Gilson Caroni Filho: Com Chico Anysio o fascismo não sorria

Tempo de leitura: 2 min

por Gilson Caroni Filho

Com o desaparecimento de Chico Anysio, vale lembrar o dito rikiano de que “a fama é a soma de todos os equívocos em torno de alguém”? Ou estamos assistindo a grandes e justificadas homenagens ao mais importante humorista das últimas quatro décadas?

Ciente da força corrosiva do humor e da sátira, Chico criava personagens obstinadamente, talvez intuitivamente, sabendo que o jogo da linguagem crítica é, em si,  o jogo do espírito em seu aspecto lúdico.

A irreverência no trato com autoridades e seu refinado senso de resistência política o levaram a um intenso processo de criação, como se não quisesse perder um só detalhe do que estivesse à sua volta. Operando com similaridades e antíteses, captou, com sua lente fina, as luzes e o dia-a-dia do povo brasileiro, dos oligarcas aos estratos populares que não se curvam ao desencanto e à decepção.

Do rádio à televisão, Chico Anysio foi um perito em extrair de múltiplos detalhes da nossa formação cultural significados precisos, dissolvendo mitos e máscaras com o ácido sulfúrico da piada certeira e do sarcasmo.

Como ninguém, ele soube fazer isso com ternura, estranha ternura onde o lado amargo da vida é plenamente resgatado pelo humor atordoante. Há quem diga que, como os poetas, os humoristas habitam um mundo  em decomposição e decadência, mas o fazem de forma visceral, com arte feita do mais puro aço da reflexão e da lucidez crítica.

Dotado de profunda consciência social, o cearense de Maranguape  tem uma face pouco conhecida, que vai bem além do talentoso  humorista, autor e compositor: a de um resistente que  não se curvou às tentativas de cooptação dos setores golpistas aglutinados, nos anos 1960, na rede de propaganda geral e doutrinação do Instituto de Pesquisa e Estudos Sociais (IPES).

Conforme nos revela  René Armand Dreifuss* (1981: 248),

“a elite orgânica se aproximou de inúmeros produtores, atores e diretores famosos de televisão, tais como Gilson Arruda e Batista do Amaral. Favorecia o uso de programas cômicos, quando possível. Rui Gomes de Almeida observava que uma piada contra um político provocaria um “dano enorme”. Negava, ao contrário, o apoio aos atores que não cooperassem ou agissem contra os programas, as linhas de raciocínio e as pessoas que o IPES patrocinava. Tal foi o caso do humorista Chico Anysio, sagaz observador da realidade social”.

Na melhor tradição do humor de combate, ainda que sem engajamento explícito, Chico não renegou princípios. Entendeu corretamente e cumpriu com competência a melhor missão do humor: a de fiscal mordaz e crítico visceral das estruturas do poder. Na galeria de mais de duzentos personagens, há lugar de destaque para a velha oligarquia e parlamentares com um profundo sentimento antipopular. Tudo operado com destreza e rara sensibilidade.

Na ausência de herdeiros, o panorama, após sua morte, é desolador. Quadros do Instituto Millennium elegem o ódio de classe, a homofobia e a descriminação de gênero como mote para  piadas grosseiras. Programas como Casseta & Planeta e CQC parecem restabelecer uma velha sina: no Brasil, homens que tiveram voos de águia ou condor acabam em incursões galináceas, saltando direto para o poleiro. Enquanto outros, ainda jovens, antecipam a hora do perjuro.

Vai-se a multiplicidade que transforma. Fica a vala comum do transformismo. Não esperem perspicácia, iconoclastia irônica e imaginativa. O que toma a cena como “humor político” nada mais é do que o fascismo que lhe sorri.

*DREIFUSS, René Armand. 1964: a conquista do Estado. Ação Política, Poder e Golpe de Classe, Vozes, Petrópolis, Rio de Janeiro, 1981.


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Comentários

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marcosomag

Chico Anísio foi um gigante. Em plena Ditadura, e com a linha-dura militar jogando suas bombas por aí, ele criou a Salomé, que dava conselhos de paciência ao explosivo General Figueiredo. Na época, todos os que tinham juízo temiam que alguma reação intempestiva de JF virasse o jogo para o lado dos fanáticos da linha-dura (aquele pessoal que tramou explodir o Gasômetro do RJ, o que mataria milhares de pessoas inocentes). Justo Veríssimo escancava a mentalidade dos coronéis nordestinos com o seu bordão "eu quero que pobre se exploda". Caius Malufus foi proibido pela censura em meio às medidas de emergência em Brasília na época da votação da Emenda da Diretas Já. Infelizmente, os melhores humoristas da nova geração, os escrachados Hermes e Renato, já foram "domesticados" pela Record. E o outro "fera", Marcelo Adnet, está em vias de ter suas asas cortadas por um contrato com a Globo.

E S Fernandes

http://brasilquevai.blogspot.com.br/2012/03/chico

Prefiro este texto:

Nunca será demais lembrar que Chico Anísio, um escroque a serviço das Organizações Globo fez fortuna marcando as diferenças sociais em seu País: de gênero, de raça, de nível econômico, de religião e de condições de saúde.

Quem não se lembra, tendo mais de 40 anos de idade, de suas imitações de gagos, fanhosos, velhos, mulheres, nordestinos, judeus, umbandistas e homossexuais? Gerações acostumaram-se ao riso fácil das caricaturas que fazia dos mais fracos, reproduzindo depois essa modalidade de humor nas escolas e ambientes de trabalho, de modo a perpetuar a discriminação que pesava sobre os que se encontravam em oposição ao ideário de normalidade da classe média.

Chico Anísio não era um comediante como foi no seu tempo Oscarito, Zelloni, Golias e Zezé de Macedo. Foi um déspota do riso que apontava no meio da multidão o que era destinado à chacota e à humilhação.

beattrice

Para os que lamentam essa "perda" uma pergunta sem resposta:
em algum momento ele satirizou alguém da direita ou do PSDB?

    Geysa Guimarães

    beattrice:
    Chico era funcionário da Globo, não da Record atual.
    Há poucos dias o Azenha publicou um texto do Marco Aurélio Mello, contando o malabarismo que fizeram pra mandar pro ar conteúdo contrário à empresa. Acho que era sobre o Serra.
    As pessoas precisam trabalhar, e a escolha dos temas cabe ao patrão.

    Pitagoras

    Não que eu saiba…

damastor dagobé

Chico Anysio estava a direita do Bolsonaro…ou nao estamos falando da mesma pessoa???

    beattrice

    Sim estamos!!!!
    Mas quando o PiG quer reescrever uma biografia,
    o Roberto Marinho vira salvador da pátria e o Lacerda arauto da democracia.

Vinicius Garcia

Chico Anisio é um exemplo para aqueles que acham humor as verborragias de Rafinha bastos.

Anderson Gomes

Para mim não tem perdão.
Lenin, quando mandou eliminar seus adversários quando venceu a revolução garantiu assim a vitalidade da mesma. Acaso Brejnev houvesse feito o mesmo quando percebeu o risco liberal em Gorbachev, a CCCP não cairia.
Para mim, já foi tarde. Chora aqueles que quiserem. Eu não

    Geysa Guimarães

    Democrata, você, não?

    beattrice

    Chora quem não percebe que não é à toa que ele pediu que suas cinzas fossem jogadas no… PROJAC!
    Nem o Roberto Marinho chegou a tanto.

    Geysa Guimarães

    beattrice:
    Ué, não sei o que meu comentário ("Democrata, você, não?) está fazendo a reboque do seu.
    É para o leitor Rubens.

Hildermes Medeiros

Que belo texto para reverenciar o nosso maior humorista. Quase totalmente justo. De uma coisa entretanto Chico Anísio padecia: era visceralmente um homem da Globo (metade de suas cinzas vão para o PROJAC), e a Globo é o que sabemos ser. Fazia críticas é verdade, mas nunca denunciando ou em favor dos mais pobres, em benefício de nossas instituições. Procurava sempre atingir a classe política, como desde sempre o fazem seus patrões. Lembro de um programa em que atacava Brizola, nos idos de 1964, acredito que na Record de então, onde num alguidar batia massa, e imitando o jeito do "Caudilho", dizia estar agitando as massas, isto acompanhado de piadas, as mais ferinas. Não, não foi um homem amado pelo povão, a quem apenas divertia. As justas homenagens ao artista, ao grande ator e humorista, com amplo amparo de mídia, no seu velório no Centro do Rio de Janeiro ficou a evidência dessa sua carência. O povo não esteve presente. Raras vezes esteve ao lado do povo, a não ser para se valer de suas carcterísticas para enriquecer seus personagens. Nada melhor do que compará-lo a Pelé, como o rei, no caso Rei do Humor, mas com as mesmas limitações e deficiências junto ao povão.

    beattrice

    Além de Brizola, outro alvo político das suas "piadas" para desqualificar a esquerda foi Goulart, o homem era um porta-voz da direita, a seu modo, mas era.

Jamilly Oliveira

Na questão política, Chico pode ter tido suas controvérsias, principalmente por ser contratado da Globo, a "reguladora dos alienados", mas não se pode negar que ele representou a risca mais de duzentos brasileiros. O Brasil inteiro se identificava com ele (ou 'eles') e por isso adotou seus milhares de bordões. O Justo Veríssimo, por exemplo, ao falar "eu quero é que o pobre se exploda!" mostra nossa realidade, o pensamento que os grandes capitalistas em relação as classes inferiores. O Alfano que sempre se envolvia em negócios confusos, Caetano Codô e Caio Malufus que faziam paródia de José Sarney e Paulo Maluf respectivamente, retratam a comum crítica e ironia que Chico Anysio fazia sobre a política brasileira. Sem dúvidas, perdemos um grande artista que estava ciente da realidade do Brasil e conseguia tocar em cada brasileira.

Gerson Carneiro

O contra ponto desse texto foi escrito corajosamente por Luiz Cesar ou @luizceza

"Chico Anysio, fama feita de preconceito" em http://brasilquevai.blogspot.com.br/2012/03/chico

Eu achei interessante.

    Scan

    Somos dois.

    Taiguara

    Três.

    alexandre clistenes

    Esse texto me parece bem mais adequado!!!

    Pitagoras

    Vale a pena ler este artigo acima mencionado. Um mito global é sempre de se desconfiar…

Polengo

Sem desmerecê-lo, eu acho que "o maior humorista das últimas quatro décadas" faleceu há alguns meses, e não se falou tanto dele porque ele não fez sua carreira na globo.
Que ambos descansem em paz: Chico Anísio e Zé Vasconcelos.

    Scan

    Senti muito mais a partida do Zé Vasconcelos do que a do Chico.

    Sami

    E eu senti muito mais a partida do Costinha, o maior imitador de bichas que já existiu e melhor contador de piadas de bichas que já existiu.

alexandre clistenes

Mais um caso típico do Morreu ficou bonzinho!!!

Aconselho dar uma lida no texto do link abaixo.
http://brasilquevai.blogspot.com.br/2012/03/chico

Lucas Lima

Que treta

luiz claudio pontes

Acho que Chico foi um grande ator e grande humorista, mas daí a dizer que ele era um homem sensível aos problemas do povo é algo exagerado para não dizer mitológico.Chico sempre foi um grande defensor da Globo e tudo aquilo que ela representava, mesmo sabendo que sua patroa era a filha mais querida da direita brasileira. Embora suas personagens retratassem as mazelas da classe mais pobre do Brasil, o homem Chico, de cara limpa, jamais veio a público para defender essa gente abandonada que tão bem incorporava em suas brilhantes interpretações. Deles só tomava emprestada a alma para a construção dos Azambujas e dos Coalhadas, sem nada lhes dar em troca nos momentos em que eles mais dele precisavam: diretas já,eleições presidenciais, impeachment de 1992, etc.
Vale lembrar que o humorista foi eleitor de Collor, FHC e Serra e que aqui no RJ foi um forte opositor a Brizola. Lembro-me também que na última eleição para presidente, ele engrossou o coro contra a candidatura Dilma, chegando a afirmar que não votaria em uma mulher que tinha sido terrorista e que, caso eleita, estaria proibida de visitar os EUA, pois estava na lista negra do departamento de estado de lá por causa de sua militância política na década de 60, sendo, portanto, também falsa a afirmação do próprio de que não se metia em política. Vale lembrar que em suas últimas aparições no Zorra total ele ressuscitara a personagem Salomé para criticar de forma grotesca o atual governo, uma vez que suas piadas estavam calcadas nas virulentas críticas feitas à presidenta pela mídia conservadora e golpista que ainda temos em nosso país.
Ainda que eu não tivesse admiração pelo "homem político" Chico Anysio eu jamais deixarei de ter consideração pelo grande artista que ele foi. Sua voz grave e seu talento povoaram a minha infância e minha adolescência. Ri muito com suas personagens e só lamento que ele não tenha tido coragem de sair da Globo quando ela o colocara na "geladeira" como ele mesmo dizia. Aliás, só vi Chico criticando sua mantenedora, quando ela o preterira ou quando ela recontratara Jô Soares que, segundo Anisyo era um "traidor" por abandonar a "grande mãe" e ter procurado guarida no SBT na década de 80. Mãe que, aliás deu emprego à sua grande e talentosa família.
Vá em paz, Chico. Que Deus o abençoe!

Rubens

Como não tenho papas na língua, aqui na internet não teria impedimento em escrever o que penso de Chico. Fou um belo instrumento da Rede Globo para alienar ainda mais esta sociedade apática e iludida. Lembro bem das palavras dele a respeito da possível vitória de Dilma: "Dilma pode não ser aceita nos EUA por ter sido terrorista"…A ideologia do patrão Globo fez lavagem cerebral nesse medíocre comediante. Jamais tive vontade de assistir seus programas como fã. Todos muito chatos e repetitivos. Feitos para o povão. Sem crítica inteligente. Apenas preocupação em ganhar dinheiro e servir de cabide de emprego para seus filhos tão ruins quanto ele. Foi tarde.

Armando do Prado

Discordo. Precisamos perder essa mania de perdoar os mortos. Esses senhor apoiou a ditadura e teve proximidade como o último ditador – Figueiredo. Além disso, permaneceu o tempo todo do lado do nefasto collor. Sem falar que em 2010 foi veículo de leivosias contra a candidata Dilma. Que o inferno lhe seja leve!

    Geysa Guimarães

    Armando, não seja tão implacável! Chico fazia parte de um sistema, sobrevivia dele e talvez acreditasse nele.
    Amigo de Figueiredo? Acho que ele foi é respeitado por Figueiredo, que afinal de contas não era tão bicho papão assim. Tem político muito mais autoritário e nefasto metido no Governo e até na Comissão da Verdade.
    Além do mais, Chico foi reconhecidamente bom caráter: amigo dos amigos, excelente ex-marido, pai maravilhoso e avô idem.
    E era um gênio, o Pelé do humor. Merece respeito.

    mfs

    A disputa sobre o significado do Chico vai continuar. Mas alguma separação entre a obra e o autor deveria ser feita, inclusive porque um autor nunca é dono dos efeitos de sua obra. Pessoalmente, Chico teve momentos ultra direitistas como quando afirmou que o problema de Brizola é que ele teria feito "escolas demais e presídios de menos". Mas se o Chico era de direita, é possível que a esquerda possa fazer triunfar leituras positivas de aspectos do seu humor. A arena está ativa.

    beattrice

    Com licença Geysa, esa fama de "bom general" do Figueiredo é fruto da Comissão da VERDADE inexistir neste país, nem o cavalariço dele certamente concordava com isso.

    Geysa Guimarães

    Comissão da Verdade, beattrice? Cujo relator foi o "bom guerrilheiro e bom senador" Aloysio Nunes?
    O homem que combatia a ditadura e instalou aqui na região a democradura, onde a Verdade só vale para os apadrinhados dele?
    Figueiredo era explosivo e era militar. Mas franco. E isso pra mim é enorme qualidade.
    Você e muitos outros aqui do pedaço são defensores do pensamento único. Não acho legal.

    beattrice

    Apoiou a ditadura e propiciou seu surgimento pois desqualificava sistematicamente o então presidente João Goulart.

    Geysa Guimarães

    Beattrice
    Nunca li nada sobre a ingerência de Chico na época de Jango.
    Tevê, nem pensar, não havia chegado aqui.
    Onde posso dar uma olhada nisso?

    Paulo Ribeiro

    Comparado a outros canalhas, Chico Anisio até foi inofensivo. Foi um artista de talento inegável, mas nada temos a lamentar. Aliás, não entendi este tema foi agendado pelo Azenha. Existem espaços mais apropriados para falar de sua obra. Se nada contribuiu para o combate à ditadura, tampouco foi ostensivo em suas opiniões. O fato de ter casado com a ex-ministra do Color aconteceu depois de sua saída do governo e foi um problema exclusivo seu. Não me lembro de seu nome ser incluído em casos envolvendo favorecimento ou corrupção. Concordo com a Geysa, acho que o Armando pegou pesado com o coitado.

    Pitagoras

    Correto. Hitler e outros também tiveram grande talento…para o mal!

    PedroCosta

    Assino embaixo!

    Pitagoras

    Idem, ibidem!

marcio gaúcho

Nico Bondade foi o personagem de Chico Anísio o qual eu mais admirei.
Retratava um idoso tentando um emprego, mas na iminência de consegui-lo, sempre aparecia um candidato mais jovem e bonito, que acabava com seu sonho. Dizia, ao final: " … não posso perder esse emprego!", com um ar de lamento e decepção.

maria rodrigues

Insubstituível o Chico das muitas faces, sobretudo por ter sido escritor, pintor, e até ator de teatro e televsão.
Só fiquei com o pé atrás em relação ao maior humorista brasileiro quando ele se casou com a bandida da Zélia, sempre negando que ela confiscou o dinheiro do povo. Tento relevar na medida em que desconheço o grau do amor que ele pôde sentir por aquela bruxa.
Enfim, a saudade de Chico há de permanecer, e ele, sem dúvida, será considerado um imortal.
Apenas pra observação, ontem vi uma entrevista de Chico Anysio no Rodaviva, de 1993, quando ele disse que adorava pintar, que tinha atelier em três estados, e que pintava em torno de uns 50 quadros todos os meses. É mole?

    Geysa Guimarães

    Ninguém é perfeito, né, Maria?
    Também torci o nariz quando ele se casou com a economista-doida do confisco.
    Mas ele acabou vendo a chata que ela era, ficou claro numa entrevista que deu ao Amaury Jr., já separados.

Helio.c75

Uma grande perda, Chico é inigualável. Mas o humor brasileiro conta com grandes figuras, como por exemplo o Marcelo Adinet, que não ira pra vala comum destinada aos Rafinha Bastos e assemelhados.

E S Fernandes

Não sei não. Tenho dúvidas sobre o falecido. Mas, justamente por ser dúvidas, não me manifesto.

Urbano

Realmente, o melhor humorista das últimas quatro décadas. Mas como ninguém é perfeito, houve um momento em que resolveu ser a piada, principalmente quando disse que a candidata Dilma Rousseff, se eleita, não poderia ir a alguns países, a exemplo dos Estados Unidos, pois poderia ser presa. Lavar as mãos, eu creio que não lavou. Logo, estava torcendo por zé contra-rampa, o mitômano. No entanto, por esse equivoco não deixará de ter sido um grande homem, um grande artista.

    pperez

    Chico foi um genio.
    Mas, no quartel general do PIG na Globo mesmo os genios ficam limitados pela ausencia de liberdade!
    Fica porem nossa imensa saudade para as alegrias que deu ao Brasil inteiro.

Alexandre

O texto é válido, mas é bom lembrar que o Chico Anísio, entre outras coisas, fez o seu "jovem" – seu personagem mais subversivo, se pensarmos bem – assumir o papel de salomé de passo fundo do Fernando Collor. Ele foi importante, mas é mais importante ainda manter o discernimento.
E realmente essa frase diz tudo: "Quadros do Instituto Millennium elegem o ódio de classe, a homofobia e a descriminação de gênero como mote para piadas grosseiras. (…) O que toma a cena como “humor político” nada mais é do que o fascismo que lhe sorri." É verdade. :

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