Subprocuradora-geral quer saber por que o MEC pediu os nomes dos alunos de escolas ocupadas

Tempo de leitura: 2 min

Fátima Bezerra e Deborah Duprat

Fátima Bezerra, Gleisi Hoffmann, Vanessa Grazziotin e senador Lindbergh Farias participaram da reunião com Deborah Duprat

Da Redação

Em defesa dos estudantes da rede pública que participam do movimento de ocupação das escolas em todo o País, as senadoras Fátima Bezerra (PT-RN), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) reuniram-se, na tarde dessa terça-feira (25/10), com subprocuradora-geral da República, delação de estudantes de escolas ocupadas. Ela é responsável pela Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão.

Deborah Duprat decidiu encaminhar pedido de informações ao Ministério da Educação (MEC) sobre ofício enviado na semana passada aos gestores de institutos federais, determinando que indiquem os nomes dos estudantes das escolas ocupadas.

Ela quer que o ministro Mendonça Filho (DEM-PE) esclareça o motivo da identificação dos estudantes.

Na segunda-feira (24), 18 senadores de diversos partidos protocolaram representação no Ministério Público do DF, solicitando anulação do ofício.

Para os senadores, a medida do MEC visa a coibir o direito de livre manifestação dos estudantes, que protestam contra a MP 746 (propõe a reformulação do Ensino Médio), a PEC 241 (congela os gastos sociais por 20 anos) e o projeto de lei que institui a Escola sem Partido, já apelidado de Lei da Mordaça.

“A delação é uma medida autoritária e inadmissível em uma democracia, especialmente no ambiente escolar, onde as negociações devem se pautar no diálogo e no respeito a pensamentos diferentes. Estes meninos discordam das ações do governo que, na opinião deles – e nossa também -, colocam em risco a qualidade da educação brasileira”, destaca a senadora Fátima Bezerra.

Além dela, assinaram a representação Roberto Requião (PMDB-PR), Lindbergh Farias (PT-RJ), Humberto Costa (PT-PE), , Kátia Abreu (PMDB-TO), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Reguffe (Sem partido-DF), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Lídice da Mata (PSB-BA), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), João Capiberibe (PSB-AP), Regina Sousa (PT-PI), Paulo Rocha (PT-PA), Cristovam Buarque (PPS-DF), Gladson Cameli (PP-AC) e Paulo Paim (PT-RS).

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Comentários

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Edgar Rocha

O que pretende o MEC? Mandar todos os “de menor” pra Fundação Casa? Só faltava essa: um DOPS versão matinê.
É que um aviãozinho do tráfico não é mais perigoso ao sistema do que um jovem lutando por seus direitos. Saudades dos anos 80, quando eu quase fui expulso por panfletar na porta da Escola a favor de meus professores durante a greve do Jânio. Filhinho de papai tacava bomba na escola e não levava nem advertência (coisa de menino, né? Quem nunca?). A ordem era mantida com muito hasteamento de bandeira, ordem unida, fila pra entrar na sala e grito de professora sacana que levava aluno pra bater no banheiro.
Nunca pensei que fôssemos retroceder àqueles tempos, que tivesse ainda algum setor da sociedade disposto a submeter nossos jovens a este tipo de atuação educacional. E pior, pelos comentários anteriores, tá cheio de profissional dando o maior apoio ao governo. Vergonha! Tenho 44 anos e com certeza muitos destes professores estudaram no mesmo período que eu. Já havia bons e maus exemplos a serem seguidos. A escolha destes profissionais denota o extrato social de que vieram e que tipo de aluno foram. Alguns, até mais jovens apoiando este absurdo. Nossos meninos são herois. A luta deles é muito mais ferrenha porque a expectativa é muito maior. Infelizmente, em muitas escolas da periferia, controladas ou contaminadas pelo crime organizado, não se pode esperar tal engajamento. Aqui em Itaquera tem uma unidade, pelo menos, que está tão dominada que ninguém tem por ela qualquer expectativa há muito tempo. Houve tempo em que o caseiro (um mano do “movimento”) tinha autorização pra cancelar aula de educação física pra usar a quadra pra exercitar seus cachorros. Pode uma coisa destas??? A rede educacional está numa situação em certas regiões que extrapola qualquer análise sobre má formação profissional, conservadorismo ou abandono. É bandalheira da grossa. Assim como na segurança pública, parece que o sistema escolheu a dedo e alavancou a carreira de profissionais totalmente “adaptáveis” à prática política adotada pelo governo: uma espécie de “coalisão” na versão tucana. Muito mais grave do que os acordos com o PMDB. Acabamos nesta colheita do mal que estamos vivenciando. A diferença é que o resultado não é a traição dos aliados ao governo, mas seu apoio incondicional ao projeto governista do Alckmin.O alento é que parte de nossos jovens e alguns abnegados na educação têm nadado contra a corrente o quanto podem. A certeza que temos é que, independente do resultado final, a vitória está garantida: a experiência cidadã destes jovens será um aprendizado precioso pra eles e um legado para o país. Ao menos uma ala dos educadores anda fazendo sua parte e muito bem feita.
Meus respeitos a todos,

Jose Fernandes

Denuncia: Nas reuniões de Pais na escolas ocupadas, os diretores estão orientando pra que os Pais não apoiem os seus filhos nas ocupações ,com ameaças de que eles irão repetir de ano.

FrancoAtirador

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https://twitter.com/uneoficial/status/791370229003743232
https://twitter.com/tassiacriss/status/791437531611074565

Uma Moça Estudante Paranaense
que Pensa e Possui Senso Crítico.

Tá com Medo Dela, Mendoncinha?
Mandará Prendê-la ou Irá Matá-la?

https://twitter.com/hashtag/AQuemPertenceAEscola?src=hash
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Luiz Carlos P. Oliveira

Quem pediu a relação dos alunos foi o Alexandre Frota. Talvez o troglodita pense em “descer a lenha” nos estudantes. Esse país saiu dos trilhos. É um trem desgovernado serra abaixo.

    Robson Dias

    Serra abaixo. Você disse bem. Temerária a situação.

FrancoAtirador

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Fascínoras da Gang do Katupiry estão Aterrorizando @s Estudantes que Ocupam Escolas.

http://www.esmaelmorais.com.br/2016/10/richa-organiza-milicias-fascistas-para-desocupar-900-escolas-no-parana/
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