Com 44 votos, 28 de investigados, Aécio Neves retoma o mandato; panelaços não são ouvidos em todo o Brasil

Tempo de leitura: 2 min

Brasília – O presidente interino Michel Temer durante cerimônia de posse aos novos ministros de seu governo, no Palácio do Planalto. À esquerda, o senador Aécio Neves (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Da Redação

Por 44 votos a 26, o Senado Federal rejeitou a decisão do Supremo Tribunal Federal e devolveu o mandato ao tucano Aécio Neves.

Ele precisava de 41 votos; 28 dos senadores que votaram para livrar Aécio estão sob investigação.

A decisão confirma o roteiro descrito em conversa gravada pelo agora presidente do PMDB, o senador Romero Jucá: um acordão nacional, com o STF, com tudo.

A devolução do mandato a Aécio abre caminho para que o PSDB salve, pela segunda vez, o usurpador Michel Temer, que enfrenta no Congresso uma nova denúncia da Procuradoria Geral da República.

Fecharam questão em defesa de Aécio as bancadas do PMDB, PSDB, PR, PP, PRB, PTC e PROS.

Dez senadores não compareceram, sendo que cinco se posicionaram pela devolução do mandato a Aécio e cinco contra.

“Alguém tem dúvida do acordão?”, escreveu no twitter o senador Lindbergh Farias, do PT. O partido votou de forma unânime para manter a decisão do STF que afastou Aécio do mandato e determinou que ele ficasse longe das baladas.

Aécio foi gravado pedindo R$ 2 milhões em propina ao empresário Joesley Batista. A Polícia Federal filmou a entrega das malas de dinheiro.

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A possibilidade de Aécio retomar o mandato só foi possível depois que o STF, por 6 a 5, com o voto decisivo da presidente Carmen Lúcia, decidiu que caberia, sim, ao Congresso, revisar as decisões da corte sobre punição a parlamentares.

Em recente carta aberta a Carmen Lúcia, o colunista do Viomundo Marco Aurélio Carone descreveu a intimidade que a agora ministra teve com a carreira de Aécio em Minas. Sem trocadilho.

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