Dilma condena a suspensão da Venezuela do Mercosul: “Ato perigoso e irresponsável; mostra pequenez do Brasil”

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Pr Dilma e o pr da Venezuela Maduro, durante declaração a imprensa

Foto: Agência Brasil

Da Redação

Na última quinta-feira (1/12), Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai suspenderam a Venezuela do Mercosul.

Relatório da Secretaria do Mercosul disse que 238 normas estavam pendentes.  Alegou que Caracas não aderiu a acordos, como o Protocolo de Assunção (de promoção de direitos humanos) e o que permite a um cidadão de qualquer país do bloco viver em outro.

Neste sábado (03/12), a ex-presidenta Dilma Rousseff publicou a nota abaixo, condenando a medida:

A decisão de suspender a Venezuela do Mercosul, anunciada pelos governos do Brasil, Argentina e Paraguai, é um ato e precedente perigoso e irresponsável pois compromete a convivência entre as nações da América do Sul.

Só faz política externa com porrete e ameaças um país imperial. Nação democrática tampouco desrespeita a soberania de um país-irmão.

A justificativa para a retaliação é inconsequente porque dos 41 acordos dos quais é exigida a adesão da Venezuela, o próprio Brasil não ratificou pelo menos cinco deles. Outros países do Mercosul também não adotaram algumas dessas normativas.

A suspensão é um recurso extremo e inadequado. No entanto, não se pode esperar muito do governo ilegítimo que usurpou o meu mandato por meio de um golpe parlamentar travestido de impeachment.

A medida mostra a pequenez do governo do Brasil diante das exigências da América Latina.

Leia também:

Samuel Pinheiro Guimarães: O Brasil como fazendola dos EUA

 


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Comentários

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FrancoAtirador

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https://twitter.com/dilmabr
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MAAR

Correta a percepção externada pela Presidente Dilma no que se refere ao fato da decisão de suspender a Venezuela do Mercosul revelar a estatura diminuta do governo Temmer.

E vale acrescentar que a pretensa justificativa de razões “legais” para a suspensão do país caribenho no bloco comercial sul-americano não consegue camuflar as verdadeiras causas geopolíticas da medida restritiva, decorrentes da forte vinculação do ilegítimo governo brasileiro aos interesses do imperialismo predatório.

A causa principal subjacente à decisão de excluir a Venezuela do Mercosul é a danosa preferência dos governos direitistas do Brasil, Argentina e Paraguai pela adesão aos acordos comerciais com a UE e os EUA. E é fácil perceber que tais acordos com as potencias econômicas do hemisfério norte são avessos à integração latino-americana, que constitui o objetivo fundamental e a essência do Mercosul.

Além disso, a visão expressa por Dilma Roussef denuncia a mesquinhez e mediocridade da opção geopolítica do atual governo de fato, visto que a incapacidade da Venezuela no que tange ao cumprimento dos compromissos econômicos com o Mercosul decorre da adversa composição de forças existente hoje no poder legislativo venezuelano. E que a perspectiva de vir a ser inviabilizada a permanência da Venezuela reduz fortemente o potencial econômico e político do bloco, que com isso deixa de ser a 5º potência global.

Agora, resta à Venezuela a missão de utilizar com eficiência os canais diplomáticos para explicitar os motivos de ainda não ter sido possível aprovar as medidas legislativas que são necessárias para avançar na integração ao Mercosul. E, em paralelo, demonstrar as vantagens econômicas da permanência da nação venezuelana para o bloco comercial.

Ademais, cabe à Venezuela argüir o fato de que o alegado descumprimento de itens da Carta Democrática do Mercosul é consequência da postura agressiva e intransigente da raivosa direita venezuelana. E cabe também recordar a todos que o governo ilegítimo de Misshell Temmer é marcado pela imposição de retrocessos anti-sociais diametralmente contrários às propostas vencedoras das 4 eleições presidências anteriores ao impixe.

    lulipe

    Presidente??????

Nelson

Vejamos o que diz o documentarista cinematográfico australiano, John Pilger, no artigo “Eles provocam a guerra nuclear através dos media”:

“A absolvição de um homem acusado do pior dos crimes, o genocídio, não provocou manchetes. Nem a BBC nem a CNN cobriram isto. Só o Guardian permitiu um breve comentário. Uma tão rara confissão oficial foi enterrada ou ocultada, compreensivelmente. Ela explicaria demasiado acerca do modo como os dominadores do mundo governam.”

“O Tribunal Penal Internacional para a antiga Jugoslávia (ICTY, na sigla em inglês), em Haia, silenciosamente absolveu o falecido presidente sérvio, Slobodan Milosevic, de crimes de guerra cometidos durante a guerra da Bósnia de 1992-95, incluindo o massacre de Srebrenica.”

“Na notória “conferência de paz” em Rambouillet, em França, Milosevic foi confrontado por Madeleine Albright, a secretária de Estado dos EUA, a mesma que atingiu a infâmia com a sua observação de que a morte de meio milhão de crianças iraquianas “valeu a pena”.”

“Albright fez a Milosevic uma “oferta” que nenhum líder nacional poderia aceitar. A menos que concordasse com a ocupação militar estrangeira do seu país, com as forças ocupantes “isentas de processo legal” e com a imposição de um “mercado livre” neoliberal, a Sérvia seria bombardeada. Isto estava contido num “Apêndice B”, o qual os media deixaram de ler ou ocultaram. O objectivo era esmagar o último estado “socialista” independente da Europa.”

O artigo de Pilger pode ser lido em http://resistir.info/pilger/pilger_23ago16.html

Nelson

Sabujice, subserviência, bajulação. O governo Temer faz aquilo que o Império manda. Ele foi colocado lá para isso mesmo.

O governo de Maduro comete erros? Sim, da mesma forma que Chávez cometeu. Mas, engana-se quem ainda acredita que são os erros dos bolivarianos que preocupam os EUA. O problema são os acertos.

Assim, procurando cercar o país vizinho por todos os lados, o Império quer é fazer os venezuelanos recuarem do caminho que escolheram seguir, quando elegeram Hugo Chávez presidente em 1998.

O Império não aceita soberania, autodeterminação, liberdade. Se for preciso destruir e matar para evitar que um povo siga seu caminho, ele o fará.

Continua…

FrancoAtirador

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Enquanto a Maioria dos Países Declinam

no Processo Civilizatório da Humanidade,

Alguns Preservam a Dignidade Humana.

https://youtu.be/ZLvpwxtl0x8

https://t.co/csmKWgEJQp
https://twitter.com/woodstock_59/status/805111374330429440
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