Capez arquiva pedido de impeachment contra Alckmin por “reorganização escolar” disfarçada

Tempo de leitura: 2 min

Alckmin e Capez

por Conceição Lemes

Desde essa terça-feira, 3 de maio de 2016, estudantes secundaristas ocupam o plenário da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).

Exigem a instalação imediata de CPI para apurar o esquema de fraude na merenda escolar. Entre os investigados, o deputado Fernando Capez (PSDB), presidente da Casa.

CapezPois os estudantes têm mais este ponto para cobrar de Capez.

Ele mandou arquivar o pedido de impeachment do governador Geraldo Alckmin (PSDB), protocolado na Alesp, em 1º de março de 2016, Felipe Meinberg Gini. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Poder Legislativo de 30 de abril de 2016. Confira ao lado.

O pedido foi por Alckmin descumprir a decisão judicial, que determinou a suspensão da chamada “reorganização escolar”.

O empresário baseou-se em alerta da Apeoesp, que, em 4 de fevereiro de 2016, denunciou a “reorganização disfarçada” na rede estadual de ensino (veja a nota no pé deste post). Até aquele momento, somavam 594 classes fechadas.

Levantamento posterior da Apeoesp, feito em 26 de fevereiro de 2016, revelou 1.412 escolas fechadas (veja tabela no final)

No pedido, o empresário justifica:

“A presente demanda tem o intuito de apurar e impor sanções ao governador do Estado de São Paulo pela prática de crimes de responsabilidade no exercício do atual mandato, em virtude do desrespeito ao livre direito de manifestação, descumprimento de ordem judicial e descumprimento de lei federal, todos relacionados com a denominada “reorganização escolar”.”

Questionado pela Fórum, Felipe Meinberg Gini reconheceu que o seu gesto, “a priori, foi simbólico, sim”. Afinal, a decisão para ser analisado pelos deputados dependeria do presidente da Casa, o também tucano Fernando Capez, envolvido no esquema de fraude da merenda.

Não deu outra. Capez mandou arquivar imediatamente o pedido de impeachment de Alckmin.

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Governo Estadual fecha classes e realiza “reorganização disfarçada” na rede estadual de ensino

Informações obtidas pela APEOESP em 33 regiões confirmam o fechamento de 594 classes até o momento (4 de fevereiro de 2016)

da Apeoesp

“A APEOESP vem recebendo informações de suas subsedes a respeito de classes fechadas, fechamentos de turnos, recusa de escolas em receber matrículas, embora haja demanda, e outros problemas que, para nós, indicam que a Secretaria Estadual da Educação está promovendo uma “reorganização disfarçada” das escolas estaduais.

O Governo Estadual está impedido de implementar a reorganização da rede estadual de ensino por força de decisão judicial, que o obriga, ainda, a promover debates com ampla participação popular sobre a educação pública estadual em 2016.

O levantamento realizado até o momento aponta o fechamento de 594 classes, considerando informações de apenas 33 regiões do Estado, entre as 93 subsedes da APEOESP (veja anexo), o que significa que o número de classes fechadas pode ser bem maior.

O Sindicato está coletando dados junto às demais regiões para agregar informações de todo o Estado. Lembramos que em 2015 houve o fechamento de pelo menos 3.390 classes, de acordo com o levantamento que a APEOESP realizou à época.”

 

Fechamento de Classes e Turnos e Transferências Compulsórias by Conceição Lemes


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Urbano

Ali são os capazes de sempre…

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