrangeiras
está sendo investigada nos Estados Unidos e na Europa.
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Apesar dessa Manipulação no “Spread”,
o diretor garantiu que a ação no exterior
não afeta a taxa de câmbio brasileira
por ser definida exclusivamente no Brasil.
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O diretor acrescentou que não há participação
de instituições financeiras do Brasil nessa ação,
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mas…
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HÁ PESSOAS FÍSICAS BRASILEIRAS TRABALHANDO
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PARA OS BANCOS ESTRANGEIROS INVESTIGADOS.
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(http://www.ebc.com.br/noticias/economia/2015/09/bc-ve-indicios-de-manipulacao-de-mercado-de-cambio-diz-diretor)
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FrancoAtirador

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Atenção Assinantes de G.A.F.E.*:
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Grupos Globo, Abril, Folha e Estadão anunciam
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que, agora que serão obrigados a pagar Imposto,
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terão de reajustar o preço de Jornais e Revistas.
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FrancoAtirador

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Imposto de Renda sobre Ganhos de Capital será Progressivo
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Alíquotas de Tributação sobre Operações de Alienação de Bens:
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Até R$ 1 Milhão = 15%
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Entre R$ 1 Milhão e R$ 5 Milhões = 20%
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Entre R$ 5 Milhões e R$ 20 Milhões = 25%
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Acima de R$ 20 Milhões = 30%
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(http://www.ebc.com.br/noticias/economia/2015/09/arrecadacao-com-medidas-anunciadas-nesta-segunda-deve-atingir-r-338)
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FrancoAtirador

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MANCHETE PARA SER LIDA COM ANTÔNIMOS
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Manchete da Mídia Empresarial:
‘Goldman Sachs diz que ajuste fiscal
é lento e de baixa qualidade’
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Versão Antônima para Leitura:
“Programa do Governo Dilma para Recuperação da Economia
terá Efeito no Curto e Médio Prazo e é de Alta Qualidade Técnica”
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FrancoAtirador

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Em Entrevista Coletiva Concedida a Jornalistas, hoje (15/9),
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a Presidente da República, Dilma Vana Rousseff (PT), afirmou

que a “CPPrev” (antiga CPMF) é Essencial para pagar Benefícios
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d@s Aposentad@s e Pensionistas da Previdência Social (INSS).
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Segundo Dilma Rousseff, a CPPrev (Contribuição Provisória à Previdência Social)
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é para financiar a Previdência Social Pública, que sofre uma Queda Cíclica,
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quando diminui a Atividade Econômica, fato que vem ocorrendo desde 2014.
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“O País Precisa Sair da Restrição Fiscal [Carência de Recursos]
para que a Economia possa voltar a crescer e gerar Empregos”
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FrancoAtirador

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Atualizando a Aritmética do Comentarista Elias
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CPMF = 0,2% x R$ 100,00= R$ 0,20
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VINTE CENTAVOS DE REAL PARA CADA 100 REAIS
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Lukas

Quero ver na hora que a presidente precisar de votos no Congresso para aprovar medidas impopulares se esta base é mesmo aliada.

Assinar documento é fácil, se comprometer é mais difícil.

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