Priscila Silva declara guerra aos chavões preguiçosos da rede

Tempo de leitura: 5 min

A estupidez da Veja corrói mentes, diz o Viomundo

O problema não é o Brasil. É você

por Priscila Silva, em seu blog

Toda vez que um assunto polêmico surge na mídia, viraliza nas redes sociais e chega às rodas de amigos, reuniões de família e mesas de bar, começam a pipocar, por toda parte, juízos de valor genéricos a respeito “do Brasil” e “do povo brasileiro”.

Essas “análises”, que estão em alta no atual período pré-Copa, costumam ser, mais especificamente, materializadas na forma de chavões babacas mais antigos que a minha avó: são os famosos “só no Brasil”, “isso é Brasil!”, e, ainda, o clássico e meu preferido “o problema é a cabeça do brasileiro” (que também pode aparecer na carinhosa versão “o povo brasileiro é burro”).

Que a internet e os círculos sociais estão recheados de ideias idiotas, preconceituosas e desprovidas de qualquer senso lógico ou nexo com a realidade não é novidade.

O problema aqui é que as pérolas pertencentes à categoria “Brasil é uma merda porque é uma merda, e eu não tenho nada a ver com isso” não vêm sendo enquadradas como apatia mental, como deveriam, mas como demonstração de revolta consciente e politizada “contra tudo que está aí”.

Um quarto dos brasileiros acha que uma mulher de shortinho merece ser estuprada? “Isso é Brasil!”. A Petrobrás fez um mau negócio em Pasadena? “Brasil, né?”. Algumas obras da Copa do Mundo atrasaram? “Só no Brasil mesmo!”.

Não. Não. E não. Na verdade, esse tipo de pensamento vazio, reducionista e arrogante empobrece o debate dos problemas que estão por detrás dos acontecimentos (que acabam sendo levianamente rotulados como “coisa do Brasil”), além de estimular e legitimar uma atitude resignada e egoísta ao melhor (ou pior) estilo Pôncio Pilatos (“lavo minhas mãos, porque a merda já estava feita quando eu cheguei aqui”).

“Só no Brasil”? Não.

Em primeiro lugar, vale uma pesquisa prévia a respeito do assunto sobre o qual se está emitindo opinião: será mesmo que o Brasil é o único país a enfrentar esse problema específico que você conheceu superficialmente através do link que seu amigo compartilhou no Facebook? Pode ter certeza que, em 99% dos casos, a gente carrega o fardo junto com mais algumas dezenas de países (se não com todas as nações do planeta), ainda que ele pese mais ou menos conforme o caso.

E não estamos falando apenas de países considerados “mais atrasados” e “menos civilizados” que o Brasil.

Tem corrupção na Europa, os Estados Unidos mal possuem um sistema público de saúde, o racismo segue forte em diversos países “desenvolvidos”, e a Inglaterra é descaradamente sexista. Por isso, antes de iniciar um festival de ignorância, babar ovo de gringo gratuitamente e resumir seu discurso a uma frase despolitizada como essa, lembre-se que o Google está a apenas um clique.

Caso contrário, você corre o risco de continuar contribuindo para que 40% dos nascidos no Brasil prefiram ter outra nacionalidade (apesar de o Brasil ser sonho de consumo internacionalmente).

Se “isso é Brasil”, então “isso” é você também.

Dou a qualquer um o direito de achar o Brasil uma merda monumental e sem precedentes, desde que admita ser uma merda de pessoa também. Assim, quando alguém disser “o Brasil é um lixo” ou “o povo brasileiro é burro”, na verdade estará dizendo “eu sou um lixo” e “eu sou burro”. Combinado?

Porque, caros amigos niilistas radicais, é estranhamente conveniente excluir-se, deliberadamente, do conjunto de brasileiros, negando a própria cultura e origem, bem na hora em que “a coisa aperta”, não é?

As expressões “isso é Brasil” ou “esse é o povo brasileiro” não são, portanto, apenas generalizantes e reducionistas, mas também um tanto arrogantes. Quem as profere se julga acima dos defeitos da sociedade brasileira, e é incapaz de perceber que suas próprias convicções, ideias e preconceitos são na verdade um reflexo das características e problemas da sociedade brasileira como um todo.

Nem é preciso nem dizer que esse tipo de perspectiva segregatória, em que o locutor se coloca em posição imparcial e de superioridade em relação ao restante da população, gera verdadeiros fenômenos de cegueira coletiva.

Um exemplo clássico é a inabilidade de algumas pessoas em enxergar o próprio racismo, o que popularizou expressões como “não sou racista, mas…”, culminando com a negação da existência de racismo no Brasil por determinadas “correntes ideológicas”.

Então, antes que comecemos a negar outros “ismos” por aí (o que, a bem da verdade, já acontece), vamos parar de subir em pedestais imaginários e nos colocar em nossos devidos lugares: na arquibancada junto com o resto do povão e toda a torcida do Flamengo.

Se “isso é Brasil”, repetir esse chavão não vai mudar nada (talvez só pra pior).

Imagine a seguinte situação hipotética: um sujeito dito “politizado” está surfando na rede, checando o feed de notícias do Facebook, dando um rolê pelo Twitter e teclando no WhatsApp, quando, casualmente, se depara com uma notícia revoltante (sabemos que a internet está cheia delas).

Indignado com a situação ultrajante da qual acaba de tomar conhecimento, nosso amigo resolve mostrar toda a sua revolta por meio de um comentário impactante no perfil de quem, muito sagazmente, compartilhou aquela notícia chocante com ele. “Fazer o que, né, colega? Isso é o país em que vivemos. Viva o Bra-ziu!”.

Satisfeito com sua contribuição, o internauta bem informado segue para os próximos “hits do dia” nas redes sociais, afinal, “isso é Brasil” — não tem jeito. E ele, pessoa politizada e, portanto, ciente do “beco sem saída” que é o nosso país, nem vai se dar ao trabalho de pensar sobre o assunto (e muito menos fazer algo a respeito), uma vez que essa nação é feita de pessoas naturalmente incompetentes e políticos naturalmente corruptos. Confere? Não confere. Na verdade, cidadão politizado, o problema, neste cenário, não é o Brasil. É você.

Quando um indivíduo, ao deparar-se com determinado problema que considera sério, resume seu pensamento e manifestação à depreciação verbal genérica e gratuita de seu país, só podemos concluir que ele atingiu um nível sobre-humano de apatia mental e social.

Além de não mover uma palha para mudar a situação que o indignou, contribui para difundir um clima negativo, conformista e preguiçoso por onde passa, contagiando outras pessoas com a ideia deturpada de que é impossível mudar as coisas para melhor (ou que simplesmente não vale a pena), porque “o povo brasileiro é assim mesmo”.

Resumo da ópera: quem não quiser realmente tentar entender o problema, trocar ideias sobre como solucioná-lo, contribuir com organizações e movimentos sociais envolvidos no assunto, criar ou participar de campanhas de conscientização, e procurar votar em políticos empenhados na causa em questão, que pelo menos pare de encher o saco com reducionismos pessimistas e burros. A esfera pública agradece.

“Isso é Brasil” agora, mas pode mudar. E depende de você também.

Imaginem se, há 30, 40 anos atrás, quando ainda vivíamos uma ditadura, todos pensassem que o “Brasil é assim mesmo”, que “somos um povo submisso que só funciona na ‘base da porrada’”?

Imaginem se a população tivesse desistido de exigir a redemocratização, e se resignado, limitando-se a comentar com seus conhecidos, em cafés e restaurantes, que “aquilo era o Brasil”.

Foi porque as pessoas não se conformaram com o que o Brasil era ou parecia ser que hoje nós vivemos uma democracia plena, onde todos podem se manifestar da forma que julgam melhor (até de forma superficial e não construtiva, como a que estamos tratando neste texto).

O direito à liberdade de pensamento e expressão é indiscutível, e o que deixo aqui é apenas um humilde conselho: vamos usar essas prerrogativasde verdade. Para debater, e não para cair em chavões limitados e vazios de que o país é uma porcaria generalizada, pior que qualquer outro, que nosso povo é burro e corrupto, que estamos no fundo poço e nunca sairemos dele, e que é impossível mudar a realidade em que vivemos.

Isso não quer dizer, de forma alguma, que devemos fugir dos problemas ou nos conformarmos com o que já foi conquistado, pois ainda existem inúmeros desafios a serem superados nesse Brasil continental. Se “isso” é mesmo o Brasil, a mudança só depende de nós.


Priscila Silva
 é jornalista, feminista e mais alguns outros “istas”. Fã de gastronomia e de literatura de esquerda. Procurando entender o mundo, um dia de cada vez.


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Comentários

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Mardones

Basta começar a argumentar com uma pessoa que adora chavões que a conversa toma outro rumo. A alienação é gritante nessas pessoas. Não passam de reprodutores de suposições que brotam das redes.

Mário SF Alves

Gilberto,

É possível que você jamais tenha tido a oportunidade de estudar os pricípios fundamentais da ecologia. Por isso vou me arriscar a lhe dizer:

Tudo na Natureza se processa segundo uma relação entre causa e efeito. Assim… é só ligar o lé com o cré.

E chega desse terrorismo retórico, peseudointelectual e tão retrógrado. Por favor.

Hans Bintje

Nós ficamos mais burros — tanto no Brasil quanto no Mundo — ou estamos paralisados com medo das outras pessoas, o que impede que a gente se una para melhorar a situação?

?1401243737

    Mário SF Alves

    Dizia o Green Peace, ao se aos transgênicos e similares: Don’t panic. Eat organic!

    O pânico, meu prezado, essa síndrome, teve seu epicentro por lá com o 9/11. Depois só fez aumentar com a tragédia do neliberalismo.

Mário SF Alves

Hoje dei uma lida n’O Cafezinho. Agora, olhem o que descobri por lá sobre uma entrevista do Franklin Martins:

“A Globo resolveu acabar com o pluralismo”, observa Martins, porque decidiu voltar a algo que estava em seu DNA: “comandar o país”.

[http://www.ocafezinho.com/2014/05/28/franklin-martins-diz-que-nao-houve-mensalao-e-que-a-globo-quer-comandar-o-pais/]
____________________________________

“A Globo quer comandar o País”

A propósito, escrevi:

A Globo, e o adjetivo PiG, não é à toa, é um presente de “grego”. Verdadeiro Cavalo-de-Troia, tecnificado e imposto goela abaixo pelos EUA, como instrumento coadjuvante de dominação durante a ditadura empresarial-militar.

(Ou será aquela diferença toda em termos de qualidade de imagem quando comparada às outras emissoras era só obra do acaso?)

E o que é pior. Continua atuando nos mesmos moldes. Não respeita as regras do jogo democrático. Regras impostas por quem, mesmo? Também por isso, e em grande medida, nossa democracia é ainda tão frágil.

Sem exageros: a Globo é puro efeito residual/entulho autoritário, resquício da ditadura. Disso não resta mais dúvida.

E se alguém ainda tem a mais leve suspeita de isso não corresponda à verdade, basta ler o livro “1964, A Conquista Do Estado”, tese de doutorado de René Armand Dreifuss, em Glasgow, Inglaterra. Ou… quem sabe, o documentário/vídeo da BBC, de Londres, intitulado “Muito Além do Cidadão Kane”. Basta isso. E basta de tudo isso!

Isabela

Eu sai do Facebook porque me irritava com a rasura de alguns e perdia meu precioso tempo debatendo; no início me via como ativista virtual, mas não dei conta da superficialidade das opiniões e da falta de desejo das pessoas, muitos parente e amigos, em conviver com as opiniões contrárias. As pessoas ‘vomitam’ opinião sem o mínimo de argumentos sensatos. Tirei um peso das minhas costas…rss… Falava sobre isso ainda ontem com meus alunos: não assumam opiniões tão facilmente, pois num click a pessoa se posiciona hoje em dia, rasa e estupidamente…

francisco niterói

tempos atras, eu ouvi, praticamente na mesma frase, um médico falando dos politicos e dizendo nao ter cartao de crédito para que a receita federal nao soubesse dos gastos dele.

Fiquei pasmo e disse a ele que a CORRUPCAO PASSIVA que ele estava apontando nos politicos era um crime situado no mesmo CODIGO PENAL em que se encontrava a sonegaçao.

Foi um climaço na mesa em que nos encontravamos, com a maioria atraves de olhares me repreendendo.

Resumo: ha setores na nossa sociedade, especialmente na nossa classe media, que sao milhares de vezes pior do que o spoliticos pois batalham diuturnamente pra que as mentalidades nao mudem.

Sabem que sao escrotos, mas se locupletam com isso e amam a hipocrisia.

Jorge

Ok, Priscila, entendi! Mas, apesar de não ser o teu foco nesse texto, senti falta do maior argumento, nessa linha de raciocínio: não se trata apenas de se criticar o Brasil e os brasileiros, por tudo, trata-se de ser injustas as maiorias das críticas. Só para surfar na onda do “to com vergonha dos atrasos”, o atraso na entrega do aeroporto de Berlim faz dos alemães pessoas menos valorosas? Há alguns anos, perdi minha carteira, com uma certa quantia de dinheiro,a pessoa que a encontrou se dignou ir até minha casa levá-la com todos os valores… Em resumo, temos defeitos, como qualquer povo e qualidades como qualquer povo, porque somos humanos. E sim, tu tens razão, devemos tentar sim buscar as melhores oportunidades, nos melhores diálogos, para nos tornarmos um povo melhor, para nós mesmos e para a humanidade.

Parabéns pela bela reflexão!

Fernando Santos de Aquino

Bom texto! Passou da hora de refletirmos melhor e intervir na realidade. Temos muitos problemas, mas somos o melhor lugar para se viver. Nossa democracia permite que muita gente hoje pegue um avião e vá tentar até a sorte em outro país como…a Itália, a França ou Portugal. O “Ame-o ou Deixe-o” dos tempos tenebrosos não era colocado como possibilidade de escolha, mas imposição. Nove milhões de jovens farão a prova do ENEM neste ano. Dá para imaginar o Brasil daqui a, digamos, dez anos, com tanta gente formada num curso superior, superando as barreiras das ignorâncias reducionistas? Serão novos desafios, novas exigências por políticas públicas ainda deficientes, mas é preciso acreditar que melhoraremos, se a democracia não for solapada.

RicardãoCarioca

http://www.tecmundo.com.br/veiculos/56106-franca-gasta-r-15-bilhoes-trens-nao-cabem-estacoes.htm

“Só podia ser na França”, né. Como se o Brasil fosse o único.

Romanelli

UM país ingoverNADO, e não é de hoje.

A GREVE é a última arma que deve ser usada contra a MAIS VALIA, JAMAIS contra a CIDADANIA.

A ação COVARDE de se reivindicar, em atividades ESSENCIAIS, se valendo da tática de se sequestrar os direitos fundamentais da POPULAÇÃO tomada como refém, é um ato de COVARDIA inominável, de TIRANIA SINDICAL que precisa ter FIM pela força da LEI.

Só ontem, das grandes cidades, São Luiz, Florianópolis, Salvador, Brasília, Coritiba, Rio de Janeiro, parte da Região Metropolitana Paulistana e Manaus, das noticiadas, pararam. Por estes dias ainda prometem parar novamente a Capital de SP e outras tantas. A TURBA envolvida é sempre a mesma, a dos BANDIDOS perueiros, motoristas e dos IMPRESTÁVEIS, injustificáveis, caros e ABSURDAMENTE dispensáveis cobradores, somada a dos metroviários.

Claro que vez em sempre temos a turma do JUDICIÁRIO, e raramente a do legislativo, visto que estes NUNCA TRABALHAM MESMO e quase ninguém da por falta !!!!

Pra colaborar com o CAOS não poderíamos deixar de lembrar daqueles que SEMPRE se DEDICAM muito pouco aos que deles buscam abrigo e socorro, a da Gangue dos POLICIAIS, dos profissionais da Saúde e a dos PROFESSORES.

Ontem então foi o máximo, ontem tivemos até POLICIAL flechado IMPUNEMENTE em protesto por indígena ..esta turma de BRASILEIROS preguiçosos, medianamente melhor assistidos e protegidos do que a ampla maioria, que só sabem gritar e dançar em círculos a vida toda, enquanto que com olhos de muxoxo, se fazendo de santos e virgens, mas ameaçando com lanças, tacapes e bordunas, tentam ESCONDER do brasileiro que 13% do território NACIONAL já foi reservado pros seus HUM MILHÃO de indivíduos (0,5% da população) enquanto que aos outros 99,5% de “azarados primatas falantes que pagam a CONTA”, dos quais 1/4 vivem em favelas e afins, são reservados 57% do território habilitado restantes (incluindo aqui a área agrícola em boa parte grilada), visto que os outros 30% das nossas terras já são dedicadas conscientemente pra serem Parques Estaduais e Nacionais de Reservas Ambientais.

Claro, quanto mais melhor essa turma pensa, ou vocês acham que professores se SP em carreira mediana (mesmo pq não dá pra falar de quem trabalha MEIO período e esta em início de careira, né ?) destes que trocam de carro quase TODO ano, que contam com linhas de crédito FACILITADAS, que vivem viajando em suas férias pra cima e pra baixo (enquanto os alunos ficam TRANCADOS em suas casas nas FAVELAS), vocês acham que eles pensam na qualidade de ensino do país e na aflição das famílias que não tem com quem deixar seus filhos, hein ? ..claro que NÃO cumpadi !! ..aqui é cadum cadum e pau no rabo do outro pq eu quero ir pra ARUBA e aproveitar o cambio baixo no fim do ano, pensam !!!

E depois desta lambança SINDICAL que faz meio com que a população toda tenha ódio do FUNCIONALISMO e/ou dos funcionários Públicos em geral, portanto, que duvidem da existência dum Estado justo e produtivo, pior que ainda vemos governantes paralisados sem saber por ondem começar e de como guiar este país desorientado e que clama por um norte.

Vejam por exemplo a presidenta sexista, o máximo que se colheu dela nestes dias,(visto que a ORDEM para o desbloqueio A FORÇA das BRs, não veio mesmo), foi que na “COPA não vai ter bagunça”.

Mas, mas, e eu com a COPA presidenta calcinha ? Quem MANDOU vc falar isso, por acaso não foi o Gilberto Carvalho, foi ? Vem cá, prê, vou dizer procê : O Brasil não é só Copa, depois dos jogos, churrasquinho e do SAPECA IAIÁ em dia de vitória, a vida continua, não sabe ??!!

Aliás, uma pausa pra desabafar, vocês já viram IDIOTAS mais completos que os governantes que estão decretando feriado em dias de jogo do BRASIL, mesmo em locais que não receberão da seleção ? e como fica o turista estrangeiro em transito pelo país eu pergunto ? (imagine o cara vindo do Japão e PIMBA, dá com a cara na porta em museus e pontos turísticos) .. ..pau da BUND? devem pensar as Otoridades, ou vc acha que governadores e prefeitos, secretários e asseclas estão muito preocupados com a “imagem” do país?

..voltando

Olha, do jeito que vai, vai piorar ..e não pensem alguns com memória de LEBISTE que isso é de agora, não, não é ..este desrespeito com o POVO vem de longe, vem por exemplo dos professores, do que lembro, desde os anos 70, em PLENA DITADURA em que eles só pediam pros seus BOLSOS ..ou de administrações que resolveram liberar as ruas pra, por exemplo, pros GAYS e crentes poderem fazer seus desfiles hedonistas e imporem seus FETICHES a todos os outros seres que só querem viver, viver em PAZ, sem que todo dia alguém venha a lhe encher o saco tentando lhe TOMAR algo, nem que o sossego, por que o direito, este, confesso, o meu e o seu já foram pro brejo faz tempo.

http://www.youtube.com/watch?v=iTgCLi-3QQU

    Andre

    Nazi

Francisco

Eu adoro a cara das pessoas quando elas dizem “No Brasil só tem ladrão!” e eu digo, sério:

“Me lembro de minha com clareza, não lembra dela ser ladra… Sua mãe era ladra (finjo um certo constrangimento solidário)? Que coisa… Mas a sua família toda é assim? Lá em casa, meu pai, minha tia… acho que meus irmãos todos… é isso: são todos honestos, trabalhadores…”.

O idiota gagueja, pede desculpas, se emenda todo…

Quem fala asneiras generalistas sobre o Brasil está falando DA MINHA FAMÍLIA.

    sir

    Isso……isso……isso.Falei para uma senhora cujo filho estava sendo acusado de estelionato , e ela recebeu troco a mais de um caixa de mercado , viu , nao devolveu , simplismente embolsou!!!foi ela mesma que contou e ria!!! hipocresia e canalhice pura!!!!

Mário SF Alves

É, Azenha, a temperatura subiu bastante por esses dias no Viom, heim?

Tem gente com a ignição tão atrasada que na falta de argumento apela até pra chavão imposto na marra pela ditadura.

Ê… mundão, caba não.

francisco.latorre

falou tudo e mais um pouco.

obrigado muito.

..

luiz saldanha

Blá, blá, blá.

Quando havia ditadura, lutou-se pela redemocratização crendo-se que algo iria mudar. Quando a direita assumiu o poder na década de 90, lutou-se a favor da esquerda crendo-se que algo iria mudar. Quando a esquerda assumiu o poder no século XXI, não se sabe mais pelo quê lutar, pois a esquerda segue a cartilha da direita (ou melhor, na abertura que o país dá para acordos que se situam no nível da política externa) e a “democracia” já se diz ter alcançado.

A esquerda no poder serviu para demonstrar que tanto faz, esquerda como direita. Acabou a esperança. Ela não venceu o medo; o tornou mais presente em nossas vidas, em todos os setores, quer sociais, quer econômicos.

A população não clama, propriamente, pelo retorno da ditadura. Essa é uma leitura muito superficial dos embates contemporâneos. A população clama pela credulidade das instituições, pela restauração da ordem, por uma polícia que não aja como ou esteja macomunada com bandido, por uma educação que realmente possibilite oportunidades (e não com cursos à distância; não com ensino ciclado; não com esse monte de embustes educacionais muito piores que o mobral e que servem apenas para elevar índices do ideb, do pisa, na composição do idh, ou qualquer outro sistema de avaliação internacional com fins majoritariamente econômicos), por uma política de desenvolvimento modal, por menos corrupção, por uma melhor equalização no acesso às riquezas (porque distribuição é discurso de esquerda burra), por mais compromisso do Estado com a população que o financia e o enriquece.

Mas aqui é, sim, “o Brasil” dos pejorativos. Os brasileiros agem pejorativamente com tudo. Qualquer atitude que não se alinhe ao “jeitinho” é vista como ridícula, burra, coisa de “chato”. E, como as instituições e os valores estão falidos, e a desesperança é sintoma generalizado (indo para um quadro crônico), a sobrevivência se pauta nos resquícios que ainda sobraram de um país que abandonou seu povo, de um país que é um paraíso para investidores externos e para as castas já estabelecidas, e um inferno para seus próprios filhos.

O Brasil é um salve-se quem puder. É uma selva onde você tem o Estado de um lado, donos de propriedade privada de outro, e bandidos em ambos. E dane-se a população que não teve “berço”.

    Mário SF Alves

    Primeiro: que esquerda?
    Segundo: que poder?

    ———————
    Não. Não vá me dizer que você também é do Millenium, cópia retardatária do IPES e do IDEB. É?

    luiz saldanha

    Não. Millenium é para quem gosta de ler as “análises circunstanciadas” de Gustavo Ioschpe, Yoaní Sanchez, e outros coadjuvantes e/ou cooptados. É seu caso?

    Acho que não. Provavelmente lê Caros Amigos e prefere achar que tudo é culpa da Rede Globo, certo?

    abolicionista

    É, Mário, esse pessoal é cheio de certezas e adora cagar regra, mas as propostas do cidadão têm a profundidade de um pires.

    Distribuição de renda é coisa de esquerda burra. Então eu assumo que sou esquerda burra. Eu, o nobel de economia Paul Krugman, o estulto François Chesnais,o néscio Thomas Piketty (cujo livro mais recente não causou nenhum impacto), o ignorante do John Maynard Keynes e mais uma porção de muares.

    Inteligentes são a ativista Yoaní Sanches e o Gustavo Ioschpe (um economista que fez mestrado em Yale, empresário da RBS, filiada à Rede Globo, e voltou ao Brasil pra ser colunista da Revista Veja, conhecida pelo rigor científico de suas análises, vide o inesquecível caso do “boimate”).

    Se a política-econômica no Brasil é ditada pelos parâmetros do mercado mundializado (argumento que considero defensável), por que ressuscitar a velha crítica ao “caráter nacional” ao “jeitinho” brasileiro, “à cordialidade” etc.?
    Agora mesmo estou nos EUA a trabalho e posso dizer, sem medo de errar, que o “jeitinho estadunidense” também não tem dado muito certo por aqui, bem como o “jeitinho espanhol”, o “jeitinho grego”, o “jeitinho irlandês”, o “jeitinho belga” e por aí vai. É que, nessas horas, o complexo de vira-lata fala mais alto do que a razão e o cidadão de bem perde a capacidade de raciocinar e começa a proferir discursos de ódio.

    A propósito, um abraço.

    Mário SF Alves

    Abolicionista,

    Só agora, estou lendo seu comentário. Obrigado.

    Fiquei satisfeito em saber que você está aí, no centro de origem de toda a discórdia [e sordidez]. Nada como poder olhar direto no olho da tormenta. E claro, melhor ainda é ter saúde psíquica para sair inteiro dela.

    Abraços.

    Em tempo:

    Sábias palavras, amigo.

    À força bruta [e ao argumento da força] a força do argumento, sempre.

Tião Macalé

O dono deste site já participou, como redator, de vários programas da Rede Esgoto de TV. Era figurinha carimbada no Caldeirão do Hulk…

Mais um que está lucrando vendendo camisas anti-Brasil.

    Mário SF Alves

    Esse mais um que acredita piamente naquele fukuyamico fim da História. A mim parece mais o fim da linha. Grana, grana, grana…. grana acima de tudo… custe o que custar.

edson

ótimo texto, será que o RONALDO sentiria envergonhado ao ler.

edson

ÓTIMO, será que Sr. Ronaldo teria vergonha ao ler o texto.

Eduardo

Muito bom Priscila!!!

Tania

Parabéns pelo excelente texto! Pena que muitos dos que deveriam lê-lo, não conseguem ler mais de três linhas!

Julio Silveira

É tão boa essa discussão, essa luta, essa contra cultura. Contra uma cultura tão maquiavelicamente semeada, que só trás serventia para o enfraquecimento de nossa cidadania. Poucos percebem, mas ela gera desanimo, acomodação, expectativa e estima baixas, que se transferem para vida de cada cidadão com diversas consequências negativas, inclusive desaguando na política.

Mário SF Alves

Um tiquinho de “O Povo Brasileiro”, do Darcy Ribeiro, um tiquinho que fosse, e já ajudaria de montão. Darcy Ribeiro, aquele antropólogo que humildemente se declarou DESASNADO pelo seu conterrâneo, Carlos Drummond de Andrade, lembra? Quer ver só, olha as coisas que ele disse:

1- “Só há duas opções nesta vida: se resignar ou se indignar. E eu não vou me resignar nunca.”

2- “O Delta do Amazonas constitui uma das áreas de mais antiga ocupação europeia no Brasil. Já nos primeiros anos do século XVII ali se instalaram soldados e colonos portugueses, inicialmente para expulsar franceses, ingleses e holandeses que disputavam seu domínio, depois como núcleos de ocupação permanente. Estes núcleos encontrariam uma base econômica na exploração de produtos florestais como o cacau, o cravo, a canela, a salsaparrilha, a baunilha, a copaíba que tinham mercado certo na Europa e podiam ser colhidos, elaborados e transportados
com o concurso da mão-de-obra indígena, farta e acessível naqueles primeiros tempos.”

“Fracassei em tudo o que tentei na vida. Tentei alfabetizar as crianças
brasileiras, não consegui. Tentei salvar os índios, não consegui. Tentei fazer uma universidade séria e fracassei. Tentei fazer o Brasil desenvolver-se autonomamente e fracassei. Mas os fracassos são minhas vitórias. Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu.”

“O Brasil cresceu visivelmente nos últimos 80 anos. Cresceu mal, porém. Cresceu como um boi mantido, desde bezerro, dentro de uma jaula de ferro. Nossa jaula são as estruturas sociais medíocres, inscritas nas leis, para compor um país da pobreza na província mais bela da terra. Sendo assim, no Brasil do futuro, a maioria da gente nascerá e viverá nas ruas, em fome canina e ignorância figadal, enquanto a minoria rica, com medo dos pobres, se recolherá em confortáveis campos de concentração, cercados de arame farpado e eletrificado.
Entretanto, é tão fácil nos livrarmos dessas teias, e tão necessário, que dói em nós… A nossa conivência culposa.”

Um outro tantinho de Celso Furtado, então… PQP! seria o máximo.

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E finalmente, o melhor de tudo: acreditar e agradecer com todas as forças a oportunidade de nascer num dos países potencialmente mais poderosos do mundo, onde quase tudo ainda se encontra por fazer. Pois, triste mesmo talvez fosse ter nascido no Velho Continente, ou mesmo nos USA, onde as possibilidades civilizatórias chegaram numa situação limite e grande parte dos recursos naturais já se encontram esgotados. Isso, sim, seria DESANIMADOR.
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Porém, excluindo as razões do coração, no fundo, no fundo, é tudo uma questão de simples escolha. Algo de tipo você escolhe:


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    Mário SF Alves

    Por favor, responda rápido: quais dessas imagens você não utilizaria na decoração de um novo aeroporto no Estado do Espírito Santo?

Daniela

Priscila,
Achei que só eu via o Brasil com lentes cor de rosa do otimismo que sim, as coisas realmente podem melhorar!
Realmente temos que parar de exprimir essas opiniões generalistas com a intenção de se mostrar “cult”, sem ao menos tomar atitudes que realmente vão surtir um efeito positivo!

Parabéns pelo texto!

Andrea

Texto tipico de uma “ista”. Permeado de agressividade. Nenhuma contribuicao.

Caracol

Muito bom, Priscila.
Tem mais uma coisa: Esse caras que vivem baixando o pau no Brasil são “brasileiros” no duro, ou apenas “mazombos”?
Explico:
Todos dirão que um brasileiro é um cara que nasceu no Brasil. Fiquem sabendo, no entanto, que não foi assim durante trezentos anos da nossa história. Um “brasileiro”, de 1500 a 1830 e tantos, era o esforçado e admirável cidadão, digo, súdito português, que vinha ao Brasil tentar fortuna para depois voltar para Portugal e se juntar à família, comprar uma quinta e se aposentar, enricado. Pronunciava-se portanto, “brasilâiro”.
Como se dizia então, naqueles trezentos anos, do sujeito que nascia aqui? Ele era um “mazombo”. Já ouviram falar nisso? Não. Pois pasmem: durante TREZENTOS anos nós não assumimos nem a nossa nacionalidade. CARACA! Durante trezentos anos, o cara que nascia aqui não se qualificava como “brasileiro”, mas sim como “mazombo”! E que diabos vem a ser “mazombo” afinal? É um termo antigo, provavelmente africano, que se refere a um indivíduo triste, deprimido, macambúzio, taciturno, sorumbático.
Por que então éramos mazombos e não brasileiros?
Bem, eu, pessoalmente, penso que quando os peregrinos do Mayflower aportaram a costa americana do norte perseguidos por razões religiosas, eles vieram para construir uma nação onde pudessem viver e trabalhar em liberdade. ESTE ERA SEU OBJETIVO. E para o Brasil, quem veio de início? Degredados, pessoas criminosas (ou não) que eram despejadas de Portugal por serem indesejáveis, vieram também piratas,
escroques e aventureiros de toda espécie, cristãos novos fugidos da inquisição, e o que queria essa gente? Qualquer coisa, sobreviver, provavelmente, mas certamente menos do que construir uma nação.
De modo que até 1800, enquanto os americanos lá no norte construíam a América, os mazombos aqui, que não assumiam nem a palavra “brasileiro”, (muito menos a condição) eram a nossa população, que veio “de passagem” ou na base da porrada, que um dia esperava voltar para a Europa, e que por isso habitava as costas brasileiras “de costas” para o Brasil, sem fazer marcha para o interior. A piada que os cariocas fazem dos paulistanos, que vão passar tempo no aeroporto vendo avião partir e chegar tem a ver com isso, mas o carioca não faz o mesmo no Tom Jobim porque tem o mar pra ficar olhando… olhando… com a nostalgia característica dos mazombos.
Bom, a coisa começou a mudar quando Napoleão Bonaparte, quem considero o maior benfeitor do Brasil, inspirou a corte portuguesa a mudar de ares rapidinho, e com eles um novo tipo de gente começou a vir para cá: missões científicas, artísticas, estudiosos e estudantes, letrados, e finalmente, mais de vinte anos depois, com a independência e o Dia do Fico, os mazombos acharam que se um Pedro I se tinha dado ao trabalho de por aqui ficar, então era porque talvez valesse a pena, e é certamente por isso que o dicionário etimológico de Antonio Geraldo da Cunha registra como sendo 1833 o ano em que o termo “brasileiro” começou a ser usado para designar quem nascia aqui. Há menos de 200 anos! Pasmem! Antes disso, ninguém que nascia aqui era “brasileiro”! Vale a pena refletir sobre isso.
Ora, eis que desde o início do século passado, agora mesmo, o século XX (!), com a depressão na Europa até as guerras mundiais, vieram então as grandes correntes migratórias que, estas sim, vieram para botar a mão na massa. Japoneses, italianos, alemães, judeus, árabes, espanhóis e outros, e é essa gente, mais o riquíssimo banco genético africano, o que restou dos nossos índios, e ainda os mazombos convertidos em verdadeiros brasileiros é que vão a partir daí construir a maravilhosa identidade brasileira do futuro. Como tudo isso começou só há um século, ainda tem mazombo pacas por aí menosprezando o país dos verdadeiros BRASILEIROS.
Esses babacas que você – com justiça – critica, Priscila, são uns mazombos de merda. Só isso: uns… mazombos.
Brasileiros mesmo somos eu, você e qualquer outro de nós que tem pelo menos mais de um grama de auto-estima.

    Mário SF Alves

    É… É isso. É disso que se trata, companheiro.

    Agora, cá entre nós, o que resta de efeito residual [entulho autoritário] daquela ditadura imposta pelos SPYstates e seus mazombos amestrados, ainda nos faz um mal… santa bárbara! Não é bom nem pensar.

    renato

    Mazombo, mais isto!!!!
    Quantas coisas mais terei que ser, antes de partir…
    e ser enterrado nesta terra santa..

Nora Cúneo

Muito bom!, Priscila! Parabéns!!Compartilhando com prazer!!

FrancoAtirador

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“O POVO SÃO OS OUTROS”

Os ‘intelectuais’ são uma ‘raça’ à parte

Por Jean Scharlau*

Os ‘intelectuais’ começam se fazendo e terminam se achando,
principalmente os ‘intelectuais’ de academia,
aquela turma que se organiza e hierarquiza para malhar os neurônios.

Têm horários, métodos, sedes grandiosas, inúmeros equipamentos, bolsas, graus, faixas e títulos.

Normalmente deixam os neurônios de um jeito que só eles acham bonito e juram saber para que é que serve.

Muitos deles tomam anabolizantes, tem gente que toma doses cavalares de Olavo de Carvalho e se acha linda, depois, em fim de carreira, acaba usando até Diogo Mainardi.

Há várias drogas similares no mercado, das mais variadas procedências, porém causadoras dos mesmos efeitos – um inchume nos neurônios e na personalidade do usuário, mas estes são casos extremos.

Geralmente os caras têm sonhos de grandeza e respeitabilidade e miram-se, claro, no exemplo dos grandes e respeitáveis que os precederam e que ostentam essas benesses diante dos novatos que, com a oferenda de seus cativos olhares e ouvidos, são os principais provedores desse galardão aos intelectuais sêniors.

Uma das regras da ‘intelectualidade’ é jamais – j – a – m – a – i – s – dizer alguma coisa, ainda que simples, de modo simples, pois isto os igualaria ao comum das gentes, à chinelagem intelectual que busca o entendimento pelo público, coisa desprezível e mesmo indesejável para um verdadeiro intelectual de academia.

Povo é um troço até curioso às vezes, por peculiar, mas é meio nojento e até perigoso, deve ser olhado de óculos, mais por proteção que outra coisa, e de preferência de trás de uma mesa de conferências, mediador e microfones, ou pela internet, que é muito mais seguro.

“Se você é um ‘intelectual’ e quer participar desta academia lembre-se: o povo são os outros e devem ficar lá fora – limpe sua mente ao entrar aqui, passe-a bem pelos autores A, B e C e um dia chegarás ao X, ao Y e ao Z e descobrirás o Ômega de todas as questões”.

Eu poderia fornecer-lhes uma perspectiva mais acurada e detalhada dos intelectuais, mas para isto precisaria de observá-los melhor em seu habitat e estudar seu modus vivendi, para o que na verdade não tenho saco nem muita disponibilidade de tempo e oportunidade, já que eu sou do tipo que é evitado por esse pessoal – sou povo demais, então me desculpo com vocês, pego minha caneta e uma cervejinha e sigo chinelando pelos guardanapos de boteco e no tecladinho aqui de casa mesmo.

(Em seqüência ao papo com o Marden: http://olhodinamo.blogspot.com)

*Um blogueiro com redação própria. Eventualmente imprópria.

(http://jeanscharlau.blogspot.com.br/2006/07/os-intelectuais-so-uma-raa-parte.html)
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    Mário SF Alves

    Depois do FHC, prezado Franco, o conceito de intelectual se estilhaçou. Ainda bem.
    Como o tempo não para, já deve existir um outro novinho em folha por aí, prontinho para mandar às favas o velho.

Gilberto

O que mais vem me espantando é esse nacionalismo burro (aliás não conheço nacionalismo inteligente, como dizia o velho Nelson: “O nacionalismo é o último reduto dos canalhas”). O Brasil está um merda sim! Nada funciona! Funciona a saúde pública? NÃO! Funciona o sistema educacional? NÃO! Funciona o transporte público? NÃO! Funciona a segurança pública? NÃO! Funciona a Justiça? NÃO! Então … Chega de conversinha. Ah! Vamos nos mobilizar e mudar. Em junho de 2013 tentou-se, mas uma cambada de infiltrados tirou a classe média da rua (classe média que sempre foi a mola motriz de mudança e foi para a rua tentar mudar alguma coisa citada acima). Então o negócio é o aeroporto, ou seja estudar e ter a oportunidade de trabalhar em um país sério (ih! me esqueci! Também não temos aeroportos decentes.)

    Jorge

    Faça um esforço. Só precisa ser uma única vez. Escolha o país que mais lhe agrade e passe por um desses aeroportos “indecentes”, com passagem só de ida.

    Gilberto

    Isso! Mostra logo a cara: Brasil! Ame-o ou deixe-o! Original, não? Ah! A esquerda e a direita (governo militar) de mãos dadas querendo que todos que não rezam da mesma cartilha saiam daqui.

    Rod

    Adeus, já vai tarde.

    Gilberto

    Se eu não for? Serei obrigado a cair na clandestinidade, editar um jornal escondido no porão da minha casa, passar mensagem cifrada? Enfim, como será a minha vida com a Ditadura do Proletariado impedindo todo mundo que não vê o Brasil cor de rosa como vocês veem?

antonio mariano valadares filho

Realmente, parabéns Priscila!
Pessoal difícil será desarmar os espíritos, neste momento em que estão se utilizando de todos os meios,lícitos ou nem tanto,para desestabilizar o nosso Brasil por interesses eleitorais.A maioria que assim procede o faz de maneira consciente movidos exatamente por estes interesses menores.Quem sabe após passar as eleições as pessoas fiquem um pouco mais ponderadas.
É uma esperança para que se debata este nosso Brasil de maneira mais racional!Tomara!

Diogo

Texto primoroso, e autorreferenciado, dado que a autora indica que não podemos simplesmente não fazer nada, mas no mínimo debater e conscientizar. E ela fez isso bem no seu texto.

Esse texto casa bem o com esse tumblr: http://sonobrazil.tumblr.com/

Luiz Aldo

Difícil, amiga Priscila!
Vejo o Brasil hoje como estava a Argentina havia dois anos (e lá até piorou!): aqueles que se acham ungidos a exercerem o Poder (e ora apeados) lograram passar seu mal-estar à população em geral. E aí vem a maior vitória da direita: os meios de comunicação, tremendamente concentrados e , conseguiram fazer pobres e remediados pensarem como conservadores! Os barões nem se coçam para defenderem suas benesses (intocadas até hoje, apesar da inclusão em massa recente!!!): seus lugares-tenentes fazem isto por eles, e cada vez com maior agressividade! Ou será que todos os que participaram daquela marcha pa-té-ti-ca feita recentemente em São Paulo são pelo menos baronetes?

Sidnei

Resumindo, “o brasileiro é o outro”.

Rafael

Excelente.

malu

Parece que estava lendo meus pensamentos, transformando-o num texto muito bom. Estou cansada da falta de argumentos e de raciocínio que cresce na rede.

Paulo

Este texto exprime exatamente o que eu penso. Eu não conseguiria pôr em palavras de maneira mais clara do que isso. Parabéns Priscila!!!!

Zefer Leite

Viva! Que texto mais oportuno, Priscila! Mais do que a “síndrome de vira-lata” e as acusações mútuas entre simpatizantes da esquerda e da direita, essa postura de criticar como se estivesse pairando acima dos fatos é uma praga que viceja por aqui. Bravo!

    Paulo

    Colocou o dedo na ferida com força. Um dos melhores textos que li ultimamente…

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