Henrique Fontana: O financiamento das campanhas

Tempo de leitura: 7 min

Financiamento público vai baratear as campanhas, garante Fontana

da assessoria do deputado

O deputado Henrique Fontana (PT-RS) acredita que o momento político atual é  favorável a que se aprove a Reforma Política. Ele é o relator do projeto da reforma na Comissão Especial da Câmara e  propõe entre outras mudanças o financiamento público de campanha e o sistema misto proporcional para as eleições em todos os níveis. O deputado já concluiu o seu relatório, que no momento está aberto para receber sugestões dos parlamentares e dos mais diversos setores da sociedade. A votação do relatório na Comissão Especial está marcada para o próximo dia 21. Em entrevista, ele garantiu que o gasto do contribuinte com as eleições vai diminuir com o financiamento público.

O tema da reforma política é debatido há muitos anos no Congresso. Por que o senhor acredita que ela vai andar dessa vez?

Henrique Fontana – Sempre que falamos no assunto, há uma maioria bastante ampla da sociedade que deseja a reforma política. Ela quer porque sente que o sistema atual não é um bom sistema e que há sinais de exaustão claros. Sinto que existe maioria na Câmara a favor do financiamento público e o grande passo que estamos tentando dar agora é permitir que essa maioria se manifeste por meio do voto aprovando a reforma.

Quais são os principais problemas do atual sistema político do Brasil?

Fontana – Quando analiso a política brasileira hoje, quais sãos aos principais problemas que detecto? O primeiro deles é a força descomunal que tem o poder econômico para decidir o rumo que o país tomará. Segundo, uma política em que os partidos, programa, projetos, estão cada vez mais fracos e que as personalidades tomam conta da política.

E como resolver esses problemas?

Fontana – Os dois alicerces de mudanças que proponho: uma nova forma para votar, de escolher o parlamento e uma nova forma de financiar a política. Tenho a ideia de que a política é cada vez mais marcada pela potência econômica das candidaturas que vão substituindo o programa, projeto, a história de vida dos candidatos por uma eleição mais baseada na força do dinheiro. Ou seja, quem tem mais dinheiro tem mais condições de eleger e quem tem menos dinheiro, independentemente de quais sejam suas ideias e seus compromissos, fica fora de poder exercer um cargo político. Temos, no fundo, uma democracia, que não oferece as mesmas oportunidades a todos e é essencial que um pobre ou um representante de setores empobrecidos chegue a uma prefeitura, um parlamento. Por isso acredito que o financiamento público é a melhor alternativa.

Por que o financiamento público?

Fontana – Por três ou quatro motivos essenciais. O primeiro porque ele estabelece mais equidade entre os candidatos; segundo: ele oxigena a democracia porque permite que milhares de pessoas, que hoje não são candidatos por medo de não conseguir financiar sua campanha, consigam ser candidatos porque não terão mais o limitador do financiamento; terceiro: porque só é possível imaginar uma melhora se todos aqueles setores que têm interesses a tratar com a gestão pública fiquem de fora do financiamento de campanha. Do meu ponto de vista, perfeito não será. A influência do poder econômico pode eventualmente continuar por outros mecanismos, mas só mudando a forma de financiamento das eleições, o mecanismo tende a fortalecer a democracia. Quando tivermos no processo eleitoral a mesma impessoalidade que deve ter o gestor público no trato dos negócios públicos, vamos tirar dessas campanhas um governo que tenha mais independência, mais impessoalidade e mais legitimidade.

Hoje as campanhas estão cada vez mais caras. Como mostrar para o eleitor, para o contribuinte que é interessante o financiamento público?

Fontana – As campanhas passarão a ser mais baratas. Hoje, há uma lógica perversa. Como não há teto, quanto mais um partido ou um candidato arrecadar maior a chance de se eleger.  Há uma espécie de incentivo para encarecer as campanhas e agregar um volume enorme de materiais na rua, técnicas de marketing sofisticadíssimas que vão substituindo a análise do programa, história de vida, do projeto. Isso tudo vai sendo substituído pela potência econômica. O financiamento público estabelece um teto de gastos e corta essa perversidade. Hoje, se um candidato coloca 10 mil placas na rua, o outro candidato tem que correr atrás para colocar o mesmo número. É uma perversidade esse sistema, porque tende a um crescimento exponencial dos custos de campanha. Analisando os próximos 10 anos no Brasil, tem gente que diz que uma campanha de deputado federal vai custar mais do que a de um governador no estado de São Paulo há tempos atrás. Se essa escalada continuar assim, daqui a pouco a campanha para deputado federal vai custar R$ 5 milhões.

E quanto vai custar a campanha financiada com recursos públicos?

Fontana – Muitos setores, para derrubar o financiamento público, dizem que as campanhas são muito caras e, por isso, não poderiam retirar esses recursos do orçamento porque faria falta para um hospital, escola, para as estradas. Costumo responder a essa pergunta de duas formas: primeiro, hoje o povo brasileiro paga campanhas caríssimas sem saber que está pagando. Ou paga pela via legal, em que o financiador embute no preço do seu produto, legalmente, o que vai gastar com campanha.  Ou o povo paga pela via da ilegalidade, por meio de um conjunto de mecanismos de superfaturamento, redes de corrupção, tráfico de influência que busca de volta o recurso que foi colocado na campanha com ações de governo que beneficie esse doador no futuro. Já pagamos pelas campanhas e podemos pagar de maneira transparente, sabendo quanto vamos pagar, com muito menos dinheiro e com governantes muito melhores.

Como o financiamento público contribuirá  para acabar com as fraudes eleitorais, como o caixa dois de campanha?

Fontana – Dentre as vantagens, ela vai colocar um candidato fiscalizando o outro. Hoje isso é quase impossível. Com o financiamento público, se vejo que um candidato concorrente está inundando o estado de material de campanha, vou pressupor que algo pode estar errado.

Como vai funcionar o fundo que financiará as campanhas?

Fontana – Primeiramente, nenhuma empresa ou uma pessoa física poderá fazer doações diretamente para um candidato que defenda os seus interesses, essa linha é cortada definitivamente. Se uma empresa quiser fazer uma doação, o que espero que ocorra muito e que as empresas que doaram em 2010 doem em 2014, ela vai depositar o valor em um fundo que permitirá que se use menos verbas orçamentárias.

Qual será  o valor para financiar as campanhas?

Fontana – No projeto não será estipulado nenhum valor. Quem vai propor o valor absoluto será a Justiça Eleitoral em 2013. Não há essa previsão de propósito porque primeiro vamos discutir qual é o melhor sistema: público ou privado. Porque acredito que não tem meio termo e o povo brasileiro tem que decidir por um dos dois sistemas. O financiamento privado gera mais ou menos corrupção? Respondo, com segurança, que o financiamento privado gera mais corrupção. Seria errado dizer que com o financiamento público não existirá mais corrupção, mas, com certeza, posso dizer que no financiamento privado tem mais corrupção.

A sua proposta beneficia os grandes partidos?

Fontana – Não. Infelizmente, todos os partidos já enfrentaram problemas ao longo da história recente com o financiamento privado de campanha. Com isso, os partidos se desgastam e a sociedade passa a confiar menos na política. Quanto menos a sociedade confia na política mais fraca é a democracia e isso não é bom para o Brasil. Digo que a nossa proposta não beneficia os grandes partidos.  Um partido que está no poder, como o PT, tem mais facilidade de conseguir arrecadar do que o que não está.  Estou propondo porque quero uma política melhor e os partidos que se organizem para disputar o tamanho que eles vão ter conforme a vontade do eleitor.

O senhor também propõe mudar o modo do eleitor escolher seus representantes?

Fontana – Optei pelo sistema proporcional misto porque é um sistema em que o eleitor vai ter o direito a dois votos. A minha frase é de que estamos qualificando e ampliando o direito de voto do eleitor. Além de o eleitor continuar escolhendo o seu deputado, estamos proporcionando que ele escolha um partido, um projeto político e uma lista de candidatos.

Qual é a vantagem do voto proporcional misto?

Fontana – O eleitor vai poder qualificar o voto. Se tiver um nome na lista que ele ache ruim, ele descarta toda a lista. A vantagem do voto na lista, é que é um voto mais completo. No sistema atual, do voto nominal, o eleitor vota em João, que faz parte de uma mesma chapa de Maria. Maria é uma pessoa que ele não gosta, e o eleitor, indiretamente, está votando em Maria porque ela faz parte de uma mesma chapa. No sistema de lista o partido vai ter que analisar a qualidade de toda a sua lista sob pena de perder o voto todo do eleitor. Porque se colocar alguém que o eleitor não suporta naquela lista, ele poderá descartar a lista inteira.

O eleitor terá  que votar duas vezes?

Fontana – O voto será dado no mesmo dia. O eleitor vai entrar na cabine de votação e ela vai oferecer a primeira pergunta: presidente da República, governador. Já para deputado federal vai haver a pergunta de qual partido ou lista é de sua preferência. Ele vota no número do partido. A seguir, a urna vai oferecer qual deputado da preferência dele. Ele pode votar em qualquer deputado que queira, com toda liberdade, mesmo que eventualmente seja de um partido diferente do que tenha escolhido apoiar na lista. A soma desses dois blocos de voto que vai dar o tamanho proporcional desse partido.

O senhor também propõe o fim das coligações nas eleições proporcionais, para deputados federais, estaduais e vereadores.

Fontana – Por meio de uma emenda constitucional estamos propondo o fim das coligações nas eleições proporcionais porque hoje existe o voto em lista e o eleitor não sabe. Hoje ele vota em um ambientalista e pode eleger um ruralista porque os dois podem compor a mesma aliança de partidos nos estados. O eleitor está votando com o desejo de reforçar a visão ambiental no parlamento, o candidato dele não se elege, mas o voto ajuda a eleger um ruralista. O eleitor vota em um evangélico e elege um ateu. A vontade do eleitor é fraudada com esse tipo de eleição que existe hoje.

Como o senhor pretende estimular a participação popular com a sua proposta?

Fontana – Queremos ampliar as iniciativas populares, a exemplo do que foi o Ficha Limpa. Na nossa proposta, com 500 mil apoios a sociedade vai poder colocar um projeto de lei em tramitação no Congresso Nacional e com 1,5 milhão de assinaturas vai poder propor uma emenda constitucional, o que hoje é proibido. Hoje não há possibilidade de PEC originária de iniciativa popular. Também estamos propondo que as redes sociais possam ser usadas para coletar assinatura para essas propostas.

Pode ser fraudado? Pode, mas no sistema de hoje, em que as assinaturas são colhidas na esquina, não se confere a legitimidade das assinaturas. Quando a identificação biométrica estiver implantada ele dará mais confiabilidade ao sistema.

A proposta do sr prevê  mudanças para a suplência no Senado?

Fontana- Entendemos que o suplente de senador deve ser alguém que passou pelo crivo do voto popular. Dessa forma, estamos propondo que quando houver a necessidade de um suplente assumir, porque o titular passou a ocupar algum cargo no governo do estado ou no federal, ou ainda, por motivo de saúde, que esse suplente seja o deputado mais votado do partido do senador e do mesmo estado. Ou seja, acaba com a figura do suplente. Em caso de morte, o procedimento será semelhante.  Quando um senador falecer, assumirá o deputado do mesmo partido e do mesmo estado e permanecerá no posto até a realização das próximas eleições.

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Comentários

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luiz pinheiro

Para mim, o financiamento público exclusivo das campanhas eleitorais é a "prova dos nove". É a proposta que democratiza a representação política e combate a corrupção e o abuso do poder econômico. Nosso Congresso Nacional atualmente representa efetivamente o povo brasileiro? Nós nos sentimos representados por ele? Acho que não, embora existam bons deputados, como é o caso do Fontana. E por que não? Porque a maioria dos congressistas é financiada apenas por interesses privados, muitos dos quais escusos. O financiamento público é que pode transformar essa "democracia" de negociatas numa democracia de fato cidadã.
Democracia é coisa séria, merece financiamento público.

FrancoAtirador

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Senado Federal
COMISSÕES / DIREITOS HUMANOS
22/08/2011 – 16h25

Bancada de 'deputados empresários' barra projetos pró-trabalhadores, diz assessor do Diap

Durante a audiência pública que o Senado realizou nesta segunda-feira (22), o assessor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) André Luís dos Santos afirmou que diversos projetos favoráveis aos trabalhadores enfrentam dificuldades para serem aprovados no Congresso, especialmente na Câmara dos Deputados. Ele disse que isso acontece porque há uma "bancada empresarial" naquela Casa. E citou alguns exemplos de propostas cuja tramitação estaria "parada".

– Temos perdido várias batalhas, especialmente na Câmara, que tem uma bancada formada por uma maioria de empresários – declarou André.

MAIS DA METADE DOS DEPUTADOS FEDERAIS SÃO EMPRESÁRIOS

Segundo o representante do Diap, do total de 513 deputados federais, 273 são empresários, enquanto 91 estão vinculados à "bancada sindical".

Como exemplos de projetos que ele considera importantes e que tramitam na Câmara, André citou o PL 6.706/09 (no Senado, foi aprovado como PLS 177/07), de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS). Essa matéria proíbe a demissão do empregado que concorrer a vaga em conselho fiscal de sindicato ou associação profissional. Ele destacou ainda outro projeto de Paim, o PL 3.299/08 (no Senado, aprovado como PLS 296/03) que acaba com o fator previdenciário.

André lembrou ainda da Proposta de Emenda à Constituição 438/01, mais conhecida como PEC do Trabalho Escravo, "que é mais voltada para o setor rural, mas também tem importância para o setor urbano, como o demonstram as recentes denúncias de trabalho escravo na cidade de São Paulo". Essa PEC foi aprovada pelo Senado em 2001, quando passou a tramitar na Câmara.

– O Congresso só funciona sob pressão. Por isso, é necessária pressão social para aprovar tais matérias – reiterou André, acrescentando que, no caso do fator previdenciário, "o movimento sindical tem de pressionar o próprio governo".

Essa audiência pública – na qual também se discutiu a situação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) – foi solicitada por Paulo Paim, que é presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado (CDH). Durante a sessão, várias lideranças sindicais – como Lourenço Ferreira do Prado, do Fórum Sindical dos Trabalhadores, e Warley Martins, presidente da Confederação dos Aposentados e Pensionistas do Brasil – defenderam a CLT e criticaram as propostas que visam alterá-la para "flexibilizar" os direitos trabalhistas.

Ricardo Koiti Koshimizu / Agência Senado

http://www.senado.gov.br/noticias/bancada-de-depu

Fabio_Passos

A falta de politização do debate é que dificulta a aprovação da população ao financiamento exclusivamente público de campanha.

A mídia-corrupta – veja / globo / estadão / fsp – nada faz para esclarecer seus leitores… que são tratados como imbecis!

Pelo contrário. Os safados – civita / marinho / frias / mesquita – também tem o rabo preso nas mãos dos corruptos que compram políticos.

O caso do mafioso Daniel Dantas, por ex.
A veja, fsp, estadão e a globo defenderam o ladrão de dinheiro público porque participaram do roubo.

Roberto

A verdadeira solução para as campanhas políticas é a proibição de gastos! Sim, isto mesmo, a PROIBIÇÃO DE GASTOS. As campanhas políticas teriam que ser feitas PESSOALMENTE, com os candidatos e "assessores' bateno de casa em casa e conversando com os eleitores, realizando reuniões com associações de moradores e fazendo comícios em locais cedidos pelo poder público. Os canais de TV DEVERIAM ceder algo como 10 segundos para cada candidato se apresentar na TV, com produção idêntica para cada um (mesmo cenário).
Financiamento público é PIADA DE MAL GOSTO, pois a corrupção e o financiamento privado VAI CONTINUAR. Ou alguma empreiteira já foi punida até hoje?

    Bonifa

    Não é. É o financiamento público de campanhas e a elevação do caixa dois à categoria de crime hediondo e inafiançável. O Brasil vai avançar, não poderá mais ficar atrelado a esta cornucópia nauseabunda de corrupção.

    cronopio

    Roberto, desculpe, mas suas propostas são completamente estapafúrdias. Não sei nem por onde começar a responder. Bom, começo perguntando se você acha que 10 segundos são tempo suficiente para expor um projeto de governo. Além disso, como você espera que candidatos que não possuem fortuna pessoal concorram sem financiamento público? A questão é o valor desse financiamento. Ou você acha que apenas os ricos podem concorrer a cargos públicos?

    Silvio I

    Roberto:
    Contestando aqui a Roberto, vou a tratar também a quase todos os que aqui têm expressado suas idéias. Nos não estamos em um bairro de 500 pessoas. Nos temos cidades com 15 milhões de habitantes.Tampouco existe um partido único.Em Cuba onde existe o partido único, a campanha política não custa um tostão.Primeiro ninguém se lança a candidato, são os vizinhos que propõem alguém, para ser deputado.Ai colocam uma folha no azougue, com a foto e informações do candidato, também no bar, o outros tipos de comércios, o povo se informa, e no dia da votação elegem.depois existe outros tramites mais.Mais nos não estamos em Cuba.Nos temos partido para umas eleições parecidas, com as norte americanas que são um verdadeiro carnaval, e que realmente custam uma grande fortuna.Você diz que as campanhas com dinheiro do estado, e uma piada de mal gosto.Vejamos suponhamos que damos a cada candidato 1 milhão de reais,e que o estado ao todo gaste 50 bilhões.Isso da 5000 candidatos em todo o Brasil.Me parece o número exagerado de candidatos,mais sô para colocar um exemplo.Agora a candidatura paga por empresas e construtoras.Elas se vão a refazer do dinheiro empregado. Em cada obra, em cada venda, em tudo, vai existir um superfaturamento, que ninguém sabe quanto vai a custar, ao povo. Veja o que custa uma hidroelétrica, si colocamos um 20 % e pode ate ser maior, a mais a quanto já se elevou o custo, um porto, uma estrada, uma Linha de AT, uma creche, uma escola um conjunto habitacional. Ai o custo será alto de mais. ( Existem informações que as comissões tem chegado ao 30% da obra.Imagina quanto poderá ter sido o superfaturamento,porque a construtora não vai a ficar sem lucro) Você acredita que da forma que está, não esta custando de mais?Convido para fazer umas pequenas operações matemáticas.

    Silvio I

    Completando com a última informação O prejuízo no Ministério do Transporte pode chegar a 648 bilhões. Isso sô nesse ministério, e o resto? Da para beber uma cerveja! Agora quisera saber que se vai a fazer com os responsáveis. Os corruptos e os corruptores.

Rafael

É uma deformação da democracia, um desvio o financiamento público ou seremos tolos a ponto de achar que uma empresa ou um pessoa coloca milhões em uma campanha sem esperar nada em troca e se faz isso já é corrupção, não vai se obter nada se não for de maneir ilicita. Não há justificativa plausível para financiamento privado de campanha. Exemplo os eua que a democracia virou um leilão, quem paga mais lva o presidente.
Senhores temos que estar atento para a campanha mentirosa e manipuladora para questão do voto distrital. Isso é um golpe de estado praticamente. O que realmente preciisa urgentemente mudar é o voto secreto e o foro privilegiado. Isso sim nós temos que mudar.

Bonifa

"Em entrevista, ele garantiu que o gasto do contribuinte com as eleições vai diminuir com o financiamento público." Isto ele não precisava garantir, a economia para o país será infinitamentamente superior, incalculável até. Mas o mais importante será a mudança estrutural de patamar da Democracia. Deixar-se-á de ser oficialmente neoliberal e isto não é pouca coisa. É pela via do financiamento privado que as castas da elite se eternizam no poder, gerando um odioso conservadorismo que inclui a conservação das seculares injustiças. Com a permissão seus afilhados políticos, elas colocam nos tesouros públicos ventosas de sucção que sangram permanentemente a população em forma de favorecimentos semi-legais.

    cronopio

    É isso mesmo, Bonifa, e se essa proposta entrar em discussão, vamos assistir a uma verdadeira cruzada do PIG para tentar boicotar a inciativa. Esse é certamente um dos nós que o governo precisa desatar o quanto antes.

    Bonifa

    Acredito até que este seja o maior nó. O nó central. A grande encruzilhada onde o país poderá escolher se será verdadeiramente democrático ou se continuará a repetir o modelo fraudulento de democracia que está esgotado e que levou o Mundo inteiro para a beira do precipício.

jnascimento/PR

Enquanto não sai dos gabinetes a tal reforma, seria um bom momento para a mobilização no sentido
de bloquear os bens dos corruptos que nos representam.
Sairiam menos ricos e punidos em casos de corrupção.Duvido que algum deles ousaria debochar do povo com fazem desde sempre.

    Silvio I

    jnascimento/PR:
    Você me pode informar como vai conseguir fazer isso. Não observou que a justiça esta atrelada a os políticos, e os políticos a justiça!Os altos cargos na justiça são nomeados pelo presidente de turno quando se produz uma vaga. As listas que são elevadas ao presidente já vêm com interesses políticos embutidos. Em as demais varas mais o menos ocorre o mesmo. Um juiz chega a desembargador porque tem algum padrinho na jogada.Isto não quer dizer que sejam todos, mais isso ocorre. Tem-se que modificar o judiciário, seus códigos, e se fizer a reforma política.

Corruptores, os grandes ausentes do debate | Viomundo – O que você não vê na mídia

[…] Henrique Fontana: Uma proposta para a reforma política […]

Marcelo

Isso só pode ser piada , coloca mais dinheiro nas capamnhas(publico) , não combate o caixa dois , e ainda nos obriga a votar em lista , fala serio deputado .

    cronopio

    Como "mais" dinheiro? A ideia é justamente estipular um teto e frear a escalada dos gastos eleitorais. O dinheiro que as empreiteiras colocam nas eleições sai dos cofres públicos quando elas vencem licitações fraudulentas (hoje, praticamente todas). O que você sugere? Deixar tudo como está?

    Bonifa

    Não é piada, como a imprensa corrupta fez você acreditar. A política não é uma coisa nojenta, como ficou parecendo ser por conta dos políticos neoliberais que querem se dar bem a todo custo e estão se lixando para o país. É a mais nobre atividade humana, e não pode ser vilipendiada por ladrões e traidores. Para que isto não aconteça, tudo o que o tesouro nacional puder gastar, para retirar a influência maligna dos endinheirados (não apenas empresários mal intencionados, mas também bandidos endinheirados de toda espécie) sobre a atividade política, será pouco, muito pouco. Um novo e mais limpo Brasil nascerá.

joão33

A reforma política deveria buscar em primeiro lugar a democracia real, como centro deveriamos votar em um programa de governo que obrigatoriamente deveria ser cumprido e o povo que elegeu tambem poderia retirar o politico que não está atuando a favor do programa eleito , as campanhas ficariam muito baratas , pois o gasto ficaria na elaboração dos programas e sua divulgação e a oposição restaria fiscalizar a execução do programa.

cronopio

Agora sim um texto interessante, que propõe uma mudança estrutural, não aquele ti-ti-ti de lavadeira sobre escândalos de corrupção que o PIG adora. Posso estar enganado, mas acho que não veremos muitas manifestações "trollísticas" por aqui. Embora esse projeto ainda deixe algumas frestas por onde os interesses monopolistas certamente passarão, é um grande passo na direção do fortalecimento do processo democrático no país. Se fosse convocada uma manifestação em prol da aprovação desse projeto, eu não pensaria duas vezes. Agora, não resta dúvida de que os grupos de grande capital farão de tudo (entenda-se, de tudo mesmo) para que esse projeto não seja aprovado. Esse deveria ser o rubicão de um movimento contra a corrupção, e não os interesses particulares da família Civita.

    Silvio I

    cronopio:
    Isso vai dar conversa para muito tempo. Não acredito que saia já.Sairá com uma Assembléia Constituinte para tratar da reforma política,fiscal e agrária.Antes de isso vai ser muito difícil.

    cronopio

    Até lá ficamos reféns da retórica de lavadeira do PIG, multiplas caras.

    cronopio

    Silvio, não chamei você de múltiplas cara, foi uma brincadeira com o nick do "multiplus", ok? Até porque concordo com seu posicionamento.

Klaus

O jornalista até tentou, mas o ilustre deputado fugiu de responder sobre valores. Bilhões de reais assustariam a população, de certo. Esta história de um candidato fiscalizar o outro é piada ou é sério???rs

    cronopio

    Agora fica claro a quem interessa manter a corrupção…

    cronopio

    Como o Klaus não elogia a corrupção (inevitável quando o financiamento vem de empresas que disputam licitações) é bastante óbvio que considera que o cidadão precisa ser rico para candidatar-se a um cargo político. Opinião que ele, segundo a premissa da liberdade de expressão, tem todo o direito de sustentar, o equívoco é chamar a isso de democracia. Um sistema no qual apenas os ricos podem governar não deve chamar-se democracia, pois isso vai contra a etimologia da palavra. O sistema defendido por Klaus se chama "oligarquia". Peço ao colega Klaus que leve em conta essa pequena correção conceitual em sua cruzada em defesa da oligarquia. Para maiores esclarecimentos, consultar a etimologia dos vocábulos em um dicionário.

    Klaus

    Já o sistema defendido pelo ilustre deputado se chama "hipocrisia".

    cronopio

    "Hipocrisia", caro Klaus, não é um sistema, mas um vício. Bem como a ignorância. Consulte o dicionário, por favor.

    Fabio_Passos

    Leitor de veja = defensor da corrupção

luiz pinheiro

Essa reforma é essencial para o Brasil. Democratiza a representação parlamentar, com reflexos positivos para todas as demandas populares. Democracia é coisa séria e merece sim investimento público. Não podemos continuar com esse sistema político no qual as empreiteiras, os bancos, as grandes empresas decidem quem vai ou quem não vai nos representar no Congresso Nacional. E essa idéia dos dois votos, um no partido outro no candidato, parece muito boa. Torço pelo avanço desse projeto.

Silvio I

Parece-me bastante interessante, mais existem alguns detalhes que devem ser modificados. Por exemplo, ele diz que o deputado pode pertencer a outro partido. Isso e continuar mantendo o mesmo jogo, que existe na atualidade.Tem que ser obrigatório de votar em o deputado, do mesmo partido.Desta forma não se fortalece o partido, e os partidos devem ser fortalecidos.Si não o governante,não tem o apoio político da bancada a qual ele pertence,e se ganhou a eleição,tem que ter maioria nas câmaras.Da outra forma vamos sempre a continuar governando na base dos conchavos políticos,a efeitos de conseguir o apoio.Aqui não existe um o dois partidos políticos são 29.E o povo não conhece nenhuma plataforma de governo, de nenhum de eles.Também diz que se pode permitir a doação.Negativo não deve existir doação de particulares, nem de empresas.Isso e sempre deixar uma ranhura, que se transforma em um rombo.

    cronopio

    Concordo em gênero, número e grau.

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